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Aula 3: O Propósito do Processo

Hoje, nós vamos aprender algo muito importante que vai trazer leveza para a sua jornada. Existe um processo
para tudo aquilo que você vai viver em Deus. Nós temos a tendência de achar que tudo o que Deus fala conosco hoje
acontecerá imediatamente, mas você precisa entender que existe um tempo e um modo para as coisas acontecerem e
isso se chama: o processo. Salmo 90:12 diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance
sabedoria”. Precisamos entender o tempo em que estamos vivendo para adquirir sabedoria. Todo propósito é antecedido
por um determinado processo e para todo processo que estamos passando existe um propósito estabelecido.

Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata. Tu nos puseste na rede; afligiste os nos-
sos lombos, Fizeste com que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela
água; mas nos trouxeste a um lugar espaçoso.
Salmos 66:10-12

Veja que coisa interessante: Jesus é o nosso purificador que nos prova e nos refina como se refina a prata. A
prata é um objeto precioso encontrado na natureza em um estado cheia de impurezas. É um objeto que precisa passar
por um processo de purificação em alta pressão e temperatura para chegar ao seu estado de pureza. Quando a prata é
encontrada suja, cheia de impurezas, o ourives a submete a um fogo em altíssima temperatura que faz com que a prata
comece a derreter no calor. Esse ourives fica observando a prata derretida para que ela não passe do ponto e sabe qual
é o ponto certo? Quando ele consegue ver a imagem de seu rosto refletida no metal derretido. Este é o sinal de que ela
está pura e então a prata é retirada do fogo do processo. Assim, como o fundidor ou purificador de metal faz com a prata,
Deus quer nos purificar até que cheguemos a refletir sua imagem e a corresponder a seu propósito original para nossas
vidas.

Quem está alinhado com os propósitos de Deus, não pode escolher outro caminho para chegar no centro da
vontade de Deus. Se você pensa que, por ser filha de Deus, o próprio Deus te dispensará desse processo que nos sujeita
a alta pressão e temperatura no fogo da purificação, você não tem essa opção. Para chegar ao propósito de Deus para
sua vida, você precisará passar pelos processos, caso contrário, nunca chegará lá.

Com foi dito anteriormente, só o ourives sabe o tempo e o ponto certo de purificação da prata. Os olhos do
ourives são treinados para examinar e determinar o tempo certo da purificação. Apenas o olhar dele, apenas a sabedoria
e o discernimento dele, apenas sua experiência com a prata pode fazer chegá-la à pureza. Dito desta forma, só o nosso
Deus sabe o tempo e o modo que precisará trabalhar com cada um de nós para nos fazer chegar ao ponto certo de pure-
za. Seus olhos estão sobre nós, Ele nos examina e usa o seu fogo santo para purificar as impurezas que nossa carne
expõe diante das situações adversas. Geralmente, esses processos são envoltos de dor e doem em nossa carne passar
pelos processos de Deus, mas é nos submetendo ao processo que nos fere, que chegaremos ao propósito que nos cura.
O processo fere, mas o propósito cura.

Enquanto a prata está no fogo, ficam claras e evidentes quantas são as suas impurezas e sujeiras e, da mesma
forma, quando estamos vivendo momentos difíceis em nossas vidas, nos quais a nossa carne grita, vemos claramente
como somos fracos e limitados. Mas onde só enxergamos sujeira em nós, Deus está vendo além, pois está trabalhando
com o fino propósito de nos purificar e nos tornar semelhantes a Jesus. Essa é a nossa garantia. O que nos consola
no meio de tantos propósitos dolorosos, é saber que os olhos do Perfeito Ourives estão sobre nós e Ele não tirará seus
olhos de nós em momento algum. Ele te deixará no fogo do processos o tempo necessário para você começar a refletir
a imagem e semelhança dele, até você começar a reproduzir a identidade e o caráter dele na sua vida. Seus olhos per-
manecerão sobre ti até que você se torne quem Ele quer que você seja.

Sem o fogo, a prata nunca amolecerá e ficará pronta para ser moldada e usada conforme o seu propósito. Os
processos de Deus têm o mesmo poder e finalidade de quebrantar nossos duros corações e tirar de nós impurezas que

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não tiraríamos de nós se estas não fossem expostas e reveladas pelos testes e provações do processo. Talvez você es-
teja passando por processos dolorosos nesta fase da sua vida em que se sente submetida à alta temperatura e pressão
do fogo purificador, mas o que Deus está permitindo acontecer em sua vida é por um período determinado de tempo, no
qual Ele irá moldar o seu caráter e tirar todo orgulho do seu coração. Tenha essa convicção em seu coração: o Ourives
das Nossas Almas não erra, Ele sabe te tocar da maneira certa e suficiente para transformar seu coração.

Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as
famílias da terra. Gênesis 12:1-3

Esta é a famosa promessa de Deus para Abraão, um homem que era velho demais para ter um filho e que tinha
uma esposa que, além de avançada em idade, era também estéril. Claramente, vemos que dentro deste propósito de
Deus para Abraão, estaria incluso um doloroso processo para desenvolver fé me seu coração para ser pai de nações
em uma situação tão desfavorável, para não dizer impossível aos olhos humanos.

Para Abraão viver as promessas de Deus, seu primeiro processo foi se posicionar corretamente diante de uma
ordem expressa de Deus: sai de onde tu estás e vai para onde te mostrarei. Seu primeiro ato, desde o princípio, precisou
ser um ato de fé e dependência. Abraão não era mais um moço, já tinha sua vida feita e estabilizada e segura em Harã,
junto de seus familiares, com suas propriedades e servos. Porém, Arão aprendeu desde o seu primeiro encontro com
Deus que obedecer a voz de Deus exigia renúncia. Abraão também aprendeu em seu chamado que Deus nos pedirá de
imediato toda nossa obediência e comprometimento com seu chamado, mesmo que Ele não nos conte tudo que aconte-
cerá de imediato: “vai para uma terra que ainda te mostrarei”. Talvez Deus não nos mostre desde o começo tudo que nos
acontecerá e todo percurso que teremos que fazer para chegar na terra prometida, para que em nossa fraqueza inicial
não desistamos da promessa. Porém, é obedecendo a Palavra do Senhor em cada etapa da nossa jornada que vamos
adquirindo força e sabedoria e vemos nosso destino sendo destravado e liberado plenamente sobre nós. Portanto, a
chave que destravará nosso destino e nos levará à plenitude do propósito amanhã é a obediência que praticamos hoje.
Veja os propósitos de Deus em sua vida como um grande quebra-cabeça e cada ato de obediência é uma peça que se
conecta a outra peça e começa a dar forma ao seu destino.

Então, Abraão, sem ver claramente todo percurso que iria percorrer, sem saber de fato para onde estava indo
e sem entender tudo que precisaria entender para chegar ao seu destino, em um ato de pura confiança em Deus, saiu
de sua terra, do meio de sua parentela e da casa de seu pai e foi para um destino desconhecido. Quando Abraão disse
sim para os processos de Deus em sua vida, os Céus também disseram amém para o cumprimento da promessa. Você
nunca terá o amém para o cumprimento do propósito, se não disser sim para os processos. Processos aceitos e vividos
em seu devido tempo, são destinos alcançados em sua plenitude para sempre.

O processo de refinamento e purificação de Abraão, que mais tarde seria chamado tanto pelos judeus quanto
para os cristãos como pai da fé, começou por escolhas que exigiriam uma reposta de fé, somente de fé. Deus, da mes-
ma maneira, age intencionalmente em nossas vidas, nada acontecesse por acaso ou sem um propósito determinado
por Deus. Deus escolhe usar muitas das vezes circunstâncias completamente desfavoráveis e características em nós
que demonstram o quanto somos vulneráveis e incapazes de realizar sua vontade. Não tinha outra forma de Abraão
viver tudo que Deus prometeu, se não fosse desenvolvendo sua fé no Deus do impossível, não tinha outra forma de um
homem idoso com sua esposa idosa e estéril ser pai de numerosas nações se ele não cresse que Deus faria um milagre
no meio do caminho. Era necessária uma fé que o próprio Abraão não tinha no começo, mas que foi desenvolvida em
sua jornada pelos processos que Deus ministrou em sua vida.

Subiu, pois, Abrão do Egito para o lado do sul, ele e sua mulher, e tudo o que tinha, e com ele Ló.
E era Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro. E fez as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar onde
a princípio estivera a sua tenda, entre Betel e Ai; Até ao lugar do altar que outrora ali tinha feito; e Abrão invo-
cou ali o nome do Senhor. Subiu, pois, Abrão do Egito para o lado do sul, ele e sua mulher, e tudo o que tinha,
e com ele Ló.

AULA 3 - O Propósito do Processo 2

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E era Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro. E fez as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar
onde a princípio estivera a sua tenda, entre Betel e Ai; Até ao lugar do altar que outrora ali tinha feito; e Abrão
invocou ali o nome do Senhor. E também Ló, que ia com Abrão, tinha rebanhos, gado e tendas. E não tinha
capacidade a terra para poderem habitar juntos; porque os seus bens eram muitos; de maneira que não
podiam habitar juntos. E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e
os cananeus e os perizeus habitavam então na terra. E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e
ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Não está toda a terra diante de ti? Eia,
pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a
esquerda. Gênesis 13:1-9

Vamos relembrar: Abraão já tinha recebido a promessa de que viria de sua semente uma grande nação e nu-
merosas nações, mas quando ele saiu de Harã, deixou seu pai, mas levou consigo o filho de seu irmão falecido, o seu
sobrinho Ló. Ló era o ‘plano B’ de Abraão. Abraão pensou consigo mesmo: sou velho demais para gerar filhos e tenha
uma esposa estéril também, logo para que essa promessa se cumpra e eu me torne pai de multidões, precisarei ter, pelo
menos, um filho que herde minha promessa. Vou levar Ló comigo, pois assim garantirei um herdeiro que me dará muitos
netos e os filhos dos filhos dele se tornarão essa grande nação prometida.

Assim, agimos nós também, entramos nos propósitos de Deus sem muita fé no que Ele acabou de nos prometer,
então começamos a querer dar uma ajudinha para Deus e desenhar em nossa mente tudo que precisamos fazer para
conquistar o prometido. Queremos que o processo aconteça do nosso jeito, pois nossa visão míope projeta todo nosso
roteiro a partir da fraqueza e limitação da nossa fé, não acreditando que a forma de Deus é melhor e possível. Em nosso
pensamento, é melhor ter sempre um plano B do que arriscar tudo confiança no plano A de Deus. Todavia, para vivermos
as promessas de Deus pra nossas vidas, precisamos abrir mão dos planos B, C, D e depositar toda nossa confiança seu
plano A.

Não demorou muito tempo pra Abraão perceber que seu plano não estava dando muito certo. A confusão já
estava instaurada em sua casa, entre os seus servos e os servos de Ló. Aquela terra em que peregrinavam juntos, não
tinha mais espaço para os dois viverem juntos com seus servos, seus rebanhos e propriedades. Não dava para contin-
uar juntos mesmo com todo afeto que os uniu no começo da jornada. Em vez de continuarem a briga, como irmãos que
eram, decidiram por fim a confusão com cada um seguindo o seu caminho. Ló escolheu primeiro e foi para um lado e
Abraão seguiu para o outro lado. Temos aqui claramente uma lição muito importante para aplicarmos em nossa vida:
não devemos unir por sentimentos e afetos o que Deus não uniu pelo propósito. Durante o processo, existirão pessoas
que virão como chaves para destravar seu destino, mas também existirão pessoas que serão como cadeados, presas a
você por afeto e não por propósito, que você terá que romper para continuar sua jornada rumo ao propósito.

Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu
escudo, o teu grandíssimo galardão. Então disse Abrão: Senhor DEUS, que me hás de dar, pois ando sem fil-
hos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos,
e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro. E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo:
Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro. Então o levou
fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua
descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Gênesis 15:1-6

Depois deste evento, Abraão entrou na sua tenda, a tenda da frustração e lamentação que
limitavam sua visão da fé. Ali, ele passou bastante tempo refletindo e pensando com muita angús-
tia e ansiedade como se cumpriria uma promessa tão impossível aos seus olhos. Então vieram os
anjos do Senhor e ordem do Senhor sobre ele, dizendo: “Abraão, saia de sua tenda. Venha para
fora e veja”. Abraão saiu da tenda e o Senhor mostrou para ele todas as estrelas do céu. O Senhor
tirou Abraão da posição que limitava sua visão e renovou em seu coração a confiança no cum-
primento da promessa. Talvez, Abraão estava aprendendo ali a passar por uns dos testes mais
difíceis em todo processo de Deus na vida de um homem, que é o teste do tempo,

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a necessidade de aprender a continuar a confiar em Deus mesmo que o tempo esteja passando e as coisas pareçam
mais improváveis de acontecer.

Talvez você esteja escondida dentro da tenda da frustração e desânimo, em uma circunstância de vida que
não consegue mais visualizar as promessas do Senhor se cumprindo em sua vida. Deus já liberou uma promessa para
sua vida, mas você não consegue sequer levantar da sua cama e sair deste quarto escuro da sua alma, perdeu sua
esperança e não tem mais fé no cumprimento da promessa. Isso é o processo te ferindo, te machucando, te revelando o
quanto você precisar crescer e amadurecer na sua fé, o quanto você precisa se humilhar e depender de Deus, o quanto
você precisa aprender que não é pela sua força, mas é pelo Espírito de Deus. Este processo que está te ferindo é para
te ensinar andar pela fé e não por vistas. O processo nos fere, mas quando chega o cumprimento do propósito, experi-
mentamos a cura. Quando você entender que aquilo que o propósito quebra em você, o propósito restaura, você deixará
de reclamar dos processos e confiará nos propósitos de cada processo vivido.

Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.
E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura
terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai. Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva,
e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã. E ele pos-
suiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
Gênesis 16:1-4

Abraão, com certeza, foi testado em sua vulnerabilidade e incapacidade. Esta era o processo doloroso que o
fazia questionar a sim mesmo qual seria o meio de chegar à promessa. Sara estava com Abraão e talvez foi a Abraão
muitas vezes questionar o que estava acontecendo: “Abraão, meu marido, Deus disse para nós deixarmos tudo para
trás e assim o fizemos, deixamos nossas famílias e terras, temos peregrinando conforme Deus nos mandou, mas você
ainda não tem filhos, eu sou uma mulher estéril e não posso te dar filhos, como essa promessa de numerosas nações
virá da sua semente?”.

Você deve imaginar como Sara se sentia envergonhada, inútil e humilhada em todo esse processo. Pressionada
por tudo isso, Sara teve uma ideia que talvez contornasse sua esterilidade e vergonha: “Eu estou cansada, Abraão. Deus
prometeu uma coisa que eu não consigo te dar, filhos, mas podemos fazer do nosso jeito, eu tenho uma ideia”. Então,
Sara sugeriu aos seu marido que se deitasse com sua escrava Hagar e tivesse um filho com ela. Abraão aceitou a ideia
de sua esposa e deitou-se com Hagar, que concebeu e deu à luz um filho homem para Abraão. O nome dado ao menino
foi Ismael, que significa “o que mata o sopro de Deus, a força do braço”.

Que revelação espantosa nessa história: Quando o homem gera algo pela força se seu braço, ele mata o sopro
de Deus sobre sua vida. Quando escolhemos fazer as coisas dando nosso jeitinho de resolver as coisas difíceis, toma-
mos caminhos que nos levam a desobediência e incredulidade. Nós, mulheres, somos experts em dar nosso jeitinho de
consertas as coisas, mas acabamos estragando tudo e piorando a situação a nosso favor. Sara sabe muito bem disso.
Sua ideia que a principio havia dado muito certo, saindo tudo conforme seu roteiro previsto, começou a dar errado. Sua
escrava se voltou contra ela e sua vergonha e humilhação foi maior.

Porque Abraão e Sara não entenderam e creram do propósito de Deus, conforme Ele havia dito, mas quiseram
fazer as coisas do seu jeito, provocaram mais sofrimentos em sua jornada. Algo que é gerado pela força do nosso braço,
sempre traz problemas, sempre vem para matar o sopro divino em nossas vidas. Quando você não entende e se sub-
mete confiadamente ao propósito de Deus para sua vida, os processos carregaram consigo mais dores e renúncias que
você terá que aceitar em sua vida. Contudo, tenha isso em mente, quanto mais a uva é pisada, mais saboroso é o vinho
produzido por ela. E este vinho é a alegria do Espírito Santo que serão derramadas sobre sua vida e te fará esquecer de
toda dor e sofrimento passados. Quanto mais a azeitona é prensada, mais azeite ela produz. E esta porção de azeite
que Deus quer produzir através da sua vida é a unção que Ele quer derramar sobre você para te capacitar e aperfeiçoar.
Todo este processo está te preparando para o propósito que Deus preparou pra você.

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Depois apareceu-lhe o Senhor nos carvalhais de Manre, estando ele assentado à porta da tenda, no
calor do dia. E levantou os seus olhos, e olhou, e eis três homens em pé junto a ele. E vendo-os, correu da
porta da tenda ao seu encontro e inclinou-se à terra, E disse: Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos
teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo. Que se traga já um pouco de água, e lavai os vossos pés,
e recostai-vos debaixo desta árvore; E trarei um bocado de pão, para que esforceis o vosso coração; depois
passareis adiante, porquanto por isso chegastes até vosso servo. E disseram: Assim faze como disseste.
E Abraão apressou-se em ir ter com Sara à tenda, e disse-lhe: Amassa depressa três medidas de flor de arinha,
e faze bolos. E correu Abraão às vacas, e tomou uma vitela tenra e boa, e deu-a ao moço, que se apressou em
prepará-la. E tomou manteiga e leite, e a vitela que tinha preparado, e pôs tudo diante deles, e ele estava em
pé junto a eles debaixo da árvore; e comeram. E disseram-lhe: Onde está Sara, tua mulher? E ele disse: Ei-la
aí na tenda. E disse: Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho. E
Sara escutava à porta da tenda, que estava atrás dele. E eram Abraão e Sara já velhos, e adiantados em idade;
já a Sara havia cessado o costume das mulheres. Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite
depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho? E disse o Senhor a Abraão: Por que se
riu Sara, dizendo: Na verdade darei eu à luz ainda, havendo já envelhecido? Haveria coisa alguma difícil ao
Senhor? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho.
Gênesis 18:1-14

Deus, em sua infinita paciência e bondade, visitou novamente Abraão, junto com seus anjos, e disse a ele que na pri-
mavera Ele voltaria e daria a Sara a alegria de gerar um filho, seu próprio filho, de seu ventre estéril. Mesmo que você
não consiga visualizar ou compreender como se cumprirá o propósito de Deus em sua vida, confie que Deus já está no
seu futuro te esperando com seu destino pronto nas mãos Dele. Mesmo que você não entenda o propósito de tudo que
está acontecendo, confie no destino que foi liberado sobre sua vida. A primavera de Deus chegará na sua vida, trazendo
consigo os frutos da sua semeadura nos invernos do processo. Nós mudamos, as estações mudam, mas Deus continua
o mesmo em todo tempo e se ele te disse algo, independente das circunstâncias, caminhe sobre a palavra de Deus lib-
erada sobre sua vida. Os invernos passarão, a primavera chegará e as promessas de Deus se cumprirão sobre sua vida.

Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabe-
los, cujo irmão Lázaro estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo
aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus,
para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. Depois disto, disse aos seus
discípulos: Vamos outra vez para a Judéia. Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procura-
vam apedrejar-te, e tornas para lá? Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não
tropeça, porque vê a luz deste mundo; Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. Assim falou;
e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. Disseram, pois, os seus
discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que
falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto; E folgo, por amor de vós,
de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele. Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo,
aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele. Chegando, pois, Jesus, achou que já havia
quatro dias que estava na sepultura. (Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios. ) E muitos dos
judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-
lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses
aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.
Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do
último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és
o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua
irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te. Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele. (Pois, Jesus
ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)

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Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levan-
tara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali. Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus
estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria
morrido. Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito
em espírito, e perturbou-se. E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê. Jesus chorou. Dis-
seram, pois, os judeus: Vede como o amava. E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao
cego, fazer também com que este não morresse? Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio
ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do
defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se
creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos
para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse
isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou
com grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu
rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. João 11:1-44

Todos estavam desesperados e preocupados com o estado de saúde de Lázaro. Era uma doença que podia
levar a óbito. Mandaram um recado para Jesus, um pedido de socorro para seu amigo doente que estava à beira da
morte, pois pensavam consigo mesmos, se Jesus chegar a tempo de curá-lo, com certeza Lázaro se livrará da morte.
Jesus não veio no tempo estipulado por Marta e Maria e, consequentemente, Lázaro morreu. Jesus decide ir para
Betânia quando já faziam quatro dias que o corpo de Lázaro estava na sepultura. Chega em meio a um funeral, onde
muitos judeus vindos de Jerusalém estavam a consolar as desconsoladas irmãs Marta e Maria. Sua presença suscita
muitos questionamentos dos amigos e familiares presentes, bem como de Marta e Maria, do tipo: “não poderia ele ter
vindo antes e curado este homem, para que não morresse?”

Eis aí mais uma coisa que a Palavra de Deus nos ensina nesta aula: Jesus é proposital e bastante intencional
em cada um dos processos que faz cada um de nós passar. Enquanto Maria e Marta viram a demora de Jesus em fazer
alguma coisa como uma das razões de seu irmão ter falecido, além da doença obviamente, Jesus viu um propósito maior
em tudo que estava acontecendo. Mara e Maria demonstram mais uma vez nossa ansiedade e preocupação em imagi-
nar que se as coisas forem feitas do jeito que imaginamos e realizamos, o propósito de Deus se concretizará em nossas
vidas. Para elas, bastava Jesus chegar alguns dias antes e tudo seria diferente, mas Jesus intencionalmente decidiu
chegar dias depois, pois tinha algo muito maior para realizar na vida daquela família. Esse processo, embora doloroso e
difícil em sua vida, tem um propósito. Sua dor e sofrimento não é estéril, Deus está agindo em suas circunstâncias atu-
ais, para gerar o cumprimento da sua promessa. Acredite, existe um propósito maior. Por isso, não permaneça chorando
e lamentando como se estivesse no funeral dos seus sonhos, porque Deus chegou para ressuscitar seu coração por
meio da revelação dos propósitos Dele em sua vida.

Como Marta e Maria pensamos em algo pequeno, sem saber que Deus tem coisas maiores para realizar em
nossas vidas e através de nossas vidas. Quando não enxergamos esses nossos pequenos pedidos e sonhos se real-
izando, perdemos nossas esperanças e imaginamos que não temos mais saída. Ficamos, assim, a lamentar e chorar.
Marta e Maria visualizaram a cura, não acontecendo o que elas pediram, restou para elas velar e enterrar seu irmão
querido. Mas Jesus tinha planos de ressurreição, planos de ressuscitar Lázaro dos mortos e glorificar a Deus com algo
que não havia acontecido antes. Jesus tem intencionalidade nos processos que realiza em nossas vidas. Enquanto nós
estamos apegadas à dor e sofrimento de orações não respondidas e sonhos frustrados, como Marta e Maria estavam a
lamentar a morte de seu irmão, Jesus sabe exatamente o que está fazendo. Enquanto Marta e Maria esperavam a cura
e não tendo recebido, seguiram para o sepultamento, Jesus preparava algo maior: a ressurreição. A aparente “demora”
de Deus não é em vão. Existe um processo para o cumprimento do propósito. O que o processo tira de nós, o propósito
restaura.

A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir
as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, Como
o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que
pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

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Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro
na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel. Jeremias 18:1-6

Na visão de Jeremias, o vaso se quebrou nas mãos do oleiro e o oleiro tornou a fazer um novo vaso,
conforme sua vontade. Todas as vezes que o vaso das nossas vidas se desfaz nas mãos do Oleiro de Nossas
Almas, Ele volta a trabalhar em nossas vidas com suas mãos firmes. Cada vez que seus dedos nos tocam e nos
moldam, conforme seu bom prazer e propósito, mais as marcas das suas digitais e de seu DNA, espiritualmente
falando, aprofundam-se em nossa estrutura espiritual. O vaso não diz ao oleiro como ele deve moldá-lo, nem
sequer sugere qual a forma que deseja tomar, ele apenas se sujeita ao processo que torna seu barro maleável o
suficiente para tomar a forma que agrada o seu oleiro. Da mesma forma, você precisa se render ao processo de
Deus em sua vida até se tornar quem Deus quer que você seja, renunciando e abrindo mão do que Ele deseja,
obedecendo e sacrificando como Ele quer, se sujeitando as formas e modos de agir e pensar que Ele e diz e
fazendo tudo conforme Sua vontade, para Seu louvor e glória.

Enquanto Marta e Maria não entendiam o propósito e enquanto Sara e Abraão não entendiam o propósito, o
Senhor estava simplesmente os preparando para viver o que Ele idealizou. Muitas vezes, você não vive o que Deus
idealizou para você por causa da imaturidade da sua fé, dos seus erros de posicionamentos e de suas falhas de caráter.
O processo de Deus está progredindo em você, o processo está te tornando quem Deus quer que você seja para viver
o que Ele te prometeu, o processo está te amadurecendo. O processo não trazendo atraso ou regresso a sua vida, o
processo está trazendo e progresso a sua vida. O que define a sua vida não é o que você está vivendo de negativo hoje,
mas é o que Deus já liberou sobre você. Deus voltou na primavera e Sara teve um filho chamado Isaque, que significa
“filho da promessa”. Para a promessa chegar existe um processo. Não desista no meio do processo. Talvez, você
começou a desistir quando estava chegando tão perto do destino determinado por Deus. Volte a correr para o destino
proposto pelo Senhor para sua vida, sem duvidar, sem olhar atrás, sem desistir até alcançar o cumprimento da promes-
sa. Hoje, receba força, ousadia, intrepidez, vigor e um novo fôlego de vida, para que você possa prosseguir em meio a
esse processo doloroso. Sabe quando um bebê está quase nascendo e passa pelo círculo de fogo num parto natural?
Esse é o lugar que mais dói no corpo da mulher, mas é onde o bebê está sendo expelido para nascer. Algo novo está
nascendo, mulher! Talvez você esteja no círculo de fogo. Seja intensa, seja constante, e viva esse processo em direção
ao teu destino, em nome de Jesus!

AULA 3 - O Propósito do Processo

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