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CAMPO GRANDE – MS
2021
Bianca Lurdes Azevedo de Araújo
Carolina Cristaldo Fontes Rocha
Julia Rafaela Frazeto Lima
CAMPO GRANDE - MS
2021
ATIVIDADE V
2) Por quê para Weber o indivíduo e suas ações eram o ponto chave da
investigação ou o ponto de partida para a Sociologia?
É uma ação racional, pensada na escolha dos melhores meios para um fim.
Quando a racionalidade é medida pelos conhecimentos técnicos do indivíduo
visando alcançar uma meta. É quando pensamos nos fins, nos meios e nas
consequências da ação.
A ação racional é guiada por um valor e/ou regra moral, que influencia o agente a
uma ação de acordo com suas convicções pessoais seguindo o que ele acredita ser
correto.
É embasada pelos costumes e hábitos rotineiros dos indivíduos, faz com que
ele não perceba a forma como age, pois sempre agiu assim.
Homem:
Weber presumia que a ciência instrui o homem a lidar com suas escolhas e
os caminhos que decidiu seguir para alcançar seus objetivos. O sociólogo nega a
ideia de que o homem seria apenas um corpo em cinesia que se sujeita as
emoções, porque possui um vínculo com reverência aos princípios (Wertbeziehung),
e que deveria possuir um aprofundamento em uma determinada área técnica .
Sociedade:
É constituída por teias de inter-relações, as quais são “tecidas” por meio das
relações entre os agentes econômicos, que orientam a sua ação por interesses de
ordem econômica, retorno e visando os lucros e pelos agentes religiosos que
destinavam sua atenção à algum valor que não é econômico, ou seja, a salvação da
alma, a qual cada parte é uma sociedade, que se torna a própria condição de
existência do homem. Possuindo um alicerce no capitalismo, Weber temendo o
costume, afirma que a burocracia tende a rotina e que os indivíduos rotineiramente
repetem as relações com outros indivíduos, prejudicando a essência de sociedade
inovadora e isenta de obrigações, no entanto, cada ação bem-sucedida contribui
para a concretização desse ideal de sociedade.
Educação:
Educação carismática:
"O carisma não se pode ensinar, nem adquirir, não se trata de uma tarefa de
formação mas sim de conversão." (VILELA, 2001, p.92).
Educação especializada:
“A educação especializada consiste para instruir o aluno para que adquira uma
utilidade prática com fins profissionais e utilitários na vida social, o seu resultado é o
homem instruído (das augebildet Mensch)” (VILELA, 2001, p.93-94).
[...] nenhuma ciência poderá dizer aos homens como deve viver ou ensinar à
sociedade como deve se organizar (diverge de Durkheim) [...] (VILELA, 2001, p.88)
Papel social pode ser definido como uma obrigação ou uma função que o
individuo exerce na sociedade, Status social pode ser definido como uma
hierarquia ou posição que o individuo tem na sociedade.
Baseado nos fatos apresentados por Weber o papel social do professor é ensinar
ao aluno a língua, cultuar os símbolos da nação e trazer a existência o seu ser
pertencente a sua nação, além de motivá-lo a ter experiências cientificas. Enquanto
o papel social do aluno é de absorver e ter domínio sobre os conteúdos ensinados
ao longo de sua vida.
a) habitus
b) capital cultural
“A herança cultural, que difere, sob dois aspectos, segundo as classes sociais,
“Bourdieu utiliza o termo “capital cultural” para se referir a esse poder advindo da
produção, da posse, da apreciação ou do consumo de bens culturais socialmente
dominantes.” (PEREIRA, Jacira, 2021, Pierre Bourdieu 07.06.21 - Power Point)
c) violência simbólica
d) arbitrário cultural
Sob essa perspectiva, quando a escola está livre do discurso arbitrário, ela pode de
fato, exercer seu papel de reprodução da legitimação das desigualdades sociais,
que aconteceria por meio de uma igualdade no currículo que seria estabelecida
entre todos os alunos, e que na realidade não aconteceria, visto que os alunos
seriam portadores de culturas distintas, e os que fossem das classes populares, não
se adaptariam aos ideais culturais dos dominantes. Quando a escola reconhece as
diversas culturas, ela não exclui os alunos, para que assim, eles possam sentir-se
inclusos na educação, respeitando suas culturas e aprendendo com elas.
e) reprodução:
Geração
[...] a criança é o que não pode nem sabe defender-se, o que não pensa
adequadamente (e, por isso, necessita de encontrar quem o submeta a
processos de instrução), o que não tem valores morais (e, por isso, carece
de ser disciplinado e conduzido moralmente). (SARMENTO, 2005, p.368)
Diversidade
Tal concepção afirma que a diferença de país, classe social, etnia e cultura,
influenciam em como as crianças vão se formar como indivíduos, e por meio disso
elas vão possuir diferentes possibilidades de viver com saúde, estudar e poder
Alteridade
Tendo em mente que alteridade pode ser definida como sendo a relação de
um indivíduo com o outro, surgindo assim uma especificidade para as interpretações
das relações das crianças. Para isso, a alteridade na infância ocorreria como forma
de colocar as crianças assumindo de fato sua posição de atores sociais
desprezando as sugestões da ciência, como afirmou Sarmento “[...] a alteridade da
infância constitui um elemento de referenciação do real que se centra numa análise
concreta das crianças como actores sociais, a partir de um ponto de vista que
recusa as lentes interpretativas propostas pela ciência moderna, a qual tematizou as
crianças predominantemente estando numa situação de transitoriedade e de
dependência.” (2005, p.372). Além disso a cultura juntamente da ação dos autores
sociais (as crianças), completariam o sentido da alteridade, cultura essa que seria
reproduzida pelas crianças na figura do adulto, bem como as interações culturais
que são construídas a partir das trocas com outros indivíduos.
Não são, portanto, redutíveis aos produtos da indústria para a infância e aos
seus valores e processos, ou aos elementos integrantes das culturas
escolares. São acções, significações e artefactos produzidos pelas crianças
que estão profundamente enraizados na sociedade e nos modos de
administração simbólica da infância (de que o mercado e a escola são
integrantes centrais, a par das políticas públicas para a infância).
(SARMENTO, 2005, p.373)
As condições sociais dos indivíduos que podem ser tanto estruturais como
simbólicas, constituem uma convergência na ação concreta que determina a
constituição do sujeito e ator social, introduzindo na criança o sentimento de
pertencer e estar capacitada à interpretar a sociedade.
O que aqui se dá à visibilidade, neste processo é que as crianças são
competentes e têm capacidade de formularem interpretações da sociedade,
dos outros e de si próprios, da natureza, dos pensamentos e dos
sentimentos, de o fazerem de modo distinto e de o usarem para lidar com
tudo o que as rodeia. (SARMENTO, 2005, p.373)
A faixa etária que foi estabelecida para ser reconhecida como criança é de zero á
doze anos incompletos por ainda não serem capazes de tomar suas próprias
decisões e se basearem em coisas abstratas, já que sua mente estaria no processo
de transformação da infância para a adolescência. Mas em consequência perante as
leis os adolescentes não teriam como ser legalmente responsáveis por si mesmas,
mas poderiam aptas para participarem da decisão em conjunto sobre o futuro da
sociedade.