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II. Menezes Cordeiro e Galvão Telles: entendem que o dever geral de respeito a
todos têm de não lesar os direitos alheios, também abrange os direitos de crédito
que consequentemente têm tutela delitual (483º). Defendem também que a
frustração de um direito de crédito alheio é sempre ilícita, contudo ainda que o
pressuposto da ilicitude esteja preenchido é necessário que o pressuposto da
culpa também se verifique.
Argumentos:
- Art. 483º- cláusula geral que não exclui os direitos de crédito
- Direito de crédito possui proteção judicial e por isso não faz sentido que não
tenha tutela perante terceiros.
- Prof. Pedro Múrias- não há diferença entre um caso que eu roube 20€ a A e um
caso que eu impeça o devedor de cumprir a sua obrigação perante o credor.
O abuso de direito pode ser por duas vias: violação da tutela de confiança e violação da
materialidade subjacente.
Pressupostos da tutela da confiança:
Tem que ter sido criada uma situação de confiança relativamente ao negócio ou à
conduta da outra parte, ou seja, tem que haver um estado de boa-fé subjetiva;
Tem de haver uma justificação para esse estado;
Tem de haver um investimento na confiança;
Isso tem que ser imputável à outra parte.