Neste modulo foram apontados aspectos importantes do luto
perinatal e medicinal fetal, iniciamos com a medicina fetal, ela contribui para a saúde do feto desde a gestação aonde é possível avaliar patologias e síndromes ainda entrar útero, a medicina fetal ela usa diversos meios para estar detectando estas alterações que podem afetar tanto a saúde do bebê quanto à saúde da mãe ainda na gestação, um dos meios que a medicina fetal utiliza para fazer essa análise é o ultrassom, que é o longo do tempo o ultrassom trouxe além de alívio para as mães que futilizam esse método para constatar a saúde do seu bebê e a sua saúde, mas também alertas as mães a respeito da saúde do seu filho ou da sua saúde também, e sobre a vitalidade deste bebê é possível fazer pelo ultrassom.
A questão psicológica na medicina fetal é que toda a medicina fetal
é voltada para o bebê e pra a sobre vivencia dele e a mãe fica com aquele sentimento de incapacidade e muitas vezes não se é dado atenção necessária para estes pontos emocionais.
Sobre a expectativa de vida deste bebê é possível que acarreta
diversos contratempos psicológicos para mãe o pai e para família, o Psicólogo Perinatal preciso estar atento alguns sintomas psicológicos que muitas mães, pais, e famílias pode desenvolver diante de um diagnóstico não favorável para criança, seja ela patologia ou uma síndrome ou até mesmo uma expectativa de vida muito baixa ou nenhuma expectativa de vida para o feto.
Em luto perinatal e a suas especificidades, o luto perinatal não é
apenas com a morte de um bebê, mas também com o luto diante do bebê idealizado, pois nenhuma mãe e pai ou família espera que o feto tenha alguma Patologia ou síndrome ou até mesmo uma baixa expectativa de vida , assim esse bebê idealizado deixa de existir diante de um exame que mostra ao contrário da expectativa desta família, o que também pode acontecer diante da descoberta do sexo que também é feito pelo ultrassom ou por um exame de sangue, quando esse sexo do bebê é ao contrário do desejado pela mãe ou pelo pai pode haver também questões emocionais que afetam psicológico desta mãe ou deste pai até o nascimento deste bebê. Sendo assim existe diversos lutos dentro da psicologia Perinatal não só com a morte desse bebê, mas é um luto diante de um diagnóstico, diante de uma característica encontrada neste bebê que vai contra aquilo que o pai ou a mãe sonhava e desejava.
Processo de luto na psicologia Perinatal e na medicina fetal pode
então acontecer desde o início de uma gestação quando a mãe acaba descobrindo que está grávida porém já está acontecendo um aborto espontâneo ou é detectado que esse bebê não conseguirá chegar até o parto ou que esse bebê não passará do dia do parto ou seja viver apenas algumas horas, então este luto a partir do momento em que é descoberto essa expectativa de vida e a intensidade emocional da mãe do pai e da família, diante deste luto deve ser acolhido. O psicólogo na maternidade deve se atentar também para os profissionais que ali estão envolvidos, pois eles também acabam passando por um luto quando vem a óbito o feto ou o bebê já que ninguém imagina ou espera a mortalidade nesta fase da vida. O papel do psicólogo então ela está ali apoiando acolhendo tanto as questões emocionais do pai, da mãe, da família, como também as questões emocionais da equipe
É importante também acolher o luto desta mãe diante da do óbito do
filho, seja no parto ou no purperio, ou até mesmo intra útero, para que seja feito esse ritual de despedida deste bebê, então o psicólogo preciso estar atento sobre esses desejos de ver o bebê mesmo que morto, de tirar uma foto dele para guardar de recordação mesmo que as pessoas achem isso mórbido, se essa mãe está preparada para a despedida, se ela precisa de um tempo pra processar essas informações. Além de que a morte na maternidade traz um cenário difícil pra essa família lidar, pois muitas vezes esta mãe, esta família precisa ficar junto de outras mães que tiveram seus bebês saudáveis, estar ali naquele momento com outras mães e outros bebês pode ainda piorar este quadro emocional e psicológico.
Quando falamos de uma patologia ou síndrome detectada ainda
intra útero a equipe já começa a se preparar para esse parto e para a possibilidade deste bebê ter que ir para uma UTI, e uma mãe quando está no seu trabalho de parto espera que eu sou bebê assim que nasça venha logo para o seus braços, ou que fique no mesmo quarto que ela se recuperando, e um bebê que nasce e vai direto para uma UTI, pode afetar a vinculação mãe e bebê, pois ela não poderá amamentá-lo, não poderá ficar com ele no mesmo abrigo, não poderá cuidar do seu bebê como dar o primeiro banho e isso pode afetar o seu emocional e o seu psicológico com relação maternidade.
Além de que existe uma sobrecarga emocional diante de muitas
famílias que tem seus bebês na UTI, pois os cuidados que devem ser muito específicos com aquele bebê, então muitas vezes a mãe e o pai não pode pegar o bebê no colo mesmo que estejam ali, tem muitas vezes eles não podem nem entrar dentro do setor da UTI tem que ver o seu bebê através de um vidro, essa mãe muitas vezes não vai amamentar o seu filho, ela vai fazer a retirada do leite onde será processado pasteurizado e alimentado pelo filho através de uma sonda, muitas famílias não moram no mesmo local da maternidade, residindo em cidades diferentes, então dificulta a ida até o bebê todos os dias, causando exaustão, cansaço ou até mesmo uma questão financeira prejudicada e tudo isso pode também afetar diretamente a saúde mental das pessoas envolvidas.
Também acontece dos diagnósticos de bebês que não sobreviveram
por muito tempo no pós-parto e é preciso fazer este processo de luto com a mãe, com pai e a família, para que eles consigam passar por essa situação de uma forma mais leve, é preciso respeitar o tempo, os rituais de despedida destas pessoas e fazer a equipe compreender essa importância, é o papel do psicólogo fazer essa mediação entre a equipe e a família
Método canguru, é um método que já teve várias comprovações dos
benefícios que traz para o bebê quando tem o contato pele a pele com a mãe na sua recuperação, muitos casos acontece deste método favorecer na recuperação física desse bebê, além de trazer um conforto, um aconchego em um momento de vinculação mãe e bebe, porém muitas vezes esse método não pode acontecer devido ao estado físico dessa criança então o psicólogo precisa achar um meio de fazer essa mediação para que ela aconteça da melhor forma possível tanto para a equipe quanto para esta mãe e bebê, as vezes acontece da própria mãe se sentir insegura para pegar seu bebe com medo de machucar ou piorar o quadro de saúde de seu filho.
A escuta neste ambiente de medicina fetal, de luto perinatal, é muito
importante compreender qual era o bebê idealizado por essa mãe, como ela está processando este luto, era um bebê desejado?!, não era um bebê desejado?!, era um bebê que foi planejado?!, é o primeiro bebê?!, ela já passou por outros abortos espontâneos?!, ou ela fez algum aborto ilegal?!, tudo isso mexe com o psicológico dela para lidar com este luto ou com esse diagnóstico dado ainda na medicina fetal, ela pode achar que é um castigo e se sentir culpada, não somente ela como o pai, então é preciso ter essa escuta para compreender de fato tudo que está envolvido nesses diagnósticos, nesses Prognósticos e neste luto perinatal.
Somente assim a gente vai conseguir cuidar da mãe enlutada, pois
essa vinculação com seu bebê mesmo que seja em um curto tempo período, seja uma semana de gravidez, seja nove meses da gestação, é preciso ter cuidado, pois aquele momento para esta mãe precisa ser processado compreendido, para que ela consiga lidar com luto e as lembranças ao longo da sua vida, para que ela não leve estas experiências como impedimento para um futuro bebê, ou com os medos de uma nova gestação, então é importante como psicólogos neste ambiente, seja um hospital ou em uma clínica, ter um olhar amplo sobre esta mãe, sobre esta gestação, sobre este luto que ela está vivendo, seja um luto físico ou luto sentimental, sobre os desejos e expectativas que ela tinha sobre esse bebê, não somente ela, como o pai e a família.