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O modelo aqui descrito é conhecido como modelo clássico ou dual (União e Estados).
Trata-se de federação por agregação.
O modelo aqui descrito é conhecido como modelo tríplice ou tricotômico (união, estados e
Municípios). Trata-se de federação por desagregação.
No Brasil o federalismo tricotômico não tem simetria com o modelo clássico. Entretanto,
ainda que seja assimétrico quanto ao modelo clássico, nos aspectos jurídicos e fáticos
haverá diferenças:
c.2 – No plano fático – a Federação Brasileira será assimétrica pois há diferenças no plano
econômico dos Estados – Desenvolvimento Econômico. Ex: art. 3º III – redução de
desigualdades sociais e regionais – é objetivo da República - fundamenta o federalismo
de cooperação previsto no artigo 241.
Outro exemplo:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006).
No plano tributário verifica-se a previsão contida no artigo 153,§5º, I e II – onde a União
institui e arrecada o IOF (imposto sobre operação financeira) sobre o ouro, entretanto ela
não fica com nada, ou seja, 30% vai para o Estado e 70% para o Município.
É adotada nas constituições ao redor do mundo uma técnica pela qual o constituinte
distribui, com base na natureza e no tipo histórico de federação, os encargos de cada
unidade federativa, preservando-lhes a autonomia política no âmbito do Estado Federal.
Aplica-se, então, o princípio da predominância do interesse. O princípio da predominância
do interesse objetiva nortear a repartição de competências das entidades políticas,
tomando como base a natureza do interesse afeto a cada uma delas.
ATENÇÃO!!!
À União competem as matérias de interesse geral ou nacional (CF, ART. 21); aos Estados-
membros competem os temas de interesse regional (CF, art. 25, §1º - remanescente); aos
Municípios competem os assuntos de interesse local (CF, art. 30, I); ao Distrito Federal
compete a temática de interesse regional e local (CF, art. 32, § 1º).
Porém, há casos em que este princípio não limita as competências entre os entes
federados. Isto ocorre porque há assuntos que tanto são pertinentes ao interesse local,
como do país inteiro, é o caso da transposição do rio São Francisco, devastação da
floresta Amazônica, seca do Nordeste, etc.
Competências da União
Art 21: competência exclusiva material da União => são
competências administrativas, e sua principal característica é a indelegabilidade, ou
seja, não há previsão constitucional para que a União delegue o exercício dessa
competência aos Estados, DF ou municípios.
Art 22: competência privativa legislativa da União => cabe apenas à União legislar sobre
as questões enumeradas. Porém, é possível que os Estados e o DF venham a legislar
sobre questões específicas, desde que a União delegue competência por meio de lei
complementar. A marca dessa competência é a delegabilidade aos Estados e ao DF.
Art. 21 Art . 22
Administrativa Legislativa
Exclusiva Privativa
Indelegável Delegável (por meio de lei complementar)
Art 23 Parágrafo único: Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a
U, E, DF e M, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem em âmbito
nacional.
a) Cumulativa – exercida quando já há lei federal sobre normas gerais – art. 24, §2º
OBS: Entretanto, quanto aos municípios, por força do artigo 30, II este exercerá a
competência suplementar NO QUE COUBER.
2º: a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
3º: inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
4º: a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
CUIDADO!
DA INTERVENÇÃO
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
Nos incisos I e II, basta que haja a iminência. Não é preciso que de fato tenha ocorrido.
No inciso III, tem-se uma situação em que as instituições ordinárias não conseguem com
seus próprios meios suprir a situação. Um exemplo é a greve em massa de policiais civis e
militares.
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
Dívida fundada é um conceito de direito financeiro, da Lei 4320, que são as dívidas que
superam 1 exercício financeiro. Geraldo Ataliba defende que também se inserem nesse
dispositivo dívidas de alto vulto que podem colocar em risco a saúde financeira do Estado.
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;
Remissão ao artigo 160 da CRFB, que diz que, como as receitas originarias é de
titularidade do município, compete ao Estado apenas repassá-las, com as exceções
trazidas pelo P.U (Ex: Estado tem um crédito com o município => pode reter repasses;
Barroso entende que o Estado só pode reter se a dívida for líquida, certa e exigível, e
ainda assim em um numerário proporcional à dívida).
OBS: STF (Supremo Tribunal Federal), STJ (Superior Tribunal de Justiça) e TSE
(Tribunal Superior Eleitoral): na hipótese prevista no art. 34, inciso VI da CRFB/88, ou
seja, em caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária. Ao STF, além de requisitar
a intervenção em virtude do descumprimento de suas ordens ou decisões judiciais, deverá
requisitar a intervenção para assegurar também a execução das decisões judiciais
advindas da Justiça Federal, Estadual, do Trabalho ou Militar, quando necessário.
Importante destacar que a legitimidade para solicitar intervenção ao STF baseada em
descumprimento de decisões judiciais de Tribunal Local é de exclusividade deste.
c) autonomia municipal;
Esse decreto tem que ter alguns elementos necessários, sob pena de nulidade:
- Amplitude
- Prazo
- Condições da intervenção.
Há um controle político “a posteriori” exercido pelo legislativo, que pode invalidar o decreto,
se entender que os pressupostos para sua edição não estão presentes no caso.
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto
ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida
contra o Poder Judiciário;
Porém, se a coação for sofrida pelo judiciário e há uma requisição do STF, nesse caso a
intervenção federal SERÁ VINCULADA, e o presidente deve decretá-la, sob pena de
cometer crime de responsabilidade.
3. O artigo 3º dessa lei, que trata da petição inicial, diz que deve ser indicado qual o
princípio constitucional sensível foi violado.
6. É cabível medida liminar, sujeita também à regra de maioria absoluta, para que
suspenda o andamento de processos ou os efeitos de decisões judiciais ou
administrativas, ou qualquer outra medida que o tribunal entender necessária.
9. Também há a oitiva do AGU (para a defesa do ato impugnado) e do PGR (como “custos
legis”).
10. Há uma previsão de conciliação \ composição pelo relator para tentar dirimir o conflito.
11. É necessário o quórum de maioria absoluta, seja para decisão procedência, seja para
decisão de improcedência.
12. A decisão será comunicada às autoridades ou órgãos responsáveis pelo ato. Sendo
julgada procedente, o presidente da república será intimado para que expeça o decreto de
intervenção, já que se trata de ato vinculado.
§ 3º - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
Cabe controle judicial dos atos praticados durante a intervenção federal, pois a intervenção
federal não é praticada à revelia da constituição. A própria constituição prevê e fixa os
seus limites, e para que estes sejam observados é fundamental que haja o controle
judicial. No entanto, o judiciário deve ser cauteloso, entendendo que medidas mais
restritivas que as normais precisam ser adotadas.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo
motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro
dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão
judicial;
c) autonomia municipal;
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação
para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será
por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for
legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias,
salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
SEÇÃO II
DO ESTADO DE SÍTIO
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a
sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de
publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas
e as áreas abrangidas.
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de
trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá
ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada
estrangeira.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
SEÇÃO III
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus
efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus
executores ou agentes.
No estado de sítio (art. 138,§1º) no caso do artigo 137, inciso I (Estado de Sítio
envolvendo comoção grave de repercussão nacional ou em caso de ineficácia do Estado
de Defesa), o regime excepcional dura no máximo 30 dias, prorrogável, de cada vez, por
igual período.
Existe uma outra modalidade de Estado de Sítio, regrada pelo artigo 137, II, da CF/88:
nesse segundo caso há duração indeterminada, já que se trata do
Estado de Sítio que ocorre caso de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
1 - No caso do Estado de Sítio com fundamento no artigo 137, I, podem ser adotadas as
medidas previstas no artigo 139 da Constituição; tais como: obrigação de permanência em
localidade determinada; detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados
por crimes comuns; restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das
comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, na forma da lei; suspensão da liberdade de reunião; busca e apreensão em
domicílio; intervenção nas empresas de serviços públicos; requisição de bens.
CUIDADO! Parágrafo único do artigo 139. ‘“Não se inclui nas restrições do inciso III a
difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas,
desde que liberada pela respectiva Mesa”.
2 - No caso do Estado de Sítio decretado com fundamento no artigo 137, II, não há
previsão expressa das medidas que podem ser tomadas, o que evidencia a gravidade da
situação.
CUIDADO! Na vigência do Estado de Defesa, do Estado de Sítio ou de Intervenção
Federal a Constituição não será emendada, em virtude de serem situações de limites
circunstanciais ao exercício do Poder Reformador (artigo 60, § 1º, da Constituição
Federal).
O artigo 59 da CRFB foi regulamentado pela Lei Complementar 95/1998, que dispõe sobre
a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis.
"Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
(sistema indireto) ou diretamente, nos termos desta Constituição."
Não se confunde com impeachment. No recall, a eleição cabe aos próprios eleitores,
diretamente. No impeachment quem julga são os representantes (no caso do Brasil o
senado)
1. Fases.
Art. 61,CF: A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nessa
Constituição
O projeto de lei não garante que a lei irá efetivamente existir, ele gera apenas um
expectativa.
Para nascer um projeto de lei por iniciativa popular é necessário a subscrição de, no
mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com, ao
menos, 0,3% do eleitorado de cada um deles
· Quando as regras de iniciativa são desobedecidas ocorre um vício “ab ovo” ou “de
iniciativa”
Obs: 3 - Manoel Gonçalves Ferreira Filho diz com muita propriedade que, no quadro
institucional vigente, não se pode falar em verdadeira iniciativa geral. Afinal, a nenhum dos
órgãos do Estado é conferido o poder de desencadear o processo legislativo sobre
matérias de qualquer natureza. Todos os órgãos superiores do Estado exercem um poder
de iniciativa limitado.
Desse modo, embora o art. 61, caput, da Constituição da República seja referido como a
norma que veicula a iniciativa geral ou concorrente, nenhum dos órgãos ali mencionados é
competente para iniciar a formação de norma versando sobre todas as matérias de
natureza legislativa.
Com efeito, se aos Tribunais só é reconhecido direito de iniciar o processo legislativo para
tratar de matérias afeitas ao seu próprio funcionamento, mesmo o Presidente da República
não pode iniciar o processo legislativo para tratar de matérias da competência exclusiva do
Parlamento ou dos Tribunais. Desse modo, não detém o Chefe do Poder Executivo a
prerrogativa de propor resoluções, já que tais normas se restringem à organização do
Poder Legislativo, dispondo, por exemplo, sobre o seu regimento ou a organização de
sua secretaria.
Na Constituição Estadual, a iniciativa privativa está expressa nos parágrafos do art. 24,
começando pela iniciativa reservada ao próprio Poder Legislativo (§ 1º), prosseguindo com
a reserva de iniciativa do Poder Executivo (§ 2º) e do Tribunal de Justiça (§ 4º). A iniciativa
popular é objeto do § 3º, que – contrariando a boa técnica – versa ainda sobre o plebiscito
e o referendo.
Como a delimitação de cada uma das funções estatais só pode ser objeto de norma
constitucional, a reserva de iniciativa, como restrição à função legislativa, só poderá ser
estatuída por disposição constitucional expressa. É o que entende o Supremo Tribunal
Federal, como se depreende do seguinte trecho:
Desse modo, não havendo previsão constitucional expressa, não existe reserva de
iniciativa.
Por este motivo, a referência ao direito tributário. Contrariando preconceito há muito
estabelecido, os tribunais têm entendido que as normas tributárias são de iniciativa
concorrente, pois, excetuando-se no caso dos tributos dos Territórios, não há preceito
constitucional expresso a reservar o poder de iniciativa nesta matéria ao Executivo.
CUIDADO ! Para Manoel Gonçalves Ferreira Filho (Do Processo Legislativo. São Paulo:
Saraiva, 1995), a iniciativa não pode ser considerada uma das fases do processo
legislativo, mas tão-somente o ato que o desencadeia.
II - FASE CONSTITUTIVA.
1 - Atuação legislativa, em que o projeto de lei apresentado será discutido e votado nas
duas Casas do Congresso Nacional.
2 - Manifestação do Chefe do executivo, por meio da sanção ou veto, caso o projeto venha
a ser aprovado nas duas Casas do Congresso Nacional.
O projeto de lei pode começar a tramitar na Câmara ou no Senado, vai depender de quem
foi a iniciativa:
II - Comissões temporárias
Todas elas se extinguem ao final da legislatura em que são criadas, ou expirado o prazo
fixado quando da sua criação ou, ainda, alcançada a sua finalidade.
a) Fase Instrutória.
Análise material - “Um projeto pode ter pertinência temática com uma ou mais comissões
técnicas, devendo ser examinado por todas elas”
Exemplo: um projeto de lei que tenha como matéria questões que envolvam a agricultura
deverá ser submetido à análise técnica da Comissão de Agricultura e Política Rural e
demais outras que tenham pertinência temática
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - Responsável pelo exame formal dos projetos
de lei, ou seja, a verificação de seus aspectos “constitucionais, legais, jurídicos,
regimentais e de técnica legislativa “
OBS: O parecer da CCJ é terminativo, ou seja, se ela emitir um parecer negativo o projeto
será “rejeitado e arquivado, não havendo, daí por diante, nenhuma tramitação “
OBS: Após os pareceres das comissões, sendo o da CCJ positivo, o projeto será
encaminhado para a discussão e votação da Casa iniciadora.
OBS: Não existe veto tácito - “A ausência de sanção expressa no prazo constitucional de
quinze dias úteis não faz caducar o projeto (não há veto tácito), mas sim o torna lei, por
consubstanciar sanção tácita”.
Alcance do veto:
CUIDADO!
Exemplo, o Presidente não pode vetar somente uma palavra de um artigo, pois poderia
alterar completamente o sentido e o alcance do projeto de lei. Portanto, ele só poderá
vetar “P.A.I.A” (Parágrafo, artigo, inciso e alínea) por inteiro.
“Seria o caso, do veto à palavra “não” na expressão “não será permitida a doação (…)”,
que terminaria por alterar completamente a vontade manifestada pelo Legislativo”
2 - O veto parcial, não impede que a parte não vetada do projeto de lei seja promulgada e
publicada, de imediato, independentemente da apreciação do veto pelo Legislativo.
Equivale dizer, que os artigos não vetados não ficam aguardando a apreciação do veto
parcial pelo Legislativo, eles já são imediatamente encaminhados para promulgação e
publicação.
3 - “A mera rejeição do veto pelo C.N (Congresso Nacional) transforma o projeto em lei,
perfeita e acabada, que, mesmo sem sanção, seguirá para promulgação e publicação”.
4 - Superação parcial do veto: Pode o C.N (Congresso Nacional) rejeitar apenas partes do
veto.
O VETO É Irretratável - Uma vez emitido o veto não há como voltar atrás, mesmo que
ainda não tenham passado os 15 dias úteis de prazo.
É o ato que da validade à lei, declara sua potencialidade para produzir efeitos
“Por meio dela, o órgão competente verifica a adoção da lei pelo Legislativo, atesta a sua
existência e afirma a sua força imperativa e executória”
O nome (assinatura) ao final dos atos normativos não é a sanção, mas sim a
promulgação.
a) Cada sessão legislativa se compõe por dois períodos legislativos (os dois acima
mencionados) e,
b) Cada legislatura se compõe por quatro sessões legislativas ou oito períodos legislativos.
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
1. EMENDA CONSTITUCIONAL
O Poder Constituinte Originário, previu que a revisão constitucional ocorreria 5 anos após
a promulgação, ou seja, em 1993.
A matéria que deve ser regulada por lei complementar está prevista taxativamente
na Constituição.
A matéria das leis ordinárias é considerada residual. Assim, o que não for
regulamentado por lei complementar, decreto legislativo (ar. 49) e resoluções (arts. 51 a
52), o será por lei ordinária.
O quorum de votação para lei ordinária é de maioria simples (art. 47). Deve ser
ressaltado que tanto para votação da lei complementar quanto da lei ordinária o quorum de
instalação da sessão é de pelo menos 51 (maioria absoluta).
Mas como funciona o veto do Presidente da República e o que acontece após a sua
realização?
Vale lembrar que o veto pode ser parcial, e, em sendo parcial, necessariamente abrangerá
o texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea, nos termos do § 2º do
artigo 66 da Constituição.
A seguir, o veto deve ser apreciado dentro do prazo de 30 dias por uma sessão
conjunta de deputados e senadores. A Constituição especifica a atuação da sessão
conjunta ao dizer que a ela compete “conhecer do veto e sobre ele deliberar” (artigo 57, §
3º, inciso IV, da Constituição Brasileira de 1988).
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
Aqui merece atenção novidade trazida pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013: ela fez
com que fosse abolida a votação secreta em casos de perda de mandato parlamentar e
derrubada do veto, o que permite maior transparência dos votos parlamentares em
situações delicadas de deliberação.
3. LEIS DELEGADAS
A lei delegada, como o próprio nome diz, trata-se de uma delegação do Poder
Legislativo ao Executivo (art. 68). Assim, a lei delegada será elaborada pelo Presidente da
República após prévia solicitação ao Congresso Nacional que, através de resolução,
delimita o conteúdo e os termos de exercício (art. 68, 2º).
4. MEDIDAS PROVISÓRIAS
Tem prazo de vigência de 60 dias, prorrogável apenas uma vez por igual período
(art. 62, §3º). Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias
após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por
ela regidas (art. 62, § 11).
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta
manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
5. DECRETO LEGISLATIVO
Obs: Regula matérias de competência exclusiva do Congresso, tais como: ratificar atos
internacionais, sustar atos normativos do presidente da República, julgar anualmente as
contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o presidente da República e o vice-
presidente a se ausentarem do país por mais de 15 dias, apreciar a concessão de
emissoras de rádio e televisão, autorizar em terras indígenas a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.
6. RESOLUÇÕES
OBSERVAÇÕES
05 - Em relação às leis ordinárias, o campo material por elas ocupado é residual, ou seja,
tudo o que não for regulamentado por lei complementar, decreto legislativo (artigo 49, que
trata das matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional) e resoluções (artigos
51 e 52, matérias de competência privativa, respectivamente, da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal). (LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 16. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012. p. 584).