Você está na página 1de 2

Trabalho final de Sociologia e Educação

Professor: Loque Arcanjo

Aluno: Ravi Barbosa Moura

1) O conceito de anomia foi cunhado pelo sociólogo francês Émile Durkheim e quer dizer


ausência ou desintegração das normas sociais. O conceito surgiu com o objetivo de descrever
as patologias sociais da sociedade ocidental moderna, racionalista e individualista. Função
social é um dos elementos básicos do funcionalismo e é definida como a contribuição que um
acontecimento ou fenômeno oferece ao sistema, no caso, a sociedade. Em seus primeiros
estudos, Durkheim comparou a função social a um organismo vivo, que está em constante
mudança e processo de amadurecimento. Os conflitos atuais, sejam econômicos ou armados,
acontecem de forma descontrolada e sem qualquer tipo de solução iminente. Pode ser feita
uma analogia com a definição de anomia empregada por Durkheim, em que as normas sociais
não respeitadas. O mundo necessita, mais que nunca, da consciência coletiva, dessa força
social que é exercida sobre os indivíduos coagindo-os a pensar e agir de acordo com as normas
sociais, que são a base de qualquer convívio em grupo. Sem esse controle social, até o mínimo
“bater de asas de uma borboleta” pode se tornar um gatilho para eventos catastróficos, que
não serão facilmente resolvidos.

3) Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura de controle usada pelas classes
dominantes e por isso, ao aceitar as ideias passadas pela escola à classe dos trabalhadores
(que Marx denominava classe proletária) cria uma falsa consciência, que a impede de perceber
os interesses de sua classe. Assim, Marx concebia uma educação socializada e igualitária a
todos os cidadãos. Ele não via com bons olhos uma educação oferecida pelo Estado-Nação
burguês, capitalista, basicamente por desacreditar no currículo que ela traria e na forma como
seria ensinado. Mesmo que tenha defendido a educação compulsória em 1869, Marx opunha-
se a qualquer currículo baseado em distinções de classe. Defendia a educação técnica e
industrial, mas não um vocacionalismo estreito, essas ideias tiveram um impacto posterior na
educação, especialmente no que diz respeito à educação tecnológica. Hoje em dia, a educação
ainda pode ser usada para sobrevivência, mas também ajuda proporcionar um melhor uso do
tempo dando maior refinamento à vida social e cultural. O homem depende da educação e ela
está presente no seu cotidiano. Porém, existem diferentes concepções de educação e
diferentes modelos. Sua prática vai além da escola e abrange desde sociedades primitivas até
as sociedades mais desenvolvidas e industrializadas. Pela educação o ser humano aprende
como se criam e recriam as invenções de uma cultura em uma sociedade. Cada povo, cada
cultura, apresenta sua educação. Ela pode ser imposta por um sistema centralizado de poder
ou existe de forma livre entre os grupos. Pela educação se pensa tipos de homens, pois ela
existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos sociais, cuja missão é transformar
sujeitos e mundos em algo melhor a partir da imagem que se tem uns dos outros.

5) De acordo com as teorias críticas da educação se faz necessário os questionamentos acerca


de “quem são os sujeitos da escola, de onde eles vêm; que referências sociais e culturais
trazem para escola”, analisando os indivíduos enquanto sujeitos que são singulares, fruto de
seu tempo histórico e das relações sociais que mantém. Sendo assim, almeja-se a formação de
todos os indivíduos independente de sua condição econômica e social que participarão da
sociedade em que estão inseridos, serão agentes sociais em prol de uma sociedade igualitária.
O espaço escolar reduzido a um ambiente puramente técnico, onde a rotina do ensinar e
aprender baseia-se apenas no teórico e nos manuais, limita a integral apreensão de
conhecimento visto a necessidade de uma ótica sociocultural a fim de compreender, dinamizar
e relacionar a ciência ao cotidiano dos indivíduos envolvidos. Para que essa perspectiva
cultural evolua há a necessidade de uma observação e retomada do papel de cada indivíduo
no ambiente escolar institucional, tornando-os capazes de pensar racionalmente e tomar
decisões que englobam o bem estar da sociedade como um todo e não para si próprio. O
espaço escolar, assim como os sujeitos que permeiam esse meio, são fonte rica de cultura e
que essa por sua vez deve fazer parte do currículo e cotidiano da escola a fim de proporcionar
uma educação menos desigual, respeitando as vivências de cada agente. Há de fato inúmeros
obstáculos na construção de uma educação igualitária e um ambiente escolar atrativo, porém
observar o cotidiano escolar pela dinâmica sociocultural faz com que a integração entre
sujeitos escolares seja mais eficaz e resultantes de gradativa mudança em favor da educação.

Você também pode gostar