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P2 de
Dermatologia
Prurido aula do professor Fábio Francesconi
Definição: sensação que causa o desejo de coçar a pele, “incômoda sensação que
desencadeia o desejo ou reflexo de coçar”. Entretanto, apesar de ser uma sensação que
surge na pele, é um evento extracutâneo, ou seja, produto da atividade do Sistema
Nervoso Central.
Primariamente, não há lesão específica, mas pode surgir como complicação: escoriação,
liquenificação e pústula por infecção secundária.
ETIOLOGIA
Classificado em 5 categorias
Prurido Prurido
Neurogênico/Neuropático Psicogênico/Psiquiátrico
FISIOPATOLOGIA
Prurido reduz a sensação de dor, da mesma forma que a dor reduz a sensação de
prurido, por isso a analgesia pode aumentar o prurido. Antagonistas dos receptores µ-
opioides – efeito antipruriginoso.
GESTANTES: colestase
Tratamento
De modo geral, corticoesteroide local (creme ou pomada), corticoesteroide sistêmico
(excepcionalmente), anti-histamínicos, entre outros. Tratar somente com diagnóstico (em
casos graves, observar se o risco de ficar sem remédio é maior do que medicar para várias
possibilidades de diagnóstico).
5. Fototerapia pela luz UV: atopia grave, eczemas crônicos, insuficiência renal crônica,
hepatopatias colestáticas, linfomas, AIDS, entre outras. Propriedades anti-
inflamatórias, imunossupressora e antiproliferativa.
Acne vulgar
Conceito: Doença genético-hormonal, autolimitada, de localização pilossebácia com formação
de comedões, pápulas, pústulas e lesões nodulocísticas, que podem surgir durante a evolução
e que, dependendo da intensidade, o
processo inflamatório leva a
abscessos e cistos
intercomunicantes, com frequente
êxito cicatricial. (Azulay)
Processo: Hipersecreção do sebo, por efeito hormonal. Começa com microcomedão que é a
etapa histológica do comedão (não é visível na macroscopia). Começa no revestimento
queratinizado da porção superior do folículo: infundíbulo.
Enquanto o comedão se expande, o lóbulo sebáceo sofre regressão. Ocorre compactação cada
vez maior de sebo e queratina – ocorre ruptura da parede do comedão – extrusão de queratina
e sebo imunogênicos – reação inflamatória.
Deve ser global e integral. Deve visar: (1) desobstrução dos comedões por meios físicos e
químicos; (2) à diminuição do conteúdo bacteriano por meio de quimioterápicos locais ou
antibióticos orais; (3) à aceleração da esfoliação da epiderme; (4) à diminuição do sebo; e (5)
à diminuição da inflamação. (Azulay).
ISOTRETINOÍNA: Padrão ouro. Droga completa: atua nos quatro princípios geradores da
acne. Teratogênica (efeito colateral mais temido). Aumenta triglicerídeos, diminui HDL.
Efeitos colaterais: queilite, ressecamento mucoso, conjuntivite, prurido, xerose, cefaleia.
Dose: 0.5 a 1 mg/kg/dia. CASOS GRAVEs não inicia dose alta - Flare-up: agudização da
Não necessariamente existe uma evolução progressiva entre esses subtipos. Alguns
pacientes podem apresentar diretamente subtipos mais avançados. Fenômenos oculares:
aproximadamente metade dos casos - ceratite, conjuntivite, blefarite e, irite podem
preceder as manifestações cutâneas. Na fase tardia ocorre hiperplasia e hipertrofia das
glândulas sebáceas acompanhadas de linfedema e fibrose, principalmente do nariz,
provocando aumento de seu volume, constituindo o quadro de rinofima que muitas vezes é
deformante. É mais frequente em homens.
TRATAMENTO
ORIENTAÇÕES DA PROFESSORA: não precisa saber tratamento – saber reconhecer,
encaminhar se necessário (casos graves), e ver iatrogenia (não dar corticoide).
AZULAY: Como conceito abrangente, são incluídas neste item todas as estafilococcias que
atingem o folículo pilossebáceo. Apesar dos denominadores comuns - local e etiologia -, os
quadros clinico evolutivos são bem diferentes.
Podem ser classificadas em superficial e profunda:
Foliculite Profunda: Foliculite Dissecante;
Foliculite decalvante; Hordéolo ou Terçol.
Foliculite necrótica; Foliculite superficial:
Foliculite perfurante; Foliculite ostial ou impetigo de Bockhart
Superficial Profunda
• F. estafilocócica • Sicose da barba
• F. por Pseudomonas • F. por gram-negativo
• F. pitirospórica • Furúnculos
• Pseudofoliculite da barba • Carbúnculos
A pele tem alguns mecanismos que faz com que tenha proteção contra foliculite
Mecanismo de defesa da pele contra infecção:
Renovação da pele (a cada 28 dias a pele se refaz totalmente)
Ph=5,5 (nada de usar sabonete neutro, tem que ser acido)
Secreção sebácea
Pele sem umidade excessiva (umidade é fator de piora)
Flora residente (s. epidermidis Disbiose por S. aureus) manter a microbiota
(eubiose)
Fator imunológico (imunidade humoral e celular) muito comum no atopico.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
A pele em volta fica avermelhada e sensível e podem aparecer pequenas pústulas semelhantes a
espinhas com conteúdo amarelado de, no máximo, 1 cm de diâmetro.
Quase sempre é possível enxergar o pelo no centro da lesão, que coça bastante.
FOLICULITE BACTERIANA
Agente etiológico frequentemente é o S. aureus
Gram negativa: acne tratada previamente com ATB oral.
Pseudomonas spp. (uso de hidromassagem, banheiras)
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
Locais geralmente localizadas as foliculites (locais que naturalmente tem mais pelo):
Face, Tórax, Axila, Dorso, Nádegas.
TRATAMENTO PROPOSTO
Limpeza com água e sabão para remoção das crostas várias vezes por dia.
Pomada de Mupirocina ou Ácido Fusídico. (antibioiticos de uso tópico com
menor resistência bacteriana)
Cefalexina 500 mg 6/6h por 7 dias. (antibiótico oral se houver necessidade- no
caso clínico que o professor disse que fez uso)
Eritromicina 500 mg 6/6h 7 dias. (antibiótico oral se houver necessidade)
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
Figura 5- Foliculite bacteriana. Lesões crostosas, amareladas, Figura 6 Foliculite bacteriana. Maior detalhe das pústulas.
localizadas na área da barba.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
Na foliculite profunda, a inflamação se estende por todo o folículo piloso e alcança a raiz. No local,
surge a lesão típica da doença:
Extensa área avermelhada que tem no centro um nódulo endurecido com pus. Sintomas comuns:
Coceira, dor, edema (inchaço) e tumefação local.
É um tipo de infecção mais grave, que pode destruir o folículo piloso e deixar cicatrizes.
HARDÉOLO OU TERÇOL .
“Infecção na glândula sebácea no olho”
SICOSE DE BARBA
“Pústulas crônicas na região da barba.”
Figura 4- Foliculite da barba (sicose estafilocócica). Lesões pustulosas centradas por pelos na
área da barba. PRECISO CONFIRMAR O QUE É ESSA IMAGEM COM O JONAS
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
FURÚNCULO
Clínica:
Lesão nodular, eritematosa, e dolorosa de surgimento agudo.
Na sua evolução flutua chegando a eliminar o centro necrótico, chamado
carnegão.
Localiza-se nos troncos nas axilas e na região glútea.
Nos casos mais intensos pode haver sintomatologia sistêmica, como febre.
Esse quadro pode ser recorrente.
Diagnóstico:
Clinico.
Furúnculos extensos podem se associar a leucocitose.
Não se faz exame bacteriológico de rotina, exceto em pacientes que apresentam
furúnculos recorrentes.
Quando necessário, exame bacteriológico e antibiograma no caso de suspeita de
MRSA comunitário.
Diagnóstico diferencial: Hidranite Supurativa, ( ver final do resumo) cística e
periporite. (principal DD, ver imagem na próxima folha)
“Então por exemplo se fosse uma pergunta da prova: Quais são os folículos, as foliculites que necessitam de
tratamento sistêmico, seriam esse daqui ( TÓPICOS DE CRITÉRIOS PARA ATB SISTEMICO)” RIBAS, J. Ele falou
que isso é muito recorrente e falou muito de celulite.
“Indicado junto com o ATB Sistemico o uso do antibiótico tópico - mupirocina e ácido fusídico – (esse tto tópico é
usado também em pessoas que possam estar expostas à infecção) nas pontas dos dedos e nas narinas, pois são
áreas que tem bastante s. aureus. “ RIBAS, jonas.
DIAGNÓSTICO DIFERÊNCIAL
ANTRAZ (CARBÚNCULO)
Figura 9-Carbúnculo. Nódulos eritematoso com múltiplos Figura 10-Carbúnculo. Presença de necrose.
ponto de drenagem.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
Figura 12-Carbúnculo. Lesão aguda causada por S. aureus, pela Figura 11-Carbúnculo. Nodosidade vermelho-vivo com
infecção de varias unidades polissebácea contíguas, resultando em vários orifícios de drenagem no membro inferior, com
nodosidade vermelho vivo, com vários orifícios por onde há cultura positiva para CA-MSRA (MSRA da comunidade).
drenagem de pus.
Epidemiologia:
Ocorre predominante em homens, geralemente adulto ou idosos.
Mais comum em pacientes com:
Diabetes,
Má nutrição,
Falência cardíaca,
Toxicodependentes (drogaditos),
Dermatose generalizada como: pênfigo ou dermatite esfoliativa,
Durante uso prolongado de esteroide.
Clinica:
Lesão dolorosa, quente e eritematosa, resultante da inflamação ou infecção de
várias unidades pilossebáceas contíguas,
Tendo como consequência nodosidade que aumenta de tamanho em poucos dias
até alcançar em media 3 a 10 cm de diâmetro.
Inicia-se um processo de supuração após 5-7 dias, e o pus é eliminado através de
múltiplos orifícios de drenagem.
Geralmente, afeta áreas que possuem pele mais espessa como: região cervical
posterior, dorso, ombro, quadril e coxas.
Carbunculos que afetam a região mediofacial podem causar celulite orbitaria,
trombose do seio cavernoso e meningite.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
Algumas complicações
• Carbunculos que afetam a região mediofacial podem causar celulite
orbitaria, trombose do seio cavernoso e meningite.
• Pode ocorrer ulceração, sendo inevitável formação de cicatriz devido a
lenta cicatrização.
• Sintomas constitucionais podem preceder por algumas horas ou
acompanhar o desenvolvimento do carbúnculo.
• A febre pode ser alta e a prostração intensa, caso o carbúnculo
apresente grandes dimensões ou o paciente esteja muito debilitado.
• Pode ocorrer sepse em casos extremamentes graves.
Diagnóstico:
Baseado no aspecto clinico da lesão.
Coloração de Gram e culturas oferecem suporte para o diagnóstico. (O tratamento
não deve ser adiado até o resultado desses exames laboratoriais.)
Carbúnculos extensos podem estar associados ao aumento da contagem dos
leucócitos.
Tratamento;
A drenagem do pus faz parte do manejo clínic o do carbúnculo,
Antiobioticoterapia sistêmica contra S. aureus que incluem: Flucloxacilina,
cefalexina, eritromicina e claritromicina. (as duas ultimas recomendados em
alérgicos em penicilinas).
Após a drenagem, os cuidados locais com a ferida são essenciais e o paciente
deve, ser orientado a não manipular a lesão.
Diabetes e outros possíveis condições etiológicas subjacente devem ser
investigadas e tratadas.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
MSRA-RISK
Lembrar que alguns pacientes tem o risco de ter a resistência a METICILINA, nesses
pacientes não é feito o uso de cefalexina e ácido fusidico e sim outros antibióticos.
Nesse caso pra descobrir se o paciente tem o risco tem que ser através da anamnese.
FOLICULITE FÚNGICA
Figura 13-Granuloma
tricofítico de majocchi.
Pápulas descamativas
nos membros inferior,
quando a pústula
descama faz um colarete.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
FOLICULITE FÚNGICA
Foliculite petispórica:
Mulheres, 25-35 anos;
Mais prevalente em países de clima quente e
úmido;
Relacionada ao atrito;
Agente etiológico- Do mais comum pro menos
comum: Malassezia globosa, Malassezia restrita,
Malassezia furfur. (O processo etiopatológico está
ligado com a microbiota, no caso da malassezia
furfur, exemplo usado em sala, uma disbiose faz
com que esse fungo se torne um parasita e faça
processo patológico infecção e inflamação.
Pápulas e pústulas superficiais e pruriginosas principalmente na região dorsal: no
tronco e nos membros inferiores. Poucas vezes afeta a face;
.Normalmente vai ter mais pápulas foliculares do que pústula (geralmente
pústulas não estão presentes.)
As pústulas quando são bacteriana tendem a ser confluentes e próximas uma da
outra. Na fúngica tem padrão diferente, são duras assintomáticas praticamente
não coçam e são isoladas
O diagnóstico não é simples, necessita do exame micológico.
Tratamento: antifúngico sistêmico.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
PSEUDOFOLICULITE
Homens, fototipo VI;
Muito frequente
Etiologia: Alteração anatômica do pelo , se
encontra encurvado e é chamado de ulotríquio o
que gera reação tipo corpo estranho ao ulotríquio
que penetra na epiderme de novo e faz processo
inflamatório. Existem ulotríquio tão pequenos que
penetra da derme antes mesmo de sair na
epiderme.
Hábito de barbear -> Métodos de corte resultam em um pelo afiado abaixo da
superfície cutânea;
Clínica: Papulas eritematosas, eventualmente pústulas, na área da barba, região
pubiana e inguinal, podendo apresentar hiperpigmentação e cicatriz.
Diagnóstico: Historia clínica e morfotopografia das lesões.
Alterações anatômicas (pelo crespo);
Patogênese:
(1) penetração transfolicular
(2) penetração intrafolicular;
Tratamento: Orientação, retinoides tópicos Alfa-hidroxiácidos e antibióticos tópicos
(principalmente em casos de infecção secundária)
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
FOLICULITE X PSUDOFOLICULITE
Foliculite: maior inflamação, quadro mais agudo e presença maior de
pústulas.
Pseudofoliculite: menor inflamação e um quadro mais crônico.
Presença maior de pápula.
MONITORIA
Homens jovens afrodescententes;
Irritação crônica/oclusão dos folículos (corte de cabelo), trauma, fricção, predisposição
e fator agravante.
Pápulas, pústulas e eritema; acompanhada de prurido ou dor;
Persistência da foliculite-> cicatrização leva à formação de placas queloideanas;
Alopécia na área afetada (podem haver fios partidos ou encravados nas margens);
Em casos avançados, pode ocorrer a formação de abscessos e fístulas que eliminam
pus.
Achados histológicos: fibrose intensa, folículos capilares quebrados cercados por
inflamação granulomatosa, formação de abscesso perifolicular/fístulas, plasmócitos.
Tratamento:
Evitar cortes muito curtos do cabelo/raspagem dos pelos da região;
Evitar o uso de vestuário que possa provocar a quebra dos fios (camisas com gola);
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
Figura 18-Microqueloide. Pápula lisa com presença de Figura 19-Placa queloideana extensa.
nóduloss dolorosos.
Foliculite
Aula do dia 13/05 – Jonas.
HIDRANIDE SUPURATIVA
pra hidradenite. Tratamento cirúrgico na fístula grau 3, nesse caso tirar a pele
profundamente até a hipoderme. Em casos EXTREMOS; cirurgia excisional ampla e
cicatrização de segunda intenção.
O adalimimab possui melhor resposta por ser um anti-tnfalfa.
Figura 21-Primeira fase do estadiamento de Figura 22-Segunda fase do estadiamento Figura 23- Terceira fase do estadiamento de
hhurley da HS. de hhurley da HS. hhurley da HS.
- Aécio Leite
Foliculites
• Mecanismos Cutâneos contra infecção: Lesão básica: pústula
Renovação da
Ph: 5,5 Secreção Sebácea
epiderme
• Etiologias:
Superficial X Profunda
Bacteriana Fúngica Medicamentosa • F. estafilocócica • Sicose da
• F. por barba
Pseudomonas • Foliculite por
• F. pitirospórica gram-negativo
• Pseudofoliculite • Furúnculos
Eosinofílica Queloideana Pseudofoliculite da barba carbunculos
Foliculites bacterianas
• A mais comum, geralmente superficial.
• Ostiofoliculite: Pústulas superficiais centradas pelo pelo.
• Normalmente por S. aureus (90-95% das vezes), mas pacientes com acne, por exemplo,
podem ter foliculite por gram negativo, devido ao uso crônico de antibióticos. –
acometimento agudo, piora repentina. Também pode ser por pseudomonas, estando
muito associado à hidromassagem e banheiras.
• Fatores predisponentes: maceração (exemplo: pele com pele), oclusão (roupas
apertadas, academia), o ato de se barbear (às vezes a lâmina está contaminada), clima
quente e úmido (destaque pra nossa região), diabetes e dermatite atópica (problema de
barreira, favorecendo a infecção bacteriana).
• Onde estão? Geralmente em áreas que temos mais pelos, face, tórax, axila, nádegas e
dorso. Localização mais comum: onde há depilação – barba, pescoço, axilas
(principalmente mulheres).
• “Pequenas pústulas de base eritematosa. Ao exame, verifica-se que no centro tem
pelo. Geralmente a pústula é da unidade folicular”.
• Não afeta o crescimento do pelo.
• Curam sem deixar cicatrizes: bastante superficial.
• Geralmente, quando se fala em foliculite, fala-se em foliculite bacteriana superficial,
que é a mais comum.
• Comum em crianças, também, por causa do calor e umidade.
» Fraldas: oclusão + umidade
• Tratamento: cuidado com higiene pessoal
» limpeza com água e sabão para remoção das crostas, 2-3x/dia
» pomada antibiótica, geralmente mupirocina ou ácido fusídico– possuem menos
resistência bacteriana, a neomicina (campeão de vendas) já desenvolveu a
resistência. Aplicar fina camada. É comum usar a mupirocina para
descolonização por estafilococos.
» Se houver necessidade de antibiótico oral, usa-se a cefalexina ou eritromicina
6h/6h, 7 dias. Geralmente em área extensa.
» Parar de depilar a região;
(essa primeira foto sempre cai nas provas, de acordo com a monitora, e tem
OSTIOFOLICULITE (SUPERFICIAL)
que colocar ostiofoliculite, se colocar só foliculite é meio certo ou 0)
• As mais profundas são mais dolorosas, tem uma flogose. Geralmente por infecção do
S. aureus. O tratamento é compressa e antibiótico tópico ou até mesmo sistêmico.
HORDÉOLO Hordéolo
Furúnculo
• Infecção mais profunda do folículo.
• Bastante eritema, dor, flutuante. Abcesso que vai ser drenado, com necrose central
contendo carnegão, que deve ser removido, caso contrário, não há cicatrização.
• Pode parecer um abcesso, mas lembrar que afeta área de pelo e tem necrose central
característica.
• Pode fistulizar. Além disso, pode evoluir para uma tumoração inflamatória ou uma
grande área ulcerada.
• Nódulos eritematosos, duros, dolorosos, evoluindo com necrose central
(carnegão).
• Afeta a glândula sebácea – infecção profunda do folículo/glândula.
• Geralmente ele aparece único, mas tem pessoas que possuem em grande quantidade
e em menor espaço de tempo, sem situação de imunossupressão, configurando a
Furunculose Múltipla De Repetição.
• Lembrar: 1 – furúnculo, + de 1 - furunculose
• Tratamento
» Compressa de água morna
» Drenagem, pois é flutuante.
» Tratamento cirúrgico para retirada do carnegão (obrigatório)
» Quando precisar de complemento: uso de antibiótico sistêmico. Ex: quando
estiver na face ao redor do nariz, rapidamente evolui para uma celulite e
septicemia, se mal conduzido.
• “quando tratar com antibiótico sistêmico uma foliculite? Lesões grandes e recorrentes,
celulite, não resposta ao tratamento e furúnculo em torno ou dentro de nariz/conduto
auditivo.
• Atenção para celulites -> septicemia.
• Quando não se sabe de onde vem e há recorrência, está indicado o tratamento “tópico”
na ponta dos dedos, “coloca o antibiótico na ponta dos dedos e nas narinas, em todos os
membros da família, e pergunta se alguém mais tem contato com o paciente, podendo
ser portador são da bactéria.” – descolonização
Nessa imagem
também pode
ser visto
ostiofoliculite,
possivelmente
carbúnculo
(união de 2)
Carbúnculo/ Antraz
• Conjunto de furúnculos agrupados, confluentes, extremamente dolorosos e profundos,
que podem chegar até o tecido subcutâneo, contendo múltiplos orifícios de drenagem,
deixando cicatriz.
• Tratamento:
» Cirúrgico: drenagem
» Antibiótico sistêmico por conta de complexidade, em todos os casos,
geralmente cefalexina.
• Pode dar em qualquer lugar do corpo, mas é bem mais comum na região da nuca
“antraz atrás”.
• Lembrar que tem pacientes resistentes a meticilina, em que nem adianta usar
cefalexina, acido fusídico. Tem que entrar com antibiótico contra as bactérias
resistentes. Atenção àqueles que contraíram em ambiente hospitalar, hemodiálise, uti,
previamente colonizados por S. aureus GRUPOS de Risco MRSA (ver obs na última pág)
Caso Clínico
• Paciente vários pontos purulentos na região da virilha, uma das preocupações dele é
uma DST. Tem hábito de fazer depilação, e na história sexual refere ter apenas uma
parceira há um ano.
• Região da virilha, sendo observados inúmeros pontos purulentos centrados por pelo e
várias pústulas.
• Foliculite (bacteriana).
• Fator de risco: depilação, localização, oclusão, área que favorece maceração.
• Tratamento: antibiótico oral (pela grande quantidade), parar depilação, higiene
pessoal.
• Depois o prof mostrou outra foto “quadro típico, em local típico”, era uma lesão na
nuca. O quadro sugere Antraz.
•
Granuloma Tricofítico de Majocchi
• Bastante raro, diagnóstico difícil. É geralmente diagnóstico diferencial.
• T. rubrum ou T. violáceo. Quando se fala em T. rubrum, geralmente é aquele
paciente com tinea não tratada por longo período ou paciente imunocomprometido, então
esse fungo acomete, além da pele, o folículo, sendo mais profunda.
• Membro inferior, formando pápulas descamativas, mas a lesão é folicular. Pode formar
pústula que descama, formando colarete.
FOLICULITE FÚNGICA - GRANULOMA
• Ao exame: esporo e hifa podem ser encontrados.
TRICOFÍTICO DE MAJOCCHI
Tratamento: antifúngico.
Pseudofoliculite
• Comum em homens, fototipo VI, que têm o hábito de se barbear.
• Alteração anatômica do pelo, que fica encurvado, chamado pelo ulotríquio, que
provoca uma reação do tipo corpo estranho, ao penetrar na pele. O hábito de se barbear
também pode ocasionar essa alteração do pelo.
Transfolicular X intrafolicular
• Quadro que incomoda bastante, principalmente aquelas pessoas que precisam estar
sempre barbeadas, gerando uma foliculite crônica e endurecidas, dolorosas. O ideal para
esses pacientes é deixar o pelo crescer ou fazer a depilação definitiva.
Foliculite Eosinofílica/ Doença de Ofuji
• 2 formas mais conhecidas: clássica e infantil. Há, ainda, a forma associada à
imunodepressão.
• Evolui com surtos, a cada 3 ou 4 semanas, que dura de 7 a 10 dias. “pensa que é
bacteriana, aí trata e volta, então faz uma biópsia e tem muito eosinófilo (eosinofilia),
cursando, também com uma neutrofilia” – múltiplos ciclos de exacerbação e remissão.
• Ficou mais frequente com o aumento dos casos de HIV. É a foliculite mais comum
associada ao HIV.
• Padrão monomórfico, bilateral, simétrico e difuso. Inúmeras pápulas eritematosas, que
podem ou não ter pus. Geralmente em região de dorso e face.
• Possui causa incerta, sendo associada a um processo autoimune contra o sebo ou
agente infeccioso (Dermodex folliculorum) desencadeando a produção de anticorpos.
• Tratamento: corticoide tópico ou tacrolimus.
• Epidemiologia: forma clássica – asiáticos, homens, 20-40 anos
forma infantil – 2 -10 mês de vida.
Foliculite Queloideana da Nuca
Importante:
Sicose da Barba
» Fatores de Risco:
Princípios da radiação:
▪ Luz Solar – Principal fonte de radiação
que envolve os seres humanos
▪ Espectro Eletromagnético
▪ A radiação eletromagnética é uma
forma de energia, as radiações que
compõem o espectro eletromagnético,
são de especial interesse para a
dermatologia a radiação ultravioleta
(UV), a luz visível e a radiação
infravermelha, tanto pelas doenças
cutâneas causadas ou agravadas por
elas quanto pelas diversas formas de
tratamento que proporcionam
▪ quanto menor o comprimento de onda,
maior é sua energia
Espectro eletromagnético: três regiões distintas
▪ radiação elétrica (inclui as ondas de rádio e micro-ondas, com grande comprimento
de onda e baixa energia);
▪ radiação óptica (radiação infravermelha, luz visível e ultravioleta) e outra na qual se
localizam os raios X;
▪ raios gama;
▪ raios cósmicos (com pequeno comprimento de onda e grande energia);
UVA: RADICAIS LIVRES QUE IRÃO SER RESPONSÁVEIS PELA PEROXIDAÇÃO DOS
LIPÍDEOS E ATIVAÇÃO DE FATORES DE TRANSCRIÇÃO;
UVB: EMBORA TAMBÉM GERE RADICAIS LIVRES, TEM COMO PRINCIPAL MECANISMO
A INTERAÇÃO DIRETA COM O DNA, CAUSANDO ALTERAÇÕES;
Imunosupressão
Pigmentação
Eritema
•A reação eritematosa à radiação UV é um
processo inflamatório e depende do
comprimento de onda em questão
• Quanto menor o comprimento de onda,
maior o potencial de produzir eritema(UVB
é mais responsável pelo eritema, UVA
corresponde a apenas 15%);
• Aparece 4 a 8h após a exposição solar,
com o pico entre 6 e 24h;
• Desaparece gradativamente ao longo de
1 dia ou mais;
• O FPS é obtido pela razão entre a dose eritematosa mínima (DEM) na pele protegida
por um protetor solar e a DEM na mesma pele quando desprotegida, e independe do
fototipo do indivíduo em que foi testado (calculo do fator de proteção)
• Para calcular o FPS: fique ao sol, sem qualquer proteção, até aparecerem as primeiras
manchas avermelhadas em sua pele. Se esse tempo foi de 20 minutos, para um protetor
solar com FS 15, por exemplo, você poderá ficar exposto ao sol, sem problemas, pelo
menos durante 20 min x 15 = 300 min = 5 horas.
Luz solar e Vitamina D
A síntese endógena, que tem início com a exposição cutânea à radiação UVB, é o principal
meio de acumulação de vitamina D no corpo humano. Após a exposição à radiação UVB,
o 7-desidrocolesterol é fotoisomerizado na pele para pré-colecalciferol, ou pré-vitamina
D3 . Esta molécula é então convertida em colecalciferol, ou vitamina D3 , e armazenada
no interior dos adipócitos. Quando a demanda fisiológica aumenta, a vitamina D3 entra
na circulação para ser ainda modificada, em duas reações de hidroxilação:
Conceito:
A dermatite atópica (DA) é a principal manifestação cutânea da atopia (tendência
hereditária a desenvolver alergia a antígenos alimentares ou inalantes, manifestando-se
por eczema, asma ou rinite alérgica.
Trata-se de uma doença genética, de herança poligênica, com evidentes alterações
imunológicas, influenciada por fatores ambientais e emocionais.
Sinônimos: Eczema Atópico, prurigo disseminado e prurigo diatésico.
Epidemiologia:
Tem aumentando em todo o mundo. Nas crianças brasileiras, a prevalência de dermatite
atópica está em torno de 10 a 15%.
Etiopatogenia:
AMP- cíclico nos macrófagos, basófilos e linfócitos, que levam a um aumento da
liberação de histamina, diminuição dos linfócitos T supressores e aumento da produção de
IgE.
Além disse têm sido observadas anormalidades no metabolismo do ácido araquidônico
com aumento nos metabólitos tanto da via lipo-oxigenase quanto da ciclo-oxigenase,
contribuindo para a persistência da inflamação.
Características da DA:
Imunidade Celular:
Os portadores da DA apresentam diminuição de respostas de hipersensibilidade
retardada. Observa-se também diminuição no número de linfócitos T circulantes.
A lesão eczematosa que ocorre na DA é própria da reação tipo IV envolvendo imunidade
celular, e o infiltrado linfocitário dérmico das lesões eczematosas é composto,
predominantemente, por linfócitos auxiliadores (CD4+).
Clínica:
• Aguda: Vesículas, exsudação e crostas serosas/hemáticas; Pápulas e placas edematosas,
eritematosas, com escoriação secundária;
• Subaguda: Pápulas e placas eritematosas; Escamas e escoriações secundárias;
• Crônico: Placas espessas hiperceratóticas com liquenificação.
DA Infantil:
• 3º mês até 2 anos;
• Áreas eritematocrostosas;
• Acomete face (poupa maciço central), couro cabeludo, pescoço, fronte, punhos, face
extensora de membros e área de fraldas;
• Aumento da hipersensibilidade a inalantes (animais, pólen, penas, poeira);
• Antígenos alimentares podem ter papel importante até o final dessa fase;
• Os pacientes que nesta fase apresentam eczema generalizado podem melhorar
bastante; entretanto, o desaparecimento total da doença é pouco provável;
• O surgimento de vesiculação aguda, localizada ou generalizada, sugere infecção
secundária bacteriana ou viral.
DA Pré-Puberal:
• Dobras dos joelhos, cotovelos, tornozelos, pescoços e pulsos (face flexora);
• Lesões mais liquenificadas e papulodescamativas;
• Surtos de agudização;
• 60% dos pacientes apresentam desaparecimento total das lesões nesta fase.
DA Adulto:
• A liquenificação é o achado mais importante;
• Regiões flexurais dos braços e pernas, pescoço e nas mãos;
• Casos de eritrodermia ou lesões generalizadas não são raros nesta fase;
• Geralmente os indivíduos que apresentaram formas graves na infância;
• Normalmente apresentaram na infância quadros de alterações psicológicas importantes.
Tubérculo de Kaminsky:
protuberância centrolabial
superior
Hiperlinearidade
palmoplantar:
Aumento da proeminência das
linhas palmoplantares
SCORAD:
SCORAD (Scoring Atopic Dermatitis) é uma pontuação composta que permite ao médico
avaliar a gravidade do eczema do paciente.
Avalia a área de pele acometida e a gravidade de uma lesão em especial, destacando-se:
eritema, edema, presença de crostas, sinais de escoriação e liquenificação.
Consideram-se ainda perguntas sobre a qualidade do sono e intensidade do prurido dos
últimos 3 dias que antecederam a avaliação.
Classificação:
• 0 a 14: DA leve
• 15 a 40: DA moderada
• Acima de 41: DA grave
• Tratamento:
Afastar fatores desencadeantes( irritantes, sabonetes alcalinos, ácaros, usar roupas frescas
de algodão).
Usar sabonetes de PH ácido( Dermacyd, Syndet)
Hidratação (Emolientes 3 min) Ex: Cetaphil creme/loção. Uso Tópico. Aplicar sobre as
lesões 2x/dia;
Anti-histamínico( se necessário) Ex: Loratadina 10mg. VO. Tomar 1cp/dia enquanto houver
prurido.
Corticoides tópicos – 1° linha
• Avaliar a potência (baixa, média, alta);
• Face, áreas intertriginosas e genitálias -> menor potência;
• Lesões liquenificadas ou palmoplantares -> maior potência;
• Usar 1 a 2x ao dia, por 7 dias.
• Efeito colateral mais esperado : atrofia.
• Tratamento reativo (7dias ou até melhora significativa)
• Tratamento proativo (mantido até 20 semanas, 2x por semana)
Alopecias
Resumo de Ranna Simões – Aula: Prof. Sandra Romero
Definição: Alopecia é definida como perda de pelos do corpo. Geralmente as alopecias são
um problema por motivos cosméticos e psicológicos, mas pode ser também um sinal
importante de doença sistêmica.
Características do pelo:
✓ Papel psicológico;
✓ Couro cabeludo: 100.000 – 150.000 fios;
✓ Cresce 10 mm/mês.
Ciclo do crescimento: Ciclo evolutivo dos cabelos ocorre em 03 fases.
✓ Fase Anágena: corresponde ao crescimento ativo do cabelo.
✓ Fase Catágena: é o período de regressão, ou seja, o cabelo começa a morrer.
✓ Fase Telógena: o cabelo morto é empurrado por um novo fio anágeno.
Ao final da fase estacionária, o pelo cai (exógena) e um novo pelo começa a crescer no
folículo, reiniciando o ciclo.
Normalmente, cerca de 50 a 100 fios de cabelo alcançam o final da fase estacionária a cada
dia e caem. Quando bem mais de 100 fios/dia alcançam a fase estacionária (eflúvio telógeno),
observa-se, clinicamente, queda dos cabelos. A interrupção da fase de crescimento causa
perda anormal dos cabelos anágenos, denominada eflúvio anágeno.
Classificação: Podem ser difusas ou circunscritas, cicatriciais e não cicatriciais:
✓ Alopecias difusas não cicatriciais: eflúvio telógeno, eflúvio associado a endocrinopatias,
doenças metabólicas e nutricionais, colagenoses (lúpus eritematoso sistêmico - LES -
dermatomiosite), medicamentosas tóxicas, androgenética, congênitas.
✓ Alopecias difusas cicatriciais: radiações ionizantes (doses elevadas), queimaduras
extensas, medicações quimioterápicas (bussulfano, docetaxel, cisplatina/etoposide).
✓ Alopecias circunscritas não cicatriciais: areata, traumática, sífilis secundária, lúpus discoide
e outras colagenoses sistêmicas, herpes-zóster, foliculites, fármacos, tração, desnutrição.
✓ Alopecias circunscritas cicatriciais: esclerodermia, lúpus discoide tardio, colagenoses
localizadas, quérion, tinea por M. audouinii e T. schoenleinii, foliculite decalvante,
penfigoide cicatricial, neoplasias, foliculite dissecante e outras.
Abordagem Diagnóstica:
• História Clínica:
A história da doença atual deve abranger o início e a duração da queda de cabelos, se houve
aumento da queda e se é generalizada ou localizada. Sintomas associados, como prurido e
descamação, podem ser observados. Os pacientes devem ser arguidos quanto às práticas dos
cuidados dos cabelos, como uso de secadores, tranças, enrolar cabelos e se rotineiramente
tracionam ou puxam os cabelos.
• Exame Físico:
A avaliação dos pelos de todo o couro cabeludo, bem como do corpo deve ser sempre
realizada. Cor, brilho, textura e comprimento são dados semióticos importantes.
Teste de tração Tricograma Tricoscopia Histopatologia
• É um método
• Avalia atividade e microscópico para • Aumenta acurácia • Padrão Ouro!
gravidade da queda avaliação das hastes diagnóstica em • Importante para
de cabelo. e do ciclo folicular. relação à inspeção confirmação
• Positivo: >10% dos • Diagnóstico clínica e as diagnóstica das
fios tracionados se diferencial e diferentes causas de alopecias cicatriciais
desprendem ou acompanhamento de alopecia, bem como • realizar biopsia do
mais de 6 fios, em alopecias difusas não os mecanismos couro cabeludo com
cada tração. cicatriciais. patogênicos. punch 4 mm com
• Alterado quando corte horizontal.
>25% dos fios são
telógenos.
1) Eflúvio Telógeno
É um processo reativo causado por estresse somático ou psíquico, alterações hormonais ou
por medicamentos em que vários folículos pilosos são induzidos a entrar na fase telógena
precocemente. A queda de fios telógenos pode subir de 120 a 400 por dia.
Características: Causas
• Alopécia difusa • Doenças sistêmicas
• Conversão precoce: anógena para • Doenças inflamatórias do couro
telógena cabeludo
• 2-4 meses após gatilho • Medicamentos
• Queda aumenta para 120-400 fios/dia • Tabagismo
• Tricodínea em 30% dos casos • Uso de retinóides
• Agudo e crônico • Estresse
Clínica: O couro cabeludo está aparentemente normal, alguns pacientes com certa rarefação
dos cabelos. O teste de tração suave obtém de 4 a 5 fios. A perda de pelos é reversível, não
havendo destruição do folículo piloso.
Diagnóstico: Clínico; eventualmente o tricograma e o exame histopatológico podem ser
necessários. Na investigação de causas metabólicas deve-se solicitar pesquisa cinética do
ferro e hormônios tireoidianos.
Tratamento: Orientação ao paciente, Tratar causa. Pode-se usar minoxidil a 5% em solução
hidroalcoólica, especialmente na forma crônica
Rarefação bitemporal.
2) Alopecia Areata
Etiologia: Auto-imune
Clínica: Placas alopécicas lisas e da cor da pele; pelos em ponto de exclamação, cuja
extremidade distal é mais espessa que a proximal.
• Quadro adrupto.
• Qualquer área pode ser acometida – 90% couro cabeludo.
• Pele sã.
• Assintomático, porém prurido e tricodinia podem acompanhar o caso.
• Recuperação – fios brancos (poliose).
Diagnóstico: Clínico e Dermatoscópico. Na dúvida, o exame histopatológico pode auxiliar.
Perda completa e rápida de pelos em uma ou mais áreas do couro cabeludo – envolvido em
90% dos casos – e, ocasionalmente, de outras regiões pilosas (barba, supercílio, púbis):
3) Alopecia Androgenética
Tratamento
• Tópico: minoxidil 5%.
• Anti-andrógenos: aldoctone, anticoncepcionais.
• Finasterida.
• Orientações quando aos fatores de piora: tabagismo, exposição solar e medicamento que
induzem a queda.
Onicopatias
Resumo de Ranna Simões – Aula: Prof. Sandra Romero
✓ Diante de uma onicopatia, termo genérico usado para definir qualquer alteração do
aparelho ungueal, faz-se necessário um diagnóstico clínico sustentado no aspecto
macroscópico e confirmado por exames complementares, sempre que possível, para que
a terapêutica seja mais efetiva. Utilizam-se basicamente o exame micológico direto, a
cultura para fungos e, mais raramente, o exame histopatológico para confirmar uma
hipótese clínica.
✓ O diagnóstico de onicopatia pode ser orientado pelo chamado clipping de lâmina ungueal
para análise histopatológica. Além do diagnóstico da onicomicose, é possível diagnosticar
eczema, onicotrauma, psoríase e, por vezes, líquen plano.
✓ O exame clínico do aparelho ungueal pode fornecer elementos para o diagnóstico tanto
de doenças dermatológicas como sistêmicas, incluindo insuficiência renal, cardíaca,
pulmonar, hepática, endócrina e até casos de envenenamento por arsénico.
Semiologia ungueal:
1) P soríase Ungueal • SINAIS
• Sintomas
Etiologia: Imunoinflamatória • Dor: súbito, lento, insidioso
• Curso: contínuo, dia, noite
Clínica: Qualquer porção da unidade ungueal e • Tipo: lancinante, pontada
periungueal e manifestações inicial ou não – 50%
acometimento ungueal.
• Pitting: depressões puntiformes, pequenas e rasas
originadas de um dano focal da matriz proximal.
• Deslocamento da placa ungueal.
• Onicólise: quando o processo inflamatório ocorre
no leito ou no hiponíquio pode levar ao
deslocamento da placa ungueal.
• Ceratose subungueal: espessamento do leito
ungueal por aumento das escamas.
Pittings ungueais
• Estilhas hemorrágicas: proliferação e fragilidade dos
vasos na fase ativa da doença.
✓ O tratamento da unha encravada pode ser feito sem cirurgia, caso o quadro seja muito
inicial. Nos casos mais simples, a aplicação de órteses ou chumaços de algodão para
separar a espícula de unha da pele ao redor, podem resolver o problema. Em outros casos,
podemos indicar o uso de banhos de imersão do pé envolvido em soluções contendo
antissépticos e agentes secativos, como o permanganato de potássio. Água quente e sal
também podem ajudar a reduzir a inflamação.
✓ O granuloma piogênico é uma complicação da unha encravada e é popularmente
conhecido como “carne esponjosa”. Além de provocar dor, essa lesão sangra facilmente.
Esse tipo de problema deve ser tratado pelo dermatologista no consultório, com aplicações
de ácidos fortes na lesão ou crioterapia, e antibioticoterapia tópica domiciliar. Caso isso
não resolva o quadro, está indicada a cirurgia.
3) Líquen Plano
Clínica:
• Acometimento da dobra proximal
ungueal pode apresenta-se com
coloração azulada ou avermelhada.
• Rugas longitudinais.
• Pitting
• Ceratose subungueal
• Onicólise.
Tratamento: corticoide potente tópico.
Emergências dermatológicas
Resumo de Ranna Simões – Aula: Prof. Fábio Francesconi
1) G randes Queimados
Grandes Queimados:
Segundo o CFM, o grupo de grandes queimados envolve uma série de combinações entre
idade, porcentagem e região atingida do corpo, natureza e grau da queimadura, além de
existência de lesões específicas adicionais.
• Menores de 12 anos - queimaduras de segundo grau em mais de 15% do corpo ou de
terceiro grau em mais de 5% do corpo.
• Vítimas de queimaduras de origem elétrica.
1/3 dos atendimento em emergências.
Condição aguda – inflamação.
Regra dos Nove (Regra De Wallace):
Atendimento aos grandes queimados:
• "ABC" antes de abordar as feridas.
• Remover vestimentas.
• Avaliar outras lesões.
• Manter o paciente aquecido.
• Todas as vítimas com mais de 20% de
SCQ devem receber volume o mais
rápido possível.
• Determinar se preenche critérios para
o Centro de Tratamento de Queimados.
• Se sim, continuar estabilização até
que o paciente esteja estável para
a transferência.
2) Descolamento Epidérmico
Refere-se à perda da epiderme, a qual se faz por vezes em retalhos.
• Perda da proteção da pele e da resistência a perda de água.
• Condição crônica – pouca inflamação.
• Pênfigos
Doenças autoimunes, relativamente raras e caracterizados pela formação de bolhas na pele e,
às vezes, também nas mucosas (como boca, garganta, olhos, nariz e região genital de homens
e mulheres).
• Sindrome de Stevens Johnson
✓ Causada por hipersensibilidade a imunocomplexos e
pode ser desencadeada por distintos fármacos,
infecções virais e neoplasia.
✓ Os sintomas típicos incluem descamação da pele,
febre, dores pelo corpo, uma erupção vermelha
plana e bolhas e feridas nas membranas mucosas.
✓ Descolamento epidérmico <10% da epiderme – SJS
✓ Descolamento epidérmico >30% - NET.
✓ Necrose cutânea por apoptose semelhante ao lúpus.
✓ Placas profundas, geométricas, eritematosas.
• Pele superficial necrosada e a profunda
eritematosa – "vermelho escuro“.
SCORTEN - Fatores preditores do prognóstico e
risco de morte dos pacientes com SSJ e NET
Diagnóstico:
• Avaliação clínica.
• Geralmente biopsia da pele.
• O diagnóstico em geral é óbvio pelo aspecto clínico das lesões e rápida progressão dos
sintomas. O exame histológico da pele lesada mostra um epitélio necrótico como um
dado importante.
Tratamento:
• Tratamento em um centro para queimaduras ou unidade de terapia intensiva.
• Possivelmente ciclosporina, troca de plasma ou imunoglobulina.
• Tem pûs? Trata com Antibióticos.
• Olho – fechado (sinequia) e cheio de pus. O que fazer? "Descolar" e TRATAR com ATB;
3) Pustulose Exantemática
Generalizada Aguda (Pega)
• Caracteriza-se por edema e eritema disseminados, cobertos por pústulas assépticas não
foliculares. Na fase resolutiva, observa-se descamação. Surge frequentemente ao nível da
face, virilhas, axilas, pescoço e outras pregas cutâneas, estendendo-se rapidamente, em
poucos dias, a outras zonas do corpo. As manifestações cutâneas são acompanhadas de
febre superior a 38ºC e neutrofilia.
• O pus é estéril porque ele aparece antes da pele descolar.
• Como eu sei que o pus é estéril? = fazer cultura do pus.
Exemplos de Fármacos envolvidos:
• Antibióticos e Diltiazem.
Tratamento:
◊ Suspensão do fármaco indutor;
◊ Corticoterapia tópica e sistémica;
◊ Internamento hospitalar.
4) Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica
Definição: SEPE é uma epidermólise aguda causada pela toxina estafilocócica. Os
neonatos e as crianças são os mais suscetíveis. Os sintomas são: bolhas disseminadas com
desprendimento da epiderme. O diagnóstico baseia-se no exame clínico e, às vezes,
biopsia. O tratamento consiste em cuidados locais e antibióticos antiestafilocócicos. O
prognóstico é excelente com o tratamento no momento oportuno.
• A SEPE quase sempre afeta crianças com < 6 anos (especialmente recém-nascidos);
raramente ocorre em pacientes mais velhos, a não ser que tenham insuficiência renal ou
imunossupressão.
• As epidemias podem ser observadas em berçários, presumivelmente transmitidas pelas
mãos das pessoas em contato com um bebê infectado ou portadores de Staphylococcus
aureus nasais. A SEPE é causada por estafilococos do grupo II coagulase-positivos, que
elabora a esfoliatina, uma toxina que destaca a porção superior da epiderme, logo abaixo
da camada granular, clivam as desmogleínas-1 dos desmossomos.
• A infecção primária geralmente se inicia nos primeiros dias de vida no coto umbilical ou na
região das fraldas; em crianças maiores, a face é a localização típica. As toxinas produzidas
nessas áreas penetram na circulação e afetam toda a pele.
• Inicia-se, geralmente, na conjuntiva, nasofaringe, ouvido, trato urinário ou pele, seguida
de rash escarlatiniforme – especialmente nas flexuras.
Urticaria: Angioedema:
• Edema central de tamanho variado, • Edema súbito e acentuado da derme
circundado por eritema reflexo. profunda e subcutâneo.
• Prurido associado. • Maior frequência do sintoma de dor
• Natureza efêmera, com a pele retornando em relação ao prurido.
ao aspecto normal geralmente em • Acometimento frequente das
período que varia de 1 - 24 horas. membranas mucosas.
• Hipersensibilidade tipo I – IgE • Resolução do quadro em torno de 72
horas.
6) Necrose Cutânea
• É sintoma!
• Vascular: Manchas grandes e superficiais .
• Por meningococcemia (gram – meningococos).
• Lúpus.
• Sepse (CIVD).
• Vasculite obstrutiva.
• Apoptótica.
• Necrose é sempre um processo patológico.
• Apoptose participa de inúmeros processos fisiológicos.
• Algumas vezes podem ser induzidas pelos mesmos
estímulos patológicos e podem coexistir.
• Tóxica.
• Por venenos de diversos animais e medicamentos.
Necrose cutânea induzida por anticoagulantes:
Complicação rara, mas potencialmente fatal, caracterizada por
placas eritematosas, dolorosas, com necrose, bolhas
hemorrágicas e úlceras como consequência da oclusão por
trombos, dos vasos da pele e tecido subcutâneo. Surge
predominantemente em locais ricos em tecido adiposo como
a mama, nádega e anca.
• Exemplos de fármacos envolvidos: heparina, varfarina.
• Dor
• Tipicamente vascular
• Pode acometer órgãos internos, sempre ver rins e pulmão.
• Pode causar lesão ulcerada.
• Ver se é agudo ou crônico, se for crônico, terá cicatrizes em volta das
lesões atuais
• Pode ter aspecto geográfico, aí é uma lesão vascular mais superficial.
• Bordas eritematosas + necrose central = necrose de pequenos vasos.
• Se houver febre, pensar em meningococcicemia.
• Fazer escarificação e avaliar com corante gram.
(positivo = meningococcicemia)
• Pode haver bolha por necrose.
• CID – coagulação intravascular disseminada = maior sinal de gravidade:
pele mostra apenas as manifestações finais da doença.
• Necrose pontual: histoplasmose.
• Síndrome de stevens – Johnson: placas eritemaosas de aspecto geométrico
com base necrosada (coloração vermelho-estranho é decorrente o eritema
somado a necrose).
• Eritema multiforme.
7) Erupção Febril
Varicela Herpes Zóster
• Exantema máculo-papular, distribuição
• Reativação do vírus da varicela em
centrípeta.
latência, ocorrendo em adultos e pacientes
• Após algumas horas: aspecto vesicular,
imunocomprometidos
que evolui rapidamente para pústulas
• Lesões surgem centrifugamente pelo nervo
e, posteriormente, forma crostas em 3
periférico, atingindo a pele e causando a
a 4 dias.
característica erupção do herpes zoster –
• Em crianças, com curso benigno e
dermátomos
autolimitado.
• Tratamento: Aciclovir
• Aspecto de céu estrelado.
Púrpura
• Principal vasculite inflamatória.
• Mancha vermelha por extravasamento de
hemácias, não desaparece com digitopressão.
• Palpaveis, pontiagudas.
• Henoch-Schönlein: afeta os pequenos vasos
sanguíneos da pele, das articulações, dos
intestinos e dos rins. deposição de
imunocomplexos IgA.
8) Síndrome DRESS
• Drug Rash with Eosinophilia and Systemic Symptoms.
• Rash escarlatiniforme por reação a dapsone.
• Exantema, eosinofilia e sintomas sistêmicos.
• INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA!
• Diagnóstico diferencial: SSJ e NET
9) Eritrodermias
• Eritema + descamação.
• Causas:
• Dermatite atópica
• Psoríase
• Micose fungoide
• Fármacos
• Pode acarretar piora da IC de alto débito.
• Pode ser derivada
de fotosensibilidade por lupus.
10) Infecção Cutânea
Celulite Erisipela
• Infecção do tecido subcutâneo • Infecção da derme
• “Casca de laranja” • Lesões bem delimitadas e elevadas
• Lesões mal definidas e planas • Eritema "vivíssimo"
• Eritema "menos vivo" • Sintomas sistêmicos são comuns
ECTIMA GANGRENOSO
• Doença piogênica, de caráter profundo.
• é afecção dermatológica associada e
reveladora de quadro séptico e grave e
mais frequente na faixa etária infantil. O
agente causal mais frequentemente
associado ao ectima gangrenoso é a
Pseudomonas aeruginosa.
• Pode atingir até a gordura subcutânea,
deixando cicatrizes permanentes.
11) Hemorragias
Equimose: extravasamento de fluído orgânico, é um sangramento no tecido subcutâneo, com
diâmetro maior que 1cm, originado da ruptura de um ou mais capilares sanguíneos.
• Lesão purpúrica em lençol.
• Mancha vermelha por extravasamento de hemácias, não desaparece com vitropressão.
• Muda de coloração de acordo com o tempo por alteração da hemoglobina tornando-se
arroxeada e depois verde-amarelada.