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Luneia Eduardo de Oliveira

Vícios do Acto Administrativo

Licenciatura em gestão de Recursos Humanos com Habilitações em Higiene e Segurança


no Trabalho

Universidade Púnguè

Tete

2022

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Luneia Eduardo de Oliveira

Vícios do Acto Administrativo

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Direito Administrativo a ser entregue no
departamento de ciências sociais, curso de Gestão
de Recursos Humanos, 2º semestre, sob a
orientação do Docente: Roberto Cândido
Anselmo

Universidade Púnguè

Tete

2022

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Índice

1. Introdução........................................................................................................................... 1

1.1. Objectivo ......................................................................................................................... 1

1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................. 1

1.2. Objectivos específicos ..................................................................................................... 1

2. Metodologia ....................................................................................................................... 1

3. Os Vícios do Acto Administrativo ..................................................................................... 2

3.1.A Usurpação de Poder (nulidade) .................................................................................... 2

3.2. A Incompetência (nulidade) ............................................................................................ 2

3.3. O Vício de Forma ............................................................................................................ 3

3.4. A Violação da Lei (anulabilidade) .................................................................................. 4

3.5. O Desvio de Poder (anulabilidade) ................................................................................. 4

4. Nulidade ............................................................................................................................. 5

5. Anulabilidade ..................................................................................................................... 6

6. Conclusão ........................................................................................................................... 8

7. Referências bibliográficas .................................................................................................. 9

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1. Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Direito Administrativo, com o objectivo
de falar sucintamente sobre o tema “Os vícios do acto administrativo”.

Desta maneira numa primeira parte fala se sobre os vícios da ilegalidade orgânica do Acto
Administrativo, que são: a usurpação de poder e a incompetência. Depois, na segunda parte
fala-se de ilegalidade formal, explica se das modalidades Preterição de formalidades
anteriores à prática do acto; (nulidade), preterição de formalidades relativas à prática do acto;
(nulidade) e carência de forma legal. (anulabilidade)

Numa terceira parte passo a falar dos vícios da ilegalidade material. Por fim, faz se uma
conclusão do trabalho realizado.

1.1. Objectivo

1.1.1. Objectivo geral


 Estudar os vícios do acto administrativo;

1.2. Objectivos específicos


 Conhecer as práticas dos actos (nulidade e anulabilidade)

 Identificar a ilegalidade orgânica, ilegalidade formal e ilegalidade material;

2. Metodologia
Para obtenção deste trabalho de carácter científico, houve leitura de obras científicas, que
constituíram a fonte de extracção de conhecimento em torno do tema estrutura de um sistema
de recompensa, não só, alguns sites web ajudaram bastante para a recolha, compilação e
organização dos dados e finalmente obtenção deste documento de importância académica.

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3. Os Vícios do Acto Administrativo
A tipologia dos vícios comporta cincovícios:

1. Usurpação de poder;
Ilegalidade orgânica
2. Incompetência;

3. Vícios de forma; Ilegalidade formal

4. Violação de lei;
Ilegalidade material
5. Desvio de poder.

3.1.A Usurpação de Poder (nulidade)


Consiste na ofensa por um órgão da Administração Pública do princípio daseparação de
poderes, por via da prática deacto incluído nas atribuições do poderjudicial ou do poder
administrativo (art.161º/2-a CPA). Comporta duas modalidades:

- usurpação do poder legislativo: a Administração pratica um acto que pertence às


atribuições do poder legislativo;

- usurpação do poder judicial: a Administração pratica um acto que pertence às atribuições


dos Tribunais. Entende-se também haver usurpação do poder judicial quando a
Administraçãopratica um acto incluído nas atribuições de um Tribunal Arbitral.

Exemplo de usurpação: criação de umimposto através de um acto administrativo (os impostos


só podem ser criados pelo acto legislativo); a adm num mero despacho demitisse um
funcionário da casa civil). A consequência da usurpação de poder é a nulidade do acto
administrativo.

3.2. A Incompetência (nulidade)


É o vício que consiste na prática de um acto incluído nas atribuições ou na competência de
outro órgão da Administração.

Pode revestir várias modalidades. Segundo um primeiro critério, pode classificar-se em


incompetência absoluta, é aquela que se verifica quando um órgão da Administração pratica
um acto fora das atribuições da pessoa colectiva a que pertence; e incompetência relativa, é

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aquela que se verifica quando um órgão de uma pessoa colectiva pública pratica um acto que
está fora da sua competência, mas que pertence à competência de outro órgão da mesma
pessoa colectiva.

De acordo com um segundo critério pode-se distinguir quatro modalidades:

1. Incompetência em razão da matéria: quando um órgão da Administração invade os


poderes conferidos a outro órgão da Administração em função da natureza dos
assuntos.

2. Incompetência em razão da hierarquia: quando se invadem os poderes conferidos a


outro órgão em função do grau hierárquico, nomeadamente quando o subalterno
invade a competência do superior, ou quando o superior invade a competência
própria ou exclusiva do subalterno.

3. Incompetência em razão do lugar: quando um órgão da Administração invade os


poderesconferidos a outro órgão em função do território.

4. Incompetência em razão do tempo: quando um órgão da Administração exerce os


seus poderes legais em relação ao passado ou em relação ao futuro (salvo se a lei,
excepcionalmente, o permitir).

3.3. O Vício de Forma


É o vício que consiste na preterição de formalidades essenciais ou na carência de forma legal,
comporta três modalidades:

a) Preterição deformalidades anteriores à prática do acto; (nulidade)

b) Preterição deformalidades relativas à prática do acto; (nulidade)

c) Carência de forma legal. (anulabilidade)

É conveniente sublinhar que a eventual preterição de formalidades posteriores à prática do


acto administrativo não produz ilegalidade (nem invalidade) do acto administrativo – apenas
pode produzir a sua ineficiência.

Isto porque, a validade de um acto administrativo se afere sempre pela conformidade desse
acto com a lei no momento em que ele é praticado.

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3.4. A Violação da Lei (anulabilidade)
É o vício que consiste na discrepância entre o conteúdo ou o objecto do acto e as normas
jurídicas que lhe são aplicáveis.

O vício de violação de lei configura uma ilegalidade de natureza material: é a própria


substância do acto administrativo, é a decisão em que o acto consiste, contrária a lei. A
ofensa da lei verifica se no conteúdo ou no objecto do acto.

O vício de violação de lei produz-se normalmente quando, no exercício de poderes


vinculados, a Administração decida coisa diversa do que a lei estabelece ou nada decide
quando a lei manda decidir algo.

A violação da lei, assim definida, comporta várias modalidades:

1. A falta de base legal, isto é a prática de um acto administrativo quando nenhuma lei
autoriza a prática de um acto desse tipo;

2. A incerteza, ilegalidade ou impossibilidade do conteúdo do acto administrativo;

3. A incerteza, ilegalidade ou impossibilidade do objecto do acto administrativo;

4. A inexistência ou ilegalidade dos pressupostos relativos ao conteúdo ou ao objecto do


acto administrativo;

5. A ilegalidade dos elementos acessórios incluídos pela Administração no conteúdo do


acto – designadamente, condição, termo ou modo – se essa ilegalidade for relativamente, nos
termos da Teoria Geral dos Elementos Acessórios;

6. Qualquer outra ilegalidade do acto administrativo insusceptível de ser reconduzida a


outro vício. Este último aspecto significa que o vício de violação de lei tem carácter
residual, abrangendo todas as ilegalidades que não caibam especificamente em nenhum dos
outros vícios.

3.5. O Desvio de Poder (anulabilidade)


É o vício que consiste no exercício de um poder discricionário por um motivo principalmente
determinante que não condiga com o fim que a lei visou ao conferir aquele poder.

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O desvio de poder pressupõe, portanto, uma discrepância entre o fim legal e o fim real. Para
determinar a existência de um vício de desvio de poder, tem de se proceder às seguintes
operações:

1. Apurar qual o fim visado pela lei ao conferir a certo órgão administrativo um determinado
poder discricionário (fim legal);

2. Averiguar qual o motivo principal determinante da prática do acto administrativo em causa


(fim real);

Determinar se este motivo principalmente determinante condiz ou não com aquele fim
legalmente estabelecido: se houver coincidência, o acto será legal e, portanto, válido; se não
houver coincidência, o acto será ilegal por desvio de poder e, portanto, inválido.

O desvio de poder comporta duas modalidades principais:

1. O desvio de poder por motivo de interesse público, quando a Administração visa alcançar
um fim de interesse público, embora diverso daquele que a lei impõe.

2. E desvio de poder por motivo de interesse privado, quando a Administração não prossegue
um fim de interesse público mas um fim de interesse privado.

4. Nulidade
A nulidade é a forma mais grave da invalidade. Tem os seguintes traços característicos (art.
162º CPA):

1. O Acto nulo é totalmente ineficaz desde o início, não produz qualquer efeito.

2. A nulidade é irremediável, quer pelo decurso do tempo, quer por ratificação, reforma ou
conversão. O acto nulo não é susceptível de ser transformado em acto válido;.

3. Os particulares e os funcionários públicos têm o direito de desobedecer a quaisquer


ordens que constem de um acto nulo. Na medida em que este não produz efeitos, nenhum
dos seus imperativos é obrigatório;

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4. Se mesmo assim a Administração quiser impor pela força a execução de um acto nulo, os
particulares têm o direito de resistência passiva (art. 21º CRP). A resistência passiva à
execução de um acto nulo é legítima.

5. Um acto nulo pode ser impugnado a todo o tempo, isto é, a sua impugnação não está
sujeita a prazo;

6. O pedido de reconhecimento da existência de uma nulidade num acto administrativo pode


ser feito junto de qualquer Tribunal, e não apenas perante os Tribunais Administrativos; o
que significa que qualquer Tribunal, mesmo um Tribunal Civil, pode declarar a nulidade de
um acto administrativo (desde que competente para a causa);

7. O reconhecimento judicial da existência de uma nulidade toma a forma de declaração de


nulidade.

5. Anulabilidade
É uma forma menos grave da invalidade e tem características contrárias às da nulidade (art.
163º CPA):

1. O acto anulável, embora inválido, é juridicamente eficaz até ao momento em que venha a
ser anulado. Enquanto não for anulado é eficaz, produz efeitos jurídicos como se fosse válido
– o que resulta da “presunção de legalidade” dos actos administrativos;

2. A anulabilidade é sanável, quer pelo decurso do tempo, quer por ratificação, reforma ou
conversão;

3. O acto anulável é obrigatório, quer para os funcionários públicos, quer para os


particulares, enquanto não for anulado.

4. Consequentemente, não é possível opor qualquer resistência à execução forçada de um


acto anulável. A execução coactiva de um acto anulável é legítima, salvo se a respectiva
eficácia for suspensa;

5. O acto anulável só pode ser impugnado dentro de um certo prazo que a lei estabelece (art.
28º LPTA);

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6. O pedido de anulação só pode ser feito perante um Tribunal Administrativo, não pode ser
feito perante qualquer outro Tribunal;

7. O reconhecimento de que o acto é anulável por parte do Tribunal determina a sua


anulação. A sentença proferida sobre um acto anulável é uma sentença de anulação,
enquanto a sentença proferia sobre o acto nulo é uma declaração de nulidade.

A anulação contenciosa de uma tem efeitos retroactivos: “tudo se passa na ordem jurídica,
como se o acto nunca tivesse sido praticado”.

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6. Conclusão
Contudo, a centralização e a autoridade são factores muito importantes na organização
empresarial, pois definem o desempenho da mesma por meio de um bom líder e capaz de
influenciar positivamente as pessoas, motivando, inspirando e estimulando a equipe a se
comprometer com o trabalho e a alcançar bons resultados. Isso quer dizer que os líderes são
essenciais para o sucesso ou para o fracasso de uma organização.

Sendo eles considerados peças-chave da instituição, uma vez que actuam directamente com
os colaboradores, promovendo o engajamento individual e de sua equipe como um todo,
mantendo-a coesa e firme em seus objectivos. E finalmente tem o papel de manter o seu time
alinhado com a missão, os valores e a visão da empresa. Ele e capaz de disseminar a
estratégia e os objectivos da organização entre todos os colaboradores, fazendo com que eles
enxerguem a própria função como parte de um propósito maior.

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7. Referências bibliográficas
Direito Administrativo. ≪Ato Administrativo≫. Tudo sobre Concursos. Consultado
em 25 de setembro de 2017

"Informativo - Ato administrativo" - Fundacao Getulio Vargas (Acessado em 07 de


abril de 2013)

Roberto Wagner Lima Nogueira. ≪Nocoes introdutorias acerca do ato


administrativo≫. Jus -

Artigo. Consultado em 25 de setembro de 2017

Renata da Silva Carvalho. ≪Conceitos de atos administrativos≫. Dom total.


Consultado em 25 de setembro de 2017

FRANCA, Vladimir da Rocha. Vinculacao e discricionariedade nos atos


administrativos. Jus

Navigandi, Teresina, ano 6, n. 49, 1 fev. 2001. Acessado em 10 de abril de 2012.

Di Pietro, Maria Sylvia Zanella (2003). Direito Administrativo 16a ed. Sao Paulo:
Atlas.

p. 210. 727 paginas. ISBN 85-224-3596-0

SANTOS, Mauro Sergio dos (2016). CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO.


Salvador: JusPodivm. p. 215

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio. Curso de direito administrativo. 26. ed.


rev. e

atual. ate a emenda constitucional 57, de 5.7.2008. Sao Paulo: Malheiros, 2009, p.
440.

CINTRA DO AMARAL, Antonio Carlos. Teoria do Ato Administrativo. Belo


Horizonte:

Editora Forum, 2008, p. 85.

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