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Karl Marx, um influente filósofo do século XIX, analisou profundamente a sociedade capitalista
e defendeu sua superação. Ele observou as condições de vida da classe trabalhadora em meio ao
crescimento industrial e às revoltas operárias. Marx via a consciência humana como influenciada
pelas condições materiais de vida, e a divisão do trabalho na sociedade capitalista como
fundamental para determinar as posições das pessoas na produção e na vida social. Ele destacou
a polarização entre burgueses, donos dos meios de produção, e proletários, vendedores de sua
força de trabalho. Marx argumentou que essa relação era intrinsecamente injusta, baseada na
exploração dos trabalhadores pelos proprietários dos meios de produção. Ele contestou a ideia de
que essa relação fosse natural, argumentando que as ideias dominantes eram moldadas pelos
interesses da classe dominante.
Marx identifica na sociedade capitalista uma estrutura de exploração da classe trabalhadora pela
burguesia, que detém os meios de produção. Ele destaca a importância da educação na
reprodução dessa estrutura social e na formação da consciência das classes. Ao observar as
condições das escolas na Inglaterra, Marx critica a educação oferecida, que não contribui para a
emancipação, mas perpetua a opressão. Ele reconhece a necessidade de combinar educação
escolar com trabalho na fábrica para superar a alienação dos trabalhadores. Embora Marx tenha
apoiado a ideia de trabalho infantil, sua intenção era integrá-lo a um contexto educacional que
capacitasse os trabalhadores para a transição para uma sociedade comunista. Marx propõe uma
educação completa para o proletariado, incluindo aspectos mental, físico e tecnológico, visando a
superação da alienação. Ele defende a combinação de trabalho manual e intelectual para os
trabalhadores. No entanto, ele critica a educação oferecida pelo Estado burguês, que perpetua a
desigualdade e alienação. Marx sugere que a educação deve ser pública, mas não estatal, pois o
Estado reproduziria a ideologia da classe dominante. Ele acredita que, em um contexto
revolucionário, a educação teria um papel crucial na transformação social, substituindo a
influência da família pela educação social para criar novos valores e solidariedade. Assim, a
educação poderia emancipar o indivíduo e construir uma sociedade mais justa.
O marxismo critica a concepção burguesa do homem, afirmando que ele é moldado pelas
relações sociais e pela práxis produtiva e social. Na sociedade capitalista, onde há exploração e
opressão, os indivíduos se alienam de sua vida social e adotam o individualismo como forma de
vida desejada. O marxismo busca superar essa alienação e as relações de dominação e opressão
por meio da ação coletiva. A prática educativa pode perpetuar os valores do homem burguês ou
visar sua superação.