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2005
Celina Souza
RESUMO
112
REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA Nº 24: 105-121 JUN. 2005
os escassos canais de negociação intergoverna
mental encontravam-se bloqueados. Nessa fase,
divisão informal e formal de poder a problemas o Congresso Nacional exerceu o papel de media
14
de governabilidade e à paralisia decisória . dor desses conflitos. Um exemplo claro, relatado
Outra corrente analisa a divisão de poder den por Kugelmas, Sallum Júnior e Graeff (1989),
tro da federação como fragmentada entre vários ocorreu nas negociações do primeiro orçamento
centros de poder, embora com capacidades desi federal aprovado após as mudanças promovidas
guais, mas que competem entre si. A partir dessa pela Constituição, quando o poder Executivo fe
perspectiva, os governos federal e estaduais par deral incluiu entre suas receitas parcela advinda
tilham o poder de deliberar sobre questões que da cobrança das dívidas estaduais, medida con
15 testada pelos governadores. O impasse foi
afetam seus interesses . Essa visão argumenta intermediado pela Comissão de Orçamento do
que após a redemocratização a divisão formal e Congresso pela falta de entendimento entre os
informal de poder entre os poderes executivos
federal e estaduais passou por três fases. A pri
meira foi fortemente marcada pelo papel crucial
que os governadores eleitos em 1982 exerceram 14
Sobre o debate da relação entre as instituições
na campanha das Diretas Já, tornando-os uns políticas brasileiras e a governabilidade, ver Palermo
dos principais fiadores da redemocratização (2000).
(SALLUM JÚNIOR, 1996), daí resultando a 15
grande influên cia dos interesses subnacionais na Ver, entre outros, Souza (1997; 2001b; 2002). Embora
não tratando diretamente da divisão de poder entre os en
constituinte de 1987-1988. A segunda fase foi
tes constitutivos da federação, os trabalhos de Argelina
marcada pelas di ficuldades iniciais de Figueiredo e de Fernando Limongi demonstram o
adaptação dos representan tes dos entes sucesso do Executivo federal em fazer aprovar no
federativos às novas regras consti tucionais. Congresso Naci onal questões do seu interesse. Ver,
Nessa fase, a disputa entre os interes ses dos principalmente
governadores legitimados pelas eleições de 1986 poderes executivos federal e estaduais. A
e de um Presidente que carecia de legi timidade terceira fase iniciou-se com o sucesso do Plano
e que se colocara, sistematicamente, contra as Real no controle da inflação, quando o governo
decisões tomadas pelos constituintes, foi por federal começou a recuperar suas perdas de
mim classificada como a de uma “arena receitas. Essas três fases mostram que os
competitiva paralisada” (SOUZA, 1997), porque poderes execu tivos das duas esferas
governamentais não eram nem são atores descentralização e de rela ções
passivos e que a divisão de poder dentro da intergovernamentais. Dado que a teoria do
federação brasileira sinaliza a existência de federalismo não incorpora a situação de espaços
conflitos e negociações em torno dos interes ses territoriais que possuem garantias
dos entes federados. constitucionais próprias, inclusive tributárias,
como é o caso dos municípios brasileiros, os
Na visão de muitos juristas, a divisão de
conceitos de relações intergovernamentais e
poder favorece a União devido ao seu papel
descentralização-centraliza ção seriam os mais
central na definição de políticas, à carência de
apropriados para analisar situ ações como a
recursos fi nanceiros de muitos estados e ao
brasileira, tornando-se de crucial importância
excessivo poder de legislar, que promove
para o melhor entendimento de como o
uniformidade nos gover nos e nas políticas
16 federalismo atua na prática. O uso desses dois
estaduais . conceitos pode iluminar a análise sobre a distri
Outros analistas argumentam que a divisão buição de poder territorial em países como o Bra
de poder favorece ao governo local, que vem sil, onde os municípios assumem papel de desta
expan dindo sua autonomia ao longo da história. que, não apenas pela existência de políticas des
Essa interpretação, todavia, não encontra centralizas, mas pelo seu relativo descolamento
fundamenta ção na teoria do federalismo, que da jurisdição dos estados.
considera ape nas as esferas federal e estadual de Nenhum mecanismo ou instituição regulando
governo. As sim, a relativa importância as relações intergovernamentais está previsto na
financeira do municí pio brasileiro e seu papel Constituição de 1988. O parágrafo único do arti
de principal provedor de importantes políticas go 23 estabelece que “lei complementar fixará
sociais não é matéria pro priamente concernente normas para a cooperação entre a União e os Es
à teoria do federalismo e sim dos conceitos de
16
Figueiredo e Limongi (1999). Ver, entre outros, Bercovici (2003).113
vários mecanismos que sinalizam no sentido do duais . Paradoxalmente, essas ações não
federalismo cooperativo, tais como as competên
cias concorrentes acima mencionadas, o federa 17
Um exemplo é a gestão de bacias hidrográficas, que
lismo brasileiro tende a ser altamente
conta com a participação de todas as esferas de governo principal iniciador de legislação.
por exigência de legislação federal.
18 Prevalece um sistema de freios e contrapesos
Entre 1988 e 2004, foram requeridas 3 120 ADINs, complexo. O STF pode declarar a inconstitu
das quais 26% pelos governadores (BRASIL. cionalidade de lei aprovada pelos poderes
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2005).
executi vos federal e estaduais e anular decisões
tomadas pelo Congresso Nacional. Os recursos
114 do poder Judiciário provêm do orçamento
objetivavam defender a autonomia dos estados federal aprova do pelo Congresso. Medidas que
frente à legislação federal, mas sim pedir o reco podem ser inici adas apenas pelo Executivo têm
nhecimento judicial da inconstitucionalidade de que ser submeti das ao Congresso. A Câmara
decisões tomadas pelas assembléias dos Deputados pode instaurar processo contra o
19 Presidente da Repú blica, cujo julgamento cabe
constituintes estaduais .
ao Senado Federal. Este, por sua vez, é a
V. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA instituição que mais detém competências no
FE DERAÇÃO sistema de freios e contrapesos, sendo
V.1. Instituições gerais responsável pelo julgamento de membros do
STF, pela ratificação de nomes indicados pelo
O sistema presidencial sempre foi a opção Presidente da República para vários cargos no
pre ferencial dos constituintes brasileiros, exceto poder Executivo e pela decisão sobre pedidos de
por 14 meses, entre 1961 e 1963. Várias empréstimos internos e externos dos três níveis
tentativas foram feitas a favor do sistema de governo.
parlamentarista, inclusive durante a constituinte
e em 1990, quan do os eleitores foram
convocados para decidir, por plebiscito, sobre a
mudança do sistema, mas a opção pelo
presidencialismo sempre foi vitorio sa.
Exceto durante os períodos autoritários, a se
paração entre os poderes da República foram 19
Sobre esse ponto, ver o detalhado trabalho de
prin cípios proeminentes das constituições.
Werneck Vianna (1999).
Todavia, e como ocorre na maioria dos sistemas
presidencialistas, o poder Executivo tem sido o
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nos cinco estados), somente a União pode
propor legislação sobre os 29 itens que estão
V.2. Poder Executivo federal detalhados no artigo 22 da Constituição de 1988.
Composto pelo Presidente da República e pe Também cabe exclusivamente à União propor
los ministros, o poder Executivo possui o maior legislação sobre questões listadas como sendo
número de competências exclusivas, compreen concorren tes entre os três níveis de governo,
dendo 25 itens do artigo 21 da Constituição Fede tais como ener gia elétrica, trânsito, transporte,
ral de 1988. Essas competências vão desde aque mineração e edu cação. Essa aparente
las comuns aos sistemas presidencialistas, tais contradição mostra, mais uma vez, a tendência à
como relações exteriores, defesa nacional e polí uniformização acima men cionada, mas também
tica monetária, até várias áreas específicas de a necessidade de implantar padrões nacionais
políticas públicas, sobre as quais o poder Execu para várias políticas públicas. Matérias de
tivo tem a competência de aprovar diretrizes, legislação concorrente entre a União e os
direcionando, portanto, as políticas públicas. estados, excluídos os municípios, estão listados
Como indicado acima, não existem dispositivos no artigo 24, embora vários itens inte grem as
consti tucionais regulando a cooperação entre a competências concorrentes entre os três níveis
União e os estados ou sua consulta mútua. de governo.
Apesar de a Constituição de 1988 ter au V.3. Poder Judiciário federal
mentado o número daqueles que podem iniciar As constituições brasileiras sempre refletiram
proposta de legislação (parlamentares federais, a tradição jurídica do Direito
Presidente da República, membros do STF e dos Romano-germânico ou Direito Continental e não
tribunais superiores, Procurador-Geral da Repú a do Direito Consue tudinário (Common Law),
blica e cidadãos (estes com a assinatura de pelo assim como sempre preservaram a separação
menos 1% do eleitorado distribuído por pelo me
entre as instâncias judi ciais federais e estaduais. imposto em termos de volume de arrecadação, o
ICMS (Imposto sobre Circulação de
O sistema federal é integrado por várias ins
Mercadorias e Pres tação de Serviços de
tâncias: o STF, o Superior Tribunal de Justiça
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
(STJ), os tribunais regionais federais, a Justiça
Comunicação), que, diferen temente de muitas
do Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça
federações, é de competência estadual, assim
Militar. O STF é a mais alta corte da federação e
como determinavam livremente, até a Emenda
desde
Constitucional n. 42/2003, suas alíquotas; (b)
1988 combina as competências de uma típica
administram mais recursos do que no regime
corte constitucional com a de julgamento de
anterior, embora sua participação na receita
certos ti pos de recursos. Do ponto de vista
pública total tenha declinado nos últimos anos, e
federativo, suas competências incluem o
(c) possuem efetiva autonomia adminis trativa.
controle de constitucionalidade de leis e normas
No entanto, a capacidade decisória, finan ceira e
federais e estaduais, o julgamento de conflitos
administrativa dos estados é desigual devi do às
entre o go verno federal e os governos estaduais,
diferenças econômicas entre as regiões.
entre dois ou mais governos estaduais e entre os
governos estaduais e suas assembléias Assim como acontece na relação entre a
legislativas, assim como a constitucionalidade União e os estados, inexistem provisões
de leis municipais. Isso significa que o STF pode constitucionais regulando as relações entre os
anular leis federais, es taduais e municipais estados. Diferente mente de federações como
interpretadas por seus mem bros como Austrália, Bélgica, Ale manha, EUA, México e
inconstitucionais. Diferentemente de muitos África do Sul, não exis tem conselhos
países, o STF não possui papel consulti vo. O intergovernamentais envolvendo os estados. As
STJ tem a competência de julgar conflitos exceções são o Conselho Nacional de Política
administrativos entre dois ou mais estados. Fazendária (Confaz), que reúne os secre tários
das finanças dos estados mas que não é previsto
V.4. Instituições estaduais
na Constituição, e a participação de go
As instituições estaduais guardam grande se vernadores de estados economicamente menos
melhança com as federais, com exceção do desenvolvidos em conselhos deliberativos de
bicameralismo. O número de deputados agên cias federais de desenvolvimento regional.
estaduais e os critérios para sua remuneração são Alguns
determi nados pela Constituição de 1988. Apesar
de os estados possuírem relativamente escassa
capaci dade legislativa, eles (a) coletam o maior 115
FEDERALISMO, DESENHO CONSTITUCIONAL E INSTITUIÇÕES FEDERATIVAS
nos locais passaram a ser os principais provedo
res dos serviços de saúde e de educação funda
programas federais são desenhados para contar mental, a partir de regras e de recursos federais,
com a participação de representantes dos esta as quais visam a garantir aos cidadãos locais pa
dos, mas tais estruturas só se materializam por drões mínimos de atendimento. A adesão dos
iniciativa do governo federal e quando estão en municípios a essa transferência tem sido
volvidas transferências de recursos federais. avaliada como um sucesso em termos
V.5. Instituições municipais quantitativos, prin cipalmente no que se refere à
saúde. Tal sucesso tem sido creditado a uma
As regras que regem os governos municipais política concebida como um sistema complexo
estão escritas na Constituição federal, inclusive de relações intergovernamentais que combina
as relativas a seus recursos. Assim como aconte 20
ce com os estados, a capacidade dos governos incentivos e sanções aos entes subnacionais .
locais de implementar políticas e de arrecadar re Essa transfe rência pela responsabilidade de
cursos próprios é altamente diferenciada. Tam implementação é avaliada como tendo reduzido
bém como ocorre com os estados, o número de os conflitos entre os governos locais pela disputa
vereadores e os critérios para sua remuneração pelos recursos federais. Por outro lado, e dado
são determinados por legislação federal. Com a que as políticas de saúde e de educação foram
Constituição de 1988, os municípios passaram a basicamente municipalizadas, as relações
ser regidos por leis orgânicas próprias, elabora intergovernamentais que se estabeleceram são
das pelos seus respectivos legislativos. muito mais freqüentes entre a União e os
municípios, com participação limitada dos
A partir de meados dos anos 1990, os gover governos estaduais.
emendas à Constituição, embora existam duas
Diferentemente do que ocorre nos estados e
exceções que se aplicam à União: em caso de
nos grandes municípios, as relações
iminência de guerra ou para financiar o sistema
intermunicipais vêm ocorrendo de maneira cada
de seguridade social, embora a última requeira a
vez mais crescente, por meio da constituição de
aprovação do Congresso Nacional, mas sem o
inúmeros consórcios, principalmente nas áreas
quorum de supermaioria requerido pelas
de saúde, proteção ambiental e desenvolvimento
emendas constitucionais. As regras e mesmo as
eco nômico.
alíquotas de alguns impostos, inclusive estaduais
A municipalização não se tem restringido aos
e munici pais, são determinadas pela instância
governos como provedores de políticas sociais,
federal.
mas também às comunidades locais. Vários pro
gramas federais e outros financiados com recur Um princípio constitucional merece registro
sos de agências multilaterais exigem a constitui pelo seu caráter federativo. Trata-se da proibição
ção de conselhos comunitários para o repasse de a qualquer nível de governo cobrar imposto
recursos. A Constituição de 1988 abriu o sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos
caminho para essa participação e para a outros, garantindo, assim, imunidade
municipalização por ter incorporado o princípio intergovernamental do ponto de vista da taxação.
– que se aplica à maioria das políticas sociais –
A distribuição dos recursos tributários,
de que elas deveri am ser descentralizadas e
apesar de hoje muito mais concentrada na União
participativas.
do que quando da promulgação da Constituição
VI. SISTEMA FISCAL de 1988, assegura às esferas subnacionais cerca
de 32% de todos os impostos coletados no país.
VI.1. Sistema tributário
Com as transferências, elas recebem 43% das
A Constituição assegura capacidade de tribu receitas totais. Do lado das despesas, os
tar aos três níveis de governo. Alguns impostos e governos subnacionais são responsáveis por
contribuições são exclusivos da esfera que os ar 70% (10,1% do produto interno bruto (PIB)) da
recada, outros são coletados pela União e parti despesa com pessoal e por 80% da formação
lhados com estados e municípios, outros ainda bruta de capital fixo (2,2% do PIB) (AFONSO,
são coletados pelos estados e partilhados com os 2004, p. 5).
municípios. A Constituição não autoriza nenhum
VI.2. Empréstimos
nível de governo a criar novos impostos sem
Para contrair empréstimos, os três níveis pre-
20 Ver, entre outros, Arretche (2000).116
Celina Souza (celina@ufba.br) é Doutora em Ciência Política pela London School of Economics and
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