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QUESTÕES DIR.

INTERNACIONAL

a) Pena de prisão perpétua no ER, ao passo que a CRFB/1988 veda pena de caráter perpétuo;
CERTO

- OBS: ESTATUTO DE ROMA = (0) 18 Juízes,

(i) Permite prisão perpétua,


(ii)não admite reservas, logo, não é possível a um Estado ratificar ao Tratado em parte,
porquanto a sua assinatura importa em sua integralidade,
(iii) prevê Crime de Genocídio. 2.2 Contra a Humanidade. 2.3  de Guerra e Crimes de Agressão,
(iv) O Tribunal poderá exercer a sua competência em relação ao crime de agressão, desde que,
nos termos dos artigos 121 e 123, seja aprovada uma disposição em que se defina o crime e se
enunciem as condições em que o Tribunal terá competência relativamente a este crime.
(v) Os crimes de Genocídio cometidos antes de 2002 não podem ser julgados pelo TPI;
(vi) TPI só julga crimes após a entrada em vigor do Estatuto de Roma (1998)
(vii) Internalizado pelo Decreto 4.388/2002
(viii) Os crimes não prescrevem
(ix) Julga pessoas físicas;
(x) Não admite reservas
(xi) Admite prisão perpétua, mas não pena de morte
(xii) Prevê o instituto da "entrega" (pessoa para o tribunal); Diferente de extradição (estado com
estado), Brasil pode entregar mesmo que seja brasileiro NATO.
(xiii) Pena Máxima de 30 anos
(xiv) Pode exercer seus direitos e funções em qualquer território de estado parte.
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CARTA ROGATÓRIA

As cartas rogatórias passivas são encaminhadas diretamente ao presidente do Superior Tribunal


de Justiça para a concessão do exequatur. (ERRADA - quando passiva - recebida de uma autoridade
estrangeira para cumprimento - será necessariamente encaminhada pelo Ministério das Relações
Exteriores ao STJ para a análise do "exequatur".)

A parte interessada poderá impugnar a medida solicitada por carta rogatória oriunda de país
estrangeiro, contrapondo-se, diretamente, ao mérito do pronunciamento da justiça rogante.
(ERRADA – O Procedimento é de jurisdição contenciosa, porém a defesa restringir-se-á à discussão
quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza
efeitos no Brasil, não se julga o mérito, apenas se analisa se o mérito é compatível com princípios
fundamentais do direito brasileiro)

Não sendo impugnada a carta rogatória pela parte interessada, é dispensável a concessão de vista
ao Ministério Público. (ERRADA – Independentemente o MP terá vista das cartas por 15 dias)

A carta rogatória ativa, quando expedida para a oitiva de testemunhas arroladas pelo réu,
suspende a instrução criminal pelo prazo estipulado pelo juízo rogante. (ERRADA - Não suspende
a instrução)

A sentença penal estrangeira que julgar extinta a punibilidade do agente prescinde de decisão
homologatória do Superior Tribunal de Justiça. (CORRETA – Lembremos que não é possível
interferir no mérito da decisão, (mas se analisa a compatibilidade do mérito com princípios
fundamentais do direito brasileiro, )se la foi extinta a punibilidade, não precisa se homologar,
Princípio da contenciosidade limitada: o órgão jurisdicional (STF) está proibido de examinar o
mérito da causa estrangeiro, permitido apenas apreciar a regularidade formal e legalidade do
procedimento.

Explicando: Lembrando que NÃO é possível homologar sentença penal estrangeira para fins de
cumprimento de pena, pois viola a soberania brasileira.
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I- A sentença estrangeira deve ser idêntica àquela que seria proferida no Brasil, caso o litígio fosse
submetido ao Judiciário brasileiro.
II- A sentença estrangeira, quanto ao mérito, deve ser compatível com princípios fundamentais do
direito brasileiro.
III- A sentença estrangeira, quanto ao seu procedimento no exterior, deve ser compatível com o
devido processo legal.
IV- A sentença estrangeira deve ter considerado a legislação brasileira sobre o assunto.

Apenas II e III estão corretas

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A Organização das Nações Unidas defende que a Internet se paute no princípio da neutralidade da
rede, como forma de proteção da liberdade de expressão. (CORRETA)
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a previsão expressa de que toda pessoa acusada tem o direito irrenunciável de ser assistido por
um defensor proporcionado pelo Estado está contida
Alternativas

no Pacto de San José da Costa Rica de 1969. (CORRETA -tem ainda a audiência de custódia – o
pacto entrou como norma supralegal, abaixo da CF e acima da Leis Ordinárias)

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Tratados Internacionais de Dir. Humanos na pirâmide normativa

— TIDH (3/5 e 2 turnos) (CF, artigo 5.º, parágrafo 3.º) = status de Norma Constitucional

— TIDH (maioria simples) (CF, artigo 47) = status Supralegal (Pacto de São José da Costa Rica, ta
aquiiiiiii)

— Demais tratados internacionais = status de Lei Ordinária

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Lei 13.445/2017 - Lei de Migração

Visto Humanitário

Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito
residir por tempo determinado e se enquadre em pelo menos 1 hipotese:  I - o visto temporário
tenha como finalidade: c) acolhida humanitária;   

§ 3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao
nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente:

 instabilidade institucional, de
 conflito armado, de
 calamidade de grande proporção, de 
 desastre ambiental ou de
 grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em
 outras hipóteses, na forma de regulamento.    
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Sobre a imunidade de jurisdição e de execução do Estado estrangeiro:
OBS: Isso trata sobre a possibilidade organismos estrangeiros, sofrerem execução sobre
patrimônio por dívidas.

Não há imunidade de execução de bens de Estado estrangeiro para cumprimento de dívidas


trabalhistas. (ERRADA - STF decidiu que é possível executar dívida trabalhista oriunda de atos
de gestão de organismos internacionais, que é diferente de estado estrangeiro)

A imunidade absoluta de jurisdição de Estado estrangeiro em matéria trabalhista vigorou no Brasil


até a promulgação da Constituição de 1988, sendo flexibilizada somente pelo art. 114, que
estabeleceu a competência da Justiça do Trabalho para ações trabalhistas envolvendo entes de
direito público externo. (ERRADA)

A imunidade de jurisdição de Estado estrangeiro em matéria trabalhista foi flexibilizada no


Brasil em função da evolução do costume internacional sobre a matéria. (CORRETA)

Organismos internacionais gozam de imunidade de jurisdição em igualdade de condições com


Estados estrangeiros. (ERRADA – Há mais rigorosidade na imunização de Estados Estrangeiros.
Nos organismos internacionais é possível mais interferência segundo STF)

As imunidades dos organismos internacionais independem dos tratados que os criaram. (ERRADA
– dependem primordialmente de previsão nos tratados que os criaram)

Erros: A – A imunidade de execução persiste, apesar de haver flexibilização quanto ao processo de
conhecimento; B – Não foi apenas a Constituição que levou a mudança de entendimento; D – A
imunidade das organizações internacionais é mais ampla; E – Depende dos tratados constitutivos.

“Notadamente entre o final do século XIX e a década de 60 do século passado, a doutrina começou
a discutir a plausibilidade de que o Estado estrangeiro fosse levado ao Judiciário de outro Estado
contra a sua vontade. Os debates culminaram com a noção de que os Estados estrangeiros podem
ser obrigados a responder por seus atos em outros Estados dentro de certas condições, cuja
expressão mais notória é a teoria que distingue os atos estatais em atos de império e atos de
gestão”.

“Já os atos de gestão (jure gestionis) são aqueles em que o ente estatal é virtualmente
equiparado a um particular: aquisição de bens móveis e imóveis, contratação de serviços de
funcionários locais”.

Em consequência dessa evolução costumeira, o STF “admitiu não haver imunidade de jurisdição
do Estado estrangeiro em matéria trabalhista a ser julgada, após o advento da Constituição de
1988, pela Justiça do Trabalho. Com isso, o Brasil consagrou a possibilidade de que certos atos de
entes estatais estrangeiros, entendidos como atos de gestão, podem ser apreciados pelas
autoridades judiciárias brasileiras”.

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A Lei de Migração expressamente prevê que o estrangeiro cuja presença atente contra a
segurança nacional e ordem pública pode ser expulso. (ERRADA)

O estrangeiro que tiver filho brasileiro sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva
pode ser expulso. (ERRADA)

Brasileiro naturalizado não pode ser expulso do território nacional. (CORRETA)

Pessoa com mais de 70 anos, residente no Brasil há mais de 10 anos, não pode ser expulsa em
nenhum caso. (ERRADA)

Estrangeiro, com cônjuge ou companheiro residente no Brasil reconhecido judicial ou legalmente,


pode ser expulso. (ERRADA)
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É possível a extradição de brasileira naturalizada, nos termos da Constituição Federal, e de
estrangeira, considerada como tal a pessoa que perdeu a nacionalidade brasileira por ter
adquirido voluntariamente outra nacionalidade. (CORRETA)
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I- Aplica-se a Convenção de Nova Iorque sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro de 1956.
II- Aplica-se a Convenção da Haia sobre a Cobrança Internacional de Alimentos para Crianças e
Outros Membros da Família, de 2007.
III- Aplica-se o Protocolo da Haia sobre Lei Aplicável às Obrigações de Prestar Alimentos, de 2007.

TODAS AS CONVENÇÕES ESTAO VIGENTES NO BRASIL

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CARTA ROGATÓRIA

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Nos termos da convenção concluída na cidade de Haia, em 25/10/1980, considere:

I – Qualquer decisão que, baseada nos termos da Convenção, determine o retorno da criança, não
afeta os fundamentos do direito de guarda. (CORRETA) art. 19 da convenção.

II – Se restar provado que a criança já está integrada no seu novo meio, por mais de um ano, a
autoridade judicial ou administrativa não está obrigada a determinar o seu retorno. (CORRETA) art.
12 da convenção.

III – Decisão fundamentada quanto ao direito de guarda pode servir de base para justificar a
recusa de retorno da criança, nos termos da Convenção, podendo as autoridades judiciais ou
administrativas do Estado requerido levar em consideração os motivos dessa decisão na aplicação
da Convenção. (ERRADA)

IV – É lícita a exigência de prestação de caução ou depósito para garantir o pagamento dos custos
e despesas relativas aos procedimentos previstos na convenção, podendo o interessado, se o
caso, alegar impossibilidade de arcar com tais gastos, caso em que poderá ser eximido de tais
pagamentos. (ERRADA)

Assertiva III
Artigo 17
       O simples fato de que uma decisão relativa à guarda tenha sido tomada ou seja passível de
reconhecimento no Estado requerido não poderá servir de base para justificar a recusa de fazer
retornar a criança nos termos desta Convenção, mas as autoridades judiciais ou administrativas
do Estado requerido poderão levar em consideração os motivos dessa decisão na aplicação da
presente Convenção.
 
Assertiva IV
Artigo 22
        Nenhuma caução ou depósito, qualquer que seja a sua denominação, podará ser imposta
para garantir o pagamento de custos e despesas relativas aos processos judiciais ou
administrativos previstos na presente Convenção.
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I - Mesmo que a arbitragem tenha transcorrido totalmente em território nacional (audiências,


reuniões), se a sentença arbitral for proferida fora do Brasil, tratar-se-á de sentença estrangeira,
exigindo, unicamente, a homologação pelo Superior Tribunal de Justiça para a regular produção
de efeitos. 
II – No tocante ao reconhecimento ou execução de sentença arbitral estrangeira, os tratados
internacionais têm prevalência sobre a lei interna, que só possui aplicação subsidiária e nos
termos da legislação própria. 
III – Nos termos da Convenção de Nova Iorque (Decreto 4.311/2002), pode ser indeferido o
reconhecimento ou execução de uma sentença arbitral se houver prova de que a parte contra a
qual a sentença é invocada não recebeu notificação adequada sobre a designação do árbitro ou
do processo de arbitragem, ou lhe foi impossível, por outras razões, apresentar seus argumentos;
IV – É causa bastante ao indeferimento do reconhecimento ou execução de sentença arbitral
estrangeira a comprovação de que referida sentença ainda não se tornou obrigatória para as
partes, foi anulada ou suspensa por ordem de autoridade do país em que foi proferida.

Todas CORRETAS

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Consoante ensinamentos da doutrina, na seara do Direito Internacional Privado, QUE:


I – O processo de qualificação, ou de classificação, que leva ao elemento de conexão, considera um
de três diferentes aspectos: o sujeito, o objeto ou o ato jurídico.

II – Como exemplos de regras de conexão, podemos citar: lex loci solutionis (lei do local onde as
obrigações ou a obrigação principal do contrato, deve ser cumprida); lex damni (lei do local onde
se manifestaram as consequências do ato ilícito, para reger a obrigação de indenizar); lex
monetae (lei do país em cuja moeda a dívida ou outra obrigação legal é expressa); lei mais
favorável, descrita como a lei mais benéfica em situações específicas.

III – A lei qualificadora não coincide, necessariamente, com a lei aplicável.

IV – O reenvio pode ocorrer em dois graus; em primeiro grau, quando um país nega competência à
sua lei em favor de outro país, que, a seu turno, também nega competência à sua lei, configurando
uma recusa recíproca; em segundo grau, o reenvio pode ocorrer quando a lei do país ”A” manda
aplicar a lei do país ”B”, e a lei do país “B” determina que se aplique a lei do país “C”.

I - CORRETO. Conforme deixa entrever os artigos 7º (sujeito), 8º (objeto) e 9º (ato) da LINDB.

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país
em que estiverem situados.

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituirem.

II - CORRETO. Dentre os principais elementos de conexão temos: lex domicilli (principal no Brasil),
lex patriae (lei da nacionalidade), lex rei sitae (situação da coisa), lex loci actum (local celebração do
ato), lex loci executionis (local da execução contratual), lex loci delicti comissi (local da prática do
ato ilícito), lex damni (local do dano), lex voluntatis (autonomia da vontade), lex fori (local do foro,
processo) etc. 

III - CORRETO. Na medida em que a qualificação apenas delimitará p objeto de conexão. A partir
dai irá se buscar a norma aplicável ao caso. 

IV - CORRETO. O reenvio ocorre quando um direito indicado por uma norma indireta aponta outro
direito como aplicável. Imagine que o direito do país “A” diz que o direito aplicável é o do país “B”,
mas este, por sua vez, diz que o direito é o do país “A” ou “C”. Quando o reenvio envolve dois
países, diz-se que é de primeiro grau, mas quando envolve mais de dois países será chamado
reenvio de segundo grau.

O reenvio, no entanto, não é admitido pelo direito brasileiro, nos termos do art. 16 da LINDB: Art.
16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á
em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.
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Convenção e Viena – Fala sobre os tratados

I – Se a interpretação do tratado deixa o sentido ambíguo ou obscuro, ou, ainda, conduz a um


resultado que seja manifestamente absurdo, fica o intérprete autorizado a buscar meios
suplementares de interpretação, inclusive aos trabalhos preparatórios e às circunstâncias de sua
conclusão.
II – Acordos posteriores entre as partes, relativos à interpretação do tratado ou à aplicação de seus
dispositivos, somente podem influir na sua interpretação se forem consonantes com a
jurisprudência da Corte Internacional de Justiça.
III – A reserva é um direito que compete ao Estado e que pode ser exercido, sempre por escrito,
em mais de um momento, ou seja, quando da assinatura, ratificação, aceitação ou adesão, mesmo
que tal conduta (formulação da reserva) seja rechaçada pelo tratado, pois prevalece, no caso, a
autonomia de vontade e o pacta sunt servanda.
IV – É desnecessário o consentimento de um Estado que tenha aceitado uma reserva, a qual pode
ser retirada a qualquer momento por quem a formulou; mas, nesse caso, é imprescindível que o
tratado dispense ou não exija tal consentimento do Estado que aceitara ou fizera objeção à
reserva.

I e IV - CORRETAS
Correção item 1 e 3:

Item II – (Incorreta) Art. 31.3. Serão levados em consideração, juntamente com o contexto:

a)qualquer acordo posterior entre as partes relativo à interpretação do tratado ou à aplicação de


suas disposições; (não se restringe à jurisprudência da CIJ)

Item III (Incorreta) - Art. 19 - Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado,
ou a ele aderir, formular uma reserva, a não ser que:

a)a reserva seja proibida pelo tratado; (a reserva não é possível se rechaçada no tratado)
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Aplicação de Tratados Sucessivos sobre o Mesmo Assunto, ou seja quando há conflito de


tratados

4. Quando as partes no tratado posterior não incluem todas a partes no tratado anterior: 

b)nas relações entre um Estado parte nos dois tratados e um Estado parte apenas em um
desses tratados, o tratado em que os dois Estados são partes, rege os seus direitos e
obrigações recíprocos. 

Assim, as relações entre os Estados serão reguladas pelo tratado no qual eles são
concomitantemente partes, independentemente se o tratado é anterior ou posterior.
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A) Alternativa correta. Quanto as fontes do DIP há TOTAL INEXISTÊNCIA HIERÁRQUICA. Assim, é


perfeitamente possível que um costume revogue um tratado, ou vice-versa. É a clara tentativa de
harmonização entre o sistema common law com o civil law.

B) Alternativa correta. Os atos unilaterais dos Estados e os oriundos das organizações


internacionais não constam no rol do art. 38 do ECIJ mas são considerados fontes do DIP. O
exemplo clássico desses são justamente as resoluções vinculantes das organizações
internacionais.

C) Não encontrei justificativa para esta alternativa.

D) A equidade não se trata propriamente de uma fonte do direito, mas sim de um meio
suplementar que auxilia o juiz na interpretação de uma norma ou no preenchimento das lacunas
do ordenamento jurídico internacional. O emprego da equidade pelo juiz SOMENTE está
autorizado se ambas as partes no litígio expressarem concordância (art. 38, §2º do ECIJ). Portanto,
esta alternativa deve ser assinalada como INCORRETA, já que sua aplicação NÃO dispensa a
concordância das partes.
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AUXILIO DIRETO

Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade
jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.

  Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado
à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do
pedido.

  Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os
seguintes objetos:

I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos


administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de
competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;

III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.

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I Para que a responsabilidade internacional do Estado seja arguida, basta a presença de fato
considerado ilícito, sendo despicienda a verificação do nexo causal. (ERRADA)

I O Estado não será responsabilizado internacionalmente por ato abusivo ou arbitrário praticado
exclusivamente por seus agentes ou funcionários. (ERRADA)

III O Estado poderá ser responsabilizado pela conduta de particulares se falhar em prevenir ou em
responder adequadamente pelo desaparecimento de pessoas. (CORRETA)
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Imunidade de jurisdição é atributo inerente aos organismos internacionais decorrente do fato de
estes serem considerados pessoas jurídicas de direito internacional. (ERRADO – não decorre se
sua natureza, mas por tratado firmado pelo Brasil.)

Se o estrangeiro manifestar de modo inequívoco o seu desejo de ser extraditado, ficarão


dispensadas as formalidades inerentes ao processo de extradição. (ERRADO – será realizado um
controle de legalidade pelo STF, ainda que mais simplificado pela anuência da extradição)

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Sobre MERCOSUL

A) De acordo com o protocolo de Ouro Preto, a estrutura do MERCOSUL contará com os
órgãos: Conselho do Mercado Comum, Grupo Mercado Comum, Comissão de Comércio do
Mercosul, Comissão Parlamentar Conjunta, Foro Consultivo Econômico-Social, Secretaria
Administrativa do MERCOSUL. (Correta)

B) O Chile não é Estado parte do Mercosul, é apenas Estado associado.

C) O Protocolo de Las Leñas formalizou a cooperação e assistência jurisdicional, com o intuito de


dar tratamento equitativo a cidadãos e residentes permanentes dos Estados partes.

D) São países fundadores do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

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I - O Protocolo de Assunção sobre Compromisso com a Promoção e Proteção dos Direitos


Humanos do Mercado Comum do Sul (Mercosul) trata do sistema de reação do Mercosul em caso
de graves violações de direitos humanos, mesmo que não haja crises institucionais ou vigência de
estado de exceção. (ERRADO – Protocolo se aplicará em caso de que se registrem graves e
sistemáticas violações dos direitos humanos e liberdades fundamentais em uma das
Partes em situações de crise institucional ou durante a vigência de estados de exceção)

II - O estrangeiro que chegar ao território nacional poderá expressar sua vontade de solicitar
reconhecimento como refugiado a qualquer autoridade migratória que se encontre na fronteira,
não podendo ser deportado para Estado em que sua vida ou liberdade esteja ameaçada, em
virtude de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política, mesmo que apresente
documentação de ingresso falsa ou irregular. (Correta)

III - O Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre Brasil e Portugal, concretiza a igualdade
de direitos entre brasileiros e portugueses, cujos efeitos são automáticos e independem de
requerimento do interessado. (ERRADO – é desde que o requerimento)

IV - As organizações internacionais podem invocar, em seu benefício, a imunidade plena de


jurisdição mesmo em face de atos de mera gestão, desde que tal imunidade esteja prevista em
tratado. (Correta)
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I - A qualificação consiste na atividade de classificação jurídica dos fatos transnacionais, que


antecede a própria escolha da lei e determinação de jurisdição. (CORRETA)

II - Os fatos e atos realizados no estrangeiro precisam, para serem provados, obedecer


necessariamente a todas as formalidades e restrições da lei brasileira. (ERRADA – LINDB -
Art. 13.  A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto
ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei
brasileira desconheça.)

III - De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, caso a obrigação se
destine a ser executada no Brasil, deve-se usar a lei estrangeira do local da constituição no tocante
aos requisitos extrínsecos do ato, e ainda a lei brasileira no tocante à forma essencial. (CORRETA)

IV - O fundamento do reenvio consiste na vedação de se utilizar o direito material de um Estado


cujo juiz, hipoteticamente, não o utilizaria na regulação de determinado fato transnacional.
(CORRETA)

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I - No âmbito da Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Estados Membros da


Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a autoridade central para pedidos ativos oriundos
do Ministério Público da União e do Ministério Público dos Estados é a Procuradoria-Geral da
República. (CORRETA)

II - A Carta Rogatória em matéria penal veicula pedidos de assistência jurídica internacional na fase
de investigação e na fase processual da persecução criminal, podendo conter pedidos de cunho
cautelar, como o de constrição de bens. (ERRADA)

III - O juízo de delibação incidente na ação de homologação de sentença estrangeira no Brasil não
permite que seja verificado se o mérito da decisão a ser homologada fere a dignidade humana.
(CORRETA)

IV - A Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção prevê a cooperação jurídica internacional
em matéria penal e também em matéria cível, desde que, nesta última hipótese, tal cooperação
cível esteja em consonância com o ordenamento jurídico interno do Estado requerido. (CORRETA)

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I - No auxílio direto passivo, o Estado estrangeiro submete o seu pedido ao Brasil, que deve adotar
os meios internos necessários para cumprir tal pedido, fazendo incidir, de modo imediato, os
direitos fundamentais tais quais previstos no ordenamento brasileiro. (CORRETO – art. 28 CPC)

II - Na extradição passiva, o Brasil adotou o modelo misto ou belga, pelo qual o Poder Judiciário do
Estado Requerido afere, em geral, a regularidade extrínseca do pedido, com exceções previstas
em tratado, lei ou mesmo na Constituição. (CORRETO – Lei de extradição 13.445/17)

III - Na assistência jurídica internacional passiva, é possível a incidência indireta dos direitos
fundamentais por intermédio da invocação do respeito à ordem pública do Estado brasileiro.
(CORRETO – Cuida-se da gestão do serviço de assistência
jurídica gratuita internacional prestado às pessoas em condição de vulnerabilidade jurídica e
econômica, sejam brasileiros ou migrantes - Portaria 231/2015 editada pela Defensoria Pública da
União)

IV - Na cooperação jurídica internacional em matéria penal, a transferência de sentenciados, por


seu cunho humanitário, exige tão somente a anuência do Estado sentenciador e do Estado
recebedor, sendo dispensável a concordância do indivíduo condenado. (ERRADO – é indispensável
a concordância conforme lei de migração. Art. 103, P. 1º)

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I - De acordo com a Convenção Interamericana sobre Obrigação Alimentar, somente a lei do
ordenamento jurídico do Estado de domicílio ou residência habitual do credor é a que rege a
obrigação alimentar. (ERRADO - Decreto nº 2.428 em seu art. 6: “Artigo 6A obrigação alimentar,
bem como as qualidades de credor e de devedor de alimentos, serão reguladas pela ordem
jurídica que, a critério da autoridade competente, for mais favorável ao credor)

II - A Convenção sobre a Prestação de Alimentos no Estrangeiro estabelece a cooperação jurídica


internacional para a obtenção de alimentos, tendo previsto a criação de autoridade remetente e
instituição intermediária para atuar na cooperação entre os Estados contratantes. (CORRETO - art
9º do Decreto nº 9.176)

III - Para a incidência da Convenção sobre a Prestação de Alimentos no Estrangeiro é necessário


que o credor e o devedor de alimentos sejam da nacionalidade dos Estados partes, mesmo que se
encontrem sob a jurisdição de Estado que não seja parte da Convenção. (ERRADO - Decreto nº
2.428 em seu art. 1, “...à competência e à cooperação processual internacional, quando o credor
de alimentos tiver seu domicílio ou residência habitual num Estado Parte.”)

IV - De acordo com a Convenção Interamericana sobre Obrigação Alimentar, somente tem


jurisdição internacional para conhecer das reclamações de alimentos o juiz ou autoridade do
Estado de domicílio ou residência habitual do devedor. (ERRADO – será a autoridade judiciária de
qualquer das partes, ou por agente diplomático ou consular.)

OBS: Após analisar os enunciados,  o Decreto nº 2.428, de 17 de dezembro de 1997, que


promulga a convenção interamericana sobre obrigação alimentar, concluída em
montevidéu, em 15 de julho de 1989 e o Decreto nº 9.176, de 19 de outubro de 2017, que
promulga a Convenção sobre a Cobrança Internacional de Alimentos para Crianças e Outros
Membros da Família e o Protocolo sobre a Lei Aplicável às Obrigações de Prestar Alimentos,
firmados pela República Federativa do Brasil, em Haia, em 23 de novembro de 2007,
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I - A admissão como membro da Organização das Nações Unidas é aberta a todos os estados
amantes da paz que aceitarem as obrigações, contidas na Carta de São Francisco, e que, a juízo da
organização, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigações. (CORRETO)

II - A admissão de qualquer Estado como Membro da Organização das Nações Unidas será
efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança,
não se admitindo, neste último órgão, o uso do veto por parte de seus membros permanentes.
(ERRADO – “A admissão de Estados como Membros das Nações Unidas será efetuada por decisão
da Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança).

III - Todos os povos têm o direito à autodeterminação, que se constitui hoje em norma imperativa
do Direito Internacional. (CORRETO)

IV - Os Estados são juridicamente iguais, desfrutam de iguais direitos e de igual capacidade para
exercê-los. Os direitos de cada um não dependem do poder de que dispõem para assegurar o seu
exercício, mas sim da sua existência como sujeito do direito internacional. (CORRETO)

Parei na Questão 31.

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