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FACULDADE INTEGRADA CETE

EMBRIOLOGIA

DISCENTE:MAURIVÂNIA PEDROZA DE SOUZA BATISTA


PROFESSORA:SANIELLY TORRES
Placenta
A placenta é o principal local de troca de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. A placenta é um órgão maternofetal que tem dois componentes:

• Uma parte fetal, que se desenvolve em parte do saco coriônico;

• Uma parte materna que é derivada do endométrio, a membrana mucosa que compreende a camada interna da
parede uterina.

A placenta e o cordão umbilical formam um sistema de transporte para as substâncias que passam entre a mãe e o
feto. Os nutrientes e oxigênio passam do sangue materno através da placenta para o sangue fetal, e resíduos e dióxido de carbono do sangue fetal
passam através da placenta para o sangue materno. A placenta e as membranas fetais desempenham as seguintes funções e atividades: proteção,
nutrição, respiração, excreção de resíduos e produção hormonal. Logo após o nascimento, que a placenta e as membranas fetais são expelidas do
útero no pós‐parto (resíduo extrusado).

Decídua

A decídua é o endométrio do útero de uma mulher grávida. É a camada funcional do endométrio que se separa do resto do útero após o parto
(nascimento). As três regiões da decídua são nomeadas de acordo com a sua relação com o local de implantação (Fig. 8 ‐1):
FIGURA 8­-1 Desenvolvimento da placenta e das
membranas fetais. A, Secção coronal do útero mostrando
a protuberância da decídua capsular e o saco coriônico
expandindo em 4 semanas. B, Ilustração ampliada do
local de implantação. Os vilos coriônicos foram expostos
por um corte de abertura na decídua capsular. C a F,
Secções sagitais de útero gravídico da 5a à 22a semana
(gestação) mostrando as alterações das relações das
membranas fetais com a decídua. Em F, o âmnio e o
cório estão fusionados entre si e com a decídua parietal,
obliterando a cavidade uterina.
• Decídua basal – parte da decídua onde o concepto (embrião e membranas) se aprofunda; forma a
parte materna da placenta;
• Decídua capsular – parte superficial da decídua que recobre o concepto • Decídua parietal – partes
restantes da decídua
Em resposta ao aumento dos níveis de progesterona no sangue materno, as células do tecido
conjuntivo endometrial aumentam e formam células palidamente coradas, as células deciduais. Estas
células aumentam suas dimensões na medida em que acumulam glicogênio e lipídios em seus
citoplasmas. As alterações celulares e vasculares na decídua que resultam da gravidez são conhecidas
como a reação decidual. Muitas células deciduais degeneram perto do sinciciotrofoblasto do saco
coriônico e, em conjunto com o sangue e secreções uterinas maternas, fornecem uma rica fonte de
nutrição para o embrião. Regiões deciduais, claramente reconhecíveis durante a ultrassonografia, são
importantes no diagnóstico precoce da gravidez.

Desenvolvimento da Placenta
O desenvolvimento precoce da placenta é caracterizado pela rápida proliferação do trofoblasto e o
desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. Ao final da terceira semana, os
arranjos anatômicos necessários para as trocas fisiológicas entre a mãe e o embrião estão
estabelecidos. No final da quarta semana uma rede vascular complexa desenvolve‐se na placenta,
permitindo trocas maternoembrionárias de gases, nutrientes e produtos residuais metabólicos.
As vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico até o início da oitava semana (Figs. 8‐1D
e 8‐2). Na medida em que esse saco cresce, as vilosidades associadas à decídua capsular são
comprimidas, reduzindo o fornecimento de sangue a estas estruturas. Estas vilosidades logo
degeneram, produzindo uma área relativamente avascular, o cório liso (Fig. 8‐1D). Como essas
vilosidades desaparecem, aquelas associadas à decídua basal aumentam rapidamente em número e
se ramificam ampla e profusamente (Fig. 8‐3). Esta parte espessa do saco coriônico é o cório
viloso, ou cório frondoso (Figs. 8‐1E e 8‐4).
Circulação Placentária
As muitas ramificações das vilosidades coriônicas da placenta
proporcionam uma grande área de superfície onde os materiais (p. ex.,
oxigênio e nutrientes) são trocados através da delgada membrana
placentária, interposta entre as circulações fetal e materna. É através
das ramificações vilosas que ocorrem as trocas de material entre a mãe
e o feto. A membrana placentária é formada por tecidos extrafetais.
Funções da Placenta
A placenta tem várias funções:

• Metabolismo (p. ex., síntese de glicogênio)

• Transporte de gases e nutrientes, bem como


medicamentos e agentes infecciosos • Proteção
por meio dos anticorpos maternos

• Excreção de resíduos

• Síntese e secreção endócrina (p. ex.,


gonadotrofina coriônica humana)
Metabolismo Placentário
A placenta sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos, que servem como fontes de nutrientes e energia para o
embrião ou feto. Muitas das atividades metabólicas da placenta são críticas para duas de suas outras atividades
principais: transporte e secreção endócrina.

Transporte Placentário
A grande área de superfície da membrana placentária facilita o transporte de substâncias em ambas as direções entre a
placenta e o sangue materno. Quase todos os materiais são transportados através da membrana da placenta por um dos
quatro mecanismos principais de transporte: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose.

Proteção Placentária de Anticorpos Maternos


O feto produz apenas pequenas quantidades de anticorpos devido ao seu sistema imunitário imaturo. Alguma imunidade
passiva é conferida ao feto por transferência placentária dos anticorpos maternos. Apenas a imunoglobulina G é
transferida através da placenta (transcitose mediada por receptores). Os anticorpos maternos conferem imunidade fetal
para doenças como a difteria, varíola e sarampo; no entanto, não é adquirida imunidade para a coqueluche (Bordetella
pertussis) ou para a varicela (catapora).
Excreção Placentária de Resíduos
A ureia, um produto residual azotado, e o ácido úrico passam através da membrana placentária por difusão
simples. A bilirrubina conjugada (solúvel em gordura) é facilmente transportada pela placenta e é rapidamente
eliminada.

Síntese e Secreção Endócrina Placentária


Utilizando precursores derivados do feto, da mãe, ou de ambos, o trofoblasto da placenta sintetiza proteínas e
hormônios esteroides. Os hormônios proteicos sintetizados pela placenta incluem;
• Gonadotrofina coriônica humana (hCG)
• Somatomamotropina coriônica humana (lactogênio placentário humano)
• Tirotropina coriônica humana
• Corticotropina coriônica humana
A glicoproteína hCG, semelhante ao hormônio luteinizante, é secretada precocemente pelo trofoblasto durante a
segunda semana de desenvolvimento. O hCG mantém o corpo lúteo, impedindo o início da menstruação. A
concentração de hCG no sangue materno e na urina sobe para valores máximos ao redor da oitava semana e
depois diminui. A placenta também desempenha um papel importante na produção de hormônios esteroides (p.
ex., progesterona e estrogênios). A progesterona é essencial para a manutenção da gravidez.
Vesícula umbilical
A vesícula umbilical sofre atrofia a partir da 10ª semana e raramente persiste durante toda a
gravidez (Fig 2 –B e Fig. 3 –A e B). E apesar da não existência do vitelo, sua presença é
essencial por várias razões: desempenha papel na transferência de nutrientes para o embrião
na 2ª e 3ª semanas, período no qual a circulação uteroplacentária é estabelecida; durante a 4ª
semana, seu endoderma é incorporado pelo embrião para formação do intestino primitivo, e
epitélios da traquéia, brônquios, pulmões e canal alimentar; o mesoderma extraembrionário
que cobre a parede do saco vitelino é o local onde ocorre a formação inicial de sangue até a
atividade hematopoiética começar no fígado; é no revestimento endodérmico da parede do
saco vitelino onde as células germinativas primordiais aparecem para mais tarde migrarem
para as gônadas em desenvolvimento.
Cordão Umbilical
A fixação do cordão na placenta ocorre geralmente próximo ao centro da superfície fetal da placenta (Fig. 8 ‐9B), mas ele pode se fixar em
outros locais (Fig. 8‐10). O cordão usualmente tem 1 a 2 cm de diâmetro e 30 a 90 cm de comprimento (Fig. 8 ‐10). A ultrassonografia
Doppler pode ser usada para o diagnóstico pré‐natal da posição e de anormalidades estruturais do cordão. Os cordões longos tendem a
prolapso através do colo do útero ou para se enrolar em torno do feto. O reconhecimento imediato de prolapso do cordão é importante
porque, durante o parto, pode ser comprimido entre o corpo do feto e a pelve óssea da mãe, o que causa anóxia fetal. Se a deficiência de
oxigênio persistir por mais de 5 minutos, o cérebro do feto poderá ser danificado.
O cordão umbilical geralmente tem duas artérias e uma veia envolvidas em tecido conjuntivo mucoso (geleia de Wharton). Uma vez que os
vasos umbilicais são mais longos do que o cordão, a torção e a flexão do cordão são comuns. O cordão frequentemente faz voltas e produz
falsos nós que não apresentam qualquer significado; apenas em cerca de 1% das gestações formam ‐se nós verdadeiros no cordão umbilical.
Esses nós podem apertar e causar a morte fetal secundária à anóxia fetal (Fig. 8 ‐13C). Na maioria dos casos, os nós se formam durante o
trabalho de parto como resultado da passagem do feto através de um laço do cordão. Esses nós geralmente são frouxos e não têm qualquer
significado clínico. A volta simples do cordão ao redor do feto ocorre ocasionalmente. Em cerca de um quinto de todos os partos, o cordão
fica frouxamente preso ao redor do pescoço sem causar aumento de risco para o feto.
FIGURA 8­13 Esquema mostrando como o âmnio cresce, preenche o saco coriônico e envolve o cordão umbilical. Observe que parte do saco
vitelino é incorporada ao embrião como intestino primitivo. A formação da parte fetal da placenta e a degeneração das vilosidades coriônicas
também são mostradas. A, Com 10 semanas. B, Com 20 semanas. C, Um feto de 12 semanas dentro do seu saco amniótico (tamanho real). O
feto e as suas membranas foram abortados espontaneamente e removidos com o saco amniótico intacto. Observe que o cordão umbilical está
enrolado em torno do tornozelo esquerdo do feto.
FIGURA 8-­13 Esquema mostrando como o âmnio cresce, preenche o saco
coriônico e envolve o cordão umbilical. Observe que parte do saco vitelino é
incorporada ao embrião como intestino primitivo. A formação da parte fetal da
placenta e a degeneração das vilosidades coriônicas também são mostradas. A,
Com 10 semanas. B, Com 20 semanas. C, Um feto de 12 semanas dentro do
seu saco amniótico (tamanho real). O feto e as suas membranas foram
abortados espontaneamente e removidos com o saco amniótico intacto.
Observe que o cordão umbilical está enrolado em torno do tornozelo esquerdo
do feto.
Âmnio e Líquido Amniótico
O âmnio, delgado, porém firme, forma o saco amniótico membranoso cheio de fluido, que envolve o embrião e o feto.
Como o âmnio está preso às bordas do disco embrionário, após o dobramento do embrião, sua junção com o mesmo
(futuro umbigo) passa a localizar- se na superfície ventral.Com o aumento do âmnio, ele oblitera gradualmente a
cavidade coriônica e forma o revestimento epitelial do cordão umbilical.

LÍQUIDO AMNIÓTICO

O líquido amniótico desempenha papel importante no crescimento e desenvolvimento do embrião. Inicialmen- te, um
pouco de líquido amniótico pode ser secretado pelas células amnióticas; entretanto, a maior parte desse fluido provém
do fluido tecidual materno e amniótico por difusão através da membrana amniocoriônica a partir da decídua
parietal.Mais tarde, há difusão de lí- quido, através da placa coriônica a partir do sangue pre- sente nos espaços
intervilosos da placenta. Antes de a pele tornar-se queratinizada, a principal via para a passagem de água e solutos do
fluido tissular do feto para a cavidade
amniótica é a pele; portanto, o líquido amniótico é se- melhante ao fluido dos tecidos
fetais. O líquido também é secretado pelo trato respiratório fetal e vai para a cavi- dade
amniótica. O trato respiratório contribui com uma taxa diária de 300 a 400 mL de fluido
para a cavidade
amniótica. No início da 1 I semana, o feto contribui para
o líquido amniótico expelindo urina na cavidade amnió- tica. No final da gravidez, cerca
de 500 mL de urina é acrescentado diariamente. Normalmente, o volume de lí- quido
amniótico aumenta lentamente, chegando a cerca de 30 mL com 10 semanas, 350 mL
com 20 semanas e de 700 a 1.000 mL com 37 semanas.

CIRCULAÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO


O conteúdo de água do líquido amniótico é trocado a cada 3 horas.
Grande quantidade de água passa pela mem- brana amniocoriônica
para o fluido tecidual materno e daí para os capilares uterinos. Também
há troca de flui- do com o sangue fetal através do cordão umbilical e
no local onde o âmnio adere à placa coriônica na superfície fetal da
placenta (Figs. 7-7 e 7-13B); desta maneira, o lí- quido amniótico fica
em equilíbrio com a circulação fetal.
O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos
respiratório e digestivo. Foi calculado que, durante os estágios finais da
gravidez, o feto deglute mais de 400 mL de líquido amniótico por dia.
O fluido passa para o sangue fetal, e os produtos de excreção nele
FIGURA 7-21. A, Fotografias de um feto com 12 semanas dentro do saco
contidos atravessam a membrana placentária e vão para o sangue amniótico. Este feto e suas membranas abortaram espontaneamente. Ele foi
removido do saco coriônico mantendo intacto o saco amniótico. Tamanho real. Em
materno presente no espaço interviloso. O excesso de água do sangue B, Note que o cordão umbilical forma uma alça em torno do tornozelo esquerdo do
feto. 0 desenvolvimento de partes do feto é afetado quando alças do cordão
fetal é excretado pelos rins do feto e retorna para o saco amniótico umbilical envolvem essas partes e as apertam de modo a afetar a circulação.

através do trato urinário fetal


COMPOSIÇÃO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO

O líquido amniótico é uma solução na qual material não dissolvido está suspenso; por exemplo, células
epiteliais fetais descarnadas e partes aproximadamente iguais de sais orgânicos e inorgânicos. Metade dos
constituintes orgânicos é proteína; a outra metade consiste em car- boidratos, gorduras, enzimas, hormônios e
pigmentos. Com o avanço da gravidez, a composição do líquido amniótico muda pelo acréscimo de excretas
fecais (me- cônio [fezes fetais] e urina). Como a urina vai para o líquido amniótico, é possível estudar sistemas
enzi- máticos, aminoácidos, hormônios e outras substâncias fetais no fluido removido por amniocentese
(Capítulo 6). O estudo de células do líquido amniótico possibilita diagnosticar anormalidades cromossômicas,
como na trissomia do 21 (síndrome de Down). Além disso, estu- dos de diagnóstico molecular podem ser
realizados no DNA extraído de células fetais, caso haja uma história familiar ou amigo indicação clínica de
certos distúrbios gené- ticos. Altos níveis de alfafetoproteína (AFP) no líquido amniótico usualmente indicam a
presença de um defei- to grave do tubo neural. Baixos níveis de AFP podem in- dicar aberrações
cromossômicas como trissomia do 21.
SIGNIFICADO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO

O embrião, suspenso pelo cordão umbilical, flutua livre- mente no líquido amniótico. Esse líquido tem funções
crí- ticas para o desenvolvimento normal do feto.
O líquido amniótico:

•Pedículo do embrião Vilosidade coriônica


•Disco embrionário Saco vitelino
•Permite o crescimento externo simétrico do embrião e do feto.
•Age como uma barreira contra infecções.
•Permite o desenvolvimento normal dos pulmões fetais.
•Impede a aderência do âmnio ao embrião e ao feto.
•Por difundir os impactos recebidos pela mãe, acolchoa o embrião e o feto contra lesões.
•Ajuda a controlar a temperatura corporal do embrião, man- tendo uma temperatura relativamente constante.
•Capacita o feto a mover-se livremente, ajudando, dessa ma- neira, o desenvolvimento dos membros, por
exemplo.
•Participa da manutenção da homeostasia dos fluidos e eletrólitos.
Saco Vitelino
O saco vitelino pode ser precocemente observado por ultrassom durante a quinta semana de gestação. Aos 32 dias, o saco vitelino
é grande.Na décima semana, o saco vitelino está reduzido, em forma de pera e com aproximadamente 5 mm de diâmetro. Na 20a
semana, o saco vitelino é muito pequeno
Significado do Saco Vitelino
O saco vitelino não é funcional no que se refere ao armazenamento de vitelo (por isso muitas vezes também é chamado de
vesícula umbilical), mas sua presença é essencial por várias razões:
• Exerce um papel na transferência de nutrientes para o embrião durante a segunda e terceira semanas antes que a circulação
uteroplacentária seja estabelecida.
• As células do sangue se desenvolvem precocemente a partir da terceira semana do desenvolvimento no mesoderma
extraembrionário vascularizado que recobre a parede do saco vitelino, até que a atividade hematopoiética se inicie no fígado
durante a sexta semana.
• Durante a quarta semana, a parte dorsal do saco vitelino é incorporada ao embrião como o intestino primitivo. O endoderma,
derivado do epiblasto, dá origem ao epitélio da traqueia, brônquios, pulmões e canal alimentar.
• As células germinativas primordiais aparecem no revestimento da parede endodérmica do saco vitelino na terceira semana e,
posteriormente, migram para a gônada em desenvolvimento – testículo ou ovário. As células se diferenciam em espermatogônias
nos homens e em ovogônias nas mulheres.
Alantoide
O alantoide deriva da parte posterior do intestino do embrião, sendo uma estrutura que está presente de
forma mais desenvolvida em répteis e aves e tem como função armazenar as excretas produzidas e
participar de trocas gasosas, além disso, absorve minerais presentes na casca dos ovos e incorpora-os ao
esqueleto do embrião.
Em mamíferos essa estrutura é reduzida, fazendo parte da estrutura do cordão umbilical, no qual formará
vasos que farão o transporte de nutrientes e oxigênio da placenta para o embrião, e a remoção do dióxido
de carbono e dos compostos nitrogenados do embrião.

Parto
O parto é o processo durante o qual o feto, a placenta e as membranas fetais são expelidos do trato reprodutor ma- terno.O trabalho de
parto é a seqüência de contrações uterinas involuntárias, que resultam na dilata- ção do colo uterino e na saída do feto e da placenta do úte-
ro. Os fatores desencadeadores do trabalho de parto não são totalmente compreendidos, mas vários hormônios estão relacionados com o
início das contrações.
O hipo- tálamo do feto secreta o hormônio liberador de cortico- trofina que estimula a hipófise anterior a produzir a adrenocorticotrofina (ACTH). O ACTH
causa a secre- ção de cortisol pelo córtex da supra-renal (adrenal). O cortisol está envolvido na síntese de estrógenos. Esses esteróides estimulam a contração do
útero.
Contrações peristálticas do músculo liso uterino são induzidas pela ocitocina, liberada pela hipófise posterior. Quando necessário, esse hormônio é administrado
clini- camente para induzir o trabalho do parto. A ocitocina também estimula a liberação de prostaglandinas pela decídua, que estimulam a contratilidade do
miométrio, sensibilizando as suas células para a ocitocina. Os es- trogênios também aumentam a atividade contrátil do miométrio e estimulam a liberação de
ocitocina e prosta- glandinas. Estudos realizados em carneiros e primatas não-humanos sugerem que a duração da gravidez e o par- to são controlados diretamente
pelo feto.
O trabalho de parto é um processo contínuo; no en- tanto, para objetivos clínicos, em geral, ele é dividido em três estágios:

minutos. A duração média é de cerca de 12 horas para a pri- meira gravidez (primíparas) e de cerca de 7 horas para mu- lheres que já tiveram filhos (multíparas).
Expulsão começa quando o colo está completamente dilata- do e termina com a saída do bebê. Durante o segundo estágio, o feto desce pelo colo e pela va- gina.
Logo que o feto sai da mãe, ele passa a ser chamado de recém-nascido ou neonato. A duração média do segundo estágio é de 50 minutos para primíparas e de 20
minutos para multíparas.

•Dilatação começa com a dilatação progressiva do colo e termina quando o cérvice está completamen- te dilatado. Durante essa fase, contrações dolorosas regu-
lares do útero ocorrem com espaços menores que 10
• 0 estágio da placenta começa logo após o nascimento da criança e termina com a expulsão da placenta e das mem- branas. As contrações uterinas reiniciam logo
após a expul- são do feto. A duração do terceiro estágio é de 15 minutos em cerca de 90% das gestações. Uma placenta retida é aquela que não foi expelida dentro
do período de 60 minu- tos após o nascimento do bebê.
A retração do útero reduz a área de ligação da placen- ta . Logo se forma um hematoma — massa localizada de sangue extravasado sob a placenta, separan- do-a
da parede do útero. A placenta e as membranas fetais separam-se da parede do útero e são expelidas através do canal vaginal. A placenta se destaca pela camada
espon- josa da decídua basáltica. Depois do nascimen- to da criança, o útero continua a contrair-se. As contrações do miométrio constringem as artérias
espiraladas, que antes supriam de sangue os espaços in- tervilosos. Essas contrações impedem o sangramento ute- rino excessivo.
Referências bibliográficas:Livros embriologia
clássica,clínica e médica.

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