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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
1. FORMAS DE ESTADO
2. FEDERAÇÃO
Entidades Federativas
São as seguintes: União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 1.º e 18).
■ descentralização política
■ repartição de competência
■ intervenção
■ guardião da Constituição
■ repartição de receitas
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Capital Federal: Conforme o § 1.º do art. 18 da Constituição Federal, Brasília é a Capital
Federal, não se confundindo com o Distrito Federal.
União
3. ESTADOS-MEMBROS
Em decorrência de sua autonomia (art. 18, § 3º; 25, caput, CF), os Estados possuem
tríplice capacidade:
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a) Fusão (incorporar-se entre si)
b) Cisão (subdividir-se)
I) Desmembramento anexação
d) Regra geral para formação dos Estados-membros (art. 18, § 3º e art. 48, VI, CF.):
I) Plebiscito;
Conceitos:
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Duração do Mandato dos Deputados Estaduais (art. 27, § 1º).
b) Autogoverno (§ 3º)
Autonomia:
a) Auto-organização
b) Autogoverno
c) Auto legislação
a) Criação
b) Incorporação
c) Fusão
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d) Desmembramento
I) Lei estadual
III) Plebiscito
Perda do mandato do prefeito (art. 29, xiv c/c art. 28, § 1º)
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Composição das Câmaras Municipais
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Os Territórios Federais integram a União, representando entidade administrativo-territorial
da União, não constituindo, assim, entidade federativa.
Os governadores dos territórios (Art. 84, XIV) são nomeados pelo Pres. da República
após aprovação do Senado Federal, desta forma, não possuem autonomia política.
9. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Conceito
“Competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade ou a um órgão ou
agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são as diversas
modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar
suas funções.” (SILVA, José Afonso. Direito Constitucional Positivo. 25ª Ed., p. 479)
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i) Suplementar: Capacidade dos municípios para complementar a legislação federal e
estadual.
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Concorrente União, Estados e DF Normas gerais pela União
e específicas dos Estados e
do DF, salva na ausência
de tal lei geral, em que os
Estados e o DF poderão
exercitar a competência
legislativa plena. Art. 24
Municípios. Art. 30
Remanescentes Estados. Art. 25, § 1º
Comuns Distribuídos União, Estados, DF e Municípios.
Art. 23
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10.DA INTERVENÇÃO
Conceito
Regras de intervenção:
• A União intervirá nos Estado, Distrito Federal (art. 34) e nos Municípios localizados
em Território Federal (art. 35)
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a) Espontânea: O Presidente da República age de ofício.
b) Solicitação: O Presidente da República não está obrigado a intervir, possuindo
discricionariedade.
• iniciativa;
• fase judicial (somente presente em duas das hipóteses de intervenção - CF, art. 34,
VI e VII);
• decreto interventivo;
• controle político (não ocorrerá em duas das hipóteses de intervenção - CF, art. 34, VI
e VII).”
O professor Alexandre de Morais (2001, p.298) leciona que “a intervenção estadual nos
municípios tem a mesma característica de excepcionalidade já estudada na intervenção
federal, pois a regra é a autonomia do município e a exceção a intervenção em sua
autonomia política, somente nos casos taxativamente previstos na Constituição Federal (CF,
art. 35), sem qualquer possibilidade de ampliação pelo legislador constituinte
estadual. Por ser um ato político, somente o governador do Estado poderá decretá-la,
dependendo na hipótese do art. 35, IV, de ação julgada procedente pelo Tribunal de Justiça”.
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Casos em que não haverá apreciação pelo congresso nacional ou pela assembleia
legislativa
Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
(Art. 36, § 3º)
Funções
Funções Típicas: legislar e fiscalizar.
Funções Atípicas: administrar e julgar.
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Períodos legislativos: representam os períodos em que se dividem a sessão legislativa
ordinária.
Representação
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo (art. 45) enquanto o
Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal (art.
46).
Sistema eleitoral
Os membros da Câmara dos Deputados são eleitos pelo sistema proporcional (art. 45)
enquanto os do Senado Federal pelo sistema majoritário (art. 46).
Sistema proporcional: “Consiste em distribuir as cadeiras do Parlamento na mesma
proporção dos votos obtidos pelos partidos políticos. (...) A proporção de cada partido é
obtida através de um recurso chamado quociente eleitoral. Este é determinado pela divisão
do número total de votos pelo número de vagas postas em disputa. Cada partido terá uma
representação equivalente ao número de vezes que obteve o quociente eleitoral.” (Celso
Ribeiro Bastos. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. 1986, p. 113).
Número de membros
O número total de Deputados Federais, bem como a representação por Estado e pelo
Distrito Federal, é estabelecido por lei complementar (fixado em 513, pela Lei Complementar
nº 78/93). Nenhuma das unidades da Federação terá menos de oito ou mais de setenta
Deputados. Cada Território elegerá quatro Deputados. (art. 45, §§ 1º e 2º)
Quanto aos Senadores, cada Estado e o Distrito Federal elegerão três representantes.
(Art. 46, § 1º).
Mandato
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O mandato dos Deputados Federais será de quatro anos (Art. 44, Parágrafo único),
enquanto o dos Senadores será de oito anos, renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços. (Art. 46, §§ 1º e 2º).
Deliberações
Em regra geral, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por
maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. (Art. 47)
Mesas
Mesas são órgãos diretores das Casas do Congresso Nacional, exercendo funções
administrativas. Sua composição é determinada por regimento interno, devendo ser
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da respectiva Casa (art. 58, § 1º).
Comissões Parlamentares
“São Organismos constituídos em cada Câmara, composto de número geralmente restrito de
membros, encarregados de estudar e examinar as proposições legislativas e apresentar
pareceres.” (José Afonso da Silva. Direito Constitucional Positivo. 2005, p. 513)
Na constituição de cada Comissão deve ser assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa (art. 58, § 1º).
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a) Comissões Permanentes (Art. 58, caput)
São “as que subsistem através das legislaturas, são organizadas em função da
matéria” (José Afonso da Silva. Direito Constitucional Positivo. 2005, p. 514).
Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe tratar dos assuntos contidos
no parágrafo segundo do artigo 58 da Constituição Federal.
b) Comissões Temporárias (Art. 58, caput)
São comissões especiais, formadas para apreciar matéria específica, extinguindo-se ao final
da legislatura ou quando cumprida a finalidade a qual se destinam.
c) Comissão Mista
São formadas por Deputados e Senadores para analisar assuntos que devem ser decididos
pelo Congresso Nacional.
Conceito
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Representa o conjunto de normas que regulam as prerrogativas, direitos, deveres e
incompatibilidades dos membros do poder legislativo.
Imunidades
Imunidade material
Imunidade formal
A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato (Art. 53, § 5º).
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Incompatibilidades e impedimentos dos parlamentares (art. 54 da Constituição
Federal)
Hipóteses em que não haverá perda do mandato o deputado ou senador O artigo 56,
incisos I e II, da Constituição Federal)
14.PROCESSO LEGISLATIVO
Conceito
Corolário do princípio da legalidade e uma das expressões máximas dos Poderes
Constituídos, o processo legislativo representa a atividade fundamental do Poder Legislativo
e, por sua vez, o meio de manutenção do princípio da legalidade.
Essa atividade, como qualquer outra, sofre influências externas e internas quanto a sua
forma de atuação. Daí, temos, doutrinariamente, um conceito sociológico e um jurídico do
que vem a ser o processo legislativo. Um quanto aos aspectos fáticos e sociais a ele
relacionados e o outro, quanto à atribuição que lhe concede nossa Constituição Federal.
Em relação ao primeiro conceito, Alexandre de Moraes (2001, p.509) apresenta a ideia
de que o processo legislativo, sociologicamente, representa o “conjunto de fatores reais que
impulsionam e direcionam os legisladores a exercitarem suas tarefas” 1. Isso nos leva a ideia
da existência de influências que, não meramente procedimentais, são capazes de
impulsionar os serviços do poder legislador. Essas influências são o objeto de estudo do
processo legislativo do ponto de vista sociológico.
Quanto a sua conceituação jurídica, devemos buscar subsídio em sua terminologia,
bem como na função que lhe atribui nossa Carta Magna.
A palavra processo, do latim processus, de procedere, da mesma derivação que
procedimento, significa a ação ou ato de proceder ou de prosseguir, de ir por diante;
seguimento, curso, marcha; levando-nos, assim, a ideia de ordem ou sequência das coisas
ou atos numa evolução, para a consecução de determinado fim.
Combinado com o verbo legislar, que significa estabelecer ou fazer leis, tem-se de
forma bem simples, uma ideia de que processo legislativo representa o curso ou sequência
de atos necessária para o estabelecimento das leis ou normas jurídicas válidas.
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Em relação ao processo legislativo, nossa Constituição, ensina em seu artigo 59:
“O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.”
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Classificação quanto ao método de desenvolvimento ou procedimento empregado
Nesta, diferencia-se o processo legislativo quanto ao método de desenvolvimento ou
procedimento empregado, ordenadamente essencial à confecção válida da lei. Relaciona-se
com o percurso a ser seguido na criação da lei ou norma jurídica, com as espécies e
quantidade de atos a serem praticados pelos órgãos legislativos na elaboração das espécies
normativas, uma vez que certas normas depreendem mais urgência e necessitam de menos
atos, outras, de matéria mais complexa, carecem de mais análise.
Esta classificação apresenta-se em três espécies, a saber: procedimento comum ou
ordinário, o procedimento sumário e o procedimento especial.
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leis complementares, leis delegadas, medidas provisórias, decretos-legislativos e
resoluções.
É, por sua vez, a prerrogativa atribuída a qualquer pessoa ou órgão, que não a um
membro ou Comissão do Poder Legislativo. Sendo assim, é aquela conferida ao Chefe do
Poder Executivo, ao Poder Judiciário, ao Ministério Público e aos cidadãos em geral.
c) Iniciativa Concorrente
d) Iniciativa Exclusiva
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José Afonso da Silva (Direito Constitucional Positivo. 2004, p. 524), ensina que
discussão e votação “Constitui ato coletivo das Casas do Congresso. É geralmente
precedida de estudos e pareceres de comissões técnicas (permanentes ou especiais) e de
debates em plenário. É o ato de decisão (...).”
A Doutrina e a própria Constituição dividem as Câmaras de discussão e votação dos
projetos de leis em Câmara Iniciadora e Câmara Revisora, sendo a primeira, aquela em que
o projeto é apresentado e discutido, e a segunda onde há a revisão.
Disto, observa-se que a etapa de discussão e votação dos projetos legislativos se dará
pela concordância da vontade das duas Casas Legislativas, uma aprovando ou rejeitando e
a outra revisando os atos da primeira.
III. Emendas
Por emenda entende-se a proposição tendente a retificar uma falta ou defeito. É uma
proposta para alterar ou corrigir o teor de um projeto de lei, no todo ou em parte, seja por
inobservância de algum aspecto material ou formal.
As emendas constituem direto exclusivo dos parlamentares de sugerirem modificações
nos projetos de lei que lhes são apresentados para aprovação, adequando-os ao interesse
público e à Constituição.
Alexandre de Moraes (Direito Constitucional. 9.º ed. São Paulo: Atlas, 2001, p. 521)
classifica as emendas parlamentares em supressivas, aditivas, aglutinativas, modificativas,
substitutivas e de redação, ensinando que emendas supressivas são aquelas que
determinam a erradicação de qualquer parte da proposição principal. Aditivas, aquelas que
acrescentam algo à proposição principal. Por sua vez, as emendas aglutinativas resultam da
fusão de outras emendas, ou a destas com o texto original, por transação tendente à
aproximação dos respectivos objetos. Emendas modificativas são aquelas que alteram a
proposição sem a modificar substancialmente. Existem, ainda, as emendas substitutivas,
que são apresentadas como sucedâneo à parte de outra proposição, que tomará o nome de
“substitutivo” quando a alterar, substancial ou formalmente, em seu conjunto; considerando-
se alteração formal aquela que visar exclusivamente ao aperfeiçoamento legislativo. Por fim,
temos as emendas de redação, que se constitui na apresentação para sanar vício de
linguagem, incorreção técnica legislativa ou lapso manifesto.
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O veto, por sua vez, representa o ato pelo qual o Presidente da República
demonstra sua discordância aos termos de um projeto de lei aprovado pelo Congresso
Nacional, seja pelo aspecto formal, motivos de inconstitucionalidade, seja pelo aspecto
material, por não atender ao interesse público.
Alexandre de Moraes (Direito Constitucional. 9.º ed. São Paulo: Atlas, 2001, p.523)
traz as seguintes características do veto no direito constitucional pátrio:
“1. Expresso: sempre decorre da manifestação de vontade do Presidente, no prazo de
15 (quinze) dias úteis, pois, em caso de silêncio, a própria Constituição Federal determina a
ocorrência da sanção. 2. Motivado ou formalizado: o veto a de ser sempre motivado, a fim
de que se conheçam as razões que conduziram à discordância, se referentes à
inconstitucionalidade ou à falta de interesse público, ou, até se por ambos os motivos. Esta
exigência decorre da necessidade do Poder Legislativo, produtor da lei, de examinar as
razões que levaram o Presidente da República ao veto, analisando-as para convencer-se de
sua mantença ou de seu afastamento, com a consequente derrubada do veto. Além disso, o
veto é formal, pois deverá ser feito por escrito, juntamente com suas razões. 3. Total ou
parcial: o Presidente da República poderá vetar total ou parcialmente o projeto de lei
aprovado pelo Legislativo, desde que esta parcialidade somente alcance texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Dessa forma, impossível o veto de palavras,
frases ou orações isoladas, pois a prática constitucional mostrou que o veto parcial, incidido
sobre qualquer parte do projeto como previsto na Constituição revogada, desvirtuava, muitas
vezes, o sentido da proposta legislativa e transformava o Presidente em legislador. (...) 4.
Supressivo: o veto brasileiro somente poderá determinar a erradicação de qualquer artigo,
parágrafo, inciso ou alínea, não existindo a possibilidade de adicionar-se algo no texto do
projeto de lei. 5. Superável ou relativo: diz-se que o veto é superável ou relativo porque não
encerra de modo absoluto o andamento do projeto de lei, uma vez que poderá ser afastado
pela maioria absoluta dos deputados e senadores, em escrutínio secreto, em sessão
conjunta do Congresso Nacional. O veto apenas impede a imediata conversão do projeto de
lei em lei, sem, porém, prejudicar a sua posterior análise pelo Poder Legislativo, que poderá,
rejeitando-o, ultimar a elaboração da espécie normativa.”
V. Promulgação
Promulgação é o ato, próprio do Presidente da República, de conceder a lei o
atributo de eficácia a fim de que após sua elaboração a mesma tenha o condão de validade
e obrigatoriedade, passando assim a existir no mundo jurídico. Representa um atestado ou
declaração de obrigatoriedade da lei, determinando seu nascimento.
VI. Publicação
A publicação é o ato que concede notoriedade à lei, tornando-a pública, ou seja, de
conhecimento de todos aqueles que devem cumpri-la.
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15.EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Conceito
Hierarquia
Celso Ribeiro Basto (Curso de Direito Constitucional. 18.º ed. São Paulo: Saraiva,
1997, p.355) entende que as Emendas à Constituição possuem a mesma natureza e a
mesma força hierárquica das normas constitucionais, sedo assim superior hierarquicamente
às demais espécies normativas prevista no art. 59 da Carta Maior.
Clausulas Pétreas são princípios imutáveis que visam a proteção do próprio ordenamento
jurídico constitucional, constituindo o próprio núcleo rígido e intocável da Constituição
Federal.
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16. LEIS ORDINÁRIAS
Conceito
d) Tribunais Superiores;
e) Procurador-Geral da República
Casa iniciadora
Apreciação de emendas aos projetos de lei (art. 65, parágrafo único e 64, § 3º)
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Sanção/veto (art. 66)
17.LEIS COMPLEMENTARES
Conceito
Nossa Constituição ao tratar sobre lei ordinária e lei complementar não regulou
suficiente de forma a explicitar as diferenças existentes entre lei ordinária e lei
complementar. Apenas cuidou de regular, conjuntamente, o procedimento legislativo utilizado
na produção de ambas as espécies normativas. Coube, assim, à doutrina e á jurisprudência
o ofício de defini-las e diferenciá-las.
Lei ordinária
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propriamente dito: a iniciativa legislativa, as emendas, a votação, a sanção e o veto, a
promulgação e a publicação das leis. Tem por característica e distinção a necessidade de
aprovação por maioria simples.
Segundo José Afonso da Silva (2004, p.529), este é o procedimento mais demorado,
que comporta mais oportunidade para o exame, o estudo e a discussão do projeto de lei.
Lei complementar
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No que toca ao aspecto material ou substancial, o campo de regulamentação da lei
complementar é de caráter taxativo, caracteriza-se pelo fato de que somente ela poderá
dispor sobre um dado assunto ou matéria, especificado no corpo constitucional.
Tratando-se da lei ordinária, seu campo material é de caráter residual, ou seja, as
matérias que não são destinadas à lei complementar, decreto legislativo e resolução, serão
passiveis de regulamentação através de lei ordinária.
Hierarquia
Tal posicionamento encontra óbice na atual jurisprudência pátria, uma vez que, no
julgamento da isenção da COFINS concedida às sociedades civis de profissão legalmente
regulamentada, o STF reconheceu a inexistência de relação hierárquica entre lei
ordinária e lei complementar, notadamente por se tratar de questão exclusivamente
constitucional, relacionada à distribuição material entre as espécies legais. Alegou, ainda,
que a LC 70/91 é apenas formalmente complementar, mas materialmente ordinária, com
relação aos dispositivos concernentes à contribuição social por ela instituída. Precedente:
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ADC 1, Rel. Moreira Alves, RTJ 156/721." (RE 377.457, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgamento em 17-09-08, Plenário, DJE de 19-12- 08). No mesmo sentido: AI 591.353-AgR,
Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 4-8-09, 2ª Turma, DJE de 28-8-09; RE 515.074-AgR,
Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 9-6-09, 2ª Turma, DJE de 1º-7-09; RE 551.553-AgR,
Rel.Min. Marco Aurélio, julgamento em 26-5-09, 1ª Turma, DJE de 26-6-09; AI 709.691-AgR,
Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 28-4-09, 2ª Turma, DJE de 29-5-09; AI 700.657-AgR,
Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 5-5-09, 1ª Turma, DJE de 28-8-09; AI 541.632-
AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17-3-09, 2ª Turma, DJE de 17-4-09; RE
492.044-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 16-12-08, 1ª Turma, DJE de
20-2-09; AI 614.094-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 28-10-08, 1ª Turma, DJE
de 27-2-09; AI 637.299-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 18-9-07, 2ª Turma, DJ
de 5-10-07; RE 457.884-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 21-2- 06, 1ª
Turma, DJ de 17-3-06. Vide: ADI 4.071-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em
22-4-09, Plenário, DJE de 16-10-09.
Assim, conclui-se que, atualmente, a discussão quanto a hierarquia entre lei ordinária
e lei complementar encontra-se superada em nossa jurisprudência, por reconhecer o STF
a existência de distinção e não hierarquia entre lei complementar e lei ordinária. A distinção
está, notadamente, quanto ao campo material destinado a cada uma das normas.
Contudo, não resta dúvida que a doutrina ainda permanecerá na discussão em
relação a tal matéria.
Conceito
Espécie normativa primária de idêntica força hierárquica das leis comuns, elaborada e
editada pelo Chefe do Poder Executivo, em delegação do Poder Legislativo, que
especificará o conteúdo e os termos do exercício da delegação.
Procedimento
O Presidente da República deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional (art.
68, caput).
A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso
Nacional (art. 68, § 2º).
Em regra, elaborado o projeto de lei delegada, o Presidente da República poderá
promulgá-lo de imediato, sem necessidade de aprovação do Congresso. Contudo,
desejando, o Congresso poderá determinar, na resolução, que o projeto seja apreciado por
este, fazendo-o em votação única, vedada qualquer emenda (art. 68, § 3º).
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A justificativa para a existência das leis delegadas está na falta de tempo dos
Parlamentares, não raro sobrecarregados de tarefas. (Vandi Lammêgo Burlos. 2001,
p.736).
19.MEDIDAS PROVISÓRIAS
Conceito
Segundo o que a própria Constituição Federal estabelece, as Medidas Provisórias são
atos normativos com força de lei, editados exclusivamente pelo Presidente da Republica,
em caso de relevância e urgência, sendo posteriormente aprovados pelo Congresso
Nacional, que os converterá em lei ou não.
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Pressupostos constitucionais
Casos de relevância e urgência
A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais (Art. 62, § 5º).
Regime de urgência
Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de
sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das
Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando (Art. 62, § 6º).
Perda da eficácia
Em regra, as medidas provisórias perderão sua eficácia, desde a edição, se não
forem convertidas em lei pelo Congresso Nacional (Art. 62, § 3º).
Perdendo a eficácia, as relações jurídicas decorrentes da edição da MP serão
reguladas por decreto legislativo.
Não editado o decreto legislativo até sessenta dias após a rejeição ou perda de
eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. (Art. 62, § 3º).
Limitações materiais
Limitações matérias representam as matérias que não poderão ser objeto de Medida
Provisória. Estão contidas no artigo 62, § 1º da CF.
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Novo projeto
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo (Art. 62, § 10).
20.DECRETO-LEGISLATIVO
Decreto legislativo é aquele ato normativo que possui essência hierárquica de lei
ordinária, embora não seja submetido à sanção presidencial, sendo usado para o exercício
da competência exclusiva do Congresso Nacional, previsto no artigo 49 e § 3º do artigo 62
da Constituição Federal, cujo procedimento não está explanado na Constituição Federal,
cabendo ao próprio Congresso discipliná-lo.
Alexandre de Morais, (2001, p.550) apresenta o procedimento legislativo especial
para a elaboração do decreto legislativo:
Os decretos legislativos serão, obrigatoriamente, instruídos, discutidos e votados
em ambas às casas legislativas, no sistema bicameral; e se aprovados, serão
promulgados pelo Presidente do Senado Federal, na qualidade de Presidente do
Congresso Nacional, que determinará sua publicação.
21.RESOLUÇÃO
Sua promulgação é feita pela Mesa da Casa Legislativa que a expedir, sendo,
contudo, promulgada pela Mesa do Senado Federal, quando tratar de resolução do
Congresso.
Sistemas de controle:
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B) Sistema de controle interno de cada Poder.
A maior para da doutrina o denomina órgão ou poder do Estada encarregado dos atos chefia
de Estado e de chefia de governo.
DO PODER JUDICIÁRIO
Conceito: Órgão ou poder incumbido de exercer a função jurisdicional do Estado, qual seja,
interpretar as normas para a composição dos conflitos de interesse.
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As garantias representam um conjunto de prerrogativas destinadas a assegurar a
independência do Poder Judiciário em relação às pressões dos demais Poderes e da
sociedade. Dividem-se em garantias institucionais e garantias funcionais.
Garantias institucionais
Representam aquelas relacionadas à própria instituição, ao Poder Judiciário num
todo, as quais sejam:
a) Garantias de autonomia administrativa (art. 96);
Garantias funcionais
Representam aquelas relacionadas à função de magistrado, aos membros do Poder
Judiciário individualmente, dividindo-se em garantias de independência e garantias de
imparcialidade.
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Garantias de imparcialidade (art. 95, parágrafo único, I ao V)
Representam vedações destinadas a manutenção da imparcialidade do magistrado
no exercício da função jurisdicional.
Assim, aos juízes é vedado:
a) Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de
magistério;
b) Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
c) Dedicar-se à atividade político-partidária;
d) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
e) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (quarentena)
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Quinto-Constitucional (art. 94)
23.MINISTÉRIO PÚBLICO
Autonomia
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Ministérios Públicos dos Estados
Capacidade postulatória
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“Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de instrumento
de mandato para representá-la em juízo.” (Súmula 644)
Indispensabilidade do advogado
Imunidade do advogado
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