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DIVISÃO SOCIAL DO

TRABALHO
A divisão social do trabalho está relacionada à maneira pela qual as tarefas
são organizadas e divididas no ambiente de trabalho, com a intenção de
delimitar as funções realizadas, dinamizar o processo de produção como um
todo e, consequentemente, garantir que o sistema de produção funcione de
forma rápida e eficiente.
Uma característica essencial da divisão social do trabalho é a sua capacidade de aumentar a produtividade. Isso porque
especialização aumenta a eficiência produtiva e permite a comercialização de produtos com maior qualidade e menor
preço.

Contudo, como os produtores efetivam-se em atividades específicas, a divisão social do trabalho passou a distinguir o
trabalho mental (intelectual) do material (físico). isso tudo levou ao surgimento de uma elite social.

Esta, por sua vez, se fortifica na ideologia da competência técnico-científica para legitimar aquela divisão social do
trabalho.

Devemos ter em mente que a “divisão do trabalho” diz respeito ao modo como os seres humanos se organizam para
distribuir as tarefas cotidianas.

Desta divisão, derivam outras, como a divisão sexual do trabalho, a divisão capitalista do trabalho, a divisão internacional
do trabalho e, para o que nos interessa aqui, a divisão social do trabalho.
Numa fase inicial das sociedades humanas, a divisão do trabalho era definida por critérios sexuais e de faixa etária.

Entretanto, o incremento da agricultura levou divisões sociais no trabalho ainda mais significativas. Isso aprofundou aqueles
critérios sexuais e também diferenciou o trabalhador agrícola daquele dedicado exclusivamente à criação de animais. Aqui,
está a gênese da propriedade privada.

Como as atividades agrícolas e pastoris impedem que estes trabalhadores se dediquem a produção dos instrumentos
necessários a sua sobrevivência, surgem os artesãos.

Estes, trocam seus produtos manufaturados por gêneros alimentícios. E, destas trocas, surge outra divisão social do
trabalho, a saber, a atividade mercantil.

Vale citar aqui que o desenvolvimento do comércio aprofundou a distinção entre os trabalhadores rurais e urbanos, onde se
destacavam os setores comerciais, administrativos e artesanais.

Por fim, sob o domínio do Capitalismo, a especialização produtiva ganha uma complexidade cada vez maior, até atingir os
parâmetros da divisão internacional de trabalho. Nela, o trabalhador é um especialista e uma pequena parte do processo
produtivo.
Durkheim e a divisão social do trabalho
O sociólogo francês Émile Durkheim pensa a divisão do trabalho a partir da interação social, que por sua vez, está
inserida em uma organização maior: a sociedade.

Divisão Social do Trabalho por Marx


Para o alemão Karl Marx, as relações sociais são determinadas a partir do trabalho, das relações de produção e das
mercadorias produzidas, desde as sociedades tribais até as sociedades capitalistas.

Para Marx, a divisão do trabalho só efetivou-se no momento da separação entre trabalho manual e trabalho intelectual.
A divisão entre os tipos de trabalho aconteceu a partir da segmentação do trabalho na indústria e nas sociedades
capitalistas.

No trabalho intelectual, os trabalhadores técnico-científicos são os responsáveis pela organização do sistema de produção
e pela submissão dos operários ao sistema de produção capitalista. A divisão entre proletários e donos dos meios de
produção é base para as explicações sobre desigualdade social

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