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TEMA
Desafios atuais da psicologia na sociedade contemporânea: um olhar e as
novas necessidades de manejo de intervenções.
1. Título;
2. Autor e Orientador;
7. Referências;
Introdução
Mas, para que tal observação seja autenticamente traçada, com o propósito de
um futuro manejo de intervenção frente a problemática social atual, é preciso
olhar para o desenvolvimento e funcionamento das ciências psicológicas na sua
gênese, para que assim, se possa entender o atual contexto social e seus
conflitos. Logo, observar que a psicologia como ciência enfrenta desafios desde
o seu surgimento, é compreender os desafios atuais.
Tendo em vista tal situação apresentada pela psicologia, desde sua origem, o
desenvolvimento desta ciência, tem sido marcada pela negação da dimensão
subjetiva dos seres humanos. Levando então, a uma distorção da concepção de
humano, desnaturalizando-o e deixando ausente o seu caráter complexo e
histórico. Esse fato se tornou pacífico e não alarmante durante muitos anos,
onde, a psicologia social não tinha vez e nem necessidade na sociedade, era
uma profissão clínica para a elite econômica. Até que na década de 1970, a
psicologia social que sempre foi influenciada pela Psicologia Social Psicológica,
tendência até hoje dominante na América do Norte, precisou se colocar em prol
de uma psicologia social mais contextualizada, isto é, mais voltada para os
problemas políticos e sociais enfrentados na época. A arbitrariedade dos
regimes militares e a grande desigualdade social, gerou a necessidade da
Comissão Nacional de Direitos Humanos e do Conselho Federal de Psicologia,
construírem juntos uma forte militância em torno da questão dos Direitos
Humanos na Psicologia. Assim, muitas batalhas foram vencidas, a concepção
de relação humana foi fluindo e a profissão foi tomando corpo. Entretanto, a
guerra continua, a profissão se torna cada vez mais exigida, a demanda por parte
da colocação política e social vem crescendo e a psicologia sendo obrigada a se
reinventar de forma criativa, visto que, as teorias não desenvolvem tão rápido
quanto as demandas sociais.
Com isso, para nos respaldar desse conflito de saberes o código de ética
profissional do psicólogo, no ano de 2005, aponta logo na página 5, na
apresentação, a seguinte ideia: “Códigos de ética expressam sempre uma
concepção de homem e de sociedade que determina a direção das relações
entre os indivíduos. Traduzem-se em princípios e normas que devem se pautar
pelo respeito ao ser humano e seus direitos fundamentais. Por constituir a
expressão de valores universais, tais como os constantes na Declaração
Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que refletem a realidade do
país, e de valores que estruturam uma profissão, um código de ética não pode
ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável no tempo. As sociedades
mudam, as profissões transformam-se e isso exige, também, uma reflexão
contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.”
Ou seja, é preciso que o profissional esteja pautado no saber científico, por ser
um conhecimento homogêneo, objetivo, universal e empírico. E ao mesmo
tempo não abandonando o levantamento sociocultural, entendendo e
respeitando o processo natural de mudança. Torna-se necessário o domínio do
entendimento da psicologia social, caminho de conhecimento esse, que procura
superar essa dicotomia visualizando o sujeito e suas produções mentais como
produto de socialização em seu nicho social. Desta forma, a categoria terá como
realidade mais do que normas científicas, mas representantes reais, que
atravessam as relações interpessoais em um social além da conscientização da
transformação das suas relações intrapessoal, modificando de uma maneira
orgânica e fundamental a desconstrução de seus conceitos e julgamentos.