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By @kakashi_copiador

Aula 08.2
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo
Estratégico de Direito Administrativo -
2023 (Pré-Edital)

Autor:
Tulio Lages

16 de Fevereiro de 2023
Tulio Lages
Aula 08.2

Índice
1) Simulado - Controle da Administração - CE
..............................................................................................................................................................................................3

2) Simulado - Responsabilidade Civil do Estado - CE


..............................................................................................................................................................................................
40

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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1

Questões Inéditas ........................................................................................................................................... 1

Gabarito/Questões Comentadas ................................................................................................................ 10

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 37

INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Controle da Administração
Pronto para testar seu conhecimento?!

QUESTÕES INÉDITAS

Classificações

1) O controle da Administração Pública quanto à origem ou ao posicionamento do órgão que o efetua pode
ser interno, externo e popular.

2) O controle administrativo é aquele que decorre de funções administrativas do órgão enquanto o


controle judiciário é o controle que se subdivide em controle parlamentar direto e parlamentar indireto

3) O controle hierárquico resulta do escalonamento hierárquico dos órgãos administrativos enquanto o


controle finalístico é aquele que não possui fundamentação na hierarquia

4) Quanto ao momento, o controle pode ser classificado como prévio, concomitante ou posterior

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5) Quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada, o controle pode ser de legalidade, de mérito
ou hierarquia.

6) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da


administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder.

7) O controle hierárquico se observa quando há o escalonamento vertical e horizontal de órgãos, situação


em que os órgãos se encontram subordinados sem a necessidade de lei ou norma específica para outorgar
a sua competência de controle.

8) O controle finalístico é o controle exercido pela Administração Direta sobre a Indireta, ou seja, será
sempre limitado e externo.

9) O controle finalístico é menos amplo que o controle hierárquico, pois depende de previsão legal que
estabelecerá as hipóteses e os limites de atuação.

10) O controle prévio é exercido antes da conclusão ou operatividade do ato, mas não pode ser utilizado
como requisito para a eficácia ou validade deste ato.

11) O controle prévio é feito pelo Poder Executivo e Legislativo, não sendo utilizado pelo Poder Judiciário.

12) É um exemplo do exercício do controle concomitante, a fiscalização de uma obra durante sua
realização.

13) O controle subsequente ou corretivo é realizado após a conclusão do ato controlado, tendo como
objetivo corrigir eventuais defeitos e dar-lhe eficácia, não podendo ser utilizado como base para a
decretação da nulidade do ato.

14) O controle de legalidade e legitimidade possui o objetivo de verificar a conformação do ato ou


procedimento administrativo com as normas legais e os preceitos administrativos.

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15) O controle de legalidade e legitimidade pode ser exercido tanto pela Administração, quanto pelos
Poderes Legislativo e Judiciário.

16) O julgamento das contas dos administradores públicos pelo Tribunal de Contas da União é um exemplo
de controle concomitante.

17) O controle de mérito atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato controlado (atos
discricionários)

18) O Poder Legislativo pode realizar o controle de mérito da função administrativa apenas em caráter
excepcional e nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal.

19) O Poder Judiciário pode aplicar controle de mérito da decisão proferida pela autoridade administrativa
que editou o ato, de acordo com seu juízo de conveniência e oportunidade.

Controle Administrativo

20) O controle exercido pela Administração Pública ocorre quando a própria Administração controla os
seus atos, sendo sempre um controle interno.

21) A base do controle administrativo é o exercício da autotutela.

22) O controle administrativo alcança tanto a legalidade, permitindo a anulação dos atos inválidos, quanto
o mérito, do qual se pode revogar os atos inconvenientes e inoportunos.

23) Recurso hierárquico próprio são recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos
específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato.

24) São instrumentos utilizados no controle administrativo, a fiscalização hierárquica, o direito de petição,
o processo administrativo, incluindo os recursos administrativos e o instrumento da arbitragem.

25) Reclamação administrativa é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades.

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26) Pedido de reconsideração é o pedido feito à mesma autoridade que emitiu o ato, para que esta o
aprecie novamente.

27) Revisão é aquele destinado a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento de fatos novos, não
conhecidos no momento da decisão original.

28) Recurso hierárquico impróprio é o pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente
superior àquela que editou o ato.

29) Representação é a manifestação do administrado, seja ele servidor público ou particular, do seu
==5617c==

inconformismo com alguma decisão administrativa que lhe afete direitos ou interesses.

30) A preclusão representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo
(administrativo ou judicial).

31) A prescrição é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro
do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa.

32) A decadência representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda
da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial.

33) A prescrição admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do


tempo já decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo
decadencial é fatal, ou seja, não admite a interrupção nem a paralização.

34) É finalidade do controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

35) Não é finalidade do controle interno comprovar a legalidade, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, mas apenas
avaliar os resultados da gestão.

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36) É finalidade do controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

37) É finalidade do controle interno apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.

38) É finalidade do controle interno exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União.

39) O chamado controle social pode ser exercido pelo cidadão por meio de ação popular ou de denúncia
perante o Tribunal de Contas da União.

40) A anulação de atos ilegais e a revogação, por motivo de conveniência ou oportunidade, são exemplos
de controle interno da Administração Pública.

41) O prazo para a Administração anular atos que geram efeitos favoráveis ao administrado é de 5 anos,
independentemente da comprovação de má-fé.

42) O recurso hierárquico impróprio é cabível somente quando expressamente previsto em lei.

43) O controle de legalidade pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes
Judiciário e Legislativo.

Controle Legislativo

44) O controle legislativo manifesta-se pelo controle político e pelo controle exercido pelo Tribunal de
Contas.

45) Um exemplo de controle parlamentar direto é a competência do Congresso Nacional de sustar os atos
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.

46) O controle legislativo, que se aplica estritamente à administração pública direta, restringe-se ao
controle político e financeiro.

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47) O Tribunal de Contas tem a competência de julgar as contas dos administradores públicos enquanto o
Congresso Nacional tem a competência de julgar as contas do Presidente da República.

48) É competência do Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município.

49) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou


ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária.

50) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

51) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das metas previstas
no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.

52) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente pelo Tribunal de
Contas da União.

53) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas
da União, ao qual compete: realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário.

54) Cabe apenas ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil, financeira e
orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de controle interno de cada Poder
relativa à fiscalização operacional e patrimonial das respectivas entidades da administração direta e
indireta.

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55) Constitui competência do Tribunal de Contas da União, determinada pela Constituição Federal, na
realização do controle externo da administração pública federal: sustar atos administrativos em que se
constate ilegalidade de que resulte prejuízo ao erário, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e
ao Senado Federal.

56) Não se inclui na competência do Congresso Nacional, determinada pela Constituição Federal, na
realização do controle externo da administração pública federal: apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas
as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

57) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo
extrajudicial.

58) É competência do TCU, determinada pela Constituição Federal, na realização do controle externo da
administração pública federal: julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

59) no exercício do controle externo, o Tribunal de Contas da União auxilia o Congresso Nacional, estando
a ele subordinado.

60) No exercício de suas atribuições, o Tribunal de Contas pode apreciar a constitucionalidade das leis e
dos atos do Poder Público.

61) O Tribunal aprecia a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração
direta e indireta, bem como das nomeações para cargo de provimento em comissão.

62) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se, em qualquer hipótese, o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado.

Controle Judiciário

63) É possível a apreciação judicial dos atos discricionários praticados pela Administração Pública.

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64) É lícito ao Poder Judiciário, em sede de controle de ato administrativo disciplinar, anular penalidade
de demissão com fundamento na desproporcionalidade do ato.

65) O Poder Judiciário, se entender pela violação a princípio da administração pública, poderá revogar o
ato administrativo expedido por autoridade administrativa.

66) O controle judicial ocorre sempre mediante provocação e é, via de regra, uma forma de controle a
posteriori.

67) O Poder Judiciário exerce o controle interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito
quanto a forma do ato administrativo.

68) O Poder Judiciário exerce tão somente o controle da legalidade dos atos administrativos, podendo
resultar na confirmação ou não da validade do ato.

69) O Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não
a legalidade do ato administrativo.

70) O Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o
mérito quanto a forma do ato administrativo.

71) O Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a
legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

72) O Poder Judiciário exerce o controle interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a
legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

73) O mandado de segurança é cabível contra lei e atos vinculados ou discricionários.

74) Cabe mandado de injunção contra omissão total ou parcial na regulamentação de normas
constitucionais, inclusive na hipótese de já haver norma sobre o assunto, caso ela seja defeituosa.

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75) O mandado de injunção coletivo poder ser promovido pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública,
por partido político com representação no Congresso Nacional e por organização sindical, entidade de
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano.

76) O habeas data não é cabível quando a informação a ser acessada consta de bancos de dados de caráter
privado e só pode ser impetrado após o indeferimento do pedido de informações de dados pessoais, ou
da omissão em atendê-lo.

77) É legitimado ativo para a ação popular somente a pessoa física em pleno gozo dos direitos civis e
políticos, ficando o autor obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ônus da sucumbência, se
comprovada a má fé.

78) O mandado de segurança é utilizado nos casos em que há a necessidade de se proteger direito líquido
e certo, devendo ser aplicado juntamente com o habeas corpus em casos excepcionais previstos em lei
(quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público).

79) O controle judicial pode se dividir em controle comum e controle especial. O primeiro é o controle a
que se sujeitam os atos administrativos em geral, enquanto o segundo é o que se sujeitam os atos
especiais, tais como atos legislativos, atos políticos e atos interna corporis.

80) O mandado de segurança é repressivo quando tem a intenção de reparar lesão já ocorrida, e preventivo
quando tem a finalidade de evitar uma lesão ao direito líquido e certo.

81) O mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado tanto por partido político com representação
no Congresso Nacional, quanto por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados.

82) Ação popular é o meio de responsabilização pelas ações de responsabilidade por danos morais e
patrimoniais causados: (a) ao meio-ambiente; (b) ao consumidor; (c) a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico; (d) a qualquer outro interesse difuso ou coletivo; (e) por
infração da ordem econômica; (f) à ordem urbanística. (g) à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos
ou religiosos; e (h) ao patrimônio público e social.

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83) Mandado de injunção deve ser concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania

84) Habeas data tem a finalidade de se obter informações e retificar dados, referentes à pessoa do
impetrante.

85) Ação civil pública visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência

GABARITO

1. C 2. E 3. C 4. C 5. E

6. C 7. E 8. C 9. C 10. E

11. E 12. C 13. E 14. C 15. C

16. E 17. C 18. C 19. E 20. C

21. C 22. C 23. E 24. C 25. E

26. C 27. C 28. E 29. E 30. C

31. E 32. E 33. C 34. C 35. E

36. C 37. E 38. C 39. C 40. C

41. E 42. C 43. C 44. C 45. C

46. E 47. C 48. C 49. E 50. C

51. E 52. E 53. C 54. E 55. C

56. E 57. C 58. E 59. E 60. C

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61. E 62. E 63. C 64. C 65. E

66. C 67. E 68. C 69. E 70. E

71. C 72. E 73. C 74. E 75. C

76. C 77. C 78. E 79. C 80. C

81. C 82. E 83. C 84. C 85. E

QUESTÕES COMENTADAS

Classificações

1) O controle da Administração Pública quanto à origem ou ao posicionamento do órgão que o efetua pode
ser interno, externo e popular.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle da Administração Pública quanto à origem ou ao posicionamento do
órgão que o efetua pode ser interno (realizado no âmbito da própria Administração ou por órgão do mesmo
Poder que editou o ato controlado), externo (realizado por órgão independente ou de outro Poder do que
efetuou o ato controlado) ou popular (efetuado pela sociedade civil ou pelos administrados em geral).

2) O controle administrativo é aquele que decorre de funções administrativas do órgão enquanto o


controle judiciário é o controle que se subdivide em controle parlamentar direto e parlamentar indireto

Comentários:
A questão está errada, pois é o controle legislativo (e não o controle judiciário) que se subdivide em
parlamentar direto (exercido diretamente pelo Congresso Nacional) e parlamentar indireto (exercido pelo
Tribunal de Contas da União). O controle judicial é o controle realizado pelo Poder Judiciário sobre a atuação
da Administração Pública.

3) O controle hierárquico resulta do escalonamento hierárquico dos órgãos administrativos enquanto o


controle finalístico é aquele que não possui fundamentação na hierarquia

Comentários:
A questão está correta, sendo autoexplicativa, que descreve o controle hierárquico e finalístico.

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4) Quanto ao momento, o controle pode ser classificado como prévio, concomitante ou posterior

Comentários:
A questão está correta, pois, quanto ao momento, o controle pode ser classificado como prévio (controle
preventivo realizado antes do início da prática do ato ou antes de sua conclusão), concomitante (ocorre
durante o processo de formação do ato controlado) ou posterior (também chamado de subsequente, é o
controle que ocorre após a conclusão do ato).

5) Quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada, o controle pode ser de legalidade, de mérito
ou hierarquia.

Comentários:
A questão está errada, pois, quanto ao aspecto da atividade administrativa controlada, o controle pode ser
apenas de legalidade (ou legitimidade, é o controle que procura verificar a conformação do ato ou do
procedimento com as normas legais que o regem) ou de mérito (tem por objetivo comprovar a eficiência e
os resultados do ato, além dos aspectos de conveniência e oportunidade)

6) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da


administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Comentários:
A questão está correta e de acordo com o art. 70, caput, da Constituição da República.

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e


das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

7) O controle hierárquico se observa quando há o escalonamento vertical e horizontal de órgãos, situação


em que os órgãos se encontram subordinados sem a necessidade de lei ou norma específica para outorgar
a sua competência de controle.

Comentários:
A questão está errada, pois, no controle hierárquico, observa-se apenas o escalonamento VERTICAL entre os
órgãos (e não horizontal). De fato, neste tipo de controle, há a subordinação sem a necessidade de lei ou
norma específica para outorgar a competência de controle.

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8) O controle finalístico é o controle exercido pela Administração Direta sobre a Indireta, ou seja, será
sempre limitado e externo.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle finalístico é aquele que não existe hierarquia, mas vinculação entre
a Administração Direta e Indireta. Segundo Hely Lopes Meirelles, o controle finalístico é “o que a norma legal
estabelece para as entidades autônomas, indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem
exercitadas e as finalidades objetivadas”. Por esse motivo, trata-se de um controle que será sempre limitado
e externo.

9) O controle finalístico é menos amplo que o controle hierárquico, pois depende de previsão legal que
estabelecerá as hipóteses e os limites de atuação.

Comentários:
A questão está correta, já que, como não há hierarquia na relação, o controle finalístico é bem menos amplo
que o controle hierárquico. Vale dizer que, enquanto o controle hierárquico é amplo e independe de previsão
legal, o controle finalístico depende de previsão legal, que estabelecerá as hipóteses e os limites de atuação.

10) O controle prévio é exercido antes da conclusão ou operatividade do ato, mas não pode ser utilizado
como requisito para a eficácia ou validade deste ato.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle prévio (preventivo ou a priori) é exercido antes da conclusão ou
operatividade do ato, sendo utilizado como requisito para a sua eficácia ou validade. Podemos citar como
exemplo o uso do controle prévio a necessidade de se fazer uma liquidação de despesa pública antes de se
efetuar o pagamento, bem como a exigência de projeto de engenharia atestando a viabilidade de uma obra,
antes de seu início.

11) O controle prévio é feito pelo Poder Executivo e Legislativo, não sendo utilizado pelo Poder Judiciário.

Comentários:
A questão está errada, pois todos os poderes podem exercer o controle prévio. Temos como exemplo no
Poder Legislativo a necessidade de prévia aprovação pelo Senado Federal, da escolha de ministros do STF,
de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União, de governador de Território Federal, do presidente
e diretores do Banco Central e do Procurador-Geral da República, conforme o art. 52, inciso III, “a”, “b”, “c”,
“d” e “e”, da CF/88. Temos como exemplo no Poder Judiciário o art. 5º, inciso XXXV da CF/88:

Art. 5°, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

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12) É um exemplo do exercício do controle concomitante, a fiscalização de uma obra durante sua
realização.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle concomitante é aquele realizado durante o processo de formação do
ato ou durante o desenvolvimento da conduta administrativa. Segundo Hely Lopes Meirelles, este controle
tem a finalidade de verificar a regularidade da formação do ato. A questão descreve corretamente um
exemplo do exercício do poder concomitante.

13) O controle subsequente ou corretivo é realizado após a conclusão do ato controlado, tendo como
objetivo corrigir eventuais defeitos e dar-lhe eficácia, não podendo ser utilizado como base para a
decretação da nulidade do ato.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle subsequente pode sim declarar a nulidade de um ato se constatado
sua ilegalidade.

14) O controle de legalidade e legitimidade possui o objetivo de verificar a conformação do ato ou


procedimento administrativo com as normas legais e os preceitos administrativos.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle de legalidade e legitimidade possui o objetivo de verificar a
conformação do ato ou procedimento administrativo com as normas legais e os preceitos administrativos.

15) O controle de legalidade e legitimidade pode ser exercido tanto pela Administração, quanto pelos
Poderes Legislativo e Judiciário.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle de legalidade e legitimidade pode ser exercida tanto pela própria
Administração, quanto pelos Poderes Legislativo e Judiciário. A diferença é que a Administração o exerce de
ofício ou por provocação; enquanto o Legislativo só poderá exercê-lo nos casos previstos na Constituição.
Por fim, o Poder Judiciário só atuará mediante provocação, através da devida ação judicial. Com efeito, os
atos ilegais ou ilegítimos são passíveis apenas de anulação, já que não se pode falar em revogação daquilo
que não se encontra em conformação com a lei.

16) O julgamento das contas dos administradores públicos pelo Tribunal de Contas da União é um exemplo
de controle concomitante.

Comentários:

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A questão está errada, pois trata do controle posterior feito pelo Tribunal de Contas da União.

17) O controle de mérito atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato controlado (atos
discricionários)

Comentários:
A questão está correta, pois o controle de mérito atua sobre a conveniência ou oportunidade do ato
controlado. Logo, é um controle que ocorre sobre os atos discricionários.

18) O Poder Legislativo pode realizar o controle de mérito da função administrativa apenas em caráter
excepcional e nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal.

Comentários:
A questão está correta, pois o Poder Legislativo poderá realizar o controle de mérito da função administrativa
(seja do Poder Executivo, o que é mais comum; ou do Poder Judiciário quando estiver exercendo sua função
administrativa). Todavia, esse controle só é possível em caráter excepcional e nas hipóteses expressamente
previstas na Constituição Federal.

19) O Poder Judiciário pode aplicar controle de mérito da decisão proferida pela autoridade administrativa
que editou o ato, de acordo com seu juízo de conveniência e oportunidade.

Comentários:
A questão está errada, pois, em geral, o controle de mérito é exercido pela própria Administração que
executou o ato, uma vez que o mérito se expressa em um ato válido, sendo que o seu desfazimento se faz
pela revogação. Nesse contexto, o Poder Judiciário não poderá adentrar no mérito da decisão, ou seja, em
nenhuma hipótese o controle judicial adentrará no juízo de conveniência e oportunidade da autoridade
administrativa que editou o ato, pois a esse Poder só cabe avaliar a legalidade e legitimidade, mas não o
mérito. É importante ressaltar que há uma diferença entre mérito e discricionariedade. O Poder Judiciário
pode sim analisar os atos discricionários, verificando se eles se encontram dentro dos parâmetros definidos
na lei e no Direito. Se, eventualmente, um ato discricionário mostrar-se desarrazoado ou desproporcional, o
Poder Judiciário poderá anulá-lo em virtude de sua ilegalidade ou ilegitimidade.

Controle Administrativo

20) O controle exercido pela Administração Pública ocorre quando a própria Administração controla os
seus atos, sendo sempre um controle interno.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle exercido pela Administração Pública, ou simplesmente controle
administrativo, ocorre quando a própria Administração controla os seus atos. Com efeito, será sempre um
controle interno, vez que se instaura dentro de um mesmo Poder. O controle administrativo, conforme Hely

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Lopes Meirelles, é " todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos demais Poderes exercem
sobre suas próprias atividades, visando mantê-los dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as
exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo que é um controle de legalidade e mérito"

21) A base do controle administrativo é o exercício da autotutela.

Comentários:
A questão está correta, pois o princípio da autotutela constitui base para o exercício do poder administrativo.
Para tanto, vale ressaltar a Súmula 473 do STF:

Súmula 473 – A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

22) O controle administrativo alcança tanto a legalidade, permitindo a anulação dos atos inválidos, quanto
o mérito, do qual se pode revogar os atos inconvenientes e inoportunos.

Comentários:
A questão está correta, pois, conforme súmula 473 do STF, transcrita acima, a Administração pode anular
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade.

23) Recurso hierárquico próprio são recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos
específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato.

Comentários:
A questão está errada, pois recurso hierárquico próprio, ou simplesmente recurso hierárquico é o pedido de
reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela que editou o ato. A questão trata
da definição de recurso hierárquico impróprio.

24) São instrumentos utilizados no controle administrativo, a fiscalização hierárquica, o direito de petição,
o processo administrativo, incluindo os recursos administrativos e o instrumento da arbitragem.

Comentários:
A questão está correta, já que são instrumentos utilizados no controle administrativo:

a) fiscalização hierárquica: é aquela exercida pelos órgãos superiores sobre os inferiores.

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b) direito de petição: objetiva a defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Qualquer
pessoa pode peticionar perante uma autoridade administrativa e sobre isso obter uma resposta. No
caso de silêncio administrativo, o administrado poderá recorrer ao Poder Judiciário para obrigar a
autoridade a lhe fornecer a resposta

c) processo administrativo: sucessão formal de atos intermediários ordenados de forma lógica, a qual
tem a finalidade de possibilitar que a Administração pratique um ato final ou tome uma decisão
administrativa final.

d) recursos administrativos: em sentido amplo, são todos os instrumentos hábeis direcionados a


propiciar à própria Administração o reexame de decisão interna.

e) arbitragem: forma de solução de conflitos em que as duas partes elegem uma terceira, o árbitro,
para julgar determinado litígio, sem necessidade do formalismo dos processos judiciais.

25) Reclamação administrativa é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades.

Comentários:
A questão está errada, pois reclamação administrativa é a manifestação do inconformismo com alguma
decisão administrativa que lhe afete direitos ou interesses. A denúncia feita por qualquer pessoa sobre
irregularidades é uma representação.

26) Pedido de reconsideração é o pedido feito à mesma autoridade que emitiu o ato, para que esta o
aprecie novamente.

Comentários:
A questão está correta. A questão trata corretamente da definição de pedido de reconsideração.

27) Revisão é aquele destinado a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento de fatos novos, não
conhecidos no momento da decisão original.

Comentários:
A questão está correta, pois de fato a revisão é destinada a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento
de fatos novos, não conhecidos no momento da decisão original. Nesse contexto, a Lei 9.784/1999, como
exemplo, estabelece que os “processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada”.

28) Recurso hierárquico impróprio é o pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente
superior àquela que editou o ato.

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Comentários:
A questão está errada, pois recurso hierárquico impróprio, são recursos dirigidos a órgãos especializados na
apreciação de recursos específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a
autoridade que editou o ato. Portanto, nesse caso, não há hierarquia entre a autoridade que editou a decisão
e aquela que irá analisar o recurso. Por não existir hierarquia, esse tipo de recurso só é possível quando há
previsão legal, atribuindo a competência e estabelecendo os limites de seu exercício pelo órgão controlador.
Um exemplo é o recurso direcionado ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, que é um órgão
especializado no julgamento de recursos contra as decisões de delegacias da Secretaria da Receita Federal
do Brasil. A questão trata da definição de recurso hierárquico próprio (ou recurso hierárquico ou apenas
recurso, em sentido estrito).

29) Representação é a manifestação do administrado, seja ele servidor público ou particular, do seu
inconformismo com alguma decisão administrativa que lhe afete direitos ou interesses.

Comentários:
A questão está errada, pois representação é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades.
Nesse caso, o administrado não está reclamando um direito seu afetado diretamente, mas apenas
apresentando à Administração alguma irregularidade que entende que deve ser corrigida. Por exemplo, o
art. 74, § 2º, da CF, estabelece que “qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União”. A questão trata da definição de reclamação administrativa.

30) A preclusão representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo
(administrativo ou judicial).

Comentários:
A questão está correta. A questão trata corretamente da definição de preclusão.

31) A prescrição é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro
do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa.

Comentários:
A questão está errada. A questão trata da definição de decadência. A prescrição representa a perda do prazo
para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda da possibilidade de defender um direito por
meio da pretensão judicial.

32) A decadência representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda
da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial.

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Comentários:
A questão está errada. A questão trata da definição de prescrição. A decadência é a perda do direito em si
mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro do prazo previsto em lei e, por esse motivo,
passa a não mais possuir essa prerrogativa.

33) A prescrição admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do


tempo já decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo
decadencial é fatal, ou seja, não admite a interrupção nem a paralização.

Comentários:

A questão está correta, pois trata corretamente da possibilidade de suspensão e de interrupção dos prazos
na prescrição e na decadência. Vejamos alguns conceitos sobre o assunto:

A preclusão representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo


(administrativo ou judicial).

A decadência é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro do
prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa.

A prescrição representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda da
possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial.

A prescrição admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do tempo já


decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo decadencial é fatal,
ou seja, não admite a interrupção nem a paralização.

34) É finalidade do controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.
Comentários:
A questão está correta e de acordo com o art. 74, inciso I da CF/88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;

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35) Não é finalidade do controle interno comprovar a legalidade, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, mas apenas
avaliar os resultados da gestão.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle interno tem como finalidade tanto avaliar os resultados, quanto
comprovar a legalidade (quanto à eficácia e eficiência) da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado. Vejamos o art. 74, inciso II, da CF/88, que trata sobre o assunto:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

(...)

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

36) É finalidade do controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Comentários:
A questão está correta e de acordo com o art. 74, inciso IV, da CF/88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

(...)

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

37) É finalidade do controle interno apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.

Comentários:
A questão está errada, pois trata da atuação do controle externo exercido pelo Congresso Nacional com
auxílio do TCU (Art. 71, inciso I, da CF88):

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer


prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

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38) É finalidade do controle interno exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União.

Comentários:
A questão está correta e de acordo com o art. 74, inciso III, da CF/88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

(...)

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;

39) O chamado controle social pode ser exercido pelo cidadão por meio de ação popular ou de denúncia
perante o Tribunal de Contas da União.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle social, exercido diretamente pelo cidadão ou pela sociedade civil
organizada, é previsto em diversos instrumentos disponíveis no ordenamento jurídico, como a ação popular
(art. 5º, inciso LXXIII, da CF/88) e a denúncia perante os Tribunais de Contas (art. 74, § 2º, da CF/88):

Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

(...)

Art. 74, § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

40) A anulação de atos ilegais e a revogação, por motivo de conveniência ou oportunidade, são exemplos
de controle interno da Administração Pública.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle administrativo ou interno é aquele exercido pela Administração sobre
seus próprios atos, por meio dos poderes de autotutela (súmulas 473 e 346 do STF), que decorre de relação
de hierarquia, e de tutela, que não decorre de relação hierárquica.

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Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

- Súmula 346: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

41) O prazo para a Administração anular atos que geram efeitos favoráveis ao administrado é de 5 anos,
independentemente da comprovação de má-fé.

Comentários:
A questão está errada, pois o prazo para a Administração anular atos que geram efeitos favoráveis ao
administrado é de 5 anos, salvo comprovada má-fé, conforme o art. 54, caput, da Lei 9.784/1999. Além disto,
cabe destacar um precedente importante:

“O prazo decadencial para que a Administração Pública promova a autotutela, previsto no art.
54 da Lei n.º 9.784/99, é aplicável tanto aos atos nulos quanto aos anuláveis”.

42) O recurso hierárquico impróprio é cabível somente quando expressamente previsto em lei.

Comentários:
A questão está correta, pois o recurso hierárquico próprio é aquele dirigido à autoridade ou ao órgão
imediatamente superior ao que proferiu a decisão recorrida, ao passo que o recurso hierárquico impróprio
é aquele dirigido a autoridade ou órgão que não possui relação hierárquica com a autoridade ou órgão que
emitiu o ato impugnado, sendo cabível somente quando expressamente previsto em lei.

43) O controle de legalidade pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes
Judiciário e Legislativo.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle de legalidade consiste na verificação da conformidade do ato com o
ordenamento jurídico. Pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes Judiciário e
Legislativo (incluindo Tribunais de Contas) sobre os atos da Administração, podendo resultar na confirmação
da validade do ato, em sua anulação ou convalidação.

Controle Legislativo

44) O controle legislativo manifesta-se pelo controle político e pelo controle exercido pelo Tribunal de
Contas.
Comentários:

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A questão está correta, pois o controle legislativo pode ser feito de duas maneiras: pelo controle político
(controle parlamentar direto - exercido diretamente pelo Congresso Nacional, por suas casas, pelas
comissões parlamentares, ou pelos membros do Poder legislativo) e pelo controle exercido pelo Tribunal de
Contas (controle parlamentar indireto ou controle técnico).

45) Um exemplo de controle parlamentar direto é a competência do Congresso Nacional de sustar os atos
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.

Comentários:
A questão está correta. São diversas as competências previstas para que o Congresso Nacional exerça o
controle externo da Administração Pública. A maioria dessas competências estão disciplinadas no art. 49 da
CF/88, mas podemos observar algumas hipóteses nos artigos 50, 70 e 71 da CF/88. A questão trata do
controle parlamentar direto, previsto no art. 49, inciso V, da CF/88, transcrito abaixo:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

(...)

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;

46) O controle legislativo, que se aplica estritamente à administração pública direta, restringe-se ao
controle político e financeiro.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle legislativo alcança as entidades da administração direta e indireta de
todos os entes (União, Estados, Municípios e DF), e não só à administração pública direta.

47) O Tribunal de Contas tem a competência de julgar as contas dos administradores públicos enquanto o
Congresso Nacional tem a competência de julgar as contas do Presidente da República.

Comentários:
A questão está correta, já que algumas atividades de controle externo são exercidas unicamente pelo
Legislativo, outras somente pelos Tribunais de Contas e, por fim, algumas são exercidas conjuntamente pelo
Tribunal de Contas e pelo Congresso Nacional. Em síntese, podemos listar as seguintes competências:

a) julgar as contas dos administradores públicos: competência do Tribunal de Contas;

b) julgar as contas do Presidente da República: competência do Congresso Nacional;

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c) sustação de contratos: cabe ao TC determinar ao órgão que tome as medidas para o exato
cumprimento da Lei; se o órgão não cumprir, o TC informa o Congresso Nacional para que ele tome
as medidas necessárias para sustação; se o CN ou o Poder Executivo não tomarem as medidas
necessárias em até 90 (noventa) dias, o TC poderá decidir sobre a sustação.

48) É competência do Tribunal de Contas fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a
Município.

Comentários:
A questão está correta e de acordo com o art. 71, inciso VI, da Constituição Federal.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer


prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio,


acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

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VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as


sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

49) Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou


ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade subsidiária.

Comentários:
A questão está errada, pois, conforme o art. 74, § 1º, da CF/88, os responsáveis pelo controle interno devem
dar ciência ao TCU no caso de tomar conhecimento de irregularidades ou ilegalidades, sob pena de
responsabilidade solidária.

Art. 74, § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

50) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Comentários:
A questão está correta, pois, segundo o art. 74, caput e inciso IV, da CF/88, transcrito abaixo, o sistema de
controle interno deve ser integrado (caput) e deve apoiar o controle externo em sua missão institucional
(inciso IV):

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

(...)

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

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51) São atribuições do sistema de controle interno da União avaliar o cumprimento das metas previstas
no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.

Comentários:
A questão está errada, pois o sistema de controle interno da União exerce a atribuição de avaliar o
cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos exclusivamente da União, e não dos Estados, DF e Municípios, como afirma a questão.

Art. 74. I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;

(...)

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como
dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,


que serão integrados por sete Conselheiros.

52) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido privativamente pelo Tribunal de
Contas da União.

Comentários:
A questão está errada, pois, conforme o art. 71 da CF/88, o controle externo, a cargo do Congresso Nacional,
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e não privativamente por este.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

53) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas
da União, ao qual compete: realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário.

Comentários:
A questão está correta e conforme art. 71, inciso IV, da CF/88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

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(...)

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário

54) Cabe apenas ao Congresso Nacional, mediante controle externo, a fiscalização contábil, financeira e
orçamentária da União, ressalvada a atribuição privativa do sistema de controle interno de cada Poder
relativa à fiscalização operacional e patrimonial das respectivas entidades da administração direta e
indireta.

Comentários:
A questão está errada. Tanto o sistema de controle interno de cada Poder quanto o Congresso Nacional
realizam a fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, segundo o art. 70 da CF:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e


das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

55) Constitui competência do Tribunal de Contas da União, determinada pela Constituição Federal, na
realização do controle externo da administração pública federal: sustar atos administrativos em que se
constate ilegalidade de que resulte prejuízo ao erário, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e
ao Senado Federal.

Comentários:
A questão está correta, pois o TCU pode, caso constate ilegalidade, sustar a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, consoante art. 71, incisos IX e X, da
CF/88. Repare que se trata de sustação e não de revogação, pois esta só quem pode fazer é a própria
Administração.

56) Não se inclui na competência do Congresso Nacional, determinada pela Constituição Federal, na
realização do controle externo da administração pública federal: apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas
as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Comentários:

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A questão está errada, pois "apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público" constitui uma competência do Congresso Nacional conforme art. 71, III, da CF/88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

(...)

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório;

57) As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo
extrajudicial.

Comentários:
A questão está correta, pois, conforme o art. 71, § 3º, da CF/88, as decisões do TCU de que resulte imputação
de débito ou multa terão eficácia de título executivo EXTRAJUDICIAL. Isso porque o TCU não tem função
jurisdicional.

Art. 71, § 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia
de título executivo.

58) É competência do TCU, determinada pela Constituição Federal, na realização do controle externo da
administração pública federal: julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

Comentários:
A questão está errada. Conforme o art. 71, inciso I, da CF/88, o TCU julga as contas dos administradores e
demais responsáveis, mas, especificamente no caso das contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, a Corte de Contas não as julga, mas tão somente sobre elas emite parecer prévio. Esse parecer é
chamado de “prévio” porque antecede o parecer emitido pela Comissão mista (formada por Senadores e
Deputados) permanente do Congresso Nacional, também sobre as contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República, de acordo com o art. 166, § 1º, inciso I, da CF/88. Quem possui a competência para
julgar tais contas é o Congresso Nacional, conforme o art. 49, inciso IX, da CF/88.

59) no exercício do controle externo, o Tribunal de Contas da União auxilia o Congresso Nacional, estando
a ele subordinado.

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Comentários:
A questão está errada. O TCU auxilia o Congresso Nacional no exercício do Controle Externo, mas isso não
significa dizer que a ele se subordina, o que torna a questão incorreta. Pelo contrário, o TCU é órgão
independente e desempenha suas atribuições sem a autorização do Parlamento.

60) No exercício de suas atribuições, o Tribunal de Contas pode apreciar a constitucionalidade das leis e
dos atos do Poder Público.

Comentários:
A questão está correta, pois o STF, por meio da Súmula 347, reconheceu importante competência ao
Tribunais de Contas de exercer o controle concreto de constitucionalidade:

Súmula 347 - “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a


constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”.

61) O Tribunal aprecia a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração
direta e indireta, bem como das nomeações para cargo de provimento em comissão.

Comentários:
A questão está errada, pois, apesar de apreciar os atos de admissão de pessoal a qualquer título, na
administração direta e indireta, o TCU não aprecia, para fins de registro, a legalidade das nomeações para
cargo de provimento em comissão.

62) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se, em qualquer hipótese, o
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado.

Comentários:
A questão está errada. Segue o exato teor da Súmula Vinculante nº 03:

Súmula Vinculante nº 03 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o


contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

Segundo o STF, a exceção em relação à apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de


aposentadoria, reforma e pensão funda-se na premissa de que, no ato de concessão inicial de aposentadoria,
reforma ou pensão, a relação jurídica travada, nesse momento, é somente entre o Tribunal de Contas e a
Administração Pública.

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Controle Judiciário

63) É possível a apreciação judicial dos atos discricionários praticados pela Administração Pública.

Comentários:
A questão está correta, já que o Poder Judiciário pode controlar atos discricionários, desde que não invada
o mérito desses atos.

64) É lícito ao Poder Judiciário, em sede de controle de ato administrativo disciplinar, anular penalidade
de demissão com fundamento na desproporcionalidade do ato.

Comentários:
A questão está correta, pois o Poder Judiciário tem permissão para exercer o controle de legalidade dos atos
administrativos, só lhe sendo vedado o controle de mérito do ato. A anulação de uma penalidade aplicada
pelo administrador por parte do Poder Judiciário, decorrente de uma avaliação quanto à
razoabilidade/proporcionalidade, é um controle de legalidade e, portanto, lícito àquele Poder.

65) O Poder Judiciário, se entender pela violação a princípio da administração pública, poderá revogar o
ato administrativo expedido por autoridade administrativa.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle judicial pode resultar na anulação de um ato, nunca em sua revogação.

66) O controle judicial ocorre sempre mediante provocação e é, via de regra, uma forma de controle a
posteriori.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle judicial é exercido pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário, no
exercício da função jurisdicional, e só ocorre mediante provocação, nunca de ofício. Em regra, é um controle
a posteriori e incide sobre a legalidade dos atos administrativos (nunca sobre o mérito).

67) O Poder Judiciário exerce o controle interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito
quanto a forma do ato administrativo.

Comentários:
A questão está errada, pois o Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno, e não pode analisar o
mérito administrativo.

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68) O Poder Judiciário exerce tão somente o controle da legalidade dos atos administrativos, podendo
resultar na confirmação ou não da validade do ato.

Comentários:
A questão está correta, pois o controle de legalidade consiste na verificação da conformidade do ato com o
ordenamento jurídico. Pode ser realizado pela própria Administração, bem como pelos Poderes Judiciário e
Legislativo (incluindo Tribunais de Contas) sobre os atos da Administração, podendo resultar na confirmação
da validade do ato, em sua anulação ou convalidação.

Já o controle de mérito é a verificação da oportunidade e conveniência da conduta administrativa. Pode ser


realizado somente pela própria Administração, podendo resultar na confirmação da conduta ou na
revogação do ato.

69) O Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, analisando o mérito, mas não
a legalidade do ato administrativo.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle externo realizado pelo Poder Judiciário não abrange o mérito
administrativo, apenas a legalidade.

70) O Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, podendo controlar tanto o
mérito quanto a forma do ato administrativo.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle externo realizado pelo Poder Judiciário não abrange o mérito
administrativo, apenas a legalidade.

71) O Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a
legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

Comentários:
A questão está correta. O controle realizado pelo Poder Judiciário sobre os atos da Administração Pública é
externo, exceto quando se tratar de atos do próprio Poder Judiciário no exercício de suas atribuições atípicas
/ administrativas.

Nesse controle externo, o Poder Judiciário deve analisar exclusivamente a legalidade ou legitimidade dos
atos administrativos, não o mérito administrativo (juízo de oportunidade e conveniência).

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72) O Poder Judiciário exerce o controle interno da Administração Pública, podendo decidir sobre a
legalidade do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

Comentários:
A questão está errada, já que o Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno.

73) O mandado de segurança é cabível contra lei e atos vinculados ou discricionários.

Comentários:
A questão está correta, já que o mandado de segurança possui caráter residual e é cabível contra lei, desde
que seja uma lei de efeitos concretos, jamais lei em tese (de caráter geral e abstrato). É cabível também
tanto contra atos vinculados (ilegalidade), quanto contra atos discricionários (abuso de poder).

74) Cabe mandado de injunção contra omissão total ou parcial na regulamentação de normas
constitucionais, inclusive na hipótese de já haver norma sobre o assunto, caso ela seja defeituosa.
Comentários:
A questão está errada. De fato, o mandado de injunção é aplicável tanto contra a omissão total quanto
parcial na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada. Porém, tal remédio não é cabível
se já houver norma regulamentadora do direito constitucional, mesmo que esta seja defeituosa, o que torna
a questão incorreta.

75) O mandado de injunção coletivo poder ser promovido pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública,
por partido político com representação no Congresso Nacional e por organização sindical, entidade de
classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano.

Comentários:
A questão está correta, pois o art. 12, incisos I a IV, da Lei 13.300/2016, prevê que o mandado de injunção
coletivo poder ser promovido:

Art. 12, I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis;

II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária;

III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em


funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de

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seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização
especial;

IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados,
na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.

76) O habeas data não é cabível quando a informação a ser acessada consta de bancos de dados de caráter
privado e só pode ser impetrado após o indeferimento do pedido de informações de dados pessoais, ou
da omissão em atendê-lo.

Comentários:
A questão está correta, destacando ainda que se trata de ação personalíssima, não podendo ser utilizado
com a finalidade de acessar informações de terceiros.

77) É legitimado ativo para a ação popular somente a pessoa física em pleno gozo dos direitos civis e
políticos, ficando o autor obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ônus da sucumbência, se
comprovada a má fé.

Comentários:
A questão está correta, pois somente o cidadão (pessoa física em pleno gozo dos direitos civis e políticos)
pode impetrar a ação, ou seja, não é qualquer pessoa. Além disso, se comprovada a má fé, o autor fica
obrigado ao pagamento das custas judiciais e o ônus da sucumbência.

78) O mandado de segurança é utilizado nos casos em que há a necessidade de se proteger direito líquido
e certo, devendo ser aplicado juntamente com o habeas corpus em casos excepcionais previstos em lei
(quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público).

Comentários:
A questão está errada, pois o mandado de segurança tem caráter residual, uma vez que ele é aplicável
quando não couber habeas corpus ou habeas data, conforme o art. 5º, inciso LXIX, da CF/88:

Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público;

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79) O controle judicial pode se dividir em controle comum e controle especial. O primeiro é o controle a
que se sujeitam os atos administrativos em geral, enquanto o segundo é o que se sujeitam os atos
especiais, tais como atos legislativos, atos políticos e atos interna corporis.

Comentários:
A questão está correta, já que o controle comum é o controle a que se sujeitam os atos administrativos em
geral. Trata-se do controle de legalidade e de legitimidade, em que se permite que o Poder Judiciário anule
os atos administrativos ilegais ou ilegítimos. Já o controle especial é o que se sujeitam os atos especiais: atos
legislativos, atos políticos e atos interna corporis. Vejamos o significado de cada um:

Atos políticos: caracterizam-se por uma ampla discricionariedade, inserindo-se nas competências
constitucionais das altas autoridades. Por isso, o controle judicial é extremamente limitado,
ocorrendo apenas quando o ato exceder os limites discricionários da competência do órgão ou
autoridade.

Atos legislativos: expressam-se pela criação das leis em sentido formal e material. Nesse caso, o
controle judicial não ocorre pelos meios comuns de controle dos atos administrativos, podendo ser
realizado apenas pelos procedimentos especiais de controle das leis, como a ação direta de
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade.

Atos interna corporis são aqueles atinentes à intimidade das casas legislativas, como a escolha dos
membros da Mesa Diretora. O controle do Poder Judiciário, nesses casos, é extremamente restrito
ou quase inexistente, só podendo ocorrer quando a decisão for contra as normas constitucionais,
legais ou do próprio regimento da casa.

80) O mandado de segurança é repressivo quando tem a intenção de reparar lesão já ocorrida, e preventivo
quando tem a finalidade de evitar uma lesão ao direito líquido e certo.

Comentários:
A questão está correta, já que existem duas formas de tutela para o mandado de segurança:

a) mandado de segurança repressivo: tem por objetivo reparar uma lesão já ocorrida. Portanto, a
ação é contra um ato público vigente e eficaz, buscando corrigir uma conduta administrativa adotada;

b) mandado de segurança preventivo: tem a finalidade de evitar uma lesão ao direito líquido e certo.
Nesse caso, o objetivo é impedir que uma lesão venha a ocorrer, seja em decorrência de um ato já
praticado, porém pendente de eficácia (ainda não produziu os seus efeitos); ou de um ato na
iminência de ser praticado, ou seja, há elementos que demonstrem que o ato será praticado, ferindo
um direito subjetivo.

81) O mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado tanto por partido político com representação
no Congresso Nacional, quanto por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente

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constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados.

Comentários:
A questão está correta, pois o mandado de segurança coletivo, disciplinado pela Lei 12.016/2009, está
previsto no art. 5º, LXX, da Constituição Federal:

Art. 5º, LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em


funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

82) Ação popular é o meio de responsabilização pelas ações de responsabilidade por danos morais e
patrimoniais causados: (a) ao meio-ambiente; (b) ao consumidor; (c) a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico; (d) a qualquer outro interesse difuso ou coletivo; (e) por
infração da ordem econômica; (f) à ordem urbanística. (g) à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos
ou religiosos; e (h) ao patrimônio público e social.

Comentários:
A questão está errada, pois a ação popular visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. A definição
tratada na questão refere-se à ação civil pública.

83) Mandado de injunção deve ser concedido sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania
Comentários:
A questão está correta, pois trata corretamente sobre mandado de injunção.

84) Habeas data tem a finalidade de se obter informações e retificar dados, referentes à pessoa do
impetrante.

Comentários:
A questão está correta, pois trata corretamente sobre habeas data.

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85) Ação civil pública visa anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência

Comentários:
A questão está errada, pois a ação civil pública é o meio de responsabilização pelas ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (a) ao meio-ambiente; (b) ao consumidor; (c) a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (d) a qualquer outro interesse
difuso ou coletivo; (e) por infração da ordem econômica; (f) à ordem urbanística. (g) à honra e à dignidade
de grupos raciais, étnicos ou religiosos; e (h) ao patrimônio público e social. A definição tratada na questão
refere-se à ação popular.

...

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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SIMULADO
Introdução ........................................................................................................................................................ 1

Questões Inéditas ........................................................................................................................................... 1

Gabarito/Questões Comentadas .................................................................................................................. 9

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 30

INTRODUÇÃO
Olá!
Este simulado contempla questões inéditas sobre:
Responsabilidade Civil do Estado
Pronto para testar seu conhecimento?!

QUESTÕES INÉDITAS

Evolução e Teorias

1) Podemos dizer que a responsabilidade civil é a obrigação de reparar os danos lesivos a terceiros, seja
de natureza patrimonial ou moral.

2) Conforme a Teoria da não responsabilização do Estado, ocorrida durante o período dos regimes
absolutistas, apesar de haver a reparação dos danos que os agentes do Estado causavam, o Estado não era
responsabilizado justificando-se que ações injustas eram necessárias para garantir a ordem no país.

3) A responsabilidade do Estado pode ser contratual ou extracontratual.

4) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo objetiva.

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5) Na Teoria civilista, o Estado não era responsabilizado por atos de império, e sim, pelos atos de gestão,
pois quando pratica atos de gestão, o Estado está em condições de igualdade perante o particular.

6) Quando há culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado prevista na CF/88 é parcialmente


afastada.

7) A Teoria da culpa civil surge após a Teoria civilista, e trata da necessidade de comprovação de dolo ou
culpa (negligência, imprudência ou imperícia) na conduta do agente estatal para a responsabilização do
Estado.

8) A responsabilidade civil do Estado prevista na Constituição Federal alcança apenas as pessoas de direito
público.

9) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica, via de regra, são alcançadas pela
responsabilidade do Estado.

10) Mesmo em caso de dolo do agente público responsável, não é afastada a responsabilidade estatal.

11) Na teoria da culpa administrativa, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade
do Estado independe da culpa subjetiva do agente.

12) A teoria do risco administrativo, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo
administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado. Nesta teoria, independe se a vítima
concorreu com o dano.

13) A teoria da culpa do serviço estipula a responsabilização do Estado independentemente de qualquer


culpa do agente, e é aplicado nas seguintes hipóteses: o serviço não existiu ou não funcionou, quando
deveria funcionar; o serviço funcionou mal; ou o serviço atrasou.

14) São requisitos para a responsabilidade do Estado (conforme teoria do risco administrativo): dano,
conduta administrativa e nexo causal.

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15) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente se
houver culpa ou dolo da vítima.

16) Suponha que, durante manifestação da população contra o governador de determinada unidade da
federação, realizada na praça pública onde fica a sede do governo estadual, o policiamento foi acionado
e, durante as intervenções, efetuou o disparo de armas de fogo, atingindo fatalmente um cidadão. Nesse
contexto, é correto afirmar que a família do indivíduo falecido, caso tenha interesse, deve, após a
identificação do agente que efetuou o disparo letal, ajuizar ação de indenização por danos morais ou
materiais em face do agente público, cuja responsabilidade é objetiva.

Responsabilidade por Omissão

17) Na teoria do risco administrativo, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva, não havendo de se
falar em excludentes de ilicitude.

18) No caso de omissão do Estado, como regra, cabe ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público.

19) Como regra, é possível a responsabilização civil estatal por atos legislativos.

20) A responsabilidade civil objetiva do Estado, conforme prevista na Constituição Federal, não alcança
todos os órgãos e entidades da Administração direta e indireta.

21) Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é parcialmente afastada.

Caso fortuito e força maior

22) A teoria do risco administrativo admite algumas hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do
Estado, sendo uma delas as hipóteses de caso fortuito ou força maior.

23) Quando houver a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, a responsabilidade civil do Estado poderá
ser reduzida.

24) Uma grande enchente que ocorre anualmente em épocas de chuvas na cidade de Santo Inácio não
pode ser considerada um caso de força maior, não havendo assim, excludente da responsabilidade do
Estado.

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25) O caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade objetiva e subjetiva do Estado.

26) A responsabilidade do Estado em consequência de fenômenos da natureza é sempre do tipo subjetiva.

Danos decorrentes de obra pública

27) Uma concessionária que explora rodovia estadual, no decorrer da execução das obras de duplicação
da rodovia, acabou por não executar adequadamente as contenções das encostas. Em decorrência de uma
tempestade 2 (dois) dias após o início das obras, houve um grande deslizamento de terra de uma encosta,
possibilitando a ocorrência de acidentes entre os veículos que trafegavam pelo local no momento. Diante
dessa situação, e considerando o que trata a Constituição Federal, a concessionária estadual responde,
objetivamente, pelos danos causados, comprovado o nexo de causalidade com o ato dos representantes
daquela empresa, que não executaram adequadamente as obras necessárias para evitar o incorrido.

Responsabilidade por atos legislativos e jurisdicionais

28) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o
Poder Judiciário exerce o controle interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito
quanto a forma do ato administrativo.

29) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o
Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade
do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

30) É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública,
analisando o mérito, mas não a legalidade do ato administrativo.

31) É finalidade do controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

32) É finalidade do controle interno comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

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33) É finalidade do controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional e
apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio que deverá
ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.

34) Não constitui uma finalidade do controle interno exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

35) Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que esta se insere no
legítimo poder de império. Quando ocorrer atividade legislativa dentro dos parâmetros normais, ainda
que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se falar em dever do Estado em indenizar.

36) Há três hipóteses onde o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo exercício da atividade
legislativa, são elas: edição de lei inconstitucional, edição de leis de efeitos abstratos e omissão legislativa.

37) É ilícito criar leis desconformes com a Constituição, motivo pelo qual o Estado poderá ser
responsabilizado pela edição de leis inconstitucionais que gerarem prejuízos a terceiros.

38) A omissão legislativa ocorre nos casos em que a Constituição fixa prazo para edição de uma norma e
está não é feita.

39) Não há que se falar em responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional onde ocorre condutas
dolosas praticadas pelo juiz que causem prejuízo à parte ou a terceiros.

40) Ao contrário das leis de efeitos abstratos, as leis de efeitos concretos aplicam-se a destinatários certos,
atingindo diretamente a órbita individual de pessoas definidas, situação análoga aos atos administrativos.

41) A Constituição Federal reconhece como direito individual, a indenização para o condenado por erro
judiciário ou que ficar preso além do tempo fixado na sentença.

42) Cabe indenização por prisões temporárias ou preventivas determinadas em regular processo criminal,
quando ao final do processo, o réu for absolvido.

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43) Quando o magistrado, dolosamente ou mediante fraude, causar prejuízos à parte ou a terceiros, ou
ainda quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a
requerimento da parte, será ele responsabilizado de forma objetiva.

44) Em caso de suicídio de um detento, a responsabilidade do Estado é subjetiva.

45) É possível que o Estado seja responsabilizado por danos causados a particulares decorrentes de lei
declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário.

46) Apesar não estar expressamente prevista na Constituição Federal, a responsabilidade civil do Estado
por danos nucleares é objetiva e independe da existência de culpa.

47) No caso de omissão estatal, sua responsabilidade é subjetiva, bastando que haja nexo causal entre o
dano e a omissão do Estado.

48) Não se admite a responsabilização civil do Estado por ato cometido pelo Poder Judiciário no exercício
de sua função típica.

Ações de reparação de dano e regressiva

49) Segundo entendimento do STF, a ação de reparação de dano deve ser movida pelo particular em
desfavor da Administração, e não do agente público que causou o dano, que poderá figurar com
litisconsórcio passivo.

50) A legitimidade para ajuizar a ação regressiva é imprescritível e transmite-se aos herdeiros do agente
público causador do dano, até o limite do patrimônio transferido.

51) Conforme previsto na Lei nº 9.494/97, a ação de reparação contra a Administração se sujeita ao prazo
de prescrição de 3 (três) anos.

52) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas pela
responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88.

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53) Somente haverá o direito de regresso do Estado caso se comprove o dolo específico na conduta do
agente público.

54) É irrelevante a licitude ou ilicitude do ato lesivo para configurar a responsabilidade civil do Estado.
Ainda que, em regra, os danos indenizáveis sejam derivados de condutas contrárias ao ordenamento
jurídico, há situações em que a administração pública atua em conformidade com o direito e, ainda assim,
deverá indenizar o particular.

55) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade civil objetiva do Estado
alcança todas as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado que integrem a administração
pública, inclusive os delegatários de serviço público, relativamente a usuários e não usuários do serviço.
==5617c==

56) É incorreto dizer que pela teoria da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao
funcionário culpado, isentando o Estado da responsabilidade pelo dano causado.

57) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva e ocorre quando há
nexo de causalidade entre a ação do agente público e o dano, podendo ser afastada em determinadas
situações.

58) A teoria que impera atualmente no direito administrativo para a responsabilidade civil do Estado é a
do risco integral, segundo a qual a comprovação do ato, do dano e do nexo causal é suficiente para
determinar a condenação do Estado. Entretanto, tal teoria reconhece a existência de excludentes ao dever
de indenizar.

59) Se houver eventual morte da vítima, em consequência de atropelamento ocasionado pelo motorista
da prefeitura que dirigia o caminhão de coleta de lixo, a indenização deverá cobrir os custos de
sepultamento, bem como a prestação alimentícia devida pela a quem o falecido devia, durante o período
apurado de expectativa de vida.

60) A indenização de terceiro lesado pelo Estado pode ocorrer de forma amigável ou por meio de ação
judicial movida pelo terceiro prejudicado contra o agente público que gerou a lesão.

61) O valor da reparação do dano causado a terceiro pelo Estado deve abranger o que a vítima
efetivamente perdeu e o que gastou para obter o ressarcimento, inclusive lucros cessantes.

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62) O Estado, diante de sua responsabilidade objetiva, não poderá mover seu direito de regresso contra o
agente causador de dano nos casos de dolo ou culpa.

63) O direito de regresso movido pelo Estado contra o servidor poderá ser exercido independentemente
do resultado da ação de reparação do dano causado movido por terceiro lesado contra o Estado.

Responsabilidade administrativa, civil e penal do agente público

64) A responsabilidade objetiva da Administração pode ser afastada sob alegação de ocorrência de caso
fortuito ou força maior.

65) Havendo culpa exclusiva da vítima, ficará excluída a responsabilidade do Estado.

66) O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus agentes sempre que estes
estiverem amparados por causa excludente de ilicitude penal.

67) Mesmo nos casos em que houver dano causado por funcionário público putativo, o Estado responderá
civilmente perante particulares de boa-fé.

68) As empresas prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável exclusivamente no
caso de dolo.

69) A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos abrange os danos morais e materiais.

70) É objetiva a responsabilidade do agente público em exercício que, por ato doloso, cause danos a
terceiros.

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GABARITO

1. C 2. E 3. C 4. E 5. C

6. E 7. C 8. E 9. E 10. C

11. C 12. E 13. C 14. C 15. C

16. E 17. E 18. C 19. E 20. C

21. E 22. C 23. E 24. C 25. E

26. C 27. C 28. E 29. C 30. E

31. C 32. C 33. E 34. E 35. C

36. E 37. C 38. C 39. E 40. C

41. C 42. E 43. E 44. E 45. C

46. E 47. C 48. E 49. E 50. C

51. E 52. C 53. E 54. C 55. E

56. C 57. E 58. E 59. C 60. E

61. C 62. E 63. E 64. C 65. C

66. E 67. C 68. E 69. C 70. E

QUESTÕES COMENTADAS

Evolução e Teorias

1) Podemos dizer que a responsabilidade civil é a obrigação de reparar os danos lesivos a terceiros, seja
de natureza patrimonial ou moral.

Comentários:

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A questão está correta, pois, quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá
responder por algo que fez ou deixou de fazer. A responsabilidade, no Direito, representa a possibilidade de
alguém responder por algum dano que causou.

2) Conforme a Teoria da não responsabilização do Estado, ocorrida durante o período dos regimes
absolutistas, apesar de haver a reparação dos danos que os agentes do Estado causavam, o Estado não era
responsabilizado justificando-se que ações injustas eram necessárias para garantir a ordem no país.

Comentários:
A questão está errada, pois, na teoria da não responsabilização do Estado (em períodos absolutistas), a
autoridade do monarca era incontestável e, consequentemente, as ações do rei ou de seus auxiliares não
eram cabíveis de qualquer ônus (responsabilidade ou de reparar o dano causado). O ponto central desta
teoria era de que o rei não cometia erros.

3) A responsabilidade do Estado pode ser contratual ou extracontratual.

Comentários:
A questão está correta, pois, quando falamos de responsabilidade civil do Estado assumida por contrato,
estamos falando de vínculo contratual que o Estado possui com terceiros (ex: contrato administrativo
decorrente de licitação). Já a responsabilidade civil do Estado assumida de forma extracontratual decorre de
uma obrigação jurídica que o Estado possui de reparar danos morais e patrimoniais causados a terceiros por
seus agentes, ou seja, não há um contrato firmado entre o acusador do dano e o terceiro lesado.

4) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo objetiva.


Comentários:
A questão está errada, pois, na culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo subjetiva e
ocorre quando constatada culpa do Estado (não do agente público!) nos casos de falta, atraso ou má
qualidade do serviço.

5) Na Teoria civilista, o Estado não era responsabilizado por atos de império, e sim, pelos atos de gestão,
pois quando pratica atos de gestão, o Estado está em condições de igualdade perante o particular.

Comentários:
A questão está correta. Cabe ressaltar que a teoria civilista surgiu com base no direito privado onde o Estado
é equiparado ao indivíduo, sendo obrigado a indenizar os danos causados a terceiros nas mesmas hipóteses
em que os indivíduos também seriam (regras do Direito Civil).

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6) Quando há culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado prevista na CF/88 é parcialmente


afastada.

Comentários:
A questão está errada, pois, na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é integralmente
afastada, já na culpa concorrente da vítima será parcialmente afastada.

7) A Teoria da culpa civil surge após a Teoria civilista, e trata da necessidade de comprovação de dolo ou
culpa (negligência, imprudência ou imperícia) na conduta do agente estatal para a responsabilização do
Estado.

Comentários:
A questão está correta, pois, na teoria da culpa civil (ou teoria da responsabilidade subjetiva), a
responsabilização do Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, depende da
comprovação de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular prejudicado o
ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos.

8) A responsabilidade civil do Estado prevista na Constituição Federal alcança apenas as pessoas de direito
público.

Comentários:
A questão está errada, pois, a responsabilidade civil extracontratual do Estado prevista na CF/88 alcança a
pessoas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público, inclusive as delegatárias de
serviço público.

9) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica, via de regra, são alcançadas pela
responsabilidade do Estado.

Comentários:
A questão está errada, pois as empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas
pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88, sendo sua responsabilidade subjetiva, na
modalidade culpa comum. Perceba que, para o dispositivo constitucional mencionado, o que importa é que
sejam pessoas jurídicas “prestadoras de serviços públicos”.

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo

10) Mesmo em caso de dolo do agente público responsável, não é afastada a responsabilidade estatal.

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Comentários:
A questão está correta, pois a responsabilidade estatal prevista na CF/88 não é afastada em caso de dolo ou
culpa do responsável, mas, nesse caso, é assegurada à Administração o direito de regresso contra ele. Na
ação regressiva, cabe à Administração provar que o responsável agiu com dolo ou culpa (a responsabilidade
do agente é subjetiva, na modalidade culpa comum).

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

11) Na teoria da culpa administrativa, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade
do Estado independe da culpa subjetiva do agente.

Comentários:
A questão está correta, pois a teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou
culpa anônima é a primeira teoria publicista, representando a transição entre a doutrina subjetiva da culpa
civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente na maioria dos países ocidentais.

12) A teoria do risco administrativo, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido pelo
administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado. Nesta teoria, independe se a vítima
concorreu com o dano.

Comentários:
A questão está errada, pois a responsabilidade civil do Estado decorrente da relação entre o comportamento
estatal e o dano sofrido pelo administrado é afetada nos casos em que o particular concorre com o dano, ao
contrário do que afirma o item. Ou seja, o Estado poderá eximir-se da reparação se comprovar culpa
exclusiva do particular. Poderá ainda ter o dever de reparação atenuado, desde que comprove a culpa
concorrente do terceiro afetado. Em qualquer caso, o ônus da prova caberá à Administração.

13) A teoria da culpa do serviço estipula a responsabilização do Estado independentemente de qualquer


culpa do agente, e é aplicado nas seguintes hipóteses: o serviço não existiu ou não funcionou, quando
deveria funcionar; o serviço funcionou mal; ou o serviço atrasou.

Comentários:
A questão está correta e descreve a teoria da culpa do serviço.

14) São requisitos para a responsabilidade do Estado (conforme teoria do risco administrativo): dano,
conduta administrativa e nexo causal.

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Comentários:
A questão está correta e trata da responsabilidade do Estado.

15) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente se
houver culpa ou dolo da vítima.

Comentários:
A questão está correta e de acordo com a teoria do risco integral, o Estado tem o dever de indenizar todo e
qualquer dano suportado pelos terceiros, ainda que resulte de culpa ou dolo da vítima. Dessa forma, o fato
de a vítima ter contribuído ou não para o dano não representa nenhum tipo de excludente ou atenuante de
responsabilidade.

16) Suponha que, durante manifestação da população contra o governador de determinada unidade da
federação, realizada na praça pública onde fica a sede do governo estadual, o policiamento foi acionado
e, durante as intervenções, efetuou o disparo de armas de fogo, atingindo fatalmente um cidadão. Nesse
contexto, é correto afirmar que a família do indivíduo falecido, caso tenha interesse, deve, após a
identificação do agente que efetuou o disparo letal, ajuizar ação de indenização por danos morais ou
materiais em face do agente público, cuja responsabilidade é objetiva.

Comentários:
A questão está errada, pois a ação de reparação por danos morais ou materiais, no caso, deve ser ajuizada
em face da entidade estatal, não em face do agente público. Conforme conclusão do STF no julgamento do
RE 327.904, “o agente não representa o Estado, ele é o Estado em ação”, de modo que quem responde
perante terceiros pelos danos materiais ou morais eventualmente causados “é a pessoa do Estado, é o poder
público ou quem lhe faça as vezes”.

Relembremos o teor do art. 37, § 6º, da CF/88:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Assim, o Estado ao qual está vinculado o policiamento pode ser acionado judicialmente para responder pelo
dano causado pelo órgão de segurança pública, vindo a responder objetivamente pelo prejuízo moral ou
patrimonial causado.

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Responsabilidade por Omissão

17) Na teoria do risco administrativo, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva, não havendo de se
falar em excludentes de ilicitude.

Comentários:
A questão está errada, pois no risco administrativo, a responsabilidade do Estado pode ser afastada em
determinadas situações, quando incidem excludentes de ilicitude (culpa exclusiva ou concorrente da vítima,
caso fortuito, força maior e fato exclusivo de terceiros).

18) No caso de omissão do Estado, como regra, cabe ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público.

Comentários:
A questão está correta, já que, no caso de omissão do Estado, sua responsabilidade civil é subjetiva, na
modalidade culpa administrativa, cabendo ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público (não precisa
ser de um agente público específico), em decorrência da falta, atraso ou má prestação do serviço, que
deveria ter prestado e que, se o houvesse, teria evitado o dano (ou seja, o nexo causal entre o dano e a
omissão estatal).

19) Como regra, é possível a responsabilização civil estatal por atos legislativos.

Comentários:
A questão está errada, pois, como regra, é incabível a responsabilização civil do Estado por atos legislativos.

20) A responsabilidade civil objetiva do Estado, conforme prevista na Constituição Federal, não alcança
todos os órgãos e entidades da Administração direta e indireta.

Comentários:
A questão está correta, pois as empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas
pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88 – sua responsabilidade é subjetiva, na modalidade
culpa comum. Vejamos o teor do dispositivo mencionado:

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

21) Na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é parcialmente afastada.


Comentários:

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A questão está errada, pois, na culpa exclusiva da vítima, a responsabilidade do Estado é integralmente
afastada, já na culpa concorrente da vítima será parcialmente afastada.

Caso fortuito e força maior

22) A teoria do risco administrativo admite algumas hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do
Estado, sendo uma delas as hipóteses de caso fortuito ou força maior.

Comentários:
A questão está correta, pois a teoria do risco administrativo admite as seguintes hipóteses de exclusão da
responsabilidade civil do Estado: a) caso fortuito ou força maior; b) culpa exclusiva da vítima; e c) fato
exclusivo de terceiro.

23) Quando houver a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro, a responsabilidade civil do Estado poderá
ser reduzida.

Comentários:
A questão está errada, pois na culpa exclusiva da vítima ou de terceiros, a responsabilidade do Estado é
integralmente afastada e, na culpa concorrente da vítima ou de terceiros, a responsabilidade do Estado é
parcialmente afastada.

24) Uma grande enchente que ocorre anualmente em épocas de chuvas na cidade de Santo Inácio não
pode ser considerada um caso de força maior, não havendo assim, excludente da responsabilidade do
Estado.

Comentários:
A questão está correta. O caso fortuito ou a força maior são eventos humanos ou da natureza dos quais não
se poderia prever ou evitar. No caso citado na alternativa, trata-se de um caso que ocorre anualmente, não
havendo motivos para alegar a imprevisibilidade.

25) O caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade objetiva e subjetiva do Estado.

Comentários:
A questão está errada, pois o caso fortuito ou força maior exclui a responsabilidade objetiva, mas admite a
responsabilização subjetiva em decorrência de omissão do Poder Público. Para José dos Santos Carvalho
Filho, se o dano decorrer, em conjunto, da omissão culposa do Estado e do fato imprevisível, teremos as
chamadas concausas, não se podendo falar, nesse caso, em excludente de responsabilidade. Assim, a
responsabilidade do Estado não será afastada, mas apenas atenuada.

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26) A responsabilidade do Estado em consequência de fenômenos da natureza é sempre do tipo subjetiva.

Comentários:
A questão está correta, pois a responsabilidade do Estado em consequência de fenômenos da natureza é
sempre do tipo subjetiva, necessitando a comprovação de omissão culposa do Estado.

Danos decorrentes de obra pública

27) Uma concessionária que explora rodovia estadual, no decorrer da execução das obras de duplicação
da rodovia, acabou por não executar adequadamente as contenções das encostas. Em decorrência de uma
tempestade 2 (dois) dias após o início das obras, houve um grande deslizamento de terra de uma encosta,
possibilitando a ocorrência de acidentes entre os veículos que trafegavam pelo local no momento. Diante
dessa situação, e considerando o que trata a Constituição Federal, a concessionária estadual responde,
objetivamente, pelos danos causados, comprovado o nexo de causalidade com o ato dos representantes
daquela empresa, que não executaram adequadamente as obras necessárias para evitar o incorrido.

Comentários:
A questão está correta, já que a responsabilidade civil das prestadoras de serviços públicos é objetiva.
Entretanto, no caso de omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva. Analisando a
alternativa, é possível perceber que o texto diz que a obra não foi executada adequadamente, ou seja, trata-
se da conduta “má execução da obra”. Neste caso, a concessionária estadual responde, objetivamente, pelos
danos causados, desde que seja comprovado o nexo de causalidade com o ato dos representantes daquela
empresa, que não executaram adequadamente as obras necessárias para evitar o incorrido.

Responsabilidade por atos legislativos e jurisdicionais

28) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o
Poder Judiciário exerce o controle interno da Administração Pública, podendo analisar tanto o mérito
quanto a forma do ato administrativo.

Comentários:
A questão está errada, pois o Poder Judiciário exerce o controle externo, não interno, e não pode analisar o
mérito administrativo.

29) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle externo e interno. É correto afirmar que o
Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública, podendo decidir sobre a legalidade
do ato administrativo, mas não sobre o seu mérito – juízo de conveniência e oportunidade.

Comentários:
A questão está correta, já que o controle realizado pelo Poder Judiciário sobre os atos da Administração
Pública é externo, exceto quando se tratar de atos do próprio Poder Judiciário no exercício de suas
atribuições atípicas / administrativas. Nesse controle externo, o Poder Judiciário deve analisar

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exclusivamente a legalidade ou legitimidade dos atos administrativos, não o mérito administrativo (juízo de
oportunidade e conveniência).

30) É correto afirmar que o Poder Judiciário exerce o controle externo da Administração Pública,
analisando o mérito, mas não a legalidade do ato administrativo.

Comentários:
A questão está errada, pois o controle externo realizado pelo Poder Judiciário não abrange o mérito
administrativo, apenas a legalidade.

31) É finalidade do controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

Comentários:
A questão está correta e conforme art. 74, inciso I, da CF/88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;

32) É finalidade do controle interno comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Comentários:
A questão está correta e conforme art. 74, inciso II, da CF/88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

33) É finalidade do controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional e
apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio que deverá
ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.

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Comentários:
A questão está errada, pois a apreciação de contas prestadas anualmente pelo chefe do Poder Executivo é
finalidade do controle externo, não interno. Vejamos o que preveem o art. 71, inciso I, e o art. 74, incisos IV,
da CF/88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer


prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

(...)

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

(...)

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

34) Não constitui uma finalidade do controle interno exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União.

Comentários:
A questão está errada, pois a questão apresenta sim uma finalidade do controle interno. Vejamos o art. 74,
inciso III, da CF/88, que trata sobre o assunto:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;

35) Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que esta se insere no
legítimo poder de império. Quando ocorrer atividade legislativa dentro dos parâmetros normais, ainda
que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se falar em dever do Estado em indenizar.

Comentários:
A questão está correta, pois as atividades rotineiras do legislativo que estão dentro das normas e parâmetros
legais não geram responsabilidade do Estado em indenizar terceiro que se sinta prejudicado com a ação.

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36) Há três hipóteses onde o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo exercício da atividade
legislativa, são elas: edição de lei inconstitucional, edição de leis de efeitos abstratos e omissão legislativa.

Comentários:
A questão está errada, pois há três hipóteses onde o Estado poderá ser responsabilizado civilmente pelo
exercício da atividade legislativa, são elas: edição de lei inconstitucional, edição de leis de efeitos CONCRETOS
(e não abstratos como afirma a questão) e omissão legislativa.

37) É ilícito criar leis desconformes com a Constituição, motivo pelo qual o Estado poderá ser
responsabilizado pela edição de leis inconstitucionais que gerarem prejuízos a terceiros.

Comentários:
A questão está correta, pois a Constituição Federal é o principal diploma do ordenamento jurídico. Dessa
forma, o exercício da função legislativa só será legítimo quando realizado segundo as disposições
constitucionais, não se admitindo em nosso ordenamento jurídico uma lei que não guarde sintonia com a
Carta Política. Para existir o dever do Estado de indenizar é necessário que a lei seja declarada
inconstitucional pelo órgão com competência para isso, por meio de controle concentrado, e que o dano
efetivamente decorra da inconstitucionalidade da lei.

38) A omissão legislativa ocorre nos casos em que a Constituição fixa prazo para edição de uma norma e
está não é feita.

Comentários:
A questão está correta, pois a omissão legislativa só deve ocorrer em situações estritas. José dos Santos
Carvalho Filho defende que a responsabilidade por omissão legislativa deve ocorrer nos casos em que a
Constituição fixar prazo para edição da norma. Ainda assim, se for editada medida provisória ou
simplesmente apresentado o projeto de lei, não se pode responsabilizar o Estado por omissão, mesmo que
o ato legislativo final só seja consolidado fora do prazo constitucional. Não ocorrendo a edição da norma,
caberá ao Judiciário reconhecer a mora e, não sendo editada a lei em prazo razoável, poderia o Estado ser
responsabilizado.

39) Não há que se falar em responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional onde ocorre condutas
dolosas praticadas pelo juiz que causem prejuízo à parte ou a terceiros.

Comentários:
A questão está errada, pois conforme entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado por atos
jurisdicionais típicos pode ocorrer por: (a) erro judiciário, (b) prisão além do tempo fixado na sentença e (c)
condutas dolosas praticadas pelo juiz que causem prejuízos à parte ou a terceiros.

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40) Ao contrário das leis de efeitos abstratos, as leis de efeitos concretos aplicam-se a destinatários certos,
atingindo diretamente a órbita individual de pessoas definidas, situação análoga aos atos administrativos.

Comentários:
A questão está correta, pois uma lei de efeitos concretos é lei em sentido formal, uma vez que segue o rito
legislativo próprio, sendo editada pelo Poder Legislativo. Porém, não possui generalidade e abstração. Dessa
forma, não pode ser considerada lei em sentido material. Assim, as leis de efeitos concretos aplicam-se a
destinatários certos, atingindo diretamente a órbita individual de pessoas definidas, situação análoga aos
atos administrativos.

41) A Constituição Federal reconhece como direito individual, a indenização para o condenado por erro
judiciário ou que ficar preso além do tempo fixado na sentença.

Comentários:
A questão está correta e de acordo com o art. 5º, LXXV, da CF/88:

Art. 5°, LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença;

42) Cabe indenização por prisões temporárias ou preventivas determinadas em regular processo criminal,
quando ao final do processo, o réu for absolvido.

Comentários:
A questão está errada, pois o Supremo Tribunal Federal possui entendimento consolidado de que não cabe
indenização por prisões temporárias ou preventivas determinadas em regular processo criminal, pelo
simples fato de o réu ser absolvido ao final do processo.

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Responsabilidade civil do


Estado. Prisões cautelares determinadas no curso de regular processo criminal. Posterior
absolvição do réu pelo júri popular [...]. 1. O Tribunal de Justiça concluiu, com base nos fatos e
nas provas dos autos, que não restaram demonstrados, na origem, os pressupostos necessários
à configuração da responsabilidade extracontratual do Estado, haja vista que o processo
criminal e as prisões temporária e preventiva a que foi submetido o ora agravante foram
regulares e se justificaram pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, não caracterizando
erro judiciário a posterior absolvição do réu pelo júri popular. Incidência da Súmula no 279/STF.
2. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que, salvo nas hipóteses de erro judiciário e
de prisão além do tempo fixado na sentença - previstas no art. 5º, inciso LXXV, da Constituição
Federal -, bem como nos casos previstos em lei, a regra é a de que o art. 37, § 6º, da Constituição
não se aplica aos atos jurisdicionais quando emanados de forma regular e para o fiel
cumprimento do ordenamento jurídico. 3. Agravo regimental não provido.

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43) Quando o magistrado, dolosamente ou mediante fraude, causar prejuízos à parte ou a terceiros, ou
ainda quando recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a
requerimento da parte, será ele responsabilizado de forma objetiva.

Comentários:
A questão está errada, pois, na situação citada, a responsabilidade objetiva será do Estado, e não do
magistrado como afirma o item, cabendo a ação de regresso contra o juiz.

44) Em caso de suicídio de um detento, a responsabilidade do Estado é subjetiva.

Comentários:
A questão está errada, pois no caso de danos a pessoas sob a guarda/custódia do Poder Público (por
exemplo, presidiários), a responsabilidade do Estado é objetiva (e não subjetiva como afirma a questão),
ainda que o dano não tenha sido provocado por uma atuação direta de um agente público, ou ainda, mesmo
em caso de omissão do Estado, em razão de seu dever de custódia. Precedente do STF no mesmo sentido:

“O Estado tem o dever objetivo de zelar pela integridade física e moral do preso sob sua custódia,
atraindo, então, a responsabilidade civil objetiva, em razão de sua conduta omissiva, motivo pelo
qual é devida a indenização decorrente da morte do detento, ainda que em caso de suicídio”.

45) É possível que o Estado seja responsabilizado por danos causados a particulares decorrentes de lei
declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário.

Comentários:
A questão está correta, pois, em regra, em decorrência dos atos praticados no exercício da função típica do
Poder Legislativo ou do Judiciário, não cabe responsabilização civil do Estado. Como exceção, é possível a
responsabilização do Estado em virtude de danos causados por lei de efeitos concretos ou de lei com
inconstitucionalidade declarada pelo STF.

46) Apesar não estar expressamente prevista na Constituição Federal, a responsabilidade civil do Estado
por danos nucleares é objetiva e independe da existência de culpa.

Comentários:

A questão está errada. O Estado responde por danos nucleares objetivamente aplicando-se, nesta hipótese,
a teoria do risco integral. A questão está incorreta, pois a responsabilidade objetiva do Estado está
expressamente prevista no art. 21, inciso XXIII, alínea "d", da CF/88:

Art. 21. Compete à União:

(...)

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XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio


estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o
comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

(...)

d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;

47) No caso de omissão estatal, sua responsabilidade é subjetiva, bastando que haja nexo causal entre o
dano e a omissão do Estado.

Comentários:
A questão está correta, pois no caso de omissão do Estado, sua responsabilidade civil é subjetiva. Cabe assim
ao pretenso lesado provar culpa do Poder Público (não precisa ser de um agente público específico), em
decorrência da falta, atraso ou má execução do serviço que deveria ter prestado e que, se o houvesse, teria
evitado o dano.

48) Não se admite a responsabilização civil do Estado por ato cometido pelo Poder Judiciário no exercício
de sua função típica.

Comentários:
A questão está errada, pois admite-se a responsabilização civil do Estado por ato cometido pelo Poder
Judiciário no exercício de sua função típica (erro judiciário, prisão além do tempo, juiz proceder com dolo ou
fraude e juiz recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva tomar).

Ações de reparação de dano e regressiva

49) Segundo entendimento do STF, a ação de reparação de dano deve ser movida pelo particular em
desfavor da Administração, e não do agente público que causou o dano, que poderá figurar com
litisconsórcio passivo.

Comentários:
A questão está errada, pois, segundo jurisprudência do STF, como regra, o polo passivo da ação de
indenização movida pelo particular é a pessoa jurídica (art. 37, § 6º, da CF/88), e não o agente público, que
tampouco poderá figurar em conjunto com a pessoa jurídica na posição de litisconsorte.

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

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50) A legitimidade para ajuizar a ação regressiva é imprescritível e transmite-se aos herdeiros do agente
público causador do dano, até o limite do patrimônio transferido.

Comentários:
A questão está correta e incide no caso a regra do art. 37, § 5º da CF/88, segundo a qual “a lei estabelecerá
os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos
ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento”. Por ser uma ação de natureza cível
(indenizatória), a ação regressiva transmite-se aos sucessores (herdeiros) do agente causador do dano, os
quais ficarão responsáveis por promover a reparação mesmo após a morte do agente. O limite até o qual os
sucessores responderão é o valor do patrimônio transferido, como herança, pelo agente público falecido.

Art, 37, § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.

51) Conforme previsto na Lei nº 9.494/97, a ação de reparação contra a Administração se sujeita ao prazo
de prescrição de 3 (três) anos.

Comentários:
A questão está errada, pois conforme previsto no art. 1° - C da lei nº 9.494/97, a ação de reparação contra a
Administração se sujeita ao prazo de prescrição de cinco anos, e não de 3 (três) anos.

Art. 1° - C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por
agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviços públicos.

52) As empresas estatais exploradoras de atividade econômica não estão abrangidas pela
responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88.

Comentários:
A questão está correta. Para o art. 37, § 6º, da CF/88, o que importa é que sejam pessoas jurídicas
“prestadoras de serviços públicos”. Assim, as empresas estatais exploradoras de atividade econômica não
estão abrangidas pela responsabilidade objetiva do art. 37, § 6º, da CF/88, pois sua responsabilidade é
subjetiva, na modalidade culpa comum.

53) Somente haverá o direito de regresso do Estado caso se comprove o dolo específico na conduta do
agente público.

Comentários:
A questão está errada, pois, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88, o direito de regresso do Estado existe em
caso de dolo ou culpa.

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54) É irrelevante a licitude ou ilicitude do ato lesivo para configurar a responsabilidade civil do Estado.
Ainda que, em regra, os danos indenizáveis sejam derivados de condutas contrárias ao ordenamento
jurídico, há situações em que a administração pública atua em conformidade com o direito e, ainda assim,
deverá indenizar o particular.

Comentários:
A questão está correta. Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente causador de prejuízos a
terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora
ou além de sua competência, ou se o ato foi culposo ou doloso. A atuação do agente, legal ou ilegal, é
imputada ao órgão ou entidade cujos quadros ele integra.

55) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade civil objetiva do Estado
alcança todas as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado que integrem a administração
pública, inclusive os delegatários de serviço público, relativamente a usuários e não usuários do serviço.
Comentários:
A questão está errada. A responsabilidade civil objetiva alcança (i) todas as pessoas jurídicas de direito
público e (ii) as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, mas não as pessoas
jurídicas de direito privado exploradoras de atividade econômica. Portanto, a responsabilidade civil objetiva
não é atribuída a “todas” as pessoas jurídicas de direito privado que integrem a administração pública, como
afirma a questão, o que a torna incorreta.

56) É incorreto dizer que pela teoria da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao
funcionário culpado, isentando o Estado da responsabilidade pelo dano causado.

Comentários:
A questão está correta, pois, com o advento da teoria da faute du service, ou da culpa do serviço, ou ainda,
da culpa administrativa, buscou-se desvincular a responsabilidade do Estado da ideia de culpa do agente
estatal. Assim, eventual falha no serviço público é imputada à própria Administração, e não ao funcionário
culpado.

57) Na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal é do tipo objetiva e ocorre quando há
nexo de causalidade entre a ação do agente público e o dano, podendo ser afastada em determinadas
situações.

Comentários:
A questão está errada, pois, na teoria da culpa administrativa, a responsabilidade estatal seria do tipo
subjetiva e ocorre quando constatada culpa do Estado (não do agente público como afirma a questão) nos

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casos de falta ou má qualidade do serviço. A questão trata, na verdade, da teoria do risco administrativo, na
qual a responsabilidade estatal seria do tipo objetiva, ocorrendo quando há nexo de causalidade entre a ação
do agente público e o dano, podendo ser afastada em determinadas situações (excludentes de
responsabilidade).

58) A teoria que impera atualmente no direito administrativo para a responsabilidade civil do Estado é a
do risco integral, segundo a qual a comprovação do ato, do dano e do nexo causal é suficiente para
determinar a condenação do Estado. Entretanto, tal teoria reconhece a existência de excludentes ao dever
de indenizar.

Comentários:
A questão está errada. A teoria que impera atualmente no direito administrativo para a responsabilidade
civil do Estado é a teoria do risco administrativo, e não do risco integral como afirma a questão. Segundo a
teoria o risco administrativo, a comprovação do ato, do dano e do nexo causal é suficiente para determinar
a condenação do Estado. Entretanto, tal teoria reconhece a existência de excludentes ao dever de indenizar.
A teoria do risco integral, por sua vez, obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, não admitindo
excludentes de responsabilidade. No nosso ordenamento jurídico, a teoria do risco integral só é aplicada em
hipóteses restritas, como exceção, quais sejam: danos nucleares, danos ambientais e ataques terroristas a
aeronaves brasileiras.

59) Se houver eventual morte da vítima, em consequência de atropelamento ocasionado pelo motorista
da prefeitura que dirigia o caminhão de coleta de lixo, a indenização deverá cobrir os custos de
sepultamento, bem como a prestação alimentícia devida pela a quem o falecido devia, durante o período
apurado de expectativa de vida.

Comentários:
A questão está correta, sendo autoexplicativa.

60) A indenização de terceiro lesado pelo Estado pode ocorrer de forma amigável ou por meio de ação
judicial movida pelo terceiro prejudicado contra o agente público que gerou a lesão.

Comentários:
A questão está errada, pois a ação judicial movida pelo terceiro prejudicado deverá ser feita contra a pessoa
jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviço público. Ou seja, o particular lesionado
deve propor a ação contra a Administração Pública e não contra o agente causador do dano.

61) O valor da reparação do dano causado a terceiro pelo Estado deve abranger o que a vítima
efetivamente perdeu e o que gastou para obter o ressarcimento, inclusive lucros cessantes.

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Comentários
A questão está correta, pois os lucros cessantes (valores que a vítima deixou de ganhar em consequência
direta do ato lesivo causado pelo agente) também devem abranger o valor da indenização da vítima.

62) O Estado, diante de sua responsabilidade objetiva, não poderá mover seu direito de regresso contra o
agente causador de dano nos casos de dolo ou culpa.

Comentários:

A questão está errada, uma vez que vai de encontro ao disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal:

Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

63) O direito de regresso movido pelo Estado contra o servidor poderá ser exercido independentemente
do resultado da ação de reparação do dano causado movido por terceiro lesado contra o Estado.

Comentários:
A questão está errada, pois existem dois pressupostos para que a Administração possa ingressar com a ação
regressiva: a) ter sido condenada a indenizar a vítima pelo dano; e b) que tenha havido culpa ou dolo por
parte do agente cuja atuação ocasionou o dano.

Responsabilidade administrativa, civil e penal do agente público

64) A responsabilidade objetiva da Administração pode ser afastada sob alegação de ocorrência de caso
fortuito ou força maior.

Comentários:
A questão está correta. As excludentes de responsabilidade são situações que rompem o nexo causal e
podem excluir a responsabilidade (tanto a objetiva quanto a subjetiva) do Estado. São excludentes de
responsabilidade as hipóteses de caso fortuito ou força maior e de fato exclusivo de terceiros.

65) Havendo culpa exclusiva da vítima, ficará excluída a responsabilidade do Estado.

Comentários:
A questão está correta. As excludentes de responsabilidade são situações que rompem o nexo causal e
podem excluir a responsabilidade (tanto a objetiva quanto a subjetiva) do Estado. Na culpa exclusiva da
vítima, a responsabilidade do Estado é integralmente afastada e, na culpa concorrente da vítima,

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parcialmente afastada. São também excludentes de responsabilidade as hipóteses de caso fortuito ou força
maior e de fato exclusivo de terceiros. Portanto, todas as afirmativas estão corretas.

66) O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus agentes sempre que estes
estiverem amparados por causa excludente de ilicitude penal.

Comentários:
A questão está errada, considerando a independência das instâncias penal, civil e administrativa, podemos
dizer que, mesmo que incida uma causa excludente de ilicitude penal, a conduta do agente pode gerar
consequências na via administrativa. Ou seja, mesmo nessas circunstâncias, é possível que o Estado seja
civilmente responsável por eventuais danos causados por seus agentes, o que torna a questão incorreta.

67) Mesmo nos casos em que houver dano causado por funcionário público putativo, o Estado responderá
civilmente perante particulares de boa-fé.

Comentários:
A questão está correta. O agente putativo é aquele que desempenha uma atividade pública na presunção
de que há legitimidade, embora não tenha havido a investidura dentro do procedimento legalmente exigido.
Como exemplo, temos uma pessoa que pratica vários atos de administração tendo sido admitido sem
aprovação em concurso público. O fato é que atos praticados por agente putativo é considerado válido
perante terceiros de boa-fé, uma vez que, para o administrado, o ato tem aparência de ser legal. Logo, haverá
responsabilidade civil do Estado, seja pelo ato do agente putativo ou pelo agente necessário, o que torna a
questão incorreta.

68) As empresas prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável exclusivamente no
caso de dolo.

Comentários:
A questão está errada. As empresas prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiro, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa, de acordo com o art. 37, § 6º, da CF/88, e não exclusivamente no caso de dolo como
afirma a questão.

69) A responsabilidade civil do Estado por atos comissivos abrange os danos morais e materiais.

Comentários:
A questão está correta, já que a responsabilidade civil do Estado consiste no dever de compensar os danos
materiais e morais sofridos por terceiros em virtude de ação ou omissão imputável ao Estado. Dessa forma,

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se um motorista da prefeitura proferir várias frases racistas contra um taxista e posteriormente bater com o
veículo oficial que dirigia contra o veículo que o taxista usa para trabalhar, a indenização deverá cobrir o
prejuízo material (como o custo de reparação do veículo), os gastos realizados para obter o direito (como os
custos do advogado), os meses em que o taxista ficar impossibilitado de trabalhar (lucros cessantes) e os
danos morais sofridos pelo taxista.

70) É objetiva a responsabilidade do agente público em exercício que, por ato doloso, cause danos a
terceiros.

Comentários:
A questão está errada, pois a responsabilidade dos agentes é do tipo subjetiva, ou seja, depende da
comprovação de dolo ou culpa. A responsabilidade estatal, por sua vez, é do tipo objetiva, e independe da
comprovação desses requisitos.

...

Forte abraço!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para concursos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

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