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1.Introdução
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
6. O Estado Regulador
7. Serviços Públicos
8. Regulação
Introdução
• Regulação é tema complexo, que demanda conhecimentos
técnicos, visão humanista e histórica
• Regulação é uma política pública, uma política econômica e,
portanto, uma opção governamental
• Existem diferentes alternativas e mecanismos para sua
implementação, demandando o envolvimento de vários órgãos
e entidades da Administração Pública
3
AGENDA
1. Introdução
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
6. O Estado Regulador
7. Serviços Públicos
8. Regulação
Formação do Estado
• Duas Instituições:
– Estado: é uma construção social caracterizada pelo poder que detém e
que é utilizado para emanar ordens e fazê-las ser cumpridas
– Governo: diz respeito às pessoas que executam esses atos
6
Formação do Estado
• Estado:
– É uma instituição organizada políticamente, socialmente e, também,
juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a
lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo
que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente.
Um Estado soberano é sintetizado pela máxima: Governo, Povo e
Território.
– Estado é o responsável pela organização e pelo controle social, pois
detém, segundo Max Weber, o monopólio legítimo do uso da força (da
coerção, claro que dentro dos limites da legalidade).
Formação do Estado – Correntes Teóricas
• Não Contratualistas:
– Para os não contratualistas, a origem do Estado pode ser familiar ou
patriarcal. Essa corrente se inpira em Aristóteles. Para ele, o homem é
um animal político que vive em grupo e é naturalmente social. A própria
família já é uma espécie de sociedade (sociedade doméstica), onde já
surge uma autoridade, a quem cabe estabelecer as regras.
– É também não contratualista a teoria que atribui a origem do Estado a
atos de força. Essa teoria baseia-se na imposição de regras de um grupo
por meio da coerção física. É a "lei do mais forte" típica do estado de
natureza.
– Finalmente, há a origem derivada de causas econômicas, que atribiui as
origens do Estado à dominação por meio da acumulação primitiva de
excedentes de produção e na apropriação. Está normalmente associada
à teoria marxista.
Formação do Estado – Correntes Teóricas
• Contratualistas:
– As terorias contratualistas, normalmente atribuídas a Thomas Hobbes e
John Locke, explicitam em comum a interpretação individualista, dado o
contrato ser um ato firmado entre indivíduos conscientes e deliberados
que abrem mão em parte ou em todo de seu arbítrio para que outrem o
exerça.
– Esse é o exercício estatal, ao prescrever condutas que devem ser
observadas e seguidas de forma heterônoma e externa pelos indivíduos
sob a sua tutela.
Formação do Estado
• A evolução do Estado compreende, segundo a divisão mais
aceita em ciência política, cinco fases distintas:
– Estado Antigo,
– Estado Grego,
– Estado Romano,
– Estado Medieval,
– Estado Moderno.
Formação do Estado
• Estado Antigo
– Também designado oriental ou teocrático, significando as formas de
Estado mais recuadas no tempo. Normalmente se originou de Grandes
Impérios que se formaram no Oriente, desde 3.000 antes da era Cristã,
até o século V da era cristã, quando o império romano desmoronou
ante a invasão dos bárbaros, dando início à Idade Média.
– As características distintivas deste tipo de Estado são:
• sua natureza unitária;
• religiosidade.
2. Formação do Estado
3.Modelos de Gestão
4. Administração Pública Brasileira
6. O Estado Regulador
7. Serviços Públicos
8. Regulação
Modelos de Gestão - Burocracia
• Como concebida originalmente, a burocracia tinha as seguintes
características:
– Divisão de trabalho - as atividades são desmembradas em tarefas
simples, de tal modo que qualquer pessoa, de qualquer tipo de
organização, poderia se tornar especializado num tempo mínimo; a
especialização faz o trabalho humano intercambiável, o que contribui
grandemente para a eficiência organizacional. Cada posição tem
claramente definidas as responsabilidades e a delegação de autoridade
competentes.
– Hierarquia de autoridade - posições ou empregados são organizados de
modo a formar a hierarquia (cadeia de comando) na qual a organização
está estruturada; cada posição na hierarquia organizacional contém
responsabilidade e deveres específicos, bem como privilégios;
Modelos de Gestão - Burocracia
• Como concebida originalmente, a burocracia tinha as seguintes
características:
– Racionalidade - todos os membros da organização são selecionados com
base na qualificação técnica para um desempenho adequado; as
promoções ocorrem por desempenho e capacitação técnica (mérito):
um esforço consciente é feito para adequar o desempenho do trabalho
às qualificações do funcionário e/ou candidato, independentemente das
características de raça, sexo, religião ou classe social deste. O critério
guia deveria ser simplesmente o grau de adequação do potencial do
empregado em termos de educação, treinamento, conhecimento e
habilidade, para desempenhar a atividade numa organização;
– Regras e padrões - as decisões gerenciais são guiadas por regras,
disciplina e controles, relacionados à conduta dos deveres oficiais.
aplicados de forma impessoal tanto aos empregados da organização
como aos clientes, fora dela;
Modelos de Gestão - Burocracia
• Como concebida originalmente, a burocracia tinha as seguintes
características:
– Compromisso profissional - os administradores trabalham por salários
fixos e não são os donos dos negócios que administram; os gerentes são
treinados para as atividades administrativas visando a melhor
qualificação para o alcance da eficiência organizacional e para o
controle da atividades dos empregados neste mesmo sentido; Critérios
de proteção e ascensão definidos de antemão, em contraposição ao
arbítrio pessoal; Predominância do controle legal como critério de
avaliação da ação administrativa (due process);
– Registros escritos - com o objetivo de estabelecer continuidade
organizacional e com o propósito de alcançar uniformidade de ação, as
burocracias mantêm registros, elaborados para detalhamento das
transações da organização;
Modelos de Gestão - Burocracia
• Como concebida originalmente, a burocracia tinha as seguintes características:
– Impessoalidade - as regras e os procedimentos são aplicados de modo uniforme e
imparcial; todos os funcionários são avaliados de acordo com regras objetivas, de tal
modo que não se permita ao superior considerações pessoais ou emocionais para
"colorir" as avaliações.
– Seleção meritocrática do corpo de funcionários, a partir de critérios de seleção e
promoção baseados em competências definidas pela especialização profissional;
– A eficácia como princípio norteador da racionalidade, isto é, a criação de meios para
atingir certos resultados definidos como produtos tangíveis, com pouca preocupação
sobre os custos, a otimização, a democratização e o impacto da ação governamental
(efetividade);
– Rígida divisão entre políticos e burocratas – embora o próprio Weber propusesse o
controle dos primeiros em relação aos segundos, não obstante ele manteve a
separação entre os que têm o saber técnico e os que têm a legitimidade política.
O Modelo Ideal da Burocracia de Weber
Gestores são
profissionais, não
Aplicação uniforme a proprietários Pessoas são selecionadas
todos as pessoas das com base nas suas
mesma regras e normas aptidões técnicas
Orientarão para
a Carreira
Impessoalidade Seleção
Formal
Princípios da
Burocracia
Divisão do Autoridade
Trabalho Hierárquica
Elevada
Formalização
Organizações
Funções são subdivididas hierárquicas, com uma
em tarefas simples, cadeia de comando clara
rotineiras e bem-definidas
Sistema de regras e
padrões escritos de todos
procedimentos operativos
Modelos de Gestão - Burocracia
• Problemas Endógenos:
– O mito tecnocrata e a visão negativa em relação aos políticos e a falta
de accountability;
– Criação de espaços de poder definidos por aqueles que controlam a
produção das regras, que concentrariam para si as informações e as
decisões referentes à interpretação dos regulamentos, estabelecendo
verdadeiros cartórios: A complexificação da atividade política: o
nascimento dos policy-makers;
– O fortalecimento do formalismo
– O apego exagerado a regulamentos, meios dominando os fins: o
processo organizacional seria mais voltado a responder, quase que
exclusivamente, à legalidade e não aos resultados das políticas.
– O controle da delegação pelos entes políticos torna-se mais difícil
Modelos de Gestão - Burocracia
• Problemas Endógenos:
– Uma evolução em prol do insulamento. A Burocracia e o interesse
público: os “caçadores de renda” e o corporativismo;
– Os problemas de desempenho: Procedimentos versus resultados
– A complexificação dos “Es” da Administração Pública (economia,
eficácia, eficiência, efetividade, equidade e ética)
A crise da Burocracia e a crise do Estado
• A crise atual da burocracia é vinculada a seus problemas
endógenos, mas deriva principalmente dos novos desafios
colocados pelo mundo contemporâneo, desde pelo menos a
década de 1970.
• Tais desafios relacionam-se à crise do Estado, às mudanças
sociais e tecnológicas do mundo contemporâneo e á
democratização.
• Tudo isso leva à necessidade de reconstrução do modelo de
administração pública, sob o alicerce do lado mais positivo do
modelo burocrático, que é a profissionalização do serviço civil.
A crise da Burocracia e a crise do Estado
• Crise fiscal do Estado, resultante, inicialmente, da crise
econômica mundial da década de 1970 (as duas crises do
petróleo) e das suas consequências nos anos 1980. Após ter
crescido por décadas, principalmente no período seguinte ao
pós-guerra, a maior parte dos governos não tinha mais como
financiar seus déficits.
• Além disso, a pressão por novos gastos derivados das
mudanças sociais originadas após a Segunda Guerra Mundial
(como a elevação da expectativa de vida e aumento da
participação da mulher no mercado de trabalho, com o
consequente aumento das despesas previdenciárias) tem
dificultado o financiamento dos déficits governamentais;
A crise da Burocracia e a crise do Estado
• Internacionalização e enfraquecimento do poder estatal: A
globalização do capital e a interdependência dos mercados
financeiros tornaram o Estado mais frágil perante o capital
internacional;
• Por exemplo a circulação de capital entre as grandes economias,
que até a década de 1980 respondia por menos de 25% do PIB
destes países, hoje supera, e muito, esse produto interno bruto.
A crise da Burocracia e a crise do Estado
• As transformações tecnológicas e produtivas, que exigem um
Estado mais ágil e eficiente;
• Mudanças sociais e culturais, como o envelhecimento da
população, a maior inserção das mulheres no mercado de
trabalho, aumento da escolaridade média, a urbanização, entre
as principais, aumentaram as demandas por direitos e novas
políticas estatais, com melhor qualidade na provisão;
• Democratização e ampliação da esfera pública, aumentando o
número de atores sociais importantes e criando novas formas
de controle e participação na esfera pública (por exemplo: o
papel do Terceiro Setor, a descentralização etc.)
Administração Pública Gerencial – (NGP/NPM)
• Consumerism:
– Podendo ser traduzido como “satisfação dos consumidores” introduzia a
perspectiva da qualidade como uma estratégia voltada para a satisfação
do consumidor, através de medidas que visavam tornar o poder público
mais leve, ágil e competitivo: descentralização administrativa, criação
de opções de atendimento, como incentivo à competição entre
organizações públicas e adoção de um novo modelo contratual.
A Nova Gestão Pública
• Public Service Orientation – PSO:
– Tendo uma ótica de “serviço orientado para o público”, é um conceito
que levanta novas questões e põe em xeque antigos valores, não estando,
ainda, com seu arcabouço teórico fechado. Tem como uma de suas ideias-
chave a conjugação entre a accountability e o binômio justiça/equidade.
Embora contenha críticas ao managerialism e ao consumerism, a PSO não
descarta as ideias desenvolvidas no seu âmbito.
– Ao invés de se constituir em uma doutrina rígida e fechada, a NGP tem
apresentado um grande poder de transformação, incorporando as críticas
à sua prática, e assim modificando algumas peças de seu arcabouço. Mais
do que isso: as atuais transformações apontam para uma pluralidade de
concepções organizacionais que ultrapassam o mero gerencialismo, de
modo que não existe um paradigma global capaz de responder a todos os
problemas enfrentados pela crise do modelo burocrático weberiano.
AGENDA
1. Introdução
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
6. O Estado Regulador
7. Serviços Públicos
8. Regulação
Administração Pública Brasileira
• O Estado Brasileiro em 1930 - Vargas
– Ausência do Estado Nacional
– Ausência de instituições nacionais
– Comando político das oligarquias estaduais
– Ausência de alternância no poder
– Prática do clientelismo em todos níveis
– Fragilidade das Forças Armadas frente às forças públicas estaduais (RS,
MG, SP)
Administração Pública Brasileira
• As primeiras iniciativas modernizantes - Vargas
– “O problema do funcionalismo”: A questão do Mérito
– A Comissão de Compras e Materiais
– O aparelhamento das Forças Armadas
– A Problemática Previdenciária
– A ascensão do Corporativismo
Administração Pública Brasileira
• Objetivos da Reforma de 1937
– A situação de instabilidade política de Vargas nos períodos de
1930/1934 e 1934/1937 impediu que as reformas caminhassem mais
rapidamente, conquanto se percebesse os primeiros ensaios do que
pudesse vir a ser uma administração burocrática. Mas, em muitos
aspectos, o País ainda era o de antes de 1930.
– Era necessário dar um salto que pudesse levar a:
• Organização de um serviço público nacional, com a realização dos primeiros
concursos públicos;
• Necessária acomodação mérito & clientelismo;
• Necessidade de um equacionamento da questão “pessoal” e do seu
impacto orçamentário e financeiro. CRISE DO CAFÉ
Administração Pública Brasileira
• As Reformas
– Uma comissão funcionando no Palácio: A Comissão Federal do Serviço
Público
• A inspiração norte-americana
• A Lei de Classificação de Cargos e Salários
• As Comissões de Eficiência
• Problemas
– A contínua criação de novos órgãos para cada novo problema: A
influência intelectual do “departamentalismo”
– O impasse com a área econômica (Fazenda)
Administração Pública Brasileira
• A Reforma de 1937
– Uma solução centralizadora por causa da Ditadura do Estado Novo
• A sobrecentralização inesperada: as funções legislativas e processuais do
extinto Congresso
• Mais órgãos e mais complexidade
• A hipercentralização na Presidência: pessoal, compras, normas e
Orçamento
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
7. Serviços Públicos
8. Regulação
Reformas de Gestão Pública no Brasil Moderno –
Esquemas e Resumo
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
8. Regulação
O Estado Regulador
• O Plano de Bresser levava em conta que a reforma do Estado
envolvia múltiplos aspectos. Um deles era o ajusta fiscal, que
devolve ao Estado a capacidade de definir e implementar
políticas públicas.
• O programa de privatizações e desestatizações, com parcerias
entre entes públicos e privados ou com a passagem via
contratos administrativos de atividades para a iniciativa
privada, refletia a conscientização da gravidade da crise fiscal e
da correlata limitação da capacidade do Estado de promover
poupança forçada através das empresas estatais.
O Estado Regulador
• Bresser também acreditava que, através de um programa de
publicização, haveria a transferência para o setor público não-
estatal a produção dos serviços competitivos ou não-exclusivos
de Estado, estabelecendo-se um sistema de parceria entre
Estado e sociedade para seu financiamento e controle.
• Deste modo o Estado reduziria seu papel de executor ou
prestador direto de serviços, mantendo-se entretanto no papel
de regulador e provedor ou promotor destes serviços.
O Estado Regulador
• Nesta nova perspectiva, buscava-se o fortalecimento das
funções de regulação e de coordenação do Estado,
particularmente no nível federal, e a progressiva
descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal,
das funções executivas no campo da prestação de serviços
sociais e de infraestrutura.
• Paralelamente, é enfatizada a importância de uma
flexibilização da ação pública, propondo-se um conjunto de
medidas inspiradas na Nova Gestão Pública, que visam dar ao
administrador público mais autonomia gerencial, numa
tentativa de tornar a administração pública mais parecida com
a administração de empresas: o chamado movimento de
"agencificação", que no Brasil tem sua face mais visível na
independência das agências reguladoras.
O Estado Regulador
• A reforma regulatória no Estado brasileiro é extremamente
complexa por casa de nosso sistema federativo. As agências
reguladoras multiplicam-se em diferentes unidades da
federação, não apenas como resultado da reforma de
desestatização que abrange estados e municípios, mas também
visando responder às titularidades que a própria Constituição
define quanto aos serviços públicos, que podem ser prestados
pela União, pelos Estados e mesmo pelos municípios.
• Mas a transformação do Estado brasileiro em um Estado
regulador foi prejudicada pela prioridade que foi dada aos
objetivos econômicos em detrimento de outras metas da
reforma gerencial, relativas, por exemplo, à consolidação da
governança e da governabilidade do Estado brasileiro. Nesse
sentido, é importante frisar que muitas privatizações foram
feitas antes mesmo de agências estarem operando.
O Estado Regulador
• Além disso, a extinção do Ministério da Administração e
Reforma do Estado em 1998, a descontinuidade no processo de
implementação de conjuntos de projetos contidos no Plano
Diretor de Bresser e a força política que o Programa Nacional
de Desestatização ganhou depois disso, também contribuíram
para a imperfeição do Estado Regulador brasileiro.
AGENDA
1. Introdução
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
6. O Estado Regulador
7.Serviços Públicos
8. Regulação
Serviços Públicos e Reforma Bresser
• No Aparelho do Estado é possível distinguir quatro setores:
– NÚCLEO ESTRATÉGICO. Corresponde ao governo, em sentido lato. É o
setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu
cumprimento. É portanto o setor onde as decisões estratégicas são
tomadas.
– Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público
e, no poder executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos
seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e
formulação das políticas públicas.
Serviços Públicos e Reforma Bresser
• No Aparelho do Estado é possível distinguir quatro setores:
– ATIVIDADES EXCLUSIVAS. É o setor em que são prestados serviços que
só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar.
– Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia,
a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do
cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de
serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio
à educação básica, o serviço de emissão de passaportes, etc.
Serviços Públicos e Reforma Bresser
• No Aparelho do Estado é possível distinguir quatro setores:
– SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS. Corresponde ao setor onde o Estado atua
simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e
privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de Estado.
Este, entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos
humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque
possuem “economias externas” relevantes, na medida que produzem
ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através do
mercado.
– As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da
sociedade, não podendo ser lucrativas. São exemplos deste setor: as
universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.
Serviços Públicos e Reforma Bresser
• No Aparelho do Estado é possível distinguir quatro setores:
– PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO.
– Corresponde à área de atuação das empresas. É caracterizado pelas
atividades econômicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no
aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de infraestrutura.
Estão no Estado seja porque faltou capital ao setor privado para realizar
o investimento, seja porque são atividades naturalmente monopolistas,
nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário
no caso de privatização, a regulamentação rígida.
AGENDA
1. Introdução
2. Formação do Estado
3. Modelos de Gestão
6. O Estado Regulador
7. Serviços Públicos
8.Regulação
Economia e Regulação
• Três pontos...
– A boa regulação é fundamental para o investimento que, por sua vez, é
essencial para o crescimento econômico
– Regulação está associada a falhas de mercado e as agências reguladoras
requerem arquitetura institucional adequada
– Experiência brasileira em regulação é recente e ainda precisa de grande
salto institucional
Regulação em perspectiva histórica...
• Do estado empreendedor ao estado regulador...
Estado empreendedor
Transição para
economia
aberta Estado regulador
Regulação em perspectiva histórica...
• A regulação e as fases da economia brasileira...
Brasil
Colonial Economia
primário- 1ª onda de
exportadora substituição de
importações
Substituição de Plano de Metas:
Importações 2ª onda de II PND: 3ª Constrangimento
Substituição de onda de externo absoluto
Importações Substituição e crise de
de endividamento
Importações Superação das
crises de
superinflação e Mudança estrutural
endividamento no
externo constrangimento
externo
Regulação em perspectiva histórica...
• Boa regulação é essencial para crescimento...
Estabilidade de regras
Segurança jurídica
Maior Investimento
Maior crescimento
Regulação
• A importância do ambiente regulatório…
Fatores de Atração de Investimentos diretos
Após 1995
Ênfase: serviços de
1980’s utilidade pública,
“Reprivatiza” concessões, reestruturação
menor escala e privatização de bancos
públicos (nível Estadual)
1991/94 2013
Ex-estatais - Restam operações em
estratégicas bancos e setores de
infraestrutura
(aço, fertilizantes,
petroquímica) - PPP’s
Regulação
• Privatizações pós 2002...
Fonte: BNDES
Regulação
• Nível de privatização variou de acordo com os setores …
Aço Saneamento
Telecomunicações
Regulação
• Privatização até 2009: participação por setores...
Energia Elétrica
30% Petróleo e Gás
32%
Saneamento
Outros
US$105,89 Financeiro
Siderúrgico
bilhões Petroquímico
Decreto 1.068
Transportes
7%
8% Mineração
1%
1% Telecomunicações
1% 6%
2% 4%
8%
Fonte: BNDES
Regulação
Lei de
Lei de
Licitações
Concessões Privatização
do setor de
eletricidade Criação de Privatizaçã
várias agências o das Lei PPP
reguladoras telecomuni MG Lei PPP
SP, BA, CE, Lei PPP
cações PE, RS, PI,
GO e SC
Lei PPP RN, DF, SE,
Federal PB e ES
Regulação
• O que é regulação?
123
Regulação
Competição Regulação
Regulação
– Poder de mercado
– Bens públicos
– Informação assimétrica
Regulação
– Poder de mercado
mercado relevante
• Exemplos:
• Monopólio Natural…
128
Regulação
• Uma mesma cadeia produtiva pode ter várias estruturas de
mercado: exemplo da energia...
Potencial
Geração Geração Geração
competitivo
Transmissão Monopólio
Natural
Distribuição Temporário
Comercialização Potencial
competitivo
Consumidor
129
Regulação
• Exemplo de regulação: gás natural…
SITUAÇÃO BRASILEIRA
MERCADO CARACTERÍSTICAS
AGENTES REGULAÇÃO
• Petrobrás única
produtora
•Vários produtores no
EXPLORAÇÃO E Competitiva futuro ANP
PRODUÇÃO •Várias empresas (licitações)
explorando com a
Petrobrás
Petrobrás, TBG
(Petrobrás) e ANP
TRANSPORTE Monopólio Natural outros gasodutos (Autorizações e
em construção e open access)
planejamento
– Externalidades
– Bens Públicos
– Informações Assimétricas...
• Situação em que o comprador e o vendedor possuem diferentes conjuntos
de informações sobre uma determinada transação....
Regulação
• Formas de Regulação
• Preço
• Quantidade
– Há falha de mercado?
135
Regulação
136
Regulação
– Independência:
• Administração central
• Interesse privado
137
Regulação
– Autonomia orçamentária
– Decisão colegiada
– Transparência
138
Regulação
– Transparência
– Excelência técnica
139
Regulação
– Códigos de ética
140
Regulação
– Inexperiência no Judiciário
141
Regulação
– Telecomunicações
– Energia elétrica
– Gás natural
– Saneamento
– Petróleo
– Saúde
142
Regulação
• As agências reguladoras federais foram criadas nos anos
noventa e 2000…
143
Regulação
• Exemplos de agências de saneamento também recentes…
AGERGS (RS)
ARCE
(CE) ARSAM
(Manaus)
ARPE(PE
AGR ) AMAE (Joinville)
(GO) ARSAL(AL)
ARTESP (SP)
AGERSA ARSBAN (RN)
ADASA(DF)
(Cachoeiro do
Itapemirim) AGESC(SC)
ARSESP(SP)
ATR(TO)
144
Regulação
– Autonomia
– Transparência
146
Regulação
147
Regulação
• Mais exemplos...
– ANTAQ (regulação do transporte fluvial e dos portos) ficou 5 meses sem
nenhum diretor no ano de 2006.
– ANA (gestão e proteção dos recursos hídricos) ficou os anos de 2003 e 2004
(até outubro) sem três dos seus cinco diretores.
– ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestres) ficou 22 meses sem três
dos seus cinco diretores.
– ANP (Agência Nacional do Petróleo) ficou cinco meses sem três de cinco dos
seus diretores.
– Estudo da ABDIB indica que em 2008 os 28 cargos de diretoria das seis
agências federais analisadas ficaram em média 27 dias desocupados. Em
2006 essa média foi de 99 dias.
148