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(in texts) Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
É possível perceber que não compete tão somente a União guarda as
leis e a constituição, mais sim a todos os entes da federação, haja vista que
está matéria e de interesse coletivo, outras matérias de interesse geral como já
citado estão dispostos nos incisos do artigo 23 da CF.
Competência Legislativa
REVISÃO DE LITERATURA
A Constituição Federal de 1988 consagrou o Município como entidade
federativa indispensável ao sistema federativo brasileiro. A Carta
Magna ainda o integrou na organização político-administrativa e lhe garantiu
plena autonomia, como prevê seu artigo 18, caput: “A organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos
desta Constituição.” Nesse sentido:
A Constituição de 1988 resgatou o Município da inércia em que se
encontrava. Concedeu-lhe autonomia para se auto-organizar, podendo
elaborar sua própria Lei Orgânica. Ademais inseriu o Município no pacto
federativo, em posição de igualdade com a União, os Estados e Distrito
Federal (FACHIN, 2008, p. 377).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Constituição Federal prevê que os Municípios possuem a chamada
competência suplementar (art. 30, II), ou seja, o legislador municipal pode
complementar a legislação federal e a estadual para ajustar sua execução às
peculiaridades locais, desde que não contrarie as normas federais ou
estaduais e esteja de acordo com o requisito da repartição de competências
desse ente federativo, o interesse local. Dessa forma a competência
suplementar dos Municípios não permite que eles legislem sobre qualquer
matéria e em qualquer caso. Muito questiona-se sobre quando cabe esse tipo
de competência; afirma-se, em uma primeira delimitação, que a
suplementação legislativa por parte do Município se restringe ás normas que
dizem respeito ao interesse local. Em relação ás competências privativas ou
exclusivas da União e dos Estados não cabe a suplementação legislativa do
Município, exceto nos casos em que cabe á União somente editar normas
gerais (artigo 22, XXI e XXVII, da CF). Nesses casos é possível que o
Município edite normas específicas dentro de sua competência suplementar,
porém deve respeitar a legislação estadual e a federal. Contudo se os
Estados já tiverem usado deste dispositivo os Municípios deverão apenas
observar as normas gerais estaduais.
As competências legislativas comuns estão dispostas no artigo 23 da CF, e
compete a todos os entes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios)
exercê-las. A doutrina classifica-as como uma modalidade de competência
concorrente, pelo fato de que se trata de uma concorrência de atuação nas
matérias estabelecidas nesse artigo, objetivando a cooperação entre os entes
federativos. Pelas próprias matérias presentes no dispositivo citado conclui-se
que o legislativo quis evitar o surgimento de lacunas e garantir que essas
matérias sejam efetivadas. Nesse sentido:
Trata-se de matérias em relação às quais o constituinte pretendeu assegurar
certa simetria entre os entes federativos, ademais de garantir uma ampla
cobertura de atuação, isenta de lacunas, mediante políticas públicas e ações
diversas em áreas sensíveis, como é o caso, apenas para ilustrar, zelar pela
guarda da Constituição, das leis e instituições democráticas e conservar o
patrimônio público (art. 23, I), cuidar da saúde e assistência pública, da
proteção e garantia das pessoas com deficiência (art. 23, II), entre outros
(SARLET, MARINONI E MITIDIERO, 2016, p. 861).
CONCLUSÃO
Levando-se em consideração todos os aspectos observados em relação ao
Município entende-se que este é considerado entidade federativa
indispensável à Federação, dotado de autonomia para exercer todas as
competências que lhe são atribuídas e que essa autonomia é assegurada
pela Constituição Federal. A autonomia municipal é dividida em quatro
capacidades: auto-organização, autogoverno, autolegislação e
autoadministração. Entende-se também que as competências podem ser
legislativas e administrativas, a primeira divide-se em competência legislativa
expressa e suplementar e a competência administrativa ou material pode ser
comum ou privativa. Fazendo uma análise das competências municipais
percebe-se que o interesse local é o requisito básico para lhe atribuir
competências, na competência suplementar, por exemplo, uma das hipóteses
para atribuí-la ao Município é o fato de estar relacionada ao interesse local,
nesse caso o Município poderá complementar as normas federais ou
estaduais de acordo com as peculiaridades locais. Conclui-se, também, que a
competência comum foi uma forma do legislador constituinte assegurar a
cooperação dos entes federativos e garantir que as matérias de que a
competência comum trata sejam efetivadas. E, por fim, caso haja conflitos
entre as competências federais, estaduais ou municipais deve-se decidir pela
prevalência de interesses, lembrando que o interesse nacional (União) tem
preferência sobre os demais, já que não há hierarquia entre os entes
federativos.
Intervenção Federal
1 Parte Geral
Partindo do pressuposto de que os entes federativos possuem autonomia
caracterizada pela tríplice capacidade de auto-organização e normatização,
autogoverno e auto-administração. Com exceções, será admitido o
afastamento desta autonomia política, com a finalidade de preservação da
existência e unidade da própria Federação, através da intervenção.
2 Intervenção Federal
A intervenção federal é ato político-administrativo, que consiste na ingerência
de um ente federal nos negócios políticos de outra entidade, suprindo-lhe
temporariamente a autonomia por razões previstas na Constituição. A
intervenção não implica pena ao eventual detentor do cargo de Chefe do
Executivo, a renúncia deste e a assunção do cargo por seu vice não impede
que a intervenção se finalize.
Sua finalidade é garantir a própria Federação e os valores sobre os quais ela
se encontra edificada. A constituição prevê duas modalidades de intervenção:
(a) A intervenção da União nos Estados e Distrito Federal (art. 34);
(b) A intervenção dos Estados nos seus Municípios e da União nos Municípios
localizados nos territórios federais (art. 35).
(b) Em caso de defesa para repelir invasão estrangeira (art. 1º, II), onde são
cabíveis duas hipóteses: 1- um Estado se une com um Estado estrangeiro
para formar novo Estado; 2- expulsar forças estrangeiras de certo Estado que
já tenha sido invadido.
2.1 Hipóteses
A intervenção federal é uma medida patológica, pois afasta a autonomia
estadual. A princípio, essa intervenção é proibida (art. 4 da Constituição
Federal de 1988), porém, em casos excepcionais a União intervirá nos
Estados, no Distrito Federal e nos Municípios.
De acordo com o art. 34, a União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para:
· Iniciativa;
Repartição de CompetÊncias
A repartição de competências garante a autonomia das entidades federativas
para o exercício e desenvolvimento de sua atividade normativa. A fim de
garantir a autonomia e não haver hierarquia entre os entes federativos, as
Constituições procedem a uma repartição de competências.
1 Conceito
Para José Afonso da Silva, competência é a faculdade juridicamente atribuída
a uma entidade ou a um órgão ou agente do Poder Público para emitir
decisões, e competências são as diversas modalidades de poder de que se
servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções.
2 Princípio básico para a distribuição de competências
A natureza e o tipo histórico da federação que irão determinar os limites da
repartição regional e local de poderes. O princípio geral que norteia a
repartição de competências no Brasil (CF/88)é o da predominância de
interesse, cabendo a União as matérias e assuntos de interesse geral ou
nacional, ao passo que aos Estados corresponderão às questões de interesse
regional, e aos Municípios os assuntos de interesse local.
V. produção e consumo;
E você sabe quais são as diferenças entre esses três mecanismos? Segue
com a gente nesse texto para descobrir!
Prazos e procedimentos
Quanto ao prazo, o Estado de Defesa tem um prazo máximo de 30
dias, prorrogável (uma única vez) por igual período, desde que persista a
situação que o motivou. A limitação a uma prorrogação merece destaque, pois,
como veremos, a persistência da situação de crise mesmo após a prorrogação
do prazo possibilitará o acionamento do Estado de Sítio. Aqui vislumbramos
uma das diferenças entre os dois mecanismos, sendo possível concluir que o
primeiro possui uma abrangência mais restrita.
Medidas Coercitivas
Em virtude da gravidade das situações que ensejam o Estado de Defesa, o
Estado fica autorizado a adotar medidas coercitivas, meios relativamente
violentos que, em situações de normalidade, violariam os direitos do cidadão.
As medidas adotadas devem ser necessárias para resolver aquela situação
específica e estão expressamente previstas na Constituição. O Presidente não
pode adotar qualquer medida que não esteja prevista no artigo 136 ou que
não seja necessária para solucionar a situação de crise).
Ademais, é prevista uma exceção ao art. 5º, inciso LXI da Constituição Federal,
que prevê que, em regra, ninguém pode ser preso, exceto em flagrante delito
ou por ordem judicial. Durante o Estado de Defesa, havendo Crime contra o
Estado, a prisão poderá ser determinada pelo executor da medida, desde que
informado à autoridade judicial competente para ratificação, sendo proibida a
incomunicabilidade do preso.
Prazos e procedimentos
Quanto aos prazos, a Constituição faz distinções entre as hipóteses para a
decretação do Estado de Sítio, em que é possível perceber novas distinções
com relação ao Estado de Defesa.
Por sua vez, no caso do inciso II, em que haja estado de guerra ou resposta a
agressão armada estrangeira, o Estado de Sítio poderá durar enquanto
perdurar a guerra ou agressão. Dessa forma, considerando que não seria
possível antecipar a duração do conflito, o Decreto Presidencial não precisaria
dizer seu prazo. Por outro lado, o Estado de Sítio continua sendo temporário e
tendo seu prazo determinado, ainda que impreciso.