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Federação e

Federalismo

Direito Constitucional II
A Federação brasileira
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos: [...]

Art. 18. A organização político-administrativa da


República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição
Tipologias do Federalismo.
1. De acordo com experiência histórica:
 Federalismo por agregação
 Federalismo por desagregação (segregação).
Federalismo por agregação: os Estados independentes ou
soberanos resolvem abrir mão de parcela de sua soberania para
agregar-se entre si e formar um novo Estado, agora, Federativo,
passando a ser, entre si, autônomos.

Federalismo por desagregação (segregação): a Federação surge a


partir de determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se, “em
obediência a imperativos políticos (salvaguarda das liberdades) e de
eficiência”.
Tipologias do Federalismo.
2. De acordo com o modo de separação de atribuições
(competências) entre os entes federativos:
 Federalismo Dual
 Federalismo Cooperativo.
Federalismo dual: A separação de atribuições entre os entes
federativos é extremamente rígida, não se falando em cooperação
ou interpenetração entre eles. O exemplo seriam os Estados
Unidos em sua origem.

Federalismo Cooperativo: as atribuições serão exercidas de modo


comum ou concorrente, estabelecendo-se uma verdadeira aproximação
entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto.
Tipologias do Federalismo.
3. De acordo homogeneidade ou heterogeneidade
cultural e/ou econômica:
 Federalismo Simétrico
 Federalismo Assimétrico.
Federalismo simétrico: verifica-se homogeneidade de cultura e
desenvolvimento, assim como de língua, como é o caso dos
Estados Unidos.

Federalismo Assimétrico: pode decorrer da diversidade de língua e


cultura, como se verifica, por exemplo, nos quatro diferentes grupos
étnicos da Suíça (cantões), ou, também, no caso do Canadá, país bilíngue
e multicultural.
Tipologias do Federalismo.
Segundo Pedro Lenza, “no Brasil há certo “erro de simetria”,
pelo fato de o constituinte tratar de modo idêntico os Estados,
como se verifica na representação no Parlamento (cada
Estado, não importa o seu tamanho, o seu desenvolvimento,
elege o número fixo de 3 Senadores, cada qual com dois
suplentes — art. 46, §§ 1.º e 3.º)”.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Tipologias do Federalismo.
4. Federalismo Orgânico.
O Estado deve ser considerado um “organismo”. Busca-se,
dessa forma, sustentar a manutenção do “todo” em
detrimento da “parte”.
Os Estados-Membros aparecem como um simples reflexo do “poder
central”.

Movidas por concepções que visavam muito mais o estabelecimento da


homogeneidade e a formulação de concepções centralistas, elas acabaram
por atender, direta ou indiretamente, aos objetivos ditatoriais de governos
federais socialistas e da América Latina”
Tipologias do Federalismo.
5. Federalismo de Integração.
Há preponderância do Governo central sobre os demais entes, atenuando,
assim, as características do modelo federativo.

André Ramos Tavares constata que, “no extremo, o federalismo de


integração será um federalismo meramente formal, cuja forte assimetria
entre poderes distribuídos entre as entidades componentes da
federação o aproxima de um Estado unitário descentralizado, com forte
e ampla dependência, por parte das unidades federativas, em relação
ao Governo da União federal”.
Tipologias do Federalismo.
6. Federalismo Equilíbrio.
Traduz a ideia de que os entes federativos devem manter-se em harmonia,
reforçando-se as instituições.

Segundo André Ramos Tavares, “isso pode ser alcançado pelo


estabelecimento de regiões de desenvolvimento (entre os Estados) e de
regiões metropolitanas (entre os municípios), concessão de benefícios,
além da redistribuição de rendas”, destacando-se, respectivamente, os
arts. 43, 25, § 3.º, 151, I, e 157 a 159.
Tipologias do Federalismo.
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico
e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes
dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:


I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;
II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou
represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com
os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de
pequena irrigação.
Tipologias do Federalismo.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios
desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na
forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela EC nº 5/95)
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes,
para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum.
Tipologias do Federalismo.
Art. 151. É vedado à União:

I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem
como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para
suas obrigações e para seus agentes;

III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
Tipologias do Federalismo.
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza,


incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas
fundações que instituírem e mantiverem;

II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Tipologias do Federalismo.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade
na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Tipologias do Federalismo.
Art. 158. [...]:

Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no


inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas
em seus territórios;     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual,
observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais
com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da
equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos. (
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Tipologias do Federalismo.
Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza


e sobre produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021.

a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e
do Distrito Federal; (Vide Lei Complementar nº 62, de 1989).

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos
Municípios;      (Vide Lei Complementar nº 62, de 1989).
Tipologias do Federalismo.
Art. 159. [...]:
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de
caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na
forma que a lei estabelecer;     (Regulamento)

d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de dezembro de cada ano;         (Incluído pela Emenda Constitucional nº
55, de 2007)

e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no
primeiro decêndio do mês de julho de cada ano;         (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 84, de 2014)
Tipologias do Federalismo.
Art. 159. [...]:
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no
primeiro decêndio do mês de setembro de cada ano;       
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)      Produção de efeitos

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento


aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações
de produtos industrializados.     (Regulamento)

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico


prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito
Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c,
do referido parágrafo.        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)
Tipologias do Federalismo.
Art. 159. [...]:
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no
primeiro decêndio do mês de setembro de cada ano;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)  

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento


aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações
de produtos industrializados.     (Regulamento)

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico


prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito
Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c,
do referido parágrafo.        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)
Tipologias do Federalismo.
Art. 159. [...]:
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no
primeiro decêndio do mês de setembro de cada ano;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)  

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento


aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações
de produtos industrializados.     (Regulamento)

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico


prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito
Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c,
do referido parágrafo.        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)
Tipologias do Federalismo.
Art. 159. [...]
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-
se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do
montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais
participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo
único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por
cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado
inciso.         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Tipologias do Federalismo.
7. Federalismo de Segundo Grau.
Manoel Gonçalves Ferreira Filho fala em uma tríplice estrutura do Estado
brasileiro, diferente, por exemplo, do modelo norte-americano que
apresenta a União e os Estados-Membros, quais sejam, a da União (ordem
central), a dos Estados (ordens regionais) e a dos Municípios (ordens
locais).

Veja-se que o Distrito Federal mantém uma situação peculiar, uma vez
que a partir do texto de 1988, não tem natureza nem de Estado nem de
Município, podendo ser caracterizado como “... uma unidade federada
com autonomia parcialmente tutelada”.
Tipologias do Federalismo.
7. Federalismo de Segundo Grau.

Manoel Gonçalves Ferreira Filho que o poder de auto-organização dos


Municípios deverá observar dois graus, quais sejam, a Constituição Federal
e a Constituição do respectivo Estado. Assim, conclui, “a Constituição de
1988 consagra um federalismo de segundo grau”.
Características da Federação.
■ descentralização política: a própria Constituição prevê núcleos de poder político,
concedendo autonomia para os referidos entes;

■ repartição de competência: garante a autonomia entre os entes federativos e,


assim, o equilíbrio da federação;

■ Constituição rígida como base jurídica: fundamental a existência de uma


Constituição rígida no sentido de garantir a distribuição de competências entre os
entes autônomos, surgindo, então, uma verdadeira estabilidade institucional;

■ inexistência do direito de secessão: não se permite, uma vez criado o pacto


federativo, o direito de separação, de retirada. Tanto é que, só a título de exemplo,
no Brasil, a CF/88 estabeleceu em seu art. 34, I, que a tentativa de retirada ensejará
a decretação da intervenção federal no Estado “rebelante”.
Fundamentos da República Federativa
do Brasil.
O art. 1.º enumera, como fundamentos da República Federativa do
Brasil:
■ soberania — fundamento da República Federativa do Brasil e não da
União, enquanto ente federativo. A soberania é do conjunto formado
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
■ cidadania;
■ dignidade da pessoa humana;
■ valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
■ pluralismo político.
Princípios que regem a República
Federativa do Brasil nas relações
internacionais.
O art. 4.º da CF/88 dispõe que a República Federativa do Brasil é regida nas suas relações
internacionais pelos seguintes princípios:
■ independência nacional;
■ prevalência dos direitos humanos;
■ autodeterminação dos povos;
■ não intervenção;
■ igualdade entre os Estados;
■ defesa da paz;
■ solução pacífica dos conflitos;
■ repúdio ao terrorismo e ao racismo;
■ cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
■ concessão de asilo político.
Importância dos Símbolos
identificadores da República.

O idioma oficial da República Federativa do Brasil é a língua portuguesa. Daí ser o ensino
fundamental regular ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas,
contudo, também a possibilidade de utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem (art. 13, caput, c/c o art. 210, § 2.º).

Os símbolos da República Federativa do Brasil são: abandeira, o hino, as armas e o selo nacional,24 sendo
que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter os seus próprios símbolos (art. 13, §§ 1.º e
2.º).
Importância dos Símbolos
identificadores da República.

Dentro da ideia de desenvolvimento de uma consciência cidadã, a Lei n. 12.472/2011


introduziu o § 6.º ao art. 32 da Lei n. 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional — LDB), passando a estabelecer que o estudo sobre os símbolos nacionais será
incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental.

A preocupação em relação aos símbolos é tamanha que o legislador criminalizou certas


condutas, destacando-se o art. 35 da Lei n. 5.700/71 (que caracteriza como contravenção
penal violações às disposições da referida lei, sem, contudo, haver a definição específica
do tipo penal, caracterizando norma penal em branco) e o art. 161 do CPM (que
criminaliza o desrespeito — ultraje — a símbolo nacional).
Importância dos Símbolos
identificadores da República.

Dentro da ideia de desenvolvimento de uma consciência cidadã, a Lei n. 12.472/2011 introduziu o


§ 6.º ao art. 32 da Lei n. 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — LDB),
passando a estabelecer que o estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema
transversal nos currículos do ensino fundamental.

Os símbolos da República Federativa do Brasil são: abandeira, o hino, as armas e o selo nacional,24 sendo
que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter os seus próprios símbolos (art. 13, §§ 1.º e
2.º).
Vedações constitucionais impostas à
União, aos Estados, ao Distrito Federal
e aos Municípios.
Dentro da ideia de desenvolvimento de uma consciência cidadã, a Lei n. 12.472/2011 introduziu o
§ 6.º ao art. 32 da Lei n. 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — LDB),
passando a estabelecer que o estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema
transversal nos currículos do ensino fundamental.

Os símbolos da República Federativa do Brasil são: abandeira, o hino, as armas e o selo nacional,24 sendo
que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter os seus próprios símbolos (art. 13, §§ 1.º e
2.º).
A Noção de Estado Laico.
O Brasil, como veremos melhor ao analisar o art. 5.º, VI, é um país leigo, laico, não confessional,
ou seja, desde o advento da República não adota nenhuma religião oficial, havendo separação
entre Estado e igreja.

Contudo, conforme adverte José Afonso da Silva, esta separação entre Estado e Igreja (Estado
laico, 19, I), deve ser vista de modo atenuado, já que o constituinte originário prescreveu pontos
de contato, “tais como a previsão de ensino religioso (art. 210, § 1.º), o casamento religioso com
efeitos civis (art. 226, § 2.º) e a assistência religiosa nas entidades oficiais (art. 5.º, VII,
acrescente-se).
A Noção de Estado Laico.
Em relação aos dispositivos constitucionais, podemos destacar, ainda, além dos citados
pelo ilustre professor, os seguintes e que, também, estabelecem os referidos “pontos de
contato”, atenuando o sentido de Estado laico:
a) previsão da expressão “Deus” no preâmbulo;
b) inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e a suas liturgias (art. 5.º, VI);
c) colaboração de interesse público, na forma deste dispositivo em análise (art. 19, I);
d) escusa de consciência por motivo de crença religiosa (arts. 5.º, VIII, e 143, § 1.º);
e) imunidade religiosa (art. 150, VI, “a”);
f) possibilidade de destinação de recursos públicos para escolas confessionais, na forma
do descrito no art. 213;
g) reconhecimento aos índios, dentre outros, de seus costumes, crenças e tradições (art.
231).
Obrigado!!

lindomar.teixeira@ftc.edu.br

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