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Natalia Gama
Por outro lado, o judiciário tem a função de interpretar e colocar em prática a lei em casos
específicos. Porque sua função é garantir justiça, resolver conflitos e punir qualquer violação.
Montesquieu acreditava que o judiciário deveria ser independente e imparcial para evitar
interferências políticas indevidas e garantir a imparcialidade das decisões judiciais.
Portanto, o principal objetivo da teoria dos três poderes é estabelecer um sistema equilibrado de
governo no qual nenhum poder tenha controle absoluto sobre os outros poderes. Porém, se
considerarmos os governos que o Brasil teve ao longo dos anos, no caso do atual governo Lula e o
antigo governo Bolsonaro, isso nem sempre foi possível.
Vários fatores contribuem para a instabilidade da dinâmica institucional brasileira,
dificultando a capacidade do país de assegurar a estabilidade política, econômica e social. Entre
esses fatores estão questões de transparência governamental, polarização da política, falta de apoio
democrático e corrupção sistêmica generalizada. Esses elementos têm sido cada vez mais
prevalentes na última década, especialmente durante a recente crise política do Brasil.
O Judiciário está em questão devido ao seu papel em casos políticos e de corrupção durante
o governo Lula. Tem havido controvérsia em torno da justiça e eficácia das decisões judiciais e da
imparcialidade dos juízes. A confiança do público no sistema judicial está sendo afetada por essas
inconsistências, e foram iniciadas discussões sobre uma separação de poderes mais forte. Já alguns
questionaram o executivo do governo Lula com a democracia, apontando para uma aparente
centralização do poder e falta de transparência. Preocupações foram levantadas sobre a separação de
poderes, com acusações de controle excessivo e processos de tomada de decisão questionáveis.
Essas críticas levaram a dúvidas sobre a capacidade do governo de agir de forma justa que
represente a vontade do povo.
O governo em questão do Bolsonaro foi um tema de muitas discussões em relação à
instabilidade política e institucional do país. A sua eleição em 2018 foi marcada pela polarização
política e um discurso extremista, o que gerou preocupação em muitos setores da sociedade
brasileira. Além disso, o governo Bolsonaro recebi muitas criticadas por diferentes problemas,
incluindo a falta de transparência, intervenção na justiça, e a desvalorização de instituições
científicas e educacionais.
Um dos grandes desafios do governo Bolsonaro foi enfrentar a crise econômica decorrente
da pandemia do coronavírus, que agravou a situação econômica do país. A resposta do governo
Bolsonaro a essa crise foi criticada, inclusive por seus opositores, por adotar medidas insuficientes e
atrasadas para minimizar as consequências da crise na economia brasileira. A instabilidade política
também foi um grande problema enfrentado pelo governo, tendo em vista que o ex-presidente
entrou em conflito com outras autoridades, como a Suprema Corte, o Congresso e governadores de
estados brasileiros.
Portanto, fica visível que a dinâmica institucional brasileira expõe diversos elementos de
instabilidade que afetam o andar do governo. A eleição do governo Bolsonaro, que adotou um
discurso extremista e agressivo, expôs ainda mais esses problemas. A falta de transparência,
intervenção na justiça, desvalorização de instituições científicas e educacionais, em conjunto com
todo o contexto pandêmico que gerou danos na economia e na sociedade, são fatores que impedem
qualquer tipo de estabilidade política no Brasil.
Deve-se enfatizar que essas inconsistências não são exclusivas do governo Lula ou
Bolsonaro e podem surgir em diferentes contextos políticos. A Teoria das Três Forças de
Montesquieu visa criar um sistema de freios e contrapesos e restrições.