Você está na página 1de 12

Criminologia e Justiça Criminal - Direito Constitucional

1. Pressupostos materiais subjacentes ao Estado de direito:


● Juridicidade
● Constitucionalidade
● Direitos fundamentais

1. Juridicidade
A) O princípio de Estado de direito é um princípio constitutivo de natureza material,
procedimental e formal que visa dar resposta ao problema do conteúdo, extensão e modo
de proceder da atividade do Estado.
Estado de direito: Conformar as estruturas do poder político e a organização da sociedade
segundo a medida do direito. O direito compreende-se como um meio de ordenação
racional e vinculativa de uma comunidade organizada e estabelece regras e medidas,
prescreve formas e procedimentos e guia instituições. O direito é simultaneamente
medida material e forma da vida coletiva.
O direito é indissociável da realização da justiça, da efetivação dos valores políticos,
económicos, sociais e culturais.
Aponta para a necessidade de garantias jurídico-formais de modo a evitar ações e
comportamentos arbitrários e irregulares dos poderes públicos.

B) O Estado de direito é uma forma de estado de distância porque garante os


indivíduos perante o Estado e perante os outros indivíduos, além de lhes assegurar
positivamente um irredutível espaço subjetivo de autonomia marcado pela diferença e
individualidade. A caracterização do Estado de direito como “Estado de diferença e de
distanciação” através do direito não significa uma antinomia entre direito e estado, pois a
função de direito no estado de direito material é positiva: o direito deve assegurar o
desenvolvimento da personalidade conformando a vida social, econômica e cultural.
Neste sentido afirma-se que o Estado de Direito não se concebe como Estado anti-estadual.
O Estado de direito é um Estado materialmente referenciado por uma ideia de justiça
à qual é inerente a justiça social promovida pelo Estado ou por quaisquer outras
comunidades políticas.

C) O direito que informa a juridicidade estatal aponta para as ideias de justiça.


O que é que faz a diferença entre um Estado de direito e um Estado de direito justo?
R:. A resposta depende da esfera da justiça. O Estado de justiça é aquele que observa e
protege os direitos incluindo os direitos das minorias, é também aquele em que há
equidade na distribuição de direitos e deveres fundamentais e na determinação da
divisão de benefícios da cooperação em sociedade. Considerar-se-á ainda o estado
social de justiça uma ideia de igualdade. A justiça fará parte da própria ideia de direito e
esta concretizar-se-á através de princípios jurídicos materiais cujo denominador comum
que reduz a afirmação e respeito da dignidade da pessoa humana à proteção da
liberdade e desenvolvimento da personalidade e à realização da igualdade.

2.Constitucionalidade
A) O Estado de direito é um Estado constitucional, pressupõe a existência de uma
constituição normativa estruturante e uma ordem jurídico-normativa fundamental
vinculativa de todos os poderes públicos. A constituição confere à ordem estadual e aos
atos dos poderes públicos medida e forma. A constituição trata-se de uma verdadeira
ordenação normativa fundamental dotada de supremacia – supremacia da Constituição
– é nesta supremacia normativa da lei constitucional que o primado de direito do Estado de
direito encontra uma primeira e decisiva expressão.

B) A vinculação do legislador à Constituição:


Gere a indispensabilidade das leis serem feitas pelo órgão, terem a forma e seguirem
o procedimento nos termos constitucionalmente fixados. Sob o ponto de vista orgânico,
formal e procedimental, as leis não podem contrariar o princípio da
constitucionalidade.
A constituição é um parâmetro material intrínseco dos atos legislativos, motivo pelo qual
só serão válidas as leis materialmente conformes com a Constituição. A supremacia
da constituição manifesta-se na proibição de leis de alteração constitucional, salvo as
leis de revisão elaboradas nos termos previstos pela própria constituição.

C) O princípio da conformidade dos atos do Estado com a Constituição exige a


conformidade intrínseca e formal de todos os atos dos poderes públicos com a
Constituição. Mesmo os atos não normativos devem sujeitar-se aos parâmetros
constitucionais e ao controlo da sua conformidade com as normas da Constituição. A
omissão inconstitucional por falta de cumprimento de deveres jurídicos de legislar contidos
em normas constitucionais, constitui uma violação do princípio da constitucionalidade.

D) O princípio da supremacia da Constituição exprime-se também através da


chamada reserva de constituição. Em termos gerais, a reserva de constituição significa
que determinadas questões respeitantes ao estatuto jurídico-político não devem ser
reguladas por leis ordinárias, mas sim pela constituição. Esta reserva de constituição
articula-se com a liberdade da conformação do legislador.

E) O princípio da constitucionalidade postulará a força normativa da constituição


contra a dissolução político-jurídica eventualmente resultante:

1. Pretensão da prevalência de “fundamentos políticos”; de superiores interesses da


nação; do realismo financeiro sobre a normatividade jurídico-constitucional.
2. Pretensão de, através do apelo ao direito ou à ideia de direito, querer neutralizar a
força normativa da constituição, material e legitimada, e substituir-lhe uma
superlegalidade ou legalidade de duplo grau ancorada em valores ou princípios
transcendentes revelados por instâncias desprovidas de legitimação política e
jurídica

3. Sistema de direitos fundamentais


Constituição da República - Base antropológica, constitucionalmente estruturante do Estado
de Direito.
A RP é um Estado de Direito Democrático baseado:

a. No respeito
b. Na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais

Direitos fundamentais consagrados constitucionalmente:


a. Raiz antropológica que se reduz ao homem como pessoa;
b. Cidadão;
c. Trabalhador;
d. Administrado.

Tem-se sugerido uma integração pragmática dos direitos fundamentais.

Em primeiro lugar: Afirmação da integridade física e espiritual do homem como dimensão


irrenunciável da sua individualidade autonomamente responsável (arts. 24º; 25º;26º)

Em segundo lugar: Garantia da identidade e integridade da pessoa através do livre


desenvolvimento da personalidade.

Aponta-se, ainda, refletindo o imperativo social do Estado de Direito, para a libertação da


angústia da existência da pessoa mediante mecanismos de sociabilidade: trabalho,
emprego, e garantia no desemprego e no rendimento mínimo.

Em quarto lugar: Garantia e defesa da autonomia individual através da vinculação dos


poderes públicos a conteúdos, formas e procedimentos do estado de direito.

Realça-se a dimensão igualdade-justiça dos cidadãos, expressa na mesma dignidade social


e na igualdade de tratamento normativo - igualdade perante a lei e através da lei.

Tópicos importantes: vinculação pelos direitos, liberdades e garantias de todas as


entidades públicas e privadas; vinculação dos órgãos da Comunidade Europeia pelos
direitos e liberdades constitucionalmente consagrados; vinculação de processos e
procedimentos públicos pelos direitos fundamentais; dever de proteção
4. Divisão de Poderes
Três dimensões analisadas:
1. Juridicidade
2. Constitucionalidade
3. Direitos Fundamentais

Indicam que o princípio do estado de direito é informado pela:


1. Ordenação Subjetiva: Garantia de um status jurídico aos indivíduos ancorado nos
direitos fundamentais.
2. Ordenação Objetiva: Assente no princípio da constitucionalidade, que acolhe como
princípio objetivamente estruturante o princípio da divisão de poderes.

Ordenação funcional objetiva do Estado de direito.

Dimensão positiva da separação dos poderes: Estado tendente a decisões funcionalmente


eficazes e materialmente justas. Corresponde à separação de poderes. ASSEGURA A
JUSTA ORDENAÇÃO DO ESTADO.

Dimensão negativa da separação dos poderes: Separação como divisão, controlo e limite de
poder. Corresponde à divisão de poderes. EVITA A CONCENTRAÇÃO DE PODERES.

A) Ordenação de funções através de uma ajustada atribuição de competências


expressa na fixação clara de regras processuais e na vinculação à forma jurídica dos
poderes a quem é feita a atribuição. Desta forma a separação de poderes é um princípio
organizatório fundamental da Constituição. A ordenação funcional separada deve entender-
se também como uma ordenação controlante-cooperante de funções.

B) O princípio normativo autónomo invocável na solução de litígios jurídico-


constitucionais.

C) Um completo entrelaçamento pessoal de funções executivas e parlamentares é


evitado através do princípio da incompatibilidade entre cargo e mandato.

5. Garantia da administração autónoma local


Elemento constitutivo do Estado de Direito.
Este princípio terá a ver com o estado de direito sobretudo nas dimensões de autonomia
normativa e garantia institucional que assegura aos municípios um espaço de conformação
autónoma cujo conteúdo essencial não pode ser destruído pela administração estadual.
Garantia de administração autónoma local.

2. Princípio do Estado de Direito e subprincípios concretizados

Princípio do estado de direito como norma jurídica.


O princípio do estado de direito é considerado estruturante para a constituição
portuguesa que se irá concretizar em normas e regras.
Os poderes públicos devem ser exercidos perante a lei constitucional, portanto qualquer
ato ou poder público deve obedecer ao que se chama de princípio de estado de
direito.

O princípio do estado de direito tem de ser entendido em subprincípios:

1. Princípio da legalidade da AP art. 266 Nº 2 CP. A constituição dá prioridade às


decisões debatidas pelo AR porque no parlamento estão previstas as leis
portuguesas portanto a AP só pode fazer aquilo que a lei expressamente autorize.
Nós podemos fazer tudo o que quisermos mesmo que a lei não o permita, mas a AP
não o pode fazer daí a legalidade/juricidade da AP.

Torna-se mais evidente se a descodificarmos: ela prevê uma reserva de lei que
significa que a CP reserva a lei que é emitida pelo parlamento art. 164 (reserva
absoluta da lei) /165 (reserva relativa da lei, 165 nº1 letra C definição dos crimes e
das penas); precedência art. 112 nº7 e prevalência da lei art.112 nº8 o exercício do
poder regulamentar da AP deve ter como base uma lei anterior, não podem revogar
uma lei. A nível interno, a lei é um ato mais forte que um regulamento. Por vezes é
preciso fazer decisões e é à AP entre as várias alternativas quais devem ser
escolhidas, mas quem decide tudo sobre as decisões da AP é a lei.

2. Princípio da segurança jurídica e da proteção da confiança do cidadão: prende-


se com os efeitos dos atos do poder público. Pretendem proteger expectativas
juridicamente criadas.
a. O estado deve zelar pela tutela jurídica do cidadão, obriga a que as normas sejam
claras e precisas (precisão e determinabilidade das normas jurídicas).
b. Proibição de pré-efeitos das normas, os atos legislativos e outros atos normativos
não podem produzir quaisquer efeitos jurídicos quando não estejam ainda em vigor
nos termos constitucional e legalmente prescritos.

(Decreto Lei Não Autorizado: Não produz efeitos enquanto não estiver na
constituição.)

c. Proibição de normas retroativas: Leis Penais retroativas cujo conteúdo seja


desfavorável ao arguido; Leis Restritivas de direitos, liberdades e garantias
retroativas; Leis Fiscais retroativas que honrem o contribuinte.

d. Retroatividade Aparente: Não pretende efeitos no passado e sim no futuro mas


pode sentir efeito em situações do passado e recorrentes no presente.

e. Leis Retroativas e Disposições Transitórias: Quando uma nova lei não pode ter
eficácia em relação ao passado existe uma proibição de retroatividade; quando uma
nova lei não pode ter eficácia imediata diz-se que existe uma necessidade de direito
transitório.

(Instrumentos do direito transitório: confirmação do direito em vigor para os casos


cujos pressupostos se gerarem e desenvolverem à sombra da lei antiga; entrada
gradual em vigor da lei nova; dilatação da vacatio legis; disciplina específica para
situações, posições ou relações jurídicas imbricadas com as leis velhas e com as
leis novas.)

f. Retroatividade consiste: decretar a verdade e vigência de uma norma a partir de um


marco temporal anterior à data da sua entrada em vigor (RETROATIVIDADE EM
SENTIDO RESTRITO); ligar os efeitos jurídicos de uma norma a situações de facto
existentes antes da sua entrada em vigor.

g. Retroatividade autêntica: norma pretende efeitos sobre o passado devem distinguir-se


dos casos em que uma lei, pretendendo vigorar no futuro acaba por tocar em
situações direitos ou relações jurídicas desenvolvidos no passado mas ainda
existentes.
h. Retroatividade inautêntica: Quando uma norma jurídica incide sobre situações ou
relações jurídicas já existentes embora a nova disciplina jurídica pretenda ter efeitos
no futuro.
i. Exclui a reapreciação judicial de um caso julgado

- Situações possíveis:

1. Revisão de sentença
2. Surgimento de um elemento inequívoco
3. Inconstitucionalidade do tribunal - os casos julgados com base nesta norma não
serão reabertos. Apenas aqueles que estão em aberto.
4. Irrevogabilidade dos atos administrativos constitutivos de direito

3. O princípio da proibição do excesso ou da proporcionalidade

1. O Princípio

a) Origem do princípio: primeiramente este princípio da proporcionalidade dizia respeito


ao problema da limitação do poder executivo, no século XIX foi introduzido no Direito
Administrativo com princípio geral do direito de polícia.

b) Princípio da Proporcionalidade em sentido amplo ou princípio da proibição de


excesso foi erigido à dignidade de princípio constitucional, uns consideram que está
derivado do princípio do estado de direito, outros dizem que está conectado com os
direitos fundamentais.

c) Regra da razoabilidade: começou a influenciar a jurisprudência dos países da


Common Law, através desta regra o juiz tentava e tenta avaliar caso a caso as
dimensões do comportamento razoável tendo em conta a situação de facto e a regra
precedente. Ainda hoje existe uma europeização deste princípio da proibição do
excesso através do cruzamento cultural.

2. A europeização do princípio da proibição do excesso


a) O princípio da proporcionalidade é também utilizado na jurisprudência do Tribunal
Europeu dos Direitos do Homem na concretização|aplicação de algumas normas da
Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

b) O princípio da proibição do excesso é assumido como o princípio do controlo


exercido pelos tribunais sobre a adequação dos meios administrativos à
prossecução do escopo e ao balanceamento concreto dos direitos em conflito.

c) Este controlo - razoabilidade-adequação, proporcionalidade-necessidade - é hoje


objeto de difusão em toda a Europa através do Tribunal de Justiça das
comunidades. Trata-se de um controlo de natureza equitativa que contribui para a
integração do momento de justiça no palco da conflitualidade social.

Resumindo:
1. Controlo do poder público
2. Razoabilidade de uma ação policial
3. Põe em causa a justiça da política adotada

3. Subprincípios constitutivos

a. Princípio da conformidade ou adequação de meios


1. Impõe que a medida adotada para a realização do interesse público deve ser
apropriada à prossecução do fim ou fins a ele subjacentes.
2. Controlo da relação de adequação medida-fim.
3. (poder discricionário ou ao poder vinculado à administração)

b. Princípio da exigibilidade ou da necessidade

1. Ideia de que o cidadão tem direito à menor desvantagem possível.


2. Para a obtenção dos fins não era possível adotar outro meio menos oneroso para o
cidadão.
3. Operacionalidade Prática:
● A exigibilidade material, pois o meio deve ser o mais poupado possível
quanto à limitação dos direitos fundamentais.
● A exigibilidade espacial, aponta para a necessidade de limitar o âmbito da
intervenção.
● A exigibilidade temporal, pressupõe a rigorosa delimitação no tempo da
medida coactiva do poder público.
● A exigibilidade pessoal, significa que a medida se deve limitar à pessoa ou
pessoas cujos interesses devem ser sacrificados.
4. O princípio da exigibilidade põe em causa a necessidade relativa, ou seja, se o
legislador poderia ter adotado outro meio igualmente eficaz e menos desvantajoso
para os cidadãos.

c. Princípio da proporcionalidade em sentido restrito

1. Entendido como princípio da justa medida.


2. Meios e fins são colocados em equação mediante um juíz de ponderação, com o
objetivo de analisar se o meio utilizado é ou não desproporcionado em relação ao
fim.
3. Trata-se de uma questão de medida ou desmedida para se alcançar um fim: pesar
as desvantagens dos meios em relação às vantagens dos fins.
4. Dimensão Normativa

1. Concreto da ordem constitucional portuguesa.

2. Devem respeitar o princípio da constitucionalidade e limitar-se à sua extensão e


aos meios utilizados, ao estritamente necessário ao pronto restabelecimento da
normatividade constitucional.

3. A força normativo-constitucional do princípio resulta ainda do princípio da


tipicidade e do princípio da necessidade das medidas de polícia.

4. O princípio da proporcionalidade foi constitucionalizado como princípio


materialmente constitutivo de toda a Administração Pública.

5. Campos de aplicação (P. Proporcionalidade)


● Restrição dos direitos liberdades e garantias por atos dos poderes públicos.
● Relação entre pena e culpa no direito criminal.
● Conflitos de bens jurídicos.
● Direitos a prestações.
● Todas as espécies de atos dos poderes públicos.
● Vincula o legislador, a administração e a jurisdição.

6. Proibição por defeito ou por insuficiência de proteção

1. Sentido mais geral da proibição do excesso é: evitar cargas coativas excessivas


ou atos de ingerência desmedidos na esfera jurídica dos particulares.

2. Existe um defeito da proteção quando as entidades sobre quem recai um


dever de proteção adotam medidas insuficientes para garantir a proteção
constitucionalmente adequada dos direitos fundamentais.

3. O estado deve adotar medidas suficientes, de natureza normativa ou de


natureza material, conduzindo a uma proteção adequada e eficaz dos direitos
fundamentais.
4. O princípio da proteção jurídica e das garantias processuais
● Terceira dimensão do Estado de direito.
● A garantia dos direitos fundamentais só pode ser efetiva quando, no caso da
violação destes, houver uma instância independente que restabeleça a sua
integridade.

1. Garantias Processuais e procedimentais


● Exigência de um procedimento justo e adequado de acesso ao direito e de
realização do direito.

a. Garantias do processo judicial


● Garantia do processo equitativo
● O principio do juiz legal
● O principio da audição
● Igualdade das partes
● Processo segundo os direitos fundamentais
● Fundamentação dos atos judiciais
● Legalidade Processual

b. Garantias do processo penal


● Audiência do arguido
● Proibição de tribunais de exceção
● Proibição da dupla incriminação
● Notificação das decisões penais
● Princípio do contraditório
● Direito de escolher defensor
● Assistência obrigatória do advogado em certas fases do processo penal
● Princípio da excepcionalidade da prisão preventiva

c. Garantias do procedimento administrativo


● Direito da participação do particular nos procedimentos em que está interessado
● O princípio da imparcialidade da administração
● Princípio da audição jurídica
● Princípio da informação
● Fundamentação dos atos administrativos lesivos de posições jurídicas subjetivas
● Princípio da boa-fé
● Conformação do procedimento segundo os direitos fundamentais
● Princípio do arquivo aberto

Merecem referência os Princípios consagrados pelo Código de Procedimento da


Administração:

● Princípio da boa-fé
● Princípio da informalidade procedimental
● Princípio do inquisitório
● Princípio da participação e da colaboração
● Princípio da justiça

2. O princípio da garantia da via judiciária

Comporta Dimensões:

1. Materiais
2. Funcionais
3. Organizatórias

● Imposição jurídico-constitucional ao legislador


1. Melhor definição jurídico-material entre Estado-Cidadão e Particulares-
Particulares
2. Defesa dos direitos - imposição ao legislador

● Função organizatório-material
1. A defesa dos direitos através dos tribunais representa também uma decisão
organizatória fundamental, pois o controlo judicial constitui uma espécie de
contrapeso classico em relação ao exercício dos poderes executivo e
legislativo.

● Garantia da proteção jurídica


1. Reforça o princípio da efetividade dos direitos fundamentais, proibindo a sua
inexequibilidade ou eficácia por falta de meios judiciais.
2. Controlo das questões de facto e das questões de direito suscitadas no
processo.

● Garantia de um processo judicial


1. Defesa dos direitos.
2. O art. 20º. da constituição abre imediatamente portas para um tribunal
● Criação de um direito subjetivo
1. O cidadão tem assegurada uma posição jurídica subjetiva cuja violação lhe
permite exigir a proteção jurídica.
2. Ao lado da criação de processos legais passa a incluir-se um espaço
subjetivo do cidadão e todo o círculo de situações juridicamente protegidas.
3. A proteção jurídica fundamenta um alargamento da dimensão subjetiva e
alicerça ao mesmo tempo, um verdadeiro direito ou pretensão de defesa das
posições jurídicas ilegalmente lesadas.

● Proteção jurídica e princípio da constitucionalidade


1. Vinculação das ações e omissões da administração pelos princípios de
preeminência e da reserva da lei.
2. A ideia de juridicidade constitucional é rebelde, espaços livres do direito,
designadamente do direito constitucional.

● Princípio da responsabilidade do Estado e princípio da compensação de prejuízos


1. A proteção jurídica exige a consagração de institutos que garantem uma
compensação, no caso de violação dos direitos, liberdades ou garantias, pelos
prejuízos derivados dos atos do poder público.
2. Eliminação geral dos resultados lesivos.

IMPORTÂNCIA DA EXISTÊNCIA:

● Um sistema jurídico-público é da responsabilidade do Estado com o


dever de reparação dos prejuízos causados pelos atos dos titulares
órgãos, funcionários e agentes no exercício das funções política,
legislativa, jurisdicional ou administrativa.
● Indemnização dos sacrifícios especiais impostos a determinados
cidadãos.

BONS ESTUDOS!!!!!!! <3 Por: Beatriz Mendes e Nádia Abreu

Você também pode gostar