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INTRODUÇÃO
O art. 1º da CF deixa claro a adoção do PRINCÍPIO FEDERATIVO como
critério de organização político-administrativa do Estado
- ESSA NORMA É MATERIAL OU FORMALMENTE CONSTITUCIONAL?
Materialmente porque trata da existência da unidade política. Não fosse isso a
ideia de federação não teria rigidez constitucional
MATERIALMENTE FORMALMENTE
CONSTITUCIONAL CONSTITUCIONAL
Normas que tratam de DECISÕES Normas que estão previstas na CF
POLÍTICAS FUNDAMENTAIS → mas não tratam de matérias que
modo e forma de existência da precisam estar na CF
unidade política
- é a concepção política de Carl
Schimitt da constituição
A forma federativa é CLÁUSULA PÉTREA, ou seja, não pode ser alterada nem
por EC → é uma LIMITAÇÃO MATERIAL DO PODER CONSTITUINTE
DERIVADO
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir:
I - A FORMA FEDERATIVA DE ESTADO;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
→ FO DI VO SE
FORMA DE ESTADO
É a forma de organização do estado e vai depender de como o estado distribui
o poder político no território
* a forma federativa (adotada no BR) é inspirada nos EUA, em que os estados
abriram mão do poder único, absoluto que tinham para formar o estado
americano → é o que ocorreu aqui, mas temos um plus a mais porque demos
autonomia ainda aos municípios
Temos algumas formas de organização do estado, mas os principais são:
ESTADO UNITÁRIO E FORMA FEDERATIVA
FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO
Entidades políticas autônomas – Estados soberanos – unidos
unidos pela CF por tratado ou acordo
Entes tem autonomia Entes tem soberania
Não tem direito de secessão Tem direito de secessão →
mantêm a soberania e um
estado o subscreve
Tem o órgão de cúpula do Não tem o órgão porque cada
judiciário para solucionar um é soberano, mas tem um
conflito entre os entes congresso confederal
ex: Brasil, EUA ex: Emirados Árabes Unidos
Nessa questão de a União atuar como fomento → um dos ministérios com mais
recursos hoje em dia é o ministério da cidade (o município cria o seu plano
diretor, mas a CF e estatuto da cidade deixam claro que há necessidade de
fomento por parte da União e o município implementa)
MICROREGIÃO
ex: microregião da região dos lagos – se um deles polui a lagoa, todos são
prejudicados. É necessário que todos cuidem daquele ponto que é de interesse
econômico e ambiental de todos
AGLOMERAÇÃO URBANA
1ª - Questão:
Sobre o Estado regional e o Estado autonômico responda aos seguintes itens, com a indicação de
exemplos:
a) no Estado regional os poderes locais desempenham atividade constituinte derivada?
b) no Estado autonômico os poderes locais dispõem de iniciativa para a elaboração de seus estatutos
político-administrativos?
CASO CONCRETO 01
q.2) ADI 3478 - não pode haver indicação de uma religião específica
FEDERAÇÃO BRASILEIRA
CONCEITO
“É A REUNIÃO FEITA PELA CF DE ENTIDADES POLÍTICAS AUTÔNOMAS
UNIDAS POR UM VÍNCULO INDISSOLÚVEL”
* é a CF que une os entes da federação
* não existe direito de secessão e qualquer movimento nesse sentido vai ser
coibido, totalmente intolerável
Isso tem a ver com a formação histórica da federação, mas tem pertinência
até hoje: nos EUA os estados mantiveram o poder que sempre tiveram, os
estados legislam sobre direito penal, processo penal etc. Aqui é diferente: a
União que foi p/ fora
QUAL É O CRITÉRIO? Atual concentração de poder
obs.: Espanha tenta criar uma federação de calibração = os entes vão ter
autonomia, mas não vai ser igualitário. Algumas províncias vão ter maior
autonomia do que outras. MAS ISSO AINDA NÃO FOI APROVADO, ELES ESTÃO
TENTANDO
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
O autor mais citado é Michel Temer. Ele coloca que características tem 2
gêneros: DE CONSTITUIÇÃO E DE CONSERVAÇÃO
- CARACTERÍSTICAS DE CONSERVAÇÃO:
COMO FUNCIONA ESSE CRITÉRIO? Vou ver qual ente político tem maior
interesse naquele tema
• UNIÃO: predominante interesse nacional (ex: serviço diplomático;
defesa a agressões externas)
• ESTADOS: predominante interesse regional
• MUNICÍPIO: predominante interesse local (ex: coleta de lixo; limpeza
urbana)
(o transporte coletivo deixa bem claro esse critério → se for prestado dentro
do município, é competência do município; se dentro do estado, é estadual e,
por fim, pode ser da união. O serviço é o mesmo, só vai mudar o interesse)
(em uma prova do MPRJ foi perguntado sobre o sentido de privativo usado
pelo legislador)
QUE VALOR CENTRAL ESSE PLANO TEM? É DE COMPARTIMENTAÇÃO (é
como fracionamento, divisão, etc) e atribuição para cada ente daquela divisão
– influência americana
2. PLANO VERTICAL:
O valor central é no compartilhamento, não é fragmentar, é manter o poder
político intacto e todos o exercendo
Influência alemã → federalismo cooperativo alemã. Compartilhamento
enquanto compartilhamento
Reúne 2 competências a partir do critério de cumulatividade. A ATUAÇÃO DE
UM ENTE EXCLUI A DO OUTRO? OU TEMOS PARCERIA ENTRE ELES?
* ideia de adição ou de subtração
COMUM CONCORRENTE
É cumulativa – é o habitat propício Não cumulativa → a atuação de um
para parcerias exclui a do outro. Parcerias inviáveis
* soma de esforços para o objetivo * concorrente = concorrência entre
comum eles, “disputa”
Art. 23 caput + PU
INTERVENÇÃO FEDERAL
* uma das características referentes a conservação do federalismo
PREVISÃO NORMATIVA: art. 34 e art. 36 da CF
DEFINIÇÃO
O QUE É A INTERVENÇÃO FEDERAL? É O AFASTAMENTO TEMPORÁRIO E
EEXCPECIONAL DA AUTONOMIA POLÍTICA DE UMA ENTIDADE FEDERATIVA
* vamos fragmentar em 3 partes
• AFASTAMENTO TEMPORÁRIO E EXCEPCIONAL (aborda as
características)
◦ TEMPORARIEDADE: a intervenção dura o intervalo de tempo
necessário para reestabelecer a ordem. Nem mais e nem menos,
ainda que dure muito tempo, ela vai acabar
2ª - Questão:
Analise, em no máximo 15 (quinze) linhas, a constitucionalidade de texto de constituição do
Estado que permite a intervenção estadual em município quando se verificar, sem justo motivo,
impontualidade no pagamento de empréstimo garantido pelo estado ou quando forem praticados, na
Administração municipal, atos de corrupção devidamente comprovados.
Envolve a questão de o estado ampliar na sua CE o rol TAXATIVO do art. 34 da
CF → viola o princípio da simetria e transformaria o rol em exemplificativo,
viola a excepcionalidade da intervenção federal. INCONSTITUCIONAL
* art. 34 não prevê como causa de intervenção a impontualidade de
empréstimo ou corrupção
- SILOGISMO: premissa maior é que não pode ampliar; premissa menor é que
não estão prevista e conclusão é inconstitucionalidade
ADI 6616
A Constituição Estadual não pode trazer hipóteses de intervenção estadual
diferentes daquelas que são elencadas no art. 35 da Constituição Federal.
As hipóteses de intervenção estadual previstas no art. 35 da CF/88 são
taxativas.
Caso concreto: STF julgou inconstitucionais os incisos IV e V do art. 25 da
Constituição do Estado do Acre, que previa que o Estado-membro poderia
intervir nos Municípios quando: IV – se verificasse, sem justo motivo,
impontualidade no pagamento de empréstimo garantido pelo Estado; V –
fossem praticados, na administração municipal, atos de corrupção
devidamente comprovados.
STF. Plenário. ADI 6616/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 26/4/2021
(Info 1014).
PRESSUPOSTOS
São as causas interventivas – art. 34
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto
para:
I - manter a integridade nacional; (VIDE ART. 18, CAPUT E PU E ART.
1º) - o vínculo é indissolúvel – vedação ao direito de secessão
- É PARA QUE NÃO HAJA SECESSÃO (separatismo)
- se houver tentativa de cortar o vínculo federativo cabe intervenção federal
- vide art.18 CAPUT e PU
obs.: PODE SER DÍVIDA COM O PARTICULAR, NÃO TEM NADA QUE
IMPEÇA → DÍVIDA VAI GERAR PRECATÓRIO DO MESMO JEITO
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
É UMA OMISSÃO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA REPARTIÇÃO DE RECEITA
TRIBUTÁRIA TRIBUTÁRIA
COMO FICA NA PRÁTICA? Acaba não acontecendo nada → ele não paga
porque não tem sanção e a solução é fazer acordo porque ai vai ter solução
por outra via
* daria para discutir aqui a questão do descumprimento da ordem da ADPF de
não intervenção nas favelas
VII - assegurar a observância dos seguintes PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
2ª - Questão:
Determinado estado da federação estabelece um plano de benefícios fiscais para beneficiar os
municípios do seu âmbito territorial, estabelecendo que qualquer descumprimento de suas
cláusulas enseja o não-repasse dos recursos de ICMS previstos na CRFB88.
O município de Ribeirinhas, por dificuldades financeiras, descumpriu uma determinada obrigação
financeira prevista no acordo citado, vendo-se, desta forma, privado dos repasses do ICMS
previstos na CRFB88. Desta forma, recorreu judicialmente contra a medida adotada pelo Estado de
reter os repasses.
Responda fundamentadamente se agiu o pleito do município merece respaldo do ordenamento
jurídico nacional.
ESTADO PODE CONDICIONAR O REPASSE DE VERBAS? A CF determina que
repasse. Não pode o estado condicionar esse repasse a uma hipótese não
prevista em lei
* o estado tem a chave do cofre, mas a propriedade é do município
* art. 158, IV → o recurso é do município e o estado só gere o repasse
ISSO É TÃO INCONSTITUCIONAL E GRAVE QUE GERA INTERVENÇÃO
FEDERAL
RE 572762
REQUISITOS
ATENÇÃO: o art. 36 da CF é um dos mais atécnicos do texto constitucional e,
com isso, sempre que for responder questões desse tipo, tentar fazer um
quadro LÓGICO, sem decorar
VEJA: o art. 36 fala dos procedimentos de intervenção dos casos do inciso IV,
VI e VII (separação de poderes/lei federal, decisão judicial/princípios
constitucionais sensíveis), MAS NÃO FALA DOS CASOS DO I, II, III E V
* então o I, II, III e V é espontâneo
• PROVOCADA
◦ SOLICITAÇÃO: quando o poder coagido ou impedido for executivo
ou legislativo
◦ REQUISIÇÃO (no resto)
▪ LIVRE EXERCÍCIO DO JUDICIÁRIO
▪ EXECUÇÃO DE LEI FEDERAL OU DECISÃO JUDICIAL
▪ PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS
PROVOCADA ESPONTÂNEA
POR SOLICITAÇÃO (pedido) OU DECRETADA DE OFÍCIO (ex: pr
POR REQUISIÇÃO (ordem) percebe que ocorreu e já decreta)
REQUISIÇÃO:
• STF: art. 34, IV c/c art. 36, I final
DECRETO INTERVENTIVO
QUEM DECRETA? O PR (art. 84, X da CF)
COMO DECRETA? Através de decreto, DEPOIS DE CONSULTAR O
CONSELHO DA REPÚBLICA E DEFESA NACIONAL
NOMEAÇÃO DO INTERVENTOR:
É SEMPRE NECESSÁRIO? NÃO. Só é nomeado quando for absolutamente
necessário para executar as medidas e substituir as autoridades
- ENTÃO POSSO TER INTERVENÇÃO SEM O INTERVENTOR
QUANDO NOMEADO, PODE PRATICAR 2 TIPOS DE ATO:
• ATOS DE IMPÉRIO: atos decorrentes da delegação recebida – atos em
razão da intervenção
• ATOS DE GESTÃO: tarefas comuns, de manutenção da administração
estadual em funcionamento
- isso é relevante para ver quem vai julgar os atos praticados pelo interventor
CONTROLE DA INTERVENÇÃO
A intervenção se dá por DECRETO e esse decreto sofre CONTROLE POLÍTICO
(pelo congresso) E JUDICIAL (pelo judiciário)
• CONTROLE POLÍTICO – art. 36, §1 §2º: em sessão bicameral, o
congresso tem 24h para analisar
◦ se tiver de recesso (como aconteceu em Brasília em 01/23, o
Parlamento é convocado extraordinariamente em 24h)
◦ APROVARAM → FAZ DECRETO LEGISLATIVO APROVADO POR
MAIORIA SIMPLES (se não tiver maioria simples a intervenção foi
reprovada e suspende o decreto do presidente)
◦ O QUE ELE FAZ? Tem que cumprir a determinação congressual e por
fim a intervenção, sob pena de crime de responsabilidade
INTERVENÇÃO ESTADUAL
1ª – Questão:
Um determinado Juiz de Direito de comarca do interior apresenta ao Tribunal requerimento de
intervenção federal, com fundamento no art. 34, VI, da CRFB88, sob a alegação de
descumprimento pelo Estado de ordem judicial de reintegração de posse.
Responda, fundamentadamente:
a) se agiu corretamente o juiz ao inicializar o procedimento;
b) qual o órgão competente para a decretação da referida intervenção;
c) se o prosperam argumentos do Estado com o propósito de justificar o descumprimento da ordem
judicial, tais como, existência de procedimento administrativo de aquisição da referida propriedade
pelo Incra para fins de reforma agrária; e a consolidação da invasão, que contaria com mais de 600
integrantes.
a) sim
b) a ordem de requisição é do STJ, mas quem decreta é a PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA (órgão e não pessoa)
c) não, a hipótese prevista na CF não tem ressalva, já é motivo de intervenção
e quando a CF ressalva o faz de modo expresso
IF 115
• ANTECEDENTES HISTÓRICOS
No mundo hoje temos 20 estados federais e completamente diferentes entre
eles por causa da formação histórica: alguns são extremamente centralizados
(Brasil) e outros extremamente descentralizados (EUA)
O Brasil era estado unitário e na Constituição de 1891, nos transformamos em
estado federado → a nossa formação não tem nenhuma relação com a nossa
historicidade, pois importamos muita coisa dos EUA (ex: senado)
A ÚNICA FEDERAÇÃO COM “TERCEIRO GRAU” É O BRASIL. Os outros são
de 2º grau, com União e Estado
• CONSEQUENTES DEMOCRÁTICOS E CULTURAIS
• MANUTENÇÃO DA SOBERANIA
Não importa o modelo (estado unitário, concentrado; autonômico; regional ou
federal), o plano de fundo para sua criação é a MANUTENÇÃO DA
SOBERANIA.
ARQUÉTIPOS – MODELOS
Quando vai se organizar, o estado tem os modelos para “escolher”: UNITÁRIO;
REGIONAL
• ESTADO UNITÁRIO
• ESTADO REGIONAL
Ex: a Itália sofre um movimento separatista muito forte que foi mitigado
com a CF Italiana dando mais autonomia às regiões do norte e menos
para a do sul
• ESTADO AUTONÔMICO
Ex: Espanha
• ESTADO FEDERAL
A ideia do estado federal surge na Constituição Norte-americana com o
objetivo de evitar movimentos separatistas → ela surge inclusive depois de um
movimento de secessão.
• CONFEDERAÇÃO: reunião de vários ENTES SOBERANOS
A CF deixa clara no início a intenção de formação dessas comunidades
obs.: NÃO EXISTE PREPONDERÂNCIA DE UMA FORMA ORGANIZACIONAL
SOBRE OUTRA. Não há como dizer que o estado federal é o modelo
organizacional é mais evoluído que outro, a realidade é diferente.
ESTADO FEDERAL
Há 2 características fundamentais que impactam e projetam:
• INDISSOLUBILIDADE
• AUTONOMIA: é composto por pessoas e essas pessoas que o compõem
são autônomas
◦ SOBERANIA É ÚNICA E A AUTONOMIA É PLÚRIMA: União,
Estado e Municípios são entidades federativas autônomas e o ESTADO
FEDERAL, BRASIL É SOBERANO
obs.: o nome que o estado federal recebe é irrelevante para o caracterizar
como estado federal (tem lugar que é formado por províncias, regiões etc.)
COMPETÊNCIA: DEFINIÇÃO
O QUE É? É estabelecer o que cada um vai fazer dentro do todo – qual a
competência de cada entidade federativa
* José Afonso da Silva pontua isso muito bem
UNIÃO
E NO BRASIL? COMO A UNIÃO SE COMPORTA?
Tivemos CF outorgadas e sempre que isso ocorre, temos o fortalecimento do
executivo em detrimento dos outros. Quando a CF é promulgada ocorre o
inverso: o legislativo prepondera sobre os outros (o prof. fala que hoje em dia
na verdade vivemos um ativismo judicial enorme)
• CF 1891 (promulgada – mas há quem defenda que há características de
outorga porque quem assumiu foi um militar – Marechal Deodoro). A
União se preponderou sobre o legislativo, ela podia quase tudo
• CF 1934: surgimento de uma proposta mais democrática e os poderes da
União acabam sendo mitigados – mas isso durou pouco
• CF 1937 (OUTORGADA): a vontade da União volta a preponderar sobre
os outros. Não existia poder legislativo no Brasil porque ele foi dissolvido
e o Getúlio Vargas inclusive anulava as decisões do STF quando ele não
concordava
• CF 1946: União volta a ter poderes mitigados, a CF praticamente reedita
a CF 1937. Era o governo de JK e tudo ficou bem até o 1964, golpe
militar com os atos institucionais que eram supraconstitucionais, acima
da CF e suspendem as garantias fundamentais
• CF 1967/69: autonomia dos outros entes federais é mutilada
• CF 1988: RESTAURA O EQUILÍBRIO ENTRE OS ENTES FEDERATIVOS
◦ A NERD FDP (classificação da CF/88)
ORGANIZAÇÃO FEDERAL
O ESTADO FEDERAL, A REPÚBLICA FEDERATIVA É O TODO
• Dotado de SOBERANIA → poder político inerente a qualquer estado
(não importa se unitário, regional, autonômico ou federal)
UNIÃO PODE MUITO, MAS NÃO PODE TUDO (se pudesse, seria estado
unitário).
2/3 de tudo que há na CF para legislar e administrar é da União (art. 24/24).
Uma parte é definida para o Estado (art. 25, §1) e outra para o Município (art.
30). E O QUE SOBRA? É uma área de atuação comum entre os 3 (art. 23) e o
art. 24 com União e Estados
* E O DF? Ele tem dupla competência → tem as competências estaduais e
municipais (ex: lei distrital sobre redução de IPTU (lei municipal) e ICMS (lei
estadual) para empresas que contribuem para a prática desportiva → se for
discutir essa constitucionalidade do ICMS é no STF com ADI; se for discutir
IPTU, é tema municipal e a lei orgânica é em ADI no TJ porque a LOMDF prevê
isso
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
• ADMINISTRATIVAS (PODER EXECUTIVO): são verbos, ações
◦ EXCLUSIVAS – INDELEGÁVEIS (art. 21)
◦ COMUNS/PARALELAS (art. 23)
BENS DA UNIÃO
art. 20 da CF
União é riquíssima
DISTRITO FEDERAL
DISTRITO FEDERAL
DICA: DDD
• VOTADA EM DOIS TURNOS
• DOIS TERÇOS DOS MEMBROS
• INTERSTÍCIO MÍNIMO DE 2 DIAS
-DF tem uma autonomia mitigada, pois pode muito pouco em comparação a
um Estado e município.
O QUE O DF PODE:
• Tem capacidade de auto-organização
• Tem lei orgânica – 2 turnos com interstício mínimo de 10 dias (ela é
mais próxima de uma Constituição Estadual)
• É rígida – é uma característica da lei orgânica – aprovada por 2/3 dos
membros da Câmara Legislativa
- tem uma câmara legislativa (mistura de câmara municipal com
assembleia legislativa – deputado legisla como se fosse vereador e como
deputado estadual) – dupla competência normativa de um deputado
distrital
AUTONOMIAS DO DF:
• Autogoverno, autoadministração, autolegislação
• DEFENSORIA PÚBLICA DF -
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á
por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas
aos Estados e Municípios. DUPLA COMPETÊNCIA NORMATIVA
AUTONOMIA DO DF
• AUTOGOVERNO
• AUTOADMINISTRAÇÃO
• AUTOLEGISLAÇÃO
• DEFENSORIA PÚBLICA DF
1ª - Questão:
Diante dos suposto abusos praticados pelas operadoras de telefonia em ligar de forma insistente
para os usuários oferecendo-lhes produtos, determinado Deputado Estadual apresenta projeto de lei
que fora posteriormente sancionada pelo Governador, no sentido de as companhias operadoras de
serviço de telefonia fixa e telefonia móvel constituirem e manter um cadastro especial de assinantes
que se manifestarem interessados em receber ofertas de produtos e serviços, a ser disponibilizado às
empresas prestadoras do serviço de "telemarketing".
Analise, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) dias, a constitucionalidade da lei.
STF apresentou uma solução na ADI 3.959: entende que a competência é da
União e o estado não pode legislar sobre isso – entende que a União tem a
primazia para legislar sobre telecomunicações
Mas tem uma decisão mais recente (2021) na ADI 5962: ENTENDE QUE É
CONSTITUCIONAL A COMPETÊNCIA CONCORRENTE DOS ESTADOS
PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR
* foi mutação constitucional e isso é melhor
2ª - Questão:
Determinado consumidor propõe demanda em face da sociedade que lhe vendeu um automóvel zero
quilômetro, em que requer a condenação da ré a lhe fornecer veículo reserva, já que seu veículo
ficará inutilizado por mais de um mês aguardando a reposição de peças para um reparo.
O autor fundamenta seu pedido em lei estadual que impõe às montadoras, concessionárias e
importadoras de veículos a obrigação de fornecer veículo reserva a clientes cujo automóvel fique
inabilitado por mais de quinze dias por falta de peças originais ou por impossibilidade de realização
do serviço, durante o período de garantia contratual.
Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, como deve ser julgada a causa.
A tradicional jurisprudência do STF é de: NA DÚVIDA SE COMPETE A UNIÃO
OU ESTADO, A UNIÃO TEM A COMPETÊNCIA E O ESTADO NÃO (isso é
característico do nosso federalismo – autonomia do estado sempre mitigada
em detrimento da União)
- INCONSTITUCIONAL LEI ESTADUAL QUE IMPÕE ÀS MONTADORAS,
CONCESSIONÁRIAS E IMPORTADORAS DE VEÍCULOS A OBRIGAÇÃO DE
FORNECER VEÍCULO RESERVA A CLIENTES CUJO AUTOMÓVEL FIQUE
INABILITADO POR MAIS DE 15 DIAS POR FALTA DE PEÇAS ORIGINAIS OU
IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DO SERVIÇO, DURANTE O PERÍODO DE
GARANTIA CONTRATUAL. A lei extrapolou competência concorrente para
legislar sobre matéria de consumo (ADO 5158)
ESTADO MEMBRO
Os estados membros materializam a descentralização no exercício do poder
político e não faz diferença o nome (na argentina é província, suíça é cantão
etc)
AUTONOMIA ESTADUAL:
- PRINCÍPIO DA SIMETRIA:
O QUE TEM QUE ESTAR NA CF E TEM QUE ESTAR NA C.E: ex: ADI
O QUE TEM NA CF QUE PODE ESTAR NA C.E: ex: ADC
O QUE TEM NA CF QUE NÃO PODE ESTAR NA C.E: ex: ADPF
RELEMBRANDO:
PCO – 5 CARACTERÍSTICAS: INICIAL; ILIMITADO; INCONDICIONADO;
AUTONOMO E PERMANENTE
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO → é o poder CRIADOR e promulgou a CF
de 88 e ele não se dissolve e permanece constante (a assembleia que dissolve)
– dotado de presunção absoluta de constitucionalidade → não se submete a
controle
Esse poder constituinte com a dissolvição da assembleia cria o PODER
CONSTITUÍDO/DERIVADO e o PODER DECORRENTE.
O PODER DERIVADO tem 2 tarefas: REGULAMENTAR O TEXTO
CONSTITUCIONAL produzindo leis infraconstitucionais e MODIFICAR A
CONSTITUIÇÃO.
A Constituição pode ser modificada de várias maneiras como EC ou mutações
→ mas ela não é o criador pois ela tem que observar os limites impostos pelo
criador.
- Essa lógica se aplica ao PODER DECORRENTE (Estado quando cria C.E.) →
esse poder decorrente tem que manifestar em 1 ano – obs.: não existe poder
decorrente municipal
PODER DECORRENTE:
EXIGE QUE OS ESTADOS-MEMBROS ELABOREM NOVAS
CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS
-é a expressão da autonomia que norteia a forma federativa de estado. É o
poder derivado, subordinado e condicionado às normas federais de
preordenação dentro do princípio da simetria constitucional.
Poder decorrente:
• ELABORAR
• REFORMAR
*os mesmos limites formais, circunstanciais, etc, na CF são impostos na C.E.
em seus respectivos dispositivos (ex: C.E do RJ tem o mesmo artigo 60
parágrafo 1°)
- tem que ser a mesma votação → não será nas 2 casas pois Estado é
unicameral
A) PRINCÍPIOS SENSÍVEIS:
- a intervenção federal é um gerenciamento de crise no qual a União vai
intervir em um Estado/DF (supressão momentânea do pacto federativo). Ela
pressupõe alguns pressupostos.
- o motivo da intervenção no DF não foi violação a esses princípios – foi outra
modalidade.
- tem uma modalidade de intervenção que é essa → o STF é demandado pelo
PGR para que determine que o PR intervenha no Estado-membro por meio de
um decreto e submeta ao Congresso para que em 24h referende o decreto –
AÇÃO DIRETA INTERVENTIVA
*APENAS O PGR PODE PEDIR – legitimação singular
ex: Estado não aplicou o mínimo substancial na saúde
- TEM QUE ESTAR NA C.E. → É OBJETO COMPULSÓRIO DE SIMETRIA
B) PRINCÍPIOS ESTABELECIDOS:
São aqueles que se reportam a todos entes federativos e não apenas à União:
geram limitação expressas, implícita e decorrentes
• LIMITAÇÕES EXPRESSAS:
✔ VEDATÓRIAS – princípios e imunidades tributárias (art.150);
intervenção federal (art.35)
- a carta estadual tem que copiar esses dispositivos
✔ MANDATÓRIAS - regras de criação de municípios (art.18
parágrafo 4°); auxílio do Tribunal de contas no controle externo
de municípios
- uma C.E. não pode criar municípios naquele estado
C) PRINCÍPIOS EXTENSÍVEIS:
- é uma categoria nova
Estabelecem as regras de organização da federação e são extensíveis a todos .
Incluem-se dentro desta categoria: as eleições do chefe do poder executivo, os
princípios do processo legislativo, os requisitos de uma CPI e as definições das
competências de cada poder.
Ex: legitimação para propositura de ADI – na C.E do RJ tem um artigo sobre
quem pode propor ADI no TJRJ → quando se compara com o art.103 da CF
percebe-se que tem legitimados diferentes (Defensor público estadual pode no
TJ e DPU não pode em ADI) – STF ENTENDEU QUE PODE SIM AMPLIAR OS
LEGITIMADOS DE ADI NOS ÂMBITOS DO ESTADO
obs.: não quer dizer que ADI é de simetria compulsória que o seu
procedimento tem que ser igual
COMPETÊNCIA DO ESTADO:
• competências expressas – art.25 CAPUT
• competências reservadas/remanescentes – art.25 parágrafo 1°
• Material exclusiva – serviços locais de GÁS CANALIZADO - art.25
parágrafo 2° → NÃO PODE SER POR MEDIDA PROVISÓRIA
• MEDIDAS PROVISÓRIAS – simetria facultativa – ADI 822 E ADI 2391
- se o estado resolver dispor sobre medida provisória ele terá que observar os
mesmos requisitos e limitações formais da CF (tem que tramitar do mesmo
jeito)
- Estado do RJ, MG e SP não adotou medida provisória
• Legislativa privativa: instituir regiões metropolitanas – art.25
parágrafo 3° (mas não pode impor aos municípios certas questões)
• Delega pela união
• Comum/paralela – art.23
• Concorrente suplementar supletiva – art.24 parágrafo 1°
• Concorrente suplementar complementar - art.24 parágrafo 2°
DEPUTADOS ESTADUAIS:
Tem um problema no CAPUT do art.27
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o
número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados
Federais acima de doze.
NÚMERO DE DEPUTADOS ESTADUAIS EM UMA ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA:
1. REGRA: ESTADOS COM ATÉ 12 DEPUTADOS FEDERAIS – vai ter 3x o
número de deputados federais
ex: ACRE tem 8 DEPUTADOS FEDERAIS – 8x3 téria 24 DEPUTADOS
ESTADUAIS
2. REGRA: +12 DEPUTADOS FEDERAIS: soma com o número 24
ex: MG tem 53 deputados federais → terá 53+24 = 77
AUSÊNCIA DE SIMETRIA:
• CRIME COMUM PRATICADO PELO PR → a câmara tem que autorizar
(2/3) para que ele seja julgado pelo STF
X
• CRIME COMUM PRATICADO POR GOVERNADOR → ADI 5540 – É
NORMA DE REPRODUÇÃO PROIBIDA o art.51,I – basta que apresente
ao STJ → não precisa a assembleia autorizar
RESPONSABILIDADE DO GOVERNADOR:
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE JUÍZO DE
JURISDIÇÃO
CRIME COMUM X STJ
GOVERNADOR AUTORIZAÇÃO Tribunal Misto
CRIME DE DA (2/3): 5 deputados
RESPONSABILIDADE ASSEMBLEIA estaduais, 5
LEGISLATIVA desemb. e
(2/3) presidente do TJ
PRESIDENTE CRIME COMUM 2/3 DA STF
DA (art. 85) CÂMARA DOS
REPÚBLICA DEPUTADOS
CRIME DE SENADO STF
RESPONSABILIDADE FEDERAL
1ª - Questão:
Levando em consideração a divulgação de pesquisas de Agência da Organização das Nações
Unidas, em que constatou que o produto agrícola "X", proveniente de países da Europa, quando não
devidamente acondicionado, produz uma substância capaz de gerar danos à saúde dos
consumidores, o Governador do Estado sancionou um projeto de lei que cria restrições à
comercialização, à estocagem e ao trânsito do produto agrícola citado e congêneres, quando
provenientes de outros países do mundo.
Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, se a lei é constitucional.
Resposta:
- o governador não pode dizer como vai ser importado o produto, etc
- É INCONSTITUCIONAL, SÓ UNIÃO PODE TRATAR – ADI 3813
2ª - Questão:
Determinado Estado da Federação criou uma região metropolitana, mediante lei complementar, com
vistas, entre outros objetivos, a organizar melhor o sistema de transporte viário de passageiros e
ampliar o fornecimento de saneamento básico.
Dessa forma, institui que o poder decisório acerca do saneamento básico seria exclusivo do
município capital, após ouvidos os demais municípios.
De outro lado, institui também que a gestão e a percepção dos frutos decorrentes de eventual
concessão à inciativa privativa, referente aos serviços de transporte urbano, caberia também à
capital, já que é quem mais sofre os influxos de tal serviço.
Analise, fundamentadamente, em no máximo 20 (vinte) linhas, a constitucionalidade desta lei.
Resposta:
- o Estado pode criar essas regiões metropolitanas mas não pode impor, em
favor da criação, restrições a autonomia municipal como fez nesse caso
ADI 6573 E ADPF 863
COMPETÊNCIAS MUNICÍPIOS
Relembrando:
Art.21 → competências materiais da União – EXCLUSIVA – INDELEGÁVEL
• 3 VOGAIS: EXCLUSIVAS / INDELEGÁVEIS / EXCLUI A PARTICIPAÇÃO DE
OUTRO ENTE
• COMPETÊNCIAS MATERIAIS DA UNIÃO NÃO ADMITEM DELEGAÇÃO
CONCEITO:
Pessoa jurídico-política de direito público interno, integrante da Federação
(art.18), dotada de autonomia e que se auto-organiza mediante Lei Orgânica,
desde que observe princípios da Constituição da República e da Constituição
dos Estados.
- os municípios existem em razão do tamanho continental do Brasil e para ter
um centro de poder próximo do povo
- município não tem judiciário e não tem representação no Senado
- Estado é unicameral e município também
AUTOGOVERNO DO MUNICÍPIO:
Está ligada a existência de poder legislativo e executivo próprio – GOVERNO
BI-ORGÂNICO como a doutrina chama, pois não tem 3 poderes como no
Estado e União.
*PREFEITO
• mandato de 04 anos com 1 reeleição
• Subsídio do prefeito e vice e secretários – lei de iniciativa da câmara
• perda de cargo se ele tomar posse em outro incompatível
*VICE-PREFEITO
*VEREADORES
Todos são eleitos
Exceção: municípios dos territórios
RESPONSABILIDADE DO PREFEITO:
O decreto 201 → ele é de 1967
Temos 3 possibilidades:
• CRIME COMUM – TJ, TRF OU TRE (vai ser segunda instância de
acordo com o crime que foi cometido)
* o que não estiver no decreto é comum
Súmula 702 - A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos
restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos
demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de
segundo grau.
- mesmo doloso contra a vida é no TJ
LEGISLATIVO:
Composição → art.29, IV
- é para criar lei; função deliberativa (ex: sobre secretários; impeachment); e
fiscalizadora sobre as contas do prefeito com auxílio do TCE – parecer prévio
somente deixa de prevalecer com o voto de pleo menos 2/3
- STF ENTENDE QUE PODE CRIAR CPI
- percentual do subsídio dos deputados estaduais (geralmente 5 a 10% menor)
AUTO-ORGANIZAÇÃO:
Art.29
A auto-organização é feita pela LEI ORGÂNICA → a lei orgânica tem que ser
modificada/aprovada em 2 turnos, com intervalo mínimo de 10 dias e
aprovada por 2/3 dos membros da câmara municipal
DDD
• VOTADA EM DOIS TURNOS
• DOIS TERÇOS DOS MEMBROS
• DEZ DIAS ENTRE ELES
(por isso muita gente defende que é uma constituição municipal – MAS O STF
NÃO ACEITA A IDEIA DE QUE É EQUIVALENTE A UMA CONSTITUIÇÃO –
PARA ELE É LEI MUNICIPAL QUALIFICADA PELO OBJETO)
* lembrar daquela discussão de a lei orgânica do DF e dos municípios ser
equiparada a CE: há uma parcela da doutrina que entende que sim por conta
do conteúdo ser de organização e funcionamento, então já seria materialmente
constitucional, mas a que prevalece é que só o do DF que é, lei municipal está
com a dupla subordinação,
AUTO ADMINISTRAÇÃO:
Ligada à competência legislativa e administrativa
- se o município pode atuar naquela área ele pode legislar e vice-versa
- lei do trote → obriga a empresa a dar os dados de quem passou o trote para
→ STF DIZ QUE É CONSTITUCIONAL porque não interfere no contrato
- Saneamento básico é do município – o estado não poderia criar lei porque iria
usurpar
COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
São os casos em que o município poderá SUPLEMENTAR, COMPLEMENTAR a lei
federal e estadual no que couber. OU SEJA, A ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO
DEPENDE, EXIGE, DE LEI FEDERAL/ESTADUAL PRÉVIA
- transporte de cargas vivas nas áreas urbanas – Lei municipal que proíbe é
INCONSTITUCIONAL pois invade competência da UNIÃO SOBRE
TRÂNSITO E TRANSPORTE
GUARDA MUNICIPAL:
Não pode substituir trabalho próprio da polícia militar e/ou civil
Atividade de segurança pública
- é constitucional atribuir poder de polícia de trânsito
PODE TER PORTE DE ARMA DE FOGO? Maio de 2021 o STF decidiu que PODE,
independente do número de habitantes
2ª - Questão:
A fim de beneficiar os empresários da capital fluminense, o prefeito envia projeto de lei que exige
que os veículos utilizados para atender contratos estabelecidos com a Administração Municipal
Direta e Indireta devem, obrigatoriamente, ter seus respectivos Certificados de Registro de Veículos
expedidos no Município do Rio de Janeiro.
Após regular processo legislativo, a lei é aprovada no parlamento e devidamente sancionada pelo
Chefe do Executivo.
obs.: COTAS – temos uma lei que não fala de concurso público específico do
TJ, mas fala de concursos federais → tem que respeitar os 20% de vagas
CNJ QUE TRAZ RESOLUÇÃO SOBRE COTAS – cota é só para a primeira fase
(mas tem que fazer a pontuação mínima e é sempre 60%) → segunda não
tem, tem que tirar 6
obs.: STJ e tribunais vão elaborar as suas leis de organização judiciária → eles
elaboram o projeto e protocola na câmara/assembleia – art.96, II, d
1ª - Questão:
Tendo em vista a elevada demanda nas varas criminais da capital, de crimes praticados por
organizações criminosas, foi promulgada lei estadual de iniciativa do Chefe do Poder Judiciário que
criou a vara especializada em delitos praticos por organizações criminosas. Dispõe a lei que a
indicação e nomeação dos magistrados que ocuparão a referida vara será feita pelo presidente do
Tribunal de Justiça, com a aprovação do Tribunal.
Analise, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, a constitucionalidade desta lei.
Resposta:
O poder judiciário pode criar varas especializadas, porém TEM QUE TER UMA
LEI.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA faz esse projeto de lei, encaminha
para assembleia. Se ela aprovar a vara será criada.
QUAL JUIZ EXERCERÁ A SUA COMPETÊNCIA NESSA VARA
ESPECIALIZADA? DE ACORDO COM O ART.93 – PROMOÇÃO OU
MERECIMENTO e sua colocação.
Aqui há equívoco pois fala que vai ser nomeado pelo presidente e isso não
pode pois FERE O JUIZ NATURAL.
2ª - Questão:
Trata-se de Recurso Ordinário em Mandado de Segurança interposto por Carmencita Carmo em
2ª - Questão:
face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins. A recorrente se insurge contra ato do
Governador do Tocantins, consistente na outorga da delegação da titularidade do Tabelionato de
Protesto de Títulos da Comarca de Coromandel a candidata aprovada em concurso público, sendo
que este acórdão manteve a denegação da segurança pleiteada perante a Corte a quo.
A recorrente busca permanecer no exercício do tabelionato de protesto de títulos assumido, em
caráter precário, em acumulação com o tabelionato de registro civil de pessoas naturais.