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Ginecologia e obstetrícia
Roteiro 2 e 3
ÚTERO GRAVÍDICO
Quando falamos de útero gravídico, sabemos eu ele é extremamente diferente de um útero não gravídico. A
gravidez estimula um crescimento impressionante do útero as custas
de mudanças nas fibras musculares uterinas (miométrio). Algumas
características de um útero gravídica são:
1. HIPERPLASIA: Aumento do número de células a partir do estímulo mitótico delas ou através da interrupção
do processo de apoptose. A hiperplasia irá ocorrer em órgãos que contêm células com capacidade
replicativa, onde o órgão irá aumentar de volume e tamanho. O que estimula esse processo é a liberação de
fatores de crescimento e estímulos a divisão celular. Esse mecanismo é reversível se a causa for eliminada.
Entretanto, para que as células respondam a esses estímulos, são necessárias algumas condições, como o
suprimento sanguíneo, já que vamos aumentar o número de células, sendo necessário aumentar a
vascularização.
2. HIPERTROFIA: é o aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares, o que resulta em aumento
volumétrico das células e dos órgãos afetados. Forma de adaptação a maior exigência de trabalho. Algumas
condições para que ocorra hipertrofia são fornecimento de O2 e de nutrientes que devem suprir o aumento
de exigência das células, as células devem ter organelas e sistemas enzimáticos íntegros, células lesadas não
conseguem hipertrofiar-se como as células normais, estímulo nervoso, no caso das células musculares, sem
inervação a musculatura não se hipertrofia adequadamente. A hipertrofia induzida pelos fatores de
crescimento produzidos em resposta ao estresse mecânico ou a outros estímulos. Aumentará o tamanho
geral do órgão também.
Placenta
Componente muto importante pois possibilita toda troca nutricional entre mãe e feto, possibilita que o sistema
imune da mãe não o ataque e faz a interface entre mãe e concepto.
FUNÇÕES
A placenta, junto com outras membranas fetais que veremos adiante possuem várias funções, dentre elas:
→ Proporcionam proteção
→ Nutrição do concepto
→ Respiração do concepto
→ Excreção de resíduos
→ Produção hormonal
Quando falamos dessa função hormonal podemos observar hormônios proteicos, que serão produzidos pelo
componente fetal trofoblasto, são eles: HCG, Somatomatropina coriônica humana, tirotropina coriônica humana e
corticotropina coriônica humana.
HORMÔNIOS
PLACENTÁRIOS
Trofoblasto da placenta
Além dos hormônios proteicos, teremos também hormônios esteroides, como progesterona e estrogênio.
COMPOSIÇÃO MATERNOFETAL
É importante ressaltar que a decídua terá algumas regiões que, dependendo do contato com o concepto, ela recebe
uma nomenclatura diferente:
→ DECÍDUA BASAL: Parte em que o concepto está penetrando o endométrio, a decídua basal + a parte fetal =
placenta. (região endometrial que fica em contato com a placenta)
→ DECÍDUA CAPSULAR: Cobertura, parte que passa por cima do embrião, que recobre ele
→ DECÍDUA PARIETAL: Restante do endométrio que não está sobre a placenta e que não recobre o endométrio
DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA
Vilosidades
coriônicas
É importante ressaltar que a imagem que observamos à direita, nada mais é do que uma pequena parte da região da
placenta.
Além das vilosidades coriônicas, teremos outra estrutura que será muito importante para a composição
maternofetal, desenvolvida já na segunda semana, chamada de CAVIDADE AMNIÓTICA. Essa membrana irá envolver
todo embrião, cresce junto com ele e com esse crescimento, entra em contato com o córion, fazendo com que elas
se tornem praticamente uma única coisa, as quais denominamos de membranas fetais OU MEMBRANA
AMNIOCORIÔNICA.
Pelve
A pelve é uma estrutura que irá acomodar várias outras estruturas.
Será composta por ossos e tecidos moles
Iremos encontrar no ser humano, 4 tipos de pelve. Isso será essencial para direcionar o parto como cesárea ou
normal.
As 4 variações de pelve serão:
A PELVE
→ Linha terminal: linha imaginária traçada entre a abertura superior da pelve e a abertura inferior.
→ Pelve verdadeira ou menor: localizada abaixo da linha terminal
→ Pelve falsa ou maior: localizada acima da linha terminal
PELVE FALSA OU MAIOR
ESTREITOS DA PELVE
Os estreitos da pelve devem ser simétricos para que possa ocorrer um parto normal, teremos 3 tipos de estreito:
DIÂMETROS DA PELVE
Serão 3 linhas imaginárias que podem ser observadas principalmente por uma visão axial:
Algumas diferenças podem ser observadas entre uma pelve feminina e o uma pelve masculina:
FEMININA MASCULINA
Ângulo púbico mais aberto (letra Ângulo púbico mais fechado (letra
“V” invertida) “U” invertida)
Pelve menor possui um ângulo Pelve menor possui um ângulo
mais arredondado mais triangular
Asa do ilíaco mais aberta Asa do ilíaco mais fechada
Assoalho pélvico
O assoalho pélvico são músculos que irão forrar a pelve, que precisam ser trabalhados durantes a gravidez, durante
a vida para evitar a flacidez e a diminuição do tónus muscular. Pode ser feito um procedimento chamado de
episiotomia importante na hora do parto vaginal que estará relacionado a músculos do assoalho pélvico.
MUSCULATURA PROFUNDA
Além disso, esse músculo pode ser dividido em PUBOPERINEAL, PUBOVAGINAL E PUBOANAL.
Além do levantador do ânus, teremos também outros 3 tipos de músculos profundos, são eles:
1. MÚSCULO COCCÍGEO:
2. MÚSCULO PIRIFORME:
Abaixo conseguimos observar o vestíbulo da vagina, onde teremos o hostil da uretra e da vagina, e temos o
ânus. Observaremos alguns músculos importantes, são eles:
Serão dois, chamados de TRÍGONO UROGENITAL e TRÍGONO ANAL, eles irão servir apenas de pontos de referência.
A inervação do assoalho pélvico será extremamente rica. Ela irá iniciar em um plexo chamado de PLEXO SACRAL,
onde teremos o NERVO PUDENDO (tem origem entre S2 e S3), teremos alguns RAMOS DIRETOS saindo de S4, que
serão responsáveis pela inervação do assoalho pélvico.
Ela começa na ARTÉRIA ILÍACA INTERNA, tendo vários ramos terminais, sendo 3 os principais:
DRENAGEM VENOSA DO ASSOALHO PÉLVICO
VEIA PUDENDA
CIRCULAÇÃO FETAL
CANAL
ARTERIAL
VEIA CAVA
INFERIOR
ARTÉRIA AORTA
CICATRIZ
UMBILICAL
VEIA UMBILICAL
VEIA
PULMONAR
ARTÉRIAS
UMBILICAIS
CORDÃO
UMBILICAL
O CORDÃO UMBILICAL será composto por uma veia e 2 artérias que estarão juntas fora do corpo. Dentro do corpo,
teremos essas estruturas separadas, podendo visualizar:
→ Tudo se inicia com a VEIA UMBILICAL que leva sangue oxigenado da placenta para o coração por dentro do
fígado, adentrando a VEIA CAVA INFERIOR direto para o átrio direito, onde a maior parte do sangue será
desviado direto do átrio direito para o átrio esquerdo através de uma estrutura chamada de forame oval. A
parte do sangue que não vai para o átrio esquerdo desce para o ventrículo esquerdo e é ejetado de maneira
normal através da ARTÉRIA PULMONAR, que normalmente manda sangue para dentro dos pulmões,
entretanto, o pulmão do feto estará cheio de líquido, por isso, os vasos sanguíneos estarão fechados, por
isso a resistência vascular pulmonar será muito alta, impedindo que o sangue entre em grande quantidade.
Por isso teremos um canal chamado de CANAL ARTERIAL (comunicação do tronco da artéria pulmonar e
artéria aorta). Quando todo esse sangue chega na ARTÉRIA AORTA, ele irriga todo o corpo e retorna para a
placenta através das duas ARTÉRIAS UMBILICAIS.
CIRCUALAÇÃO NEONATAL
Quando o bebê nasce, o líquido presente nos pulmões será expulso pela boca, deixando os alvéolos mais livres para
respirar. Além disso, o tórax é espremido pelo canal de parto vaginal e isso ajuda ainda mais a eliminar o resto de
líquido presente lá. Quando ela puxa o ar para respirar, o pulmão se enche de ar, quando isso acontece, os vasos em
volta dos alvéolos se dilatam, portanto, a resistência vascular pulmonar que era alta caí. Já que ela cai, o sangue que
estava chegando no ventrículo direito vai ser ejetado pelo tronco da artéria pulmonar para dentro dos pulmões e
retornará para o átrio esquerdo. Forame oval fechado e com isso o fluxo seguirá o sentido normal, com maior
pressão na aorta e menor pressão na artéria pulmonar, o sangue fluirá da aorta para a artéria pulmonar. Isolamento
do coração direito e do coração esquerdo, fechando a circulação.