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Resumo: Capítulo I, livro “Psicologia da Gravidez”

Capítulo I “Aspectos psicológicos da gravidez, do parto e do puerpério”

1.1 A maternidade como fase do desenvolvimento psicológico


1.1.1 O conceito de situação de crise no desenvolvimento psicológico

Psicologicamente, a pessoa nunca para de crescer e sempre há a


possibilidade de reestruturação, modificação e reintegração da personalidade. No
ciclo vital da mulher, há três períodos críticos de transição que constituem fases do
desenvolvimento da personalidade e que possuem vários pontos em comum: a
adolescência, a gravidez e o climatério.

O primeiro termo sobre crise foi empregado por autores, para referir-se às
reações de uma pessoa a eventos traumáticos, tais como a morte súbita de uma
pessoa amada, o nascimento de um filho prematuro, desemprego inesperado,
caracterizadas como crises imprevisíveis. O casamento, a gravidez e a menopausa
são crises previsíveis. Uma crise pode ser precipitada por mudanças internas e
externas, e, em qualquer caso, as crises implicam num enfraquecimento temporário
da estrutura básica do ego.

1.1.2 A gravidez como situação de crise no ciclo vital da mulher

A gravidez como situação de crise no ciclo vital da mulher, também possui


várias características de uma situação de crise que faz parte do processo normal do
desenvolvimento, envolve a necessidade de reestruturação e reajustamento em várias
dimensões. Ser mãe de um filho é diferente de ser mãe de dois ou mais filhos, toda a
composição da rede de intercomunicação familiar se altera. Não se restringem apenas
as variáveis psicológicas, mas também socioeconômicas. Outra característica da
gravidez como situação de crise é o fato de representar uma possibilidade de atingir
novos níveis de integração, amadurecimento e expansão da personalidade ou de
adotar uma solução patológica que predominará na relação materno-filial. Uma outra
característica é a relação doentia, caracteriza-se pela expectativa de que o bebê
preencha certas necessidades neuróticas da mãe. Como por exemplo, evitar a
solidão, satisfazer-lhe a carência de afeto, fazê-la sentir-se útil, ou então, pode
representar simbolicamente uma parte doente da mãe.

Situar a gravidez como crise não quer dizer que o período crítico termine com
o parto, na realidade grande parte das mudanças maturacionais ocorrem após o parto,
e, portanto, o puerpério deve ser considerada como a continuação da situação
fisiológica, consolidação da relação materno-filial e em grandes modificações da rotina
e do relacionamento familiar.

Logo a gravidez é uma experiência que pertence à família como um todo, as


atitudes do marido em relação à mulher grávida contribuem imensamente para sua
aceitação ou rejeição da gravidez. É fundamental, portanto enfatizar as interações de
toda família, onde cada membro desta unidade sofre transformações significativas sob
o impacto da gravidez.

1.2 Caracterização dos aspectos psicológicos dos três trimestres da gravidez


1.2.1 O primeiro trimestre

A percepção da gravidez pode ocorrer a nível inconsciente antes da


confirmação pelo exame médico. E é a partir desta percepção, consciente ou
inconsciente, que a relação materno-filial e as modificações na intercomunicação
familiar se iniciam. Neste momento se instala o sentimento de ambivalência afetiva,
ou seja, a balança entre aceitação e rejeição do feto.

No primeiro trimestre, o feto não é concretamente sentido e as alterações


corporais são bastante discretas. Ainda há uma dúvida entre estar e não estar grávida
de fato e com a confirmação clínica surgem sentimentos de alegria, apreensão,
rejeição entre outros.
A hipersonia é uma das primeiras manifestações comuns do primeiro
trimestre, na qual a mulher sente mais necessidade de dormir do que normalmente.
As náuseas e os vômitos também são comuns no início da gravidez.

As alterações hormonais do início da gravidez explicam, em parte, as náuseas


e vômitos, mas, a persistência e severidade destes sintomas são de graus
psicológicos. Alguns autores encontraram correlação positiva entre o grau de
perturbação emocional e a severidade e duração da hiperemese. A pesquisa dos
fatores psicogênicos das náuseas e vômitos na gravidez ainda está em suas etapas
iniciais, não havendo, portanto, alguns pontos que permanecem contraditórios.

Outras manifestações do primeiro trimestre são os desejos e as aversões,


sendo os primeiros os que chamam mais atenção. Embora sejam igualmente comuns,
é provável que as duas manifestações estejam relacionadas.

Pesquisadores dividiram as teorias existentes sobre desejos e aversões em


quatro categorias: as baseadas em superstições e folclore; as teorias físicas,
relacionadas a deficiências nutritivas; as psicológicas, que relaciona a rejeição ou
desejo conforme emoções e as teorias que sugerem estas manifestações por causa
de uma mudança do paladar e do olfato, mais estimulados durante o período de
gravidez. Portanto, pode-se dizer que não há uma teoria única que explique os
desejos e as rejeições de alimentos durante o primeiro trimestre de gravidez.

O aumento de apetite, também é uma manifestação durante este trimestre.


Em grau de extrema voracidade pode causar diversas complicações obstétricas.
Vários fatores psicodinâmicos podem atuar nestes casos: o ganho de peso pode ser
sentido como um sinal de que o feto está se desenvolvendo normalmente. Manter a
alimentação adequada pode atuar como mecanismo de autoproteção, pois o feto é
sentido como parasita que suga as reservas da mãe, que passa a comer em excesso
para compensar as perdas. Por outro lado, a restrição alimentar pode ser sentida
como sacrifício imposto pela maternidade. A perda do controle na alimentação pode
ser sentida como uma forma de se compensar pelas privações associadas à vinda do
bebê. Todos estes fatores são sinais de um temor universal: o medo de ter um filho
deformado, ou com algum tipo de deficiência.

Alguns autores acreditam que as oscilações de humor, característica


frequente desde o início da gravidez, estão relacionadas com alterações no
metabolismo. É comum a mulher passar de depressão à elação sem motivos
aparentes. Aparentemente estes estados de humor não estão ligados a atitudes
emocionais em relação à gravidez.

O aumento da sensibilidade está ligado às oscilações de humor, geralmente


há maior sensibilidade nas áreas de olfato, paladar e audição, isso também se
expressa emocionalmente através da irritabilidade, a mulher fica mais vulnerável a
certos estímulos externos que anteriormente ignorava facilmente.

1.2.2 O segundo trimestre.

O segundo trimestre é considerado mais estável do ponto de vista emocional.


O impacto dos primeiros movimentos fetais é um fenômeno central neste trimestre. A
partir deles, a mulher passa a sentir o feto como realidade concreta percebendo-o
como um ser separado, mas dependente dela.

A mulher passa a atribuir ao feto certas características pessoais,


caracterizando-o como carinhoso, delicado, ou pelo contrário, interpreta os
movimentos como patadas, socos, formas de agressão por parte do feto.

Pode-se dizer que a interpretação dos movimentos fetais constitui mais uma
etapa de formação da relação materno-filial onde, na fantasia da mãe, o feto já começa
a adquirir características peculiares e a se comunicar através de seus movimentos.

Este processo também impacta o marido que, na maioria das vezes passa a
possuir profundos sentimentos de inveja, pela impossibilidade de sentir o feto
desenvolvendo-se dentro de si.

As alterações do desejo e do desempenho sexual tendem a surgir com maior


intensidade a partir do segundo trimestre, embora em certos casos surjam desde o
início da gravidez. Dentre os fatores etiológicos que podem causar essas alterações,
estão a crença de que a mulher gravida é pura e assexuada e a visão de que a prática
sexual durante a gravidez pode prejudicar a formação do feto. Já as alterações do
esquema corporal estão intimamente ligadas com alterações da sexualidade, com a
atitude do marido em relação as modificações corporais e com o modo em que a
própria mulher se situa diante da gravidez.

A introversão e a passividade, evidenciam-se geralmente no final do primeiro


semestre e aumenta gradualmente no decorrer da gravidez. A mulher sente seu
organismo mais lento e tende a ficar concentrada em si mesma, mais retraída. Estas
mudanças são de origem metabólica e de grande importância na preparação da
mulher para o papel de mãe nos primeiros meses após o parto. A maior necessidade
de afeto, muitas vezes causa impacto na relação conjugal: o marido pode sentir-se
excessivamente solicitado e exigido a dar muito de si, ao mesmo tempo em que está
sendo mais privado de atenção e cuidados.

1.2.3 O terceiro trimestre

No último trimestre, a ansiedade eleva-se devido à proximidade do parto. Os


sentimentos são contraditórios, onde há a vontade de terminar a gravidez e
simultaneamente a vontade de prolongá-la para adiar as adaptações exigidas com a
chegada do bebê. Há também a mudança do equilíbrio entre o ego e o id, facilitando
o aparecimentos de conflitos e fantasias na consciência. Os temores mais comuns na
gravidez estão associados à fantasias que surgem nesse período. Após vários
estudos, é confirmada a hipótese de que o sonho tem como função tentar dominar,
em fantasia, uma tensão antecipada da vida real.
Este período também é marcado por expectativas em relação a si própria
como mãe e também em relação ao bebê. Autores observaram que a maneira como
a gestante imagina seu bebê pode servir como sinal prognóstico de dificuldades na
relação materno-filial.
As modificações podem ter diferentes repercussões no marido, nos mais
variados graus da síndrome de “couvade”. Um estudo realizado avaliou homens
durante a gravidez de suas mulheres, verificando uma série de sintomas físicos que
aumentavam sua intensidade no decorrer da gravidez. Os diferentes graus da
síndrome de couvade expressam simbolicamente a participação e o envolvimento do
marido na gravidez da mulher. Do ponto de vista fenomenológico, essa síndrome pode
ser considerada uma reação neurótica onde predominam manifestações somáticas,
e, os sintomas físicos, devem-se a uma ansiedade precipitada pela gravidez da
mulher.
Existem três hipóteses que tentam explicar a síndrome de couvade: a hipótese
que a síndrome resulta da ambivalência e os sintomas representariam formações
reativas contra impulsos reprimidos em relação à esposa grávida; a hipótese que a
síndrome resulta de sentimentos de identificação e empatia; e a hipótese que ela
resulta de sentimentos de inveja da capacidade da mulher carregar o filho dentro de
si.

1.3 O parto como fenômeno psicossomático e o significado psicológico dos


principais tipos de parto

O parto é considerado um momento crítico, pois é um momento imprevisível


e desconhecido que não se tem controle. Com o parto, dois seres antes unidos se
separam (chamado de simbiose-separação), sendo uma das tarefas psicológicas mais
importantes sentir desde a gravidez que o filho é um indivíduo singular, para que, no
momento do parto, a separação física e emocional se integrem. Quando isso não
acontece, o parto é sentido como uma separação dolorosa, como se estivesse
perdendo parte de si mesma.
O homem também vivencia essa ansiedade do parto, com medos e temores
do desconhecido, expressos de forma diferente, como o medo de não conseguir
assistir o parto e de não saber o que fazer.
A qualidade do parto é uma questão muito complexa, pois reflete
principalmente na característica da personalidade da gestante. Para entender o
trabalho de parto é necessário considerar o contexto sócio cultural, que define a
maneira como a parturiente sente-se e interpreta as sensações físicas no trabalho de
parto, os diversos tipos de parto exercem diferentes impactos, e são vivenciados e
integrados na personalidade de várias maneiras.
1.3.1 O parto preparado (“sem dor”)

O termo não corresponde exatamente a um trabalho de parto, que sempre


envolve dor, mesmo que seja mínima. Mas, o objetivo é fazer com que a parturiente
participe com lucidez e cooperação. Uma das vantagens do ponto de vista obstétrico,
nesse tipo de parto, é a rapidez do parto, e menor incidência de complicação. E do
ponto de vista psicológico, é que a parturiente vivencie intensamente as emoções do
parto, com a sensação gratificante em todo processo, porque isso favorece a
consolidação mais imediata da relação materno filial.

1.3.2 O parto sob narcose

Este tipo de parto envolve a administração de graus variados de analgesia


durante o parto e anestesia geral com perda progressiva da consciência. Estudos
mostram que tanto a analgesia quanto a anestesia no parto afetam o funcionamento
sensório motor do recém-nascido, nos aspectos visual e neural, o retardo desse
desenvolvimento se prolonga mais marcadamente por quatro semanas após o parto.
As anestesias que não tiram a consciência são: anestesia loco regional, que
facilita a feitura da episiotomia, mas não tem efeito analgésico. Anestesia raquidiana
insensibiliza o período expulsivo sem atingir a motricidade uterina. E a anestesia
peridural, que tem efeito analgésico durante o parto e anestésico durante a expulsão.

1.3.3 O parto cesáreo

Emocionalmente, o parto cesáreo tende a ser o tipo de parto mais frustrante,


principalmente quando a mulher não entra em trabalho de parto. Além de se ser
efetuado sob narcose, impedindo a participação ativa da parturiente. Nem sempre é
melhor para a criança, a não ser em casos necessários, pois o parto vaginal é
essencial para estimulação cutânea fundamental no desenvolvimento físico e
emocional do bebê.

1.3.4 Aspectos psicológicos da “cesária a pedido”

Atualmente, é muito comum a cesárea a pedido, com isso a mecanização do


parto transforma um processo biológico de grande significado emocional em uma
operação cirúrgica. São vários os motivos para que a mulher insista na cesariana.
Mas, em muitos casos, esta atitude tem paralelo com a dificuldade de assumir a
função maternal, passando os cuidados do bebê a outra pessoa que julga ser mais
competente do que ela.
O afastamento do homem moderno em relação a si mesmo e a natureza,
também é um problema, cuja a principal consequência é a perder sua identidade como
ser autêntico. É como anestesiar-se como solução para enfrentar os problemas da
existência.

1.4 Aspectos psicológicos do puerpério e a consolidação da relação materno-


filial após o nascimento

O período de puerpério é caracterizado pela alternação de euforia e


depressão, onde supõem-se que estes ocorram devido à mudanças hormonais e à
frustações com a passagem da ansiedade antes do parto para a nova realidade. Para
a mãe, a realidade do bebê in útero não é a mesma que a do recém-nascido.
Muitas vezes, as mães apresentam uma visão idealizada do bebê, e, a
manifestação de um sentimento materno pode não ser imediato, causando frustações
e sentimento de culpa. Foram realizados estudos onde a aceitação da nova realidade
pela mãe estava relacionada com sua cooperação positiva no parto.
Verificou-se também, que o sistema “rooming-in” (o bebê permanece no
quarto com a mãe que cuida dele e geralmente dispõe de ajuda de enfermeiras) traz
consequências positivas na relação materno-filial, uma vez que não ocorre uma
separação brusca nos primeiros dias de vida.
Os sintomas de depressão diante das novas responsabilidades são comuns,
pois, no primeiro momento do puerpério, mãe e filho ainda não estabeleceram padrões
de comunicação. Gradualmente, a relação de mãe e filho vai se consolidando, seguido
de adaptação. A ansiedade da mãe pode afetar o bebê, principalmente em relação à
amamentação.
O puerpério afeta também o marido, que, pode participar dividindo as
responsabilidades, ou, sentir-se excluído e rejeitado pela mulher, com a presença do
bebê. No caso de mulheres multíparas, há também o impacto nos outros filhos, onde
os sentimentos são de ciúme, tração e abandono. Muitas vezes, aparecem sintomas
regressivos.
Ao ajudar o bebê a se desenvolver, os pais revivem seu próprio
desenvolvimento, reconstruindo-o em um novo nível de integração.

1.4.1 O significado psicológico da amamentação e da amamentação artificial

Quando a mãe escolhe como vai alimentar seu bebê, está sob influência da
sociedade, de seu estilo de vida, da sua história pessoal e da sua personalidade.
A maior incidência da alimentação artificial está relacionada com o fracasso
da amamentação. No leite humano, há cerca de cem componentes diferentes
presentes em proporções e composições diferentes das do leite da vaca. O leite
humano alimenta o bebê até o sexto mês sem necessitar de complemento. A prática
de introdução precoce de outros alimentos não traz benefícios nutritivos nem
psicológicos. Essa prática leva o bebê a se saciar mais rápido, que assim, não suga
com tanta frequência, havendo menos produção de leite.
O colostro (secreção que dura dois dias após o parto, antes do verdadeiro
leite ser produzido, que contém inúmeras células vivas), protege o bebê contra
infecções dos primeiros seis meses, evita diarreia e imuniza contra várias doenças.
O hormônio ocitocina é responsável pelas contrações uterinas e pela ejeção
do leite. Alguns estudos apontam que, o ato de colocar o recém-nascido para sugar
antes mesmo de cortar o cordão umbilical, acarretaria contrações uterinas intensas,
acelerando a involução uterina, iria provocar a constrição dos vasos sanguíneos
(reduzindo a perca sanguínea), facilitaria a expulsão da placenta e estimularia a
produção láctea (a sucção estimula a produção de leite).
O fracasso da amamentação está relacionado com a inibição do reflexo da
liberação do leite, muitas vezes afetada por mecanismos psicossomáticos. As
emoções podem influenciar na secreção láctea, reduzindo o fluxo de sangue para os
seios e reduzindo a sucção do bebê. O medo e a ansiedade afetam o reflexo da
liberação atrás da inibição da secreção de ocitocina.
A amamentação envolve um padrão de comunicação, onde o bebê volta para
o corpo da mãe e reelabora a separação (se o desmame não for precoce), podendo
superar o trauma da separação do parto.
Para muitas mães, a mamadeira simboliza um objeto intermediário, lhe dando
certo grau de afastamento e não envolvimento, por medo de perder a própria
identidade, modificações físicas, entre outros.
A forma de amamentar será determinada por nuanças intrapsíquicas, onde,
com a dificuldade da mãe em relação a amamentação e com a repulsa de optar pela
mamadeira, surgem mecanismo de defesa para impedir a amamentação.
A quantidade e horários da amamentação devem ficar à curso do bebê, como
também, a prática de deixa-lo chorar é vista como inadequada. Nas primeiras
semanas, o bebê não percebe que há um mundo fora dele e que satisfará suas
necessidades, sentindo-se desesperado. Ao esperar tempo demais para saciar suas
necessidades, aumenta-se a sensação de insegurança.
Estudos realizados comprovam que mães que apresentaram atitudes
positivas em relação à amamentação e que valorizavam as trocas afetivas,
produziram mais leite e obtinham grande êxito na amamentação, diferentemente das
mães que apresentavam atitude negativa.

1.4.2 A relevância do contato epidérmico para o desenvolvimento

Dentro do útero, o bebê estava em temperatura e luminosidade adequada,


não precisava eliminar resíduos nem buscar seu alimento. Após seu nascimento, a
mãe assume papel de placenta. A adaptação do bebê é gradual, e o contato
epidérmico entre mãe e filho é relevante, é através dele que a criança relaciona-se
com o mundo, constituindo a origem principal do bem-estar, segurança e afetividade.
A pele é o órgão sensorial do bebê e a experiência tátil é fundamental para
seu desenvolvimento. A ausência de uma boa relação, causada pela carência afetiva,
prejudica todos os aspectos do desenvolvimento.
Em um estudo, verificou-se que tanto mães destras quanto mães canhotas
seguravam o bebê do lado esquerdo, próximo ao coração.
Os bebês prematuros sofrem maiores períodos de separação, a rotina
hospitalar agrava essa situação, onde, verifica-se que muitas doenças nos primeiros
meses é consequência dessa privação sensorial.
São sugeridas novas práticas de atendimento perinatal, a fim de reduzir as
consequências negativas da carência de contato epidérmico nos primeiros dias de
vida.

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