Você está na página 1de 7

Temas de Questões

Tributário
nos termos da Lei n° 12.514/2011, os Conselhos Regionais de Fiscalização Profissional não executarão
judicialmente dívidas referentes a anuidades inferiores a 4 (quatro) vezes o valor cobrado anualmente da
pessoa física ou jurídica inadimplente, devendo tal vedação ser aplicada às execuções já em curso no
momento de entrada em vigor da referida lei. (errado – questão foi elaborada antes da alteração legislativa
trazida pela Lei n° 14.195 de 2021. À época a alternativa estava incorreta pois o entendimento do STJ é pela
inaplicabilidade do Art. 8º da Lei 12.514/2011 às ações já em trâmite, quando da entrada em vigor do referido
diploma.”)

os Conselhos Regionais de Fiscalização Profissional podem livremente fixar o valor de suas anuidades,
independentemente de parâmetro legal, em razão das peculiaridades da natureza jurídica de tais Conselhos.
(ERRADO – STF: inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos
de fiscalização de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor
das contribuições de interesse das categorias profissionais e econômicas)

as anuidades da OAB possuem natureza tributária, devendo ser cobradas mediante processo de execução
fiscal. (ERRADO e CERTO -> 2020 STF decidiu pela Natureza trib. das anuidades cobradas pelos conselhos,
sendo tributos da espécie “contribuições de interesse das categorias profissionais”, STJ antes entendia que
não, em razão da OAB e seus caixas não integrarem o erário público)

a contribuição ao SEBRAE é qualificada, pelo Supremo Tribunal Federal, como tendo natureza de contribuição
de intervenção no domínio econômico — CIDE, e não como contribuição social de interesse de categorias
profissionais e econômicas. CORRETA

a contribuição sindical, prevista na atual redação dos arts. 578 e 579 da CLT, apresenta natureza tributária,
em razão de seu caráter compulsório, devendo ser cobrada por execução fiscal. (ERRADA:  com o advento da
Reforma Trabalhista (Lei n° 13.467 de 2017) as contribuições aos sindicatos deixaram de possuir natureza
compulsória.)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
I - A Secretaria da Receita Federal do Brasil não constituirá os créditos tributários relativos às matérias
decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo STF e pelo STJ, sob a sistemática da repercussão
geral e dos recursos repetitivos, após manifestação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. CORRETA.
Houve alteração legislativa pela Lei 13874/2019 está assim “Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional dispensada de contestar, de oferecer contrarrazões e de interpor recursos, e fica autorizada a
desistir de recursos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante, na hipótese em que a
ação ou a decisão judicial ou administrativa versar sobre: V - dispositivo legal declarado inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal em sede de controle difuso e tenha tido sua execução suspensa por resolução do
Senado Federal, ou tema sobre o qual exista enunciado de súmula vinculante ou que tenha sido definido pelo
Supremo Tribunal Federal em sentido desfavorável à Fazenda Nacional em sede de controle concentrado de
constitucionalidade

II - Na hipótese de créditos tributários já constituídos, a autoridade lançadora deverá rever de ofício o


lançamento, para efeito de alterar total ou parcialmente o crédito tributário, após manifestação da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos casos relativos às matérias decididas de modo desfavorável à
Fazenda Nacional pelo STF e pelo STJ, sob a sistemática da repercussão geral e dos recursos repetitivos.
CORRETA

III - Nas matérias decididas de modo desfavorável à Fazenda Nacional pelo STF e pelo STJ, sob a sistemática da
repercussão geral e dos recursos repetitivos, o Procurador da Fazenda Nacional que atuar no feito deverá
reconhecer a procedência do pedido, quando citado para apresentar resposta, inclusive em embargos à
execução fiscal e exceções de pré-executividade. CORRETA
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
É possível o ajuizamento de execução fiscal enquanto pendente de julgamento ação anulatória de
lançamento fiscal em que houve depósito do montante integral do débito, já citada a Fazenda Pública.
(ERRADA - Havendo depósito do montante integral do débito, conforme artigo 151, inciso II do CTN, o crédito
tributário será SUSPENSO, razão pela qual não poderá o Fisco ajuizar Execução Fiscal, pois o título executivo
extrajudicial (CDA) será considerado inexigível.)

a homologação do pedido de parcelamento fiscal após a propositura da ação de execução fiscal extingue o
processo sem resolução do mérito.( ERRADA - Ha suspensão da exigibilidade do
crédito tributário, aperfeiçoada após a propositura da ação, apenas obsta o curso do feito executivo e não o
extingue.)

é cabível a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocaticios em decorrência da


extinção da execução fiscal pelo acolhimento de exceção de pré-executividade. CORRETA 0 Res. n. 8/2008-STJ,
a Seção assentou o entendimento de que, uma vez acolhida a exceção de pré-executividade para
extinguir execução fiscal, é cabível a condenação da Fazenda Pública em honorários advocatícios.

o termo inicial para a oposição dos embargos à execução fiscal é a data da juntada aos autos do mandado
cumprido de intimação da penhora. (ERRADA - I - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é
uníssona no sentido de que o termo a quo para a contagem do prazo para a interposição de embargos
à execução fiscal é a data da intimação do depósito, sendo necessária inclusive a redução a termo da
penhora realizada)
________________________________________________________________________
Dação em Pagamento
No âmbito da União, a lei que regulamenta a dação é a 13.259/16 e as respostas das assertivas
encontram-se em seu art. 4º:
 
Art. 4º O crédito tributário inscrito em dívida ativa da União poderá ser extinto, nos termos do inciso XI do
caput do art. 156 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, mediante dação em
pagamento de bens imóveis (letra B), a critério do credor, na forma desta Lei, desde que atendidas as
seguintes condições:
I - a dação seja precedida de avaliação do bem ou dos bens ofertados, que devem estar livres e
desembaraçados de quaisquer ônus, nos termos de ato do Ministério da Fazenda; e
II - a dação abranja a totalidade do crédito ou créditos que se pretende liquidar com atualização, juros, multa
e encargos legais, sem desconto de qualquer natureza, assegurando-se ao devedor a possibilidade de
complementação em dinheiro de eventual diferença (letra D) entre os valores da totalidade da dívida e o
valor do bem ou dos bens ofertados em dação.
§ 1º O disposto no caput não se aplica aos créditos tributários referentes ao Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte -
Simples Nacional. (letra A)
§ 2º Caso o crédito que se pretenda extinguir seja objeto de discussão judicial, a dação em pagamento
somente produzirá efeitos após a desistência da referida ação pelo devedor ou corresponsável e a
renúncia do direito sobre o qual se funda a ação (letra C), devendo o devedor ou o corresponsável arcar
com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.
§ 3º A União observará a destinação específica dos créditos extintos por dação em pagamento, nos termos de
ato do Ministério da Fazenda.
___________________________________________________________________________________
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não goza de imunidade tributária recíproca ao exercer
atividades em regime de concorrência com a iniciativa privada. (ERRADO – Goza sim de imunidade, STF
decidiu, pois a ECT esta obsoleta com cartas merecendo ajuda, por ser obrigada a prestar serviço a todo
brasil, independente de ser financeiramente viável ou não)
empresa estatal que presta serviços de saúde exclusivamente pelo SUS, não tendo por finalidade a obtenção
de lucro, goza da imunidade tributária recíproca. (CORRETA – STF: para estatal ter imunidade carece: prestem
serviços públicos e não tenham finalidade lucrativa.)

empresa estatal que presta serviço público de abastecimento de água e tratamento de esgoto, em regime de
monopólio, goza de imunidade tributária recíproca, ainda que distribua lucros ao ente controlador. (ERRADO
– não pode distribuir lucros a outros, nem mesmo ao Estado)

a Casa da Moeda do Brasil (CMB) não goza de imunidade tributária recíproca, pois também executa atividades
abertas à ampla concorrência e participação do setor privado. (ERRADO – CMB não lida com particular)

caso a empresa estatal assuma o tipo societário de sociedade de economia mista, não poderá gozar da
imunidade tributária recíproca, em razão da presença de sócios privados em seu quadro societário. (ERRADO
– SEM ou EP podem gozar)
_______________________________________________________________________________________-
A referibilidade é condição constitucional necessária para a incidência das contribuições de interesse de
categoria profissional.
________________________________________________________________________________
Indique a conclusão CORRETA. A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, exigida
das pessoas jurídicas:

Pode incidir de acordo com dois regimes jurídicos distintos: cumulativo e não cumulativo. (CORRETO)

Tem por base de cálculo as receitas de vendas canceladas.

Quando incidente no regime cumulativo, é calculada deduzindo-se o valor dos créditos correspondentes à
depreciação dos bens do ativo não circulante. (ERRADO - Regime cumulativo: base de cálculo receita bruta,
sem deduções de custos, despesas, encargos. Base do lucro presumido, alíquotas de 3%.)

Quando incidente no regime não cumulativo, tem por base de cálculo o valor dos insumos utilizados na
produção das mercadorias adquiridas. (ERRADO – Regime não cumulativo: permite-se o desconto dos custos,
despesas e encargos. Base do lucro real, alíquotas de 7,6%)
________________________________________________________________________________________________

O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF):
Alternativas

Somente incide sobre operações desenvolvidas no âmbito do mercado financeiro, ou seja, quando há
intervenção de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Pode ter sua alíquota alterada por meio de decreto do Poder Executivo e sem observância do princípio da
anterioridade, desde que obedecidas as condições e os limites previstos em lei. (CORRETO - II, IE e IOF são
impostos extrafiscais, sendo exceção ao princípio da legalidade, ou seja, podem ser majorados por meio de
decreto.)

Incide sobre qualquer movimentação financeira de recursos. (ERRADO - não há incidência do IOF:
(1) Depósitos judiciais - STJ, Súmula 185; (2) Caderneta de poupança - STF, Súmula 664; (3) Fiança onerosa;
(4) Cessão de crédito de empresa de mineração.)

Será seletivo em função da essencialidade da operação financeira. (ERRADO -  IPI tem seletividade obrigatória
e ICMS tem seletividade facultativa.)

________________________________________________________________________________________________
 A receita de venda de mercadoria por pessoa jurídica tributada pelo lucro real deve ser oferecida à tributação
no período-base em que:
Alternativas

O preço for recebido e contabilizado de acordo com o regime de caixa.

O preço for utilizado para aumento de capital.

For iniciado o processo de industrialização do produto final.

Houver a tradição da mercadoria para o comprador. (CORRETO – para o lucro real o que importa é o
aperfeiçoamento que ocorre com a tradição, entrega o bem e recebe o valor, brevi manu)
________________________________________________________________________________________________
A despesa operacional, para ser dedutível da base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa jurídica
tributada pelo lucro real, deve ser:
Alternativas
A
Paga de acordo com o regime de competência.
B
Usual e normal à atividade da empresa. (CORRETA)
__________________________________________________________________________________________

Os tratados internacionais para evitar a dupla tributação prevalecem sobre a legislação interna brasileira.
(CORRETA)

O aplicador da lei não pode empregar a analogia para exigir tributo não previsto em lei. (CORRETA)

A compensação pode ser promovida pelo sujeito passivo, mesmo sem lei que a preveja, desde que seja
realizada entre tributos e contribuições da mesma espécie. (ERRADA - para compensação tributária é
imprescindível previsão em lei.)

A moratória suspende a exigibilidade do crédito tributário. (CORRETA)

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, instituída
em lei, que não constitua sanção por ato ilícito. (CORRETA)

Medida provisória pode estabelecer a extinção de tributo. (CORRETA)

Lei que disponha sobre outorga de isenção deve ser interpretada literalmente. (CORRETA)

O poder publico pode aplicar multa até 99,99% do valor do tributo, se chegar a 100% se ter o caráter
confiscatório (CORRETA - multa punitiva - até 100% do valor do tributo - multa moratória – até 20% da
obrigação principal)
__________________________________________________________________________________________
CLÁUSULA ANTIELISIVA EM DIREITO TRIBUTÁRIO
Elisão fiscal: meios lícitos de se fugir da tributação, planejamento tributário lícito, em regra ocorre antes do
fato gerador, exceção: IR.
Evasão fiscal: meios ilícitos de se fugir da tributação, evita o conhecimento do fato gerador pela autoridade,
em regra ocorre após o fato gerador, exceção: notas fiscais fradulentas.
Elusão/Elisão ineficaz: meio artificioso, formalmente é lícito, mas há um abuso de forma jurídica, podendo
ocorrer antes ou após o fato gerador.
__________________________________________________________________________________________
Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão
negativa ou positiva com efeito de negativa. (CORRETA - Súmula nº 446 do STJ)

A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário,
dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. (CORRETA - Súmula nº 436 do STJ)

Quando houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito
tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN (do primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado), nos casos em que a legislação atribui ao sujeito
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. (ERRADA -

A decadência, consoante a letra do art. 156, V, do CTN, é forma de extinção do crédito tributário. Sendo assim,
uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistemática de lançamento ou auto-
lançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento ou de outra
espécie qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP, etc.). (CORRETA)

Você também pode gostar