No inicio da história do parto, a cena era protagonizada pela mulher,
a gestante, no qual, durante seu trabalho de parto, era a responsável por realiza-lo, ou seja, havia sim outras mulheres neste momento, mas para auxiliar a parturiente, era ela que escolhia a melhor posição, que fazia a força para expulsão, e até recebia o seu bebê, as demais ficam ao redor para caso a parturiente precisa-se, podemos ver estas semanas em filmes e novelas que retratam os tempos antigos.
Naquele momento a cena de parto era apenas uma espaço
feminino, ou seja, apenas as mulheres que podiam participar do parto, homens até então não era bem vindos neste momento, na visão da sociedade, além disso, os médicos também não faziam parte deste contexto, pois para eles o parto era um acontecimento natural do corpo, e não um evento que envolvia doenças, ao qual era o cenário do médico, poderia no momento do parto ter uma parteira, porem ela ainda sim era apenas uma auxiliadora nesta situação.
Com o passar dos anos, os médicos começaram a se interessar pela
cena do parto, pois ali envolvia diversos fatores que despertava este interesse nos profissionais da saúde, sendo assim os médicos começaram a fazer parte da cena do parto, partos cesarianos não eram comuns, até por que ,eram um risco para a mulher e o bebê, então o médico fazia parte do parto normal, mas neste momento começa a mudar o protagonismo da mulher parturiente, pois a fala de “seu parto” passa par a fale de “quem irá fazer seu parto”, ou sejam, a mulher já não era mais a responsável por trazer seu filho ao mundo, ela começa a ter uma visão frágil de suas capacidades e então o medico é que se torna o protagonista do parto, ele é quem faz, na visão da sociedade, assim sendo, a parturiente não passa mais a fazer parto normal em casa, agora para fazer seu parto, ela precisa de um médico, e um hospital. Passando do cenário do parto normal em casa e a mulher sendo protagonista deste momento, temos agora, um médico, uma equipe, e um hospital, ou seja, um local aonde era pra ser utilizado no momento de uma doença, agora também se realiza um parto, se pensarmos nestes apontamentos, o hospital não é o melhor lugar para se realizar um parto, pois lá se encontra as bactérias hospitalares que podem acarretar diversas doenças, e em casa temos as bactérias e outras variáveis, que a criança provavelmente precisará lidar ao longe de sua vida, assim já adquirindo a imunidade necessária, então podemos ver que o parto teve uma grande reviravolta ao longo dos tempos, em relação ao protagonismo e auto segurança da mulher neste momento.
Agora vamos falar sobre o parto normal, sabemos da grande
importância do parto normal para a saúde do bebê e da mulher, além do protagonismo que a mulher precisa ter neste momento, o parto normal, proporciona um momento pele a pele mãe e bebê, a amamentação logo após o nascimento além do benefícios físicos, temos uma maior vinculação entre mãe e bebê, sendo realizado na primeira hora de vida, é preciso que toda a equipe esteja prepara para fazer com que este momento do parto normal seja, realmente natural, pois é assim que a natureza fez, ou seja, deve se respeitar este momento e deixar que aconteça da forma mais natural possível, claro que respeitando o quadro clinico de cada parturiente.
Ao longo dos anos o parto normal, passou a ser desencorajado, e ai
então entramos no parto cesárea, que deveria acontecer em casos de extrema necessidade, porem por diversas suposições, além do ganho financeiro, os médicos começaram a indicar o parto cesariano para as mulher, afim de facilitar os ganhos e seus agendamento, pois assim era possível controlar o tempo e hora que o nascimento aconteceria, ou seja, sem imprevistos como ocorrem no parto normal, o problema é que um parto cesariano realizado desnecessariamente, podem acarretar diversas complicações durante e pós parto, fisicamente e psicologicamente para esta mãe e este bebê.
Quase sempre o parto cesariano, que deveria acontecer, em casos
que coloquem a vida da mãe e/ou bebê, acontecem por causa de medos que médicos e pessoas próximas, colocam nas gestantes sobre o parto normal, falam sobre as dores, riscos de morte, horas de parto, dentre outras frases que são ditas, alguns médicos usam algumas algumentaçoes não tão validas hoje em dia, para convencer a mulher, como por exemplo, cortão enrolado ao pescoço do bebê, o fato é que o parto cesariano, também tem seus riscos, além que a dor não é durante o parto, mas é após, quando a mulher precisa se recuperar de uma cirurgia invasiva, que leva um bom tempo para essa cicatrização, muitas vezes não consegue cuidar de seu bebê após o parto, a amamentação pode não acontecer na primeira hora de vida, além de que o pele a pele no momento do parto, é muitas vezes impedida pela equipe que até mesmo amarra os braços da mãe e coloca um pano impedindo a visão da realização do procedimento, muitas vezes essa mãe só irá ver seu bebê horas depois.
Hoje em dia, tanto o parto normal quanto o parto cesariano, podem
sim acontecer diversas negligencias, que impedem o protagonismo da mulher em ambos, a interação e relação mãe e bebê, além das violências obstétricas sofridas, pela mulher antes, durante, e pós parto, violências estas que acarretam muitas vezes, em depressão pós parto, em pânico ou medo de um parto futuro, a relação da mãe e bebê que podem ser prejudicadas. A violência obstétrica, pode acontecer não somente por médicos, mas por toda a equipe as saúdes naquele momento, um exemplo é quando um enfermeira, fala para a mulher para de gritas e a ofende por isto, ou até mesmo a agride, são diversos tipos de violências, a psicológica, a física, a emocional, a quebra de direitos, como o de um acompanhante e tudo isto está ligado aos fatores de risco a saúde mental da mãe, e até traumas internalizados no bebê. Por isto é importante que o psicólogo durante o pré natal psicológico, incentive a mãe e pai a realizarem visitas a maternidade, conhecer a equipe medica e da saúde que auxilia no parto, trazer para ela a informação sobre seu protagonismo neste momento a importância do parto normal, em caso de parto cesariano também trazer tranquilidade, mostrar para ela o plano de parto, no qual ela pode descrever tudo que deseja ou não, para ela e o bebê, antes, durante e pós parto, seja cesariano ou normal.
A mulher precisa ter a conciencia de que ela tem o direito de realizar
seu parto, com a ajuda medica e da equipe, porem ela é a protagonista e seu bebê, e que seja cesaria ou parto normal, ela tem direitos de ter uma parto humanizado. No parto cesariano temo o termo parto gentil, que envolvem todo este contexto do parto humanizado para a cena de parto cirugico, não precisa ser traumático, e nem tirar o direito da mae e do bebe de se interagir durante e após o parto, é possível a amamentação na primeira hora de vida, é possível alogamento conjunto, é possível que ela possa tocar em seu bebe após o nascimento, ou ajudar no banho se encontra-se disposta, além disso é direito da parturiente um acompanhante, o parto humanizado não é aquele apenas feito em banheiras e em casa, além destes, é possível fazer um parto humanizado no hospital, por qualquer vias, é o respeito sobre o corpo da mulher, sobre os cuidados com o bebê, sobre o ambiente de trabalho de parto, sobre os direitos de ambos, sobra a estimulação da vinculação e interação do pai, mãe e bebê.
Resumindo este modulo, o parto normal é aquele que a própria
natureza se encarregou de fazer, ou seja, aquele que é natural, as intervenções neste momento do parto normal, devem respeitar as vontades da mulher, e os seus direitos, além disso, devem apenas acontecer em casos de riscos presentes. O parto cesariano, se fez por uma necessidade, se iniciou o este tipo de parto, em uma ocasião de estrema urgência, e é assim que ele deve ser realizado, e não apenas como uma fonte de ganho financeiro para o hospital e o médico, pois ele muda toda ordem natural das coisas, ele interfere no funcionamento natural de um parto, e por isto deve-se atentar para que durante este procedimento, a mulher esteja presente protagonizando, vendo, tocando e amamentando seu bebê, estamos falando aqui de parto que acontecem em seu tempo estipulado, porem bebê que precisam de cuidado logo após o nascimento prematuro, este a equipe deve se atentar e cuidar da melhor forma possível para que de alguma forma a mãe ainda tenha sua vinculação com o bebê, pois é muito importante para sua saúde mental e até a do bebê.
Partos humanizados , planos de parto e alojamento conjunto que é
mãe e bebê no mesmo quarto, direto da mãe e bebê, devem ser encorajados seja partos normais, em casa, no hospital ou partos cesarianos, a psicologia pode contribuir no pré-natal psicológico, trazendo todas essas informações aos pais, que contribuem para a tranquilidade e quebra de tabus sobre o trabalho de parto, além de também poder fazer parte da cena de parto, a saúde da mulher neste período é frágil e precisa de cuidados e atenção. Trouxe aqui um resumo do conteúdo do segundo modulo, porem é amplo o que aprendi neste modulo, e são diversas as situaçoes e contexto do momento do parto, gostaria de destacar alguns apontamento que aconteceram comigo, não tive amamentação com minha filha na primeira hora de vida, o que dificultou muito a nossa relação, ao qual eu não conseguia amamentar ela, e além dela perder o interesse em amamentar-se após, a equipe foi muito prestativa, porem esta relação mãe-bebê não foi encorajada, e passei pelo menos 6 meses sem se quer amar minha filha, tive que criar uma vinculação, e a partir dai o amor materno, que poderia ter começado a ser construído logo após o nascimento. Neste capitulo aprendi muito sobre a importância destes momentos na cena de parto e pós parto.