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membranas
fetais
SUMÁRIO
1. Placenta......................................................................................................................... 3
1.1. Introdução............................................................................................................... 3
1.2. Desenvolvimento.................................................................................................... 5
1.3. Composição........................................................................................................... 7
1.4. Cordão umbilical ................................................................................................. 11
1.5. Circulação placentária......................................................................................... 12
2. Membranas fetais....................................................................................................... 14
2.1. Introdução............................................................................................................. 14
2.2. Córion.................................................................................................................... 14
2.3. Âmnio e líquido amniótico................................................................................... 14
2.4. Vesícula umbilical ............................................................................................... 15
2.5. Alantoide .............................................................................................................. 16
2.6. Gravidez gemelar e membranas fetais............................................................... 17
Referências....................................................................................................................... 19
Bibliografia consultada..................................................................................................... 20
1. PLACENTA
1.1. Introdução
A placenta e as membranas fetais são responsáveis por fazer a interface entre o
feto e a camada mais interna da parede do útero, o endométrio. Ao mesmo tempo que
possui essa função de separação, a placenta também se constitui como o órgão respon-
sável por possibilitar as trocas de nutrientes e oxigênio entre as correntes sanguíneas
da mãe e do feto, uma vez que durante o desenvolvimento embrionário não existem
vasos comunicantes entre as circulações materna e fetal, de forma que todas as trocas
são exercidas através da placenta e do cordão umbilical. A passagem de nutrientes
e oxigênio da mãe para o feto, assim como a passagem de resíduos metabólicos e
dióxido de carbono do feto para a mãe, para que possam ser eliminados, permitem o
desenvolvimento do embrião através da fisiologia materna.
A placenta também vai participar da síntese de glicogênio, contribuindo para a nutrição
fetal e realizar uma importante função endócrina através da produção de hormônios
como a gonadotrofina coriônica, prostaglandinas, progesterona e estrógeno que vão
regular o metabolismo materno e o crescimento e desenvolvimento fetal.
É um órgão maternofetal composto por duas partes: a parte fetal e a parte materna.
A parte fetal se desenvolve a partir do saco coriônico e representa a membrana fetal
mais externa, enquanto a parte materna deriva da decídua que é uma parte do endo-
métrio, ou seja, a camada mais interna da parede uterina.
PLACENTA
Decídua parietal
Decídua capsular
Decídua basal
Sinciciotrofoblasto
1.2. Desenvolvimento
A parte inicial do desenvolvimento placentário caracteriza-se pela proliferação
acelerada do trofoblasto juntamente com o desenvolvimento do saco coriônico e
das vilosidades coriônicas. As vilosidades coriônicas irão cobrir o saco coriônico por
completo, mas a partir do crescimento progressivo do saco coriônico, as vilosidades
relacionadas com a decídua capsular vão sendo comprimidas a ponto de ter o seu
suprimento sanguíneo diminuído e levando as vilosidades a degeneração, produzindo
uma região praticamente sem vasos, chamada de córion liso. Quando essas vilosidades
desaparecem, as vilosidades que se relacionam com a decídua basal aumentam em
quantidade e em tamanho, formando o córion viloso, uma área espessa.
Placenta
Placenta
Vilosidade
Membrana
placentária
Cordão umbilical
Espaço interviloso
Vasos
Cordão umbilical sanguíneos
Vasos sanguíneos fetais maternos
Figura 4. Anatomia da placenta.
Fonte: udaix/Shutterstock.com4.
1.3. Composição
Como já foi dito, a placenta divide-se em duas partes: a parte materna e a parte fetal.
A parte materna sendo formada pelo córion viloso enquanto a parte fetal é formada
pela decídua basal.
O espaço interviloso é composto de sangue materno e é separado em comparti-
mentos pelos septos placentários que não alcançam a placa coriônica permitindo que,
apesar da divisão, os compartimentos possuam comunicação livre. É desenvolvido a
partir das lacunas que crescem no sinciciotrofoblastos e que coalescem e aumentam
de tamanho. A decídua basal vai permitir o intercâmbio do sangue materno na região
do espaço interviloso.
Arteríola fetal
Espaço
interviloso
com sangue Vênula fetal
materno
Porção materna
da placenta
São compostos normalmente por duas artérias e uma veia umbilical que são circun-
dadas por tecido conjuntivo mucoso conhecido como geleia de Warthon. Por conta de
o tamanho dos vasos umbilicais geralmente ser maior do que o tamanho do cordão,
torções e flexões são relativamente comuns, no entanto, a ocorrência de nós verdadei-
ros (que ocorrem em cerca de 1% das gestações) é uma complicação grave que pode
levar à morte fetal por anóxia. O mais comum é que os nós se formem durante o parto
quando o feto passa através de algum laço.
Artéria umbilical
Cordão umbilical
Figura 10. Ilustração de um nó verdadeiro em cordão umbilical.
Fonte: Betty Ray/Shutterstock.com10.
Veia umbilical
Figura 11. Anatomia do cordão umbilical.
Fonte: Betty Ray/Shutterstock.com11.
Água FETO
MÃE Carboidratos
ESPAÇO INTERVILOSO
via umbilical endometriais
Ácido úrico Lipídios
Bilirrubina Eletrólitos
Hormônios Ferro
Oligoelementos
Substâncias nocivas
Venenos Citomegalovírus
Monóxido de
Toxoplasma gondii
carbono
Figura 12. Trocas na circulação maternofetal pela placenta.
Fonte: Elaborada pela autora.
A circulação placentária fetal será composta por artérias umbilicais que levarão san-
gue pobre em oxigênio enquanto a veia umbilical carreará o sangue rico em oxigênio
e nutrientes.
2. MEMBRANAS FETAIS
2.1. Introdução
As membranas fetais são responsáveis pela separação entre feto e o corpo materno
ao mesmo tempo que permite uma conexão que supra as necessidades do embrião/
feto através da mãe. Como já foi discutido, a conexão maternofetal é de fundamental
importância para o desenvolvimento e crescimento adequado do feto e precisa ser
cuidadosamente seletiva.
2.2. Córion
É a membrana fetal responsável pelo estabelecimento de uma rede vascular complexa
entre mãe e embrião entre a semana 3 e 4. Já abordado na parte de desenvolvimento
placentário, o córion se divide em duas partes: córion liso e córion viloso.
O córion liso é praticamente avascular e vai ter uma função protetora em junção
com as outras membranas. O córion viloso, por sua vez, vai compor a parte fetal da
placenta com suas vilosidades coriônicas que irão se projetar em direção ao espaço
interviloso permitindo a entrada da árvore de ramificação dos vasos fetais.
2.5. Alantoide
Surge em torno do 16º dia como uma evaginação da vesícula umbilical, mais espe-
cificamente da parede caudal e se estende até o pedículo de conexão.
A partir da evolução da gestação a porção extraembrionária vai involuir enquanto a
parte interna vai constituir o úraco.
Uma parte do alantoide, o mesoderma, vai participar da formação dos vasos que
serão utilizados pela placenta. As artérias umbilicais são formadas pelos vasos san-
guíneos do alantoide.
DIZIGÓTICO MONOZIGÓTICO
Placentas Placentas
separadas compartilhada
Genetically Genetically
distinct (1/2) identical
Zygote
splits
Ovum
splits
Produz
Membrana
Saco coriônico amniocoriônica
Vesícula umbilical
PLACENTA
Decídua basal
Decídua capsular
Decídua parietal
Endométrio
Sanar
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