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EMBRIOLOGIA
• Uma parte materna que é derivada do endométrio, a membrana mucosa que compreende a camada interna da
parede uterina.
A placenta e o cordão umbilical formam um sistema de transporte para as substâncias que passam entre a mãe e o
feto. Os nutrientes e oxigênio passam do sangue materno através da placenta para o sangue fetal, e resíduos e dióxido de carbono do sangue fetal
passam através da placenta para o sangue materno. A placenta e as membranas fetais desempenham as seguintes funções e atividades: proteção,
nutrição, respiração, excreção de resíduos e produção hormonal. Logo após o nascimento, que a placenta e as membranas fetais são expelidas do
útero no pós‐parto (resíduo extrusado).
Decídua
A decídua é o endométrio do útero de uma mulher grávida. É a camada funcional do endométrio que se separa do resto do útero após o parto
(nascimento). As três regiões da decídua são nomeadas de acordo com a sua relação com o local de implantação (Fig. 8 ‐1):
FIGURA 8-1 Desenvolvimento da placenta e das
membranas fetais. A, Secção coronal do útero mostrando
a protuberância da decídua capsular e o saco coriônico
expandindo em 4 semanas. B, Ilustração ampliada do
local de implantação. Os vilos coriônicos foram expostos
por um corte de abertura na decídua capsular. C a F,
Secções sagitais de útero gravídico da 5a à 22a semana
(gestação) mostrando as alterações das relações das
membranas fetais com a decídua. Em F, o âmnio e o
cório estão fusionados entre si e com a decídua parietal,
obliterando a cavidade uterina.
• Decídua basal – parte da decídua onde o concepto (embrião e membranas) se aprofunda; forma a
parte materna da placenta;
• Decídua capsular – parte superficial da decídua que recobre o concepto • Decídua parietal – partes
restantes da decídua
Em resposta ao aumento dos níveis de progesterona no sangue materno, as células do tecido
conjuntivo endometrial aumentam e formam células palidamente coradas, as células deciduais. Estas
células aumentam suas dimensões na medida em que acumulam glicogênio e lipídios em seus
citoplasmas. As alterações celulares e vasculares na decídua que resultam da gravidez são conhecidas
como a reação decidual. Muitas células deciduais degeneram perto do sinciciotrofoblasto do saco
coriônico e, em conjunto com o sangue e secreções uterinas maternas, fornecem uma rica fonte de
nutrição para o embrião. Regiões deciduais, claramente reconhecíveis durante a ultrassonografia, são
importantes no diagnóstico precoce da gravidez.
Desenvolvimento da Placenta
O desenvolvimento precoce da placenta é caracterizado pela rápida proliferação do trofoblasto e o
desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. Ao final da terceira semana, os
arranjos anatômicos necessários para as trocas fisiológicas entre a mãe e o embrião estão
estabelecidos. No final da quarta semana uma rede vascular complexa desenvolve‐se na placenta,
permitindo trocas maternoembrionárias de gases, nutrientes e produtos residuais metabólicos.
As vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico até o início da oitava semana (Figs. 8‐1D
e 8‐2). Na medida em que esse saco cresce, as vilosidades associadas à decídua capsular são
comprimidas, reduzindo o fornecimento de sangue a estas estruturas. Estas vilosidades logo
degeneram, produzindo uma área relativamente avascular, o cório liso (Fig. 8‐1D). Como essas
vilosidades desaparecem, aquelas associadas à decídua basal aumentam rapidamente em número e
se ramificam ampla e profusamente (Fig. 8‐3). Esta parte espessa do saco coriônico é o cório
viloso, ou cório frondoso (Figs. 8‐1E e 8‐4).
Circulação Placentária
As muitas ramificações das vilosidades coriônicas da placenta
proporcionam uma grande área de superfície onde os materiais (p. ex.,
oxigênio e nutrientes) são trocados através da delgada membrana
placentária, interposta entre as circulações fetal e materna. É através
das ramificações vilosas que ocorrem as trocas de material entre a mãe
e o feto. A membrana placentária é formada por tecidos extrafetais.
Funções da Placenta
A placenta tem várias funções:
• Excreção de resíduos
Transporte Placentário
A grande área de superfície da membrana placentária facilita o transporte de substâncias em ambas as direções entre a
placenta e o sangue materno. Quase todos os materiais são transportados através da membrana da placenta por um dos
quatro mecanismos principais de transporte: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose.
LÍQUIDO AMNIÓTICO
O líquido amniótico desempenha papel importante no crescimento e desenvolvimento do embrião. Inicialmen- te, um
pouco de líquido amniótico pode ser secretado pelas células amnióticas; entretanto, a maior parte desse fluido provém
do fluido tecidual materno e amniótico por difusão através da membrana amniocoriônica a partir da decídua
parietal.Mais tarde, há difusão de lí- quido, através da placa coriônica a partir do sangue pre- sente nos espaços
intervilosos da placenta. Antes de a pele tornar-se queratinizada, a principal via para a passagem de água e solutos do
fluido tissular do feto para a cavidade
amniótica é a pele; portanto, o líquido amniótico é se- melhante ao fluido dos tecidos
fetais. O líquido também é secretado pelo trato respiratório fetal e vai para a cavi- dade
amniótica. O trato respiratório contribui com uma taxa diária de 300 a 400 mL de fluido
para a cavidade
amniótica. No início da 1 I semana, o feto contribui para
o líquido amniótico expelindo urina na cavidade amnió- tica. No final da gravidez, cerca
de 500 mL de urina é acrescentado diariamente. Normalmente, o volume de lí- quido
amniótico aumenta lentamente, chegando a cerca de 30 mL com 10 semanas, 350 mL
com 20 semanas e de 700 a 1.000 mL com 37 semanas.
O líquido amniótico é uma solução na qual material não dissolvido está suspenso; por exemplo, células
epiteliais fetais descarnadas e partes aproximadamente iguais de sais orgânicos e inorgânicos. Metade dos
constituintes orgânicos é proteína; a outra metade consiste em car- boidratos, gorduras, enzimas, hormônios e
pigmentos. Com o avanço da gravidez, a composição do líquido amniótico muda pelo acréscimo de excretas
fecais (me- cônio [fezes fetais] e urina). Como a urina vai para o líquido amniótico, é possível estudar sistemas
enzi- máticos, aminoácidos, hormônios e outras substâncias fetais no fluido removido por amniocentese
(Capítulo 6). O estudo de células do líquido amniótico possibilita diagnosticar anormalidades cromossômicas,
como na trissomia do 21 (síndrome de Down). Além disso, estu- dos de diagnóstico molecular podem ser
realizados no DNA extraído de células fetais, caso haja uma história familiar ou amigo indicação clínica de
certos distúrbios gené- ticos. Altos níveis de alfafetoproteína (AFP) no líquido amniótico usualmente indicam a
presença de um defei- to grave do tubo neural. Baixos níveis de AFP podem in- dicar aberrações
cromossômicas como trissomia do 21.
SIGNIFICADO DO LÍQUIDO AMNIÓTICO
O embrião, suspenso pelo cordão umbilical, flutua livre- mente no líquido amniótico. Esse líquido tem funções
crí- ticas para o desenvolvimento normal do feto.
O líquido amniótico:
Parto
O parto é o processo durante o qual o feto, a placenta e as membranas fetais são expelidos do trato reprodutor ma- terno.O trabalho de
parto é a seqüência de contrações uterinas involuntárias, que resultam na dilata- ção do colo uterino e na saída do feto e da placenta do úte-
ro. Os fatores desencadeadores do trabalho de parto não são totalmente compreendidos, mas vários hormônios estão relacionados com o
início das contrações.
O hipo- tálamo do feto secreta o hormônio liberador de cortico- trofina que estimula a hipófise anterior a produzir a adrenocorticotrofina (ACTH). O ACTH
causa a secre- ção de cortisol pelo córtex da supra-renal (adrenal). O cortisol está envolvido na síntese de estrógenos. Esses esteróides estimulam a contração do
útero.
Contrações peristálticas do músculo liso uterino são induzidas pela ocitocina, liberada pela hipófise posterior. Quando necessário, esse hormônio é administrado
clini- camente para induzir o trabalho do parto. A ocitocina também estimula a liberação de prostaglandinas pela decídua, que estimulam a contratilidade do
miométrio, sensibilizando as suas células para a ocitocina. Os es- trogênios também aumentam a atividade contrátil do miométrio e estimulam a liberação de
ocitocina e prosta- glandinas. Estudos realizados em carneiros e primatas não-humanos sugerem que a duração da gravidez e o par- to são controlados diretamente
pelo feto.
O trabalho de parto é um processo contínuo; no en- tanto, para objetivos clínicos, em geral, ele é dividido em três estágios:
•
minutos. A duração média é de cerca de 12 horas para a pri- meira gravidez (primíparas) e de cerca de 7 horas para mu- lheres que já tiveram filhos (multíparas).
Expulsão começa quando o colo está completamente dilata- do e termina com a saída do bebê. Durante o segundo estágio, o feto desce pelo colo e pela va- gina.
Logo que o feto sai da mãe, ele passa a ser chamado de recém-nascido ou neonato. A duração média do segundo estágio é de 50 minutos para primíparas e de 20
minutos para multíparas.
•Dilatação começa com a dilatação progressiva do colo e termina quando o cérvice está completamen- te dilatado. Durante essa fase, contrações dolorosas regu-
lares do útero ocorrem com espaços menores que 10
• 0 estágio da placenta começa logo após o nascimento da criança e termina com a expulsão da placenta e das mem- branas. As contrações uterinas reiniciam logo
após a expul- são do feto. A duração do terceiro estágio é de 15 minutos em cerca de 90% das gestações. Uma placenta retida é aquela que não foi expelida dentro
do período de 60 minu- tos após o nascimento do bebê.
A retração do útero reduz a área de ligação da placen- ta . Logo se forma um hematoma — massa localizada de sangue extravasado sob a placenta, separan- do-a
da parede do útero. A placenta e as membranas fetais separam-se da parede do útero e são expelidas através do canal vaginal. A placenta se destaca pela camada
espon- josa da decídua basáltica. Depois do nascimen- to da criança, o útero continua a contrair-se. As contrações do miométrio constringem as artérias
espiraladas, que antes supriam de sangue os espaços in- tervilosos. Essas contrações impedem o sangramento ute- rino excessivo.
Referências bibliográficas:Livros embriologia
clássica,clínica e médica.