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ANSIEDADES ESPECIFICAS

DA GRAVIDEZ

PROFª. Me. VERÔNICA BARBOSA


NO COMEÇO DA GESTAÇÃO:

Sonolência (corresponde uma regressão que


assume características de uma identificação
fantasiada com o feto), sonhos, náuseas e
vômitos.

O sintoma da sonolência favorece a negação


dos estímulos, revela-se proveitoso, além de
constituir uma defesa biológica adequada, que
proporciona ao organismo "uma cota maior de
repouso, necessário para o trabalho que se
inicia”.
A insônia deve ser considerada como a expressão de uma situação
externa de ansiedade frente à gravidez;
 
As Náuseas e os Vômitos servem para evidenciar a gestação, ao
mesmo tempo que dão vazão à ansiedade causada pela incerteza.
ANSIEDADES DO 2º e 3º MÊS
 
FASE DO PERIGO DO ABORTO:
 
O conteúdo dessa vivência é a sensação
terrorífica de ser devorada e esvaziada por
um monstro (aborto) que simboliza o filho.
Esses terrores se associam, portanto, a uma
percepção orgânica, a do processo de
placentação.
Nessa fase, em alguns casos, costumam
intensificar-se à sintomatologia da náusea
e do Vômito, Constipação ou diarréia.
Ambas assustam bastante, pois a
gestante se habitua associar a fase do
perigo de aborto.
 
Esses sintomas, segundo Freud, é a
expressão do sentimento de rejeição pelo
filho, ligado ao desejo de ser mãe.
A Rejeição obedece a vivências terroríficas, tanto no que
diz respeito ao filho em si mesmo, representante da
própria hostilidade aos pais, como em relação aos
próprios pais, que aparecem carregados de ameaças e
censuras pela atividade sexual do paciente.
 
A necessidade de apoio social, tanto por parte do
obstetra como do ambiente, é de extrema importância,
no sentido de se superarem as profundas ansiedades
determinadas pelo início da gravidez.
A PERCEPÇÃO DOS
MOVIMENTOS FETAIS
(3 MESES e MEIO EM DIANTE)

Corresponde à aparição da
"Motilidade;
 
"A criança que dá pontapés" - A
criança é sentida como algo
perigoso, cujos movimentos
bruscos, ameaçam causar um
severo dano físico à mãe. Mito que
inclui lesões hepáticas,
vertebrais...
 
Essa fase exprime um profundo estado de
ansiedade comum a todas as gestantes,
surge o temor ao filho, desconhecido, sexo,
características...
 
Responsabilidades assumidas que se une à
noção de dar vida. Essa ansiedade de estar
cedendo a própria vida se condensa com o
medo de morrer no parto. Má formação fetal
Angústia de o próprio corpo disforme
permanecer assim. Diminuía libido sexual.
OBS: Relações sexuais não ocasionam dano
algum na gravidez, ao contrário, são altamente
benéficas, pois mantém a harmonia conjugal,
conservam a capacidade orgástica e sexual da
mulher e contribuem para a elasticidade e
flexibilidade dos músculos do períneo. Só é
interrompido quando há ameaça de aborto.
ANSIEDADES PRODUZIDAS A
PARTIR DO 7º MÊS EM DIANTE:

A partir do 7º mês em diante, pode produzir-se a


versão interna que leva a criança a colocar-se
de cabeça para baixo, à entrada do canal do
parto;
 
A percepção desses movimentos uterinos e
fetais provoca uma intensa crise de ansiedade,
totalmente inconsciente, que se traduz em
diversas manifestações psíquicas e somáticas.
Processos somáticos: hipertensão, lipotimia, gripes agudas, diarreias, constipação,
edemas, brusco aumento de peso, câimbras.
 
Parto Prematuro: na maioria dos casos, há uma estreita relação entre a percepção
da versão (criança) e a crise de ansiedade. Temor da incapacidade de criar bem o
filho.
Ansiedade do início do 9º mês

Modificações fisiológicas:
 
O feto tende a se desenvolver-se mais
rapidamente, ganha peso e volume;
Contrações aumentam;
Corpo muda a postura para manter a
estabilidade;

A incerteza quanto à data do parto, gera


ansiedades:
 
→ Como será o Parto?
→ Como será o bebê?
→ Medo de morte no parto, de dor e
esvaziamento.
PARTO PARTO
NORMAL CESÁREA
PARTO HUMANIZADO
O PAPEL DO PSICÓLOGO

Neste contexto de gravidez, a atuação deste profissional, junto a este


público é de suma importância, pois as fases da gestação, parto e pós-parto
exigem certa elaboração psíquica e uma reorganização por parte da
gestante (Baptista e Furquim, 2014; Klein e Guedes, 2008). A
intervenção psicológica nestes aspectos são importante, pois pode
oferecer uma escuta qualificada e diferenciada no processo da gestação,
um espaço para que mãe possa expressar seus medos, suas ansiedades
(Arrais, Mourão e Fragale, 2014).
A prática psicológica junto às mulheres poderá ocorrer em intervenção em
grupo, pois segundo Silva (2013, p. 214) “a intervenção grupal ajuda a
promover a saúde da mulher, criando um espaço para compartilharem
reflexões e informações acerca das mudanças que atravessam”. 

A intervenção em grupo pode tornar-se um meio eficaz para esse


acompanhamento, pois permite a identificação entre seus membros, o
compartilhar de experiências e a troca de informações, bem como o apoio às
suas angústias, medos, ansiedades e fantasias, ajudando-a a superá-las e,
finalmente facilitando o estabelecimento do vínculo afetivo entre a gestante e
seu feto, entendendo que, com a criação desse vínculo, são criadas condições de
amor e cuidados, proporcionando ao bebê um amadurecimento saudável.
“A ANSIEDADE DA
GRAVIDEZ VAI
DURAR ALGUNS
MESES, A ALEGRIA
PELO BEBÊ VAI
DURAR POR TODA
VIDA”.

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