Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALUNOS: Guilherme Oliveira, Janyelle da Mata, Pedro Augusto, Rafael Gomes, Ricardo
Wallison e Robson Nogueira.
DISCIPLINA: Política Brasileira
2 SEM./2021 - UFG
INTRODUÇÃO:
Como um centro de poder coercitivo, o Estado, sob nenhuma hipótese em uma nação
democrática, deve centralizar as funções entendidas como políticas e governamentais — até
porque tal conjectura seria uma impossibilidade lógica. Dessa maneira, com o fito de
distribuir essas capacidades, a divisão das atividades administrativas é vista como uma das
formas de equacionar e organizar politicamente os preceitos de uma democracia. Tal
afirmação não quer dizer que um regime autoritário ou mesmo totalitário não tenha divisões,
porém estas são, majoritariamente, ineficazes, mais centralizadoras e deficientes se
comparadas à uma conjuntura mais bem elaborada, como nas democracias.
Assim sendo, Estados se organizam para compor uma fragmentação justa a qual
comporte o maior número de atribuições possíveis. Formalizados os cargos públicos na
Constituição, as tarefas são separadas dentro dos arranjos institucionais, onde os
representantes podem exercê-las sob o peso da Lei. Há pelo menos três sistemas nessas
circunstâncias: os Federalismos, as Confederações e os Estados Unitários.
Nessa perspectiva, o objetivo deste texto e do seminário a ele associado, é estudar e
analisar as possíveis configurações de um Estado com divisão de responsabilidades, citando
as opções, porém centrando a discussão no caso brasileiro, uma República Federativa. A
análise parte de três fontes: a tese de Alfred Stepan sobre o Federalismo, o artigo da estudiosa
Maria Hermínia, além de dados verificados no campo do Direito Constitucional, repassados
didaticamente em vídeo online.
O Federalismo, por sua vez, consiste num sistema onde as competências de poder
político possuem distribuição geográfica. A Constituinte é o que define as fronteiras
jurisdicionais entre a União e as unidades (que podem ser estados ou províncias, a depender
da forma de governo adotada, Monarquia ou República, por exemplo. Outro fator a ser
considerado é o sistema de governo, se é presidencialista, parlamentarista, ou mesmo
semipresidencialista). No federalismo, existem matérias de exclusividade dos setores
menores, como também existem pautas exclusivas para o governo federal.
As principais características de um Estado federativo são, para a literatura de base: a
descentralização do poder, a repartição de competências, o bicameralismo, a existência de um
órgão de cúpula do poder judiciário, entre outras.
ALFRED STEPAN:
O artigo de Stepan “Para uma Nova Análise Comparativa do Federalismo e da
Democracia: Federações que Restringem e Ampliam o Poder do Demos'' considera o regime
democrático como a única opção favorável ao estabelecimento de uma federação em que a
autoridade dos repartimentos sejam, por lei, respeitados.
Nesse sentido, o autor afirma que os federalismos podem surgir de diferentes contextos
culturais ou históricos. Essa diferença cria determinadas “tipologias”, a depender da nação
analisada.
O primeiro tipo é o federalismo gerado por agregação ou para “unir a união”. Nesse
caso, as unidades anteriores à federação já possuem alta legitimidade, assim como um legado
no qual núcleos menores de poder têm mais influência política. O Estado Federal surge,
então, com o intuito de alçar as unidades numa conjectura sólida, de vinculação.
O segundo tipo, por segregação ou para “manter a união”, refere-se às federações nas
quais já há uma convergência entre os agentes unitários e o centro político. Essa liga,
contudo, pode ser contestada por agrupamentos separatistas, fruto de regionalismos radicais.
Comum em estados multiculturais e mantenedores de multinacionalidades, esse tipo se
enquadra no caso do Brasil. A partir da queda do Império, a Federação foi estabelecida, e os
estados nacionais passaram a ter mais autonomia devido ao à irradiação do poder. Até as
décadas finais do século XX, no entanto, muitos movimentos separatistas tentaram se
desagregar da União (o que já acontecia no regime monárquico), mas com uma frequência
maior.
Stepan faz outros apontamentos, tais como a necessidade dos cidadãos de um governo
federativo de conciliarem duas identidades: a estadual e a federal. Ora, a subunidade
territorial e os líderes eleitos por ela devem considerar que o poderio central lhes proporciona
os bens, a segurança ou as identidades que estimam valiosas, ou serão frágeis à lealdade para
com a União e a própria democracia.
Por fim, o cientista político também versa a respeito de critérios fundamentais para
consolidação de valores democráticos em um federalismo (Liberdade, Igualdade e Eficácia),
uma vez que o sistema em pauta não é sinônimo de democracia. No mesmo estudo, são
ressaltados o papel dos partidos nacionais na manutenção de um estado federativo, a
importância do constitucionalismo aliado ao Estado de Direito, e os vários fundamentos
relacionados às restrições do poder da maioria.
MARIA HERMÍNIA:
CONCLUSÃO:
REFERÊNCIAS: