b) unidade, na base do qual o

SECÇÃO II
Plano Económico e Social e
Orçamento Orçamento do Estado é apenas
Artigo 12 um;
(Objecto)
c) universalidade, pelo qual
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO todas as receitas e todas as
ORÇAMENTAL despesas que determinem
alterações ao património do
O orçamento do Estado é o documento
Estado, devem nele ser
no qual estão previstas as receitas a
obrigatoriamente inscritas;
arrecadar e fixadas as despesas a
realizar num determinado exercício d) especificação, segundo o qual
económico e tem por objectivos a cada receita e cada despesa deve
prossecução da política financeira do ser suficientemente
Estado. individualizada;

Artigo 13 e) não compensação, através do

(Princípios) qual as receitas e as des-pesas
devem ser inscritas de forma
1. O orçamento do Estado observa, de
ilíquida;
entre outros os seguintes princípios e
regras: anualidade, unidade, f) não consignação, por força do
universalidade, especificação, não qual o produto de quaisquer
compensação, não consignação, receitas não pode ser afectado à
equilíbrio e publicidade. cobertura de determinadas
despesas específicas, ressalvadas
a) anualidade, nos termos do
as excepções previstas no
qual o Plano Económico e Social
número 2 do presente artigo;
e Orçamento do Estado, tem um
período de validade e de g) equilíbrio, com fundamento
execução anual, sem prejuízo da no qual todas as despesas
existência de programas que previstas no Plano Económico e
impliquem encargos Social e Orçamento do Estado
plurianuais; devem ser efectivamente
 cobertas por receitas nele Constitui excepção ao princípio da
inscritas; especificação a inscrição no Plano
Económico e Social e Orçamento do
h) publicidade, em
Estado de uma dotação provisional,
conformidade com o qual a Lei
prevista no artigo 22 da Lei do
que aprova o Plano Económico e
SISTAFE.
Social e Orçamento do Estado,
as tabelas de receitas e as
tabelas de des-pesas, e bem
O governo pode pagar um valor que não
assim as demais informações
esta especifico no orçamento para o
económicas e financeiras
respectivo exercício, porque o facto dela
julgadas pertinentes devem ser
não ser especificado no orçamento do
publicadas em Boletim da
Estado do respectivo ano, o governo
República.
costuma ter dotações provisional para
Exceptuam-se do princípio da não atender situações não previstas, ou seja
consignação os casos em que: exceptua-se da regra de especificação a
dotação provisional. O governo pode
a) por virtude de autonomia
cobrar receitas amais do que as
administrativa e financeira, as
previstas porque as receitas constitui o
receitas tenham de ser afectadas
limite mínimo.
a determinado fim específico ou
a determinada instituição ou
instituições; Instrumentos necessários na elaboração
do Orçamento do Estado
b) os recursos financeiros sejam
provenientes de operações No processo de planificação e
específicas de crédito público; orçamentação são considerados como os
principais instrumentos tendo em conta
c) os recursos provenientes
os horizontes temporais os seguintes:
decorram de donativos,
heranças ou legados a favor do Longo Prazo: Estratégia Nacional de
Estado com destino específico; Desenvolvimento 2015-2035;

d) os recursos tenham, por lei Agenda 2025; e

especial, destino específico.
Planos Estratégicos
Provinciais e Distritais.
Médio Prazo Programa Quinquenal do
Governo 2015-2019 (PQG); eCenário
Fiscal de Médio Prazo (CFMP).
Sectoriais, 3. Afectação de recursos- o que é
preciso pra satisfazer cada uma
das necessidades.
4. Plano – Conjunto de todas essas
fases.

Curto Prazo Plano Económico e Social;

e
Os intervenientes são: os serviços
Balanço do Plano Económico e Social e distritais e o ministério da economia e
Relatório de Execução Orçamental finanças.
(REO), do ano em curso.
Os principais constrangimentos são:
O processo de elaboração da proposta
Execuidade de técnicos qualificados em
orçamental inicia-se com a divulgação
planificação e orçamentação;
dos conjuntos de metodologias,
orientações e limites orçamentais Disparidade- pouca conformidade entre
indicativos no dia 31 de Maio de cada os diferentes níveis de planificação;
ano pelo Ministério da Economia e
Finanças. Após essa comunicação todas Harmonização: no ano n+1 Para a

as instituições do Estado, as autarquias correcções há sempre necessidade de

locais os distritos começam a elaborar a harmonização de todas as propostas

sua proposta orçamental. iniciais com as aprovadas’

1. Levantar informações Os órgãos encarregues da coordenação

(necessidades) do processo de elaboração do orçamento

em Moçambique são:
2. Priorizar necessidades,
seleccionar em função da falta de  Nível distrital – é a Secretaria

urgência de cada uma das distrital

necessidades porque não existem  Nível provincial – é a Direcção

fundos para satisfazer todas as provincial da economia e

necessidades; Escalonar decidir finanças.

qual é a primeira necessidade.

  Nível central – é o Ministério da
economia e finanças.
Prazos de elaboração e submissão da
Nos distritos cada sector elabora o seu proposta do Plano Económico e Social e
plano orçamental e envia para o Orçamento do Estado
Governo distrital. O Governo distrital
1. Os órgãos de governação
harmoniza todas propostas de cada
descentralizada devem submeter a
sector num documento e depois envia
proposta do Plano e Orçamento à
para o Governo provincial. O
aprovação das respectivas Assembleias
coordenador responsável pela
até 30 de Junho do ano anterior.
globalização das propostas dos sectores
distritais e a Secretaria Distrital. 2. O Plano e Orçamento dos órgãos de
governação descentralizada, aprovado
O Governo provincial harmoniza todas
pelas respectivas Assembleias é parte
propostas recebidas num documento e
integrante da proposta do Plano
envia para o Ministério da economia e
Económico e Social e Orçamento do
finanças. O coordenador responsável
Estado e deve ser submetido ao Governo
pela globalização das propostas
até 1 de Agosto do ano anterior.
distritais e a Direcção Provincial da
Economia e Finanças. 3. O Plano e Orçamento das autarquias
locais, aprovado pela respectiva
O Ministério da Economia e Finanças é
Assembleia, deve ser submetido ao
o coordenador responsável pela análise,
Governo até 1 de Setembro do ano
alteração e unificação de todas
anterior.
propostas orçamentais recebidas através
da Direcção Nacional de Plano e 4. A proposta do Plano Económico e
orçamento, à luz das orientações, limites Social e Orçamento do Estado é
orçamentais e demais instruções. Após a elaborada nos termos do número 3, do
elaboração do único orçamento é artigo 19 da presente Lei, e submetida
enviado para o Conselho de Ministros pelo Governo a aprovação, da
para a sua apreciação. A proposta Assembleia da República até 15 de
orçamental é enviada para a Assembleia Outubro de cada ano.
da República pelo Ministério da
5. A Assembleia da República aprova a
Economia e Finanças para a sua análise,
proposta do Plano Económico e Social e
votação e publicação.
Orçamento do Estado até 15
Dezembro de cada ano.
6. Não sendo aprovada a proposta do
Plano Económico e Social e Orçamento
do Estado, o Governo apresenta à
Assembleia da República uma nova
proposta, no prazo de 60 dias contados a
partir da data da sua rejeição.
Compete ao Governo aprovar e manter
os classificadores do plano e orçamento,
cuja estrutura obedeça às seguintes
regras:
a) a receita é classificada de
acordo com os critérios
económico, territorial e por
fontes de recurso;
b) a despesa é classificada de
acordo com os critérios
orgânico, territorial, económico,
programático e funcional.
Constituem receitas públicas, todos os
recursos monetários ou em espécie, seja
qual for a sua fonte ou natureza, postos
à disposição do Estado, com ressalva
daquelas em que o Estado seja mero
depositário temporário.
Constitui despesa pública todo
dispêndio de recursos monetários ou em
espécie, seja qual for a sua proveniência
de ou natureza, feito pelo Estado, com
ressalva daqueles em que o beneficiário
se encontra obrigado à sua reposição.
A classificação económica, tanto da
receita como da despesa, compreende as
seguintes categorias:
1. corrente;
2. de capital.
Estruturação dos códigos
A execução orçamental (EO) é um
conjunto de actos e operações que visa a
cobrar receitas e a pagar despesas
durante um exercício económico.
Para dar início à execução do Plano
Económico e Social e Orçamento do
Estado e do Plano e Orçamento dos
órgãos de governação descentralizada, o
Governo aprova as normas que se
mostrem necessárias.
Artigo 14
(Receitas)
Nenhuma receita pode ser estabelecida,
inscrita no Plano Económico e Social e
Orçamento do Estado ou cobrada senão
em virtude de lei.
Os montantes de receita inscritos no
o Plano Económico e Social e Orçamento
do Estadoconstituem limites mínimos a
serem cobrados no correspondente
exercício
A execução da receita compreende cinco justificada quanto à sua economicidade,
fases, nomeadamente: eficiência, eficácia e resultados.

a) previsão, que consiste no processo de As despesas só devem ser assumidas

estimativa de quanto se espera durante o ano económico para o qual
arrecadar durante o exercício tiverem sido planificadas e
económico; orçamentadas.

b) lançamento, que consiste na

verificação da ocorrência do facto A realização das despesas compreende
gerador da obrigação correspondente; quatro fases, nomeadamente:

c) liquidação, que consiste no cálculo do a) fixação, que consiste no processo

montante da receita devida e de registo dos limites da despesa
identificação do respectivo sujeito aprovadas pela Lei que aprova
passivo; o Plano Económico e Social e
Orçamento do Estado;
d) cobrança, que consiste na acção de
cobrar, receber ou tomar posse da b) cabimento, que consiste no acto
receita; administrativo de verificação,
registo e cativo do valor do
e) recolha, que consiste na entrega ao
encargo a assumir pelo Estado
Tesouro Público do montante da receita
de forma parcial ou total;
cobrada.

c) liquidação, que consiste no acto

Artigo 15
de verificação do direito
(Despesas)
adquirido pelo credor e
Para as despesas apuramento do valor que
efectivamente há a pagar, tendo
Nenhuma despesa deve ser assumida,
como base os documentos
ordenada ou realizada sem que, sendo
comprovativos do respectivo
legal, se encontre inscrita no Plano
crédito;
Económico e Social e Orçamento do
Estado aprovado, tenha cabimento na d) pagamento, que consiste na
correspondente verba orçamental e seja entrega do valor ao titular do
documento de despesa.

As dotações orçamentais constituem o
limite máximo a utilizar na realização de
despesas públicas, no correspondente
exercício.
As alterações no Plano Económico e
Social e Orçamento do Estado deve ser
efectuada por intermédio de:
1. Da alteração dos limites orçamentais
anteriormente aprovado, que pode
ocorrer quando a:

Princípio da segregação das funções  Anulação, que representa uma

Perante esse princípio pode-se entender supressão no todo ou parte do

que, para minimizar os desvios de fundo programa, subprograma,

na execuçao orçamental, utiliza-se o projecto ou actividades do Plano

princípio da segregação das funções Económico e Social e Orçamento

onde todos aqueles que utilizam, do Estado;

cobram, guardam ou administram bens

Reforço de uma nova dotação, que
e recursos do Estados são atribuídos
representa um aumento de recursos, aos
funções de acordo com as suas áreas, e
inicialmente aprovados, que são
estas pessoas são designados de agentes
distribuídos por programa,
do SISTAFE. Isto é, nas receitas um
subprograma, projecto ou actividades
agente pode fazer lançamento e
no Plano Económico e Social e
liquidação mas a cobrança deve ser feita
Orçamento do Estado.
com outro agente; nas despesas um
agente pode fazer cabimentação e Reforço, é o aumento efectivo dos
liquidação mas o pagamento devera ser recursos disponibilizados pelo Estado
efectuado com outro agente. para fazer face a situações de carência
De salientar que na execução orçamental. Isso só poderá acontecer se
orçamental, o governo não pode violar tiver verba correspondente na dotação
esses princípios. provisional.

Reclassificação, que apenas poderá ser

A alteração orçamental é qualquer
realizada entre rubricas de despesa ou
modificação produzida numa ou mais
projectos distintos do mesmo órgão ou
dotação na tabela de despesa de
instituição.
qualquer serviço ou unidade orgânica.
Redistribuição, descentralização da
execução financeira de acções,
actividades, projectos ou programas de
um órgão ou instituição do topo ou
central para um órgão ou instituição de
outro nível de baixo escalão ou vice e
versa.