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TEORIA:

● Teoria criada por Warren Breed, que está presente no livro “Controle Social da
Redação, uma Análise Funcional”, em 1955, sendo este um estudo específico sobre o
jornalista no contexto mais imediato: a organização para qual ele trabalha.

● A teoria fala que o jornalista atua mais dentro das normas editoriais de uma empresa
em que ele trabalha do que suas crenças pessoais, pois ocorre por meio de concessões
de recompensas ou punições.

Existem 6 fatores que promovem o conformismo com a política editorial da organização:

01. A autoridade institucional e as sanções;


02. Os sentimentos de obrigação e de estima para com os colegas e superiores.
03. As aspirações de mobilidade.
04. A ausência de grupos de lealdade em conflito.
05. O prazer da atividade.
06. As notícias como valor.

PERSPECTIVA DE OUTROS AUTORES:

BROTTO:

Instabilidade da notícia

● A notícia lida com a atualidade/ realidade e ela é mutável.


● Transformações constantes.
● Necessidade de controle dos profissionais.
● Atividade reguladora da empresa jornalística.

SOLOSKI:

Teoria transorganizacional:

● A socialização do jornalista para o ambiente empresarial nasce na universidade. (Ela o


fabrica).
● Aprendizagem de técnicas, normas deontológicas e regras institucionais
● Profissionalismo: conjunto de expectativas de comportamento que moldam o "bom"
jornalista.

GOFFMAN:
● “A Representação do Eu na Vida Cotidiana” (1956).
● Escola de Chicago
● Metáfora do teatro (atores, peça e auditório).
● Trata do trabalho rotineiro e despercebido que todos fazemos para vivermos em
sociedade e não cometermos deslizes nas relações sociais do dia a dia.

Interação:

● A partir desses processos de interação com o ambiente e com os outros, o indivíduo


passa a executar papéis nos seus diversos níveis de interação.
● De acordo com o autor, o indivíduo pode representar um ou mais papéis sociais,
dependendo do ambiente e da situação em que está vivendo.

Situação:

● A partir da definição de situação, o indivíduo escolherá qual a melhor


representação ou qual o melhor papel lhe cabe exercer naquele momento (ele veste
uma fachada).
● Na observação do autor, os diferentes modos de cultura podem, dessa forma, gerar
diferentes formas de ver a realidade social e de como se portar nessas interações
que acontecem.
● A Teoria Organizacional de Breed concebe a política e a linha editorial da empresa
como uma cultura.
● Os jornalistas agem como atores que precisam se moldar a cada interação, seja na
hora de produzir notícias (peça), seja na maneira como se portam dentro da
organização.
● O conformismo apontado por Breed e executado pelos jornalistas é uma forma de
representação dentro de uma situação.

BOLTANSKI E CHIAPELLO:

● O Novo Espírito do Capitalismo (1999)


● Sociólogos franceses.
● Análise do trabalho contemporâneo e do poder do capitalismo engajado.

“O espírito do capitalismo é justamente o conjunto de crenças associadas à ordem capitalista


que contribuem para justificar e sustentar essa ordem (BOLTANSKI e CHIAPELLO, 2009:
42. Grifos nossos).

“O trabalhador é teoricamente livre para recusar-se a trabalhar nas condições propostas pelo
capitalista” (BOLTANSKI e CHIAPELLO, 2009: 37/38. Grifos nossos).

● Por que o jornalista não se opõe às problemáticas da linha editorial da empresa?


“ [O] capitalismo precisa ser-lhes apresentado em atividades que [...] possam ser qualificadas
de ‘estimulantes' (BOLTANSKI e CHIAPELLO, 2009: 48. Grifos nossos).

● A afirmação vai de encontro aos seis fatores apontados por Breed para subordinação
do jornalista à política institucional da organização.

TEORIA ORGANIZACIONAL: relação da organização com o ambiente, considerando que


a organização emerge da interação entre os indivíduos.
APLICAÇÃO NA ATUALIDADE:

REFERÊNCIAS:

BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Éve. O novo espírito do capitalismo. São Paulo, Martins
Fontes: 2009 Capítulos 1, e 2 post-scriptum.

BREED, Warren. “Controlo social na redação. Uma análise funcional”. In: TRAQUINA,
N. (org.). Jornalismo: questões, teorias e "estórias". 2ª edição. Lisboa: Vega, 1999, p. 91-100.

BROTTO, Victória Alves de Abreu Mancuso. Quando o jornalista precisa ser controlado:
um breve estudo sobre as teorias organizacional e transorganizacional e suas interações.
BOOC Biblioteca on line de Ciências da Comunicação, 2012.

FIGUEIREDO, Pedro de. Teoria Organizacional: Uma Análise a partir dos Conceitos de
Papel Social e de Novo Espírito do Capitalismo.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis, Vozes: 2014.


Introdução e capítulo 1.
SOLOSKI, J. “O jornalismo e o profissionalismo: alguns constrangimentos no trabalho
jornalístico”. In: TRAQUINA, N. (org.). Jornalismo: questões, teorias e "estórias". 2ª edição.
Lisboa: Vega, 1999, p. 91-100.

SOLOSKI, J. (1989), Media, Culture and Society News Reporting and Professionalism:
Some Constraints on the Reporting of New. New York: Monthly Review Press.

TRAQUINA, Nelson. Teorias do jornalismo: porque as notícias são como são.


Florianópolis: Insular, 2004.

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