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A objetividade das ciências

sociais – Max Weber


TEORIA DA AÇÃO SOCIAL
• Estabelece a análise sociológica para a ação individual;
• crítica ao positivismo;
• Mito da neutralidade científica;
• Sociologia como uma ciência empírica;

– “O conhecimento das proposições mais seguras do nosso


conhecimento teórico – o das ciências naturais exatas e da
matemática – é, da mesma maneira, da forma de
refinamento e do engajamento da consciência; é apenas
um produto cultural” (WEBER, 1973:111)
TENSÃO COM O MATERIALISMO HISTÓRICO

• O materialismo defendia que o modo de


produção material (infraestrutura) modelava o
sistema de crenças, valores, instituições, etc
(superestrutura);

• Para Weber, um sistema de crenças e valores


pode determinar ou orientar as formas de
produção;
TENSÃO ENTRE AÇÃO SOCIAL E FATO SOCIAL

EXTERNA

• Critica a proposta de coisificação COERCITIVA

da sociedade;

É o resultado da inesgotável interação entre indivíduos.

AÇÃO SOCIAL - qualquer ação que leva em conta ações ou reações de outros
indivíduos e é modificada baseando-se nesses eventos. É o indivíduo que,
por meio de valores sociais e sua motivação, produz o sentido da ação
social.
ORIENTAÇÃO RELIGIOSA

PRÁTICA
ECONÔMICA
DIREÇÃO

ORIENTAÇÃO DE CONDUTA

AGENTE

AÇÃO CAPAZ DE FORMULAR OBJETIVOS


Tipologia de ações sociais
• Racional com respeito aos fins –
– alunos que estudam para passar de ano, trabalhar horas extras para ser
promovido.

• Racional com respeito aos valores –


– alguém que dá tudo o que tem a uma instituição de caridade, sem se preocupar
com o fato de que agindo assim, possa cair na pobreza.

• Afetiva –
– essa ação envolve emoções, como na família, ou na relação entre a multidão e um
ídolo (seja ele um cantor de brega ou um líder religioso).
• Tradicional –
– quando o indivíduo age de determinada forma porque seus pais ou avós agiam da
mesma maneira.
TIPO IDEAL
• É um juízo de atribuição;

• “Obtém-se um tipo ideal mediante a acentuação unilateral de um ou vários


pontos de vista e mediante o encadeamento de grande quantidade de
fenômenos isoladamente dados, difusos e discretos, que se podem dar em
maior ou menos número ou mesmo faltar por completo, e que se ordenam
segundo pontos de vista unilateralmente acentuados ” (WEBER, 1973:137-138)

• Trata-se de um meio para uma construção rigorosa de conceitos voltados a


compreender a realidade.

• um instrumento de análise em que se conceituam fatos puros e com eles se


comparam os fatos reais, particulares, por meio de aproximações e abstrações.
DOMINAÇÃO
Dominação carismática
devida ao apreço puramente dito, à admiração pessoal ao dominador e a seu carisma, ou
seja, suas qualidades, seus poderes. Os tipos mais puros são com o dominador na posição
de profeta, herói guerreiro ou demagogo

Dominação tradicional
o poder da tradição, da ordem social em sua mais pura forma, das instituições que
perduram no tempo, sendo a sua forma mais pura o patriarcalismo

Dominação racional-legal
ela tem sua legitimidade fundada em um estatuto; a forma mais pura é a burocracia;
SOCIOLOGIA COMPREENSIVA

• “Sociologia é a ciência da ação social, que ela quer compreender


interpretando, e cujo desenvolvimento quer explicar, socialmente. Os
três termos fundamentais são, aqui, compreender, interpretar e
explicar, respectivamente, aprender a significação, organizar o sentido
subjetivo em conceitos e evidenciar as regularidades das condutas.”
(ARON, 1990:509)

• “É a forma que adquiri a explicação social. Explicar é compreender,


mediante a metodologia da imputação causal ou dos tipos-ideais , as
regularidades que determinam 1 ou mais comportamentos sociais. É
interpretar o sentido de atuar, explicando-o de modo intersubjetivo”.
(FARFAN, 2009:12)
• “(...) A finalidade e o alvo último de qualquer
ciência consistem em ordenar toda sua
matéria de estudo num sistema de conceitos
cujo conteúdo deveria ser estabelecido e
progressivamente aperfeiçoado mediante a
observação de regularidades empíricas,
construção de hipóteses e verificação das
mesmas(...)”(WEBER, 1973:149)
REFERÊNCIAS
• ARON, Raymond. Etapas do pensamento sociológico. 5
ed, São Paulo: Martins Fontes. 1990.
• WEBER, Max. Metodologia das Ciências Sociais. 4. ed.
São Paulo: Cortez, 1973.
• FARFÁN, Rafael. La sociologia comprensiva como un
capítulo de la historia de la sociologia. Sociológica,
Cidade do Mexico, n. 70, p.203-214, 2009.
• COHN, Gabriel -
https://www.youtube.com/watch?v=qU_zUBTsILQ
• https://www.youtube.com/watch?v=ea-sXQ5rwZ4

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