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PROCESSO PENAL II

 MANISTAÇÕES JURÍDICAS:
a) Sentença: (seja absolutória ou condenatória) → oponível por meio de APELAÇÃO
b) Decisões interlocutórias: → oponível por meio de RESE
c) Despacho de mero expediente:

 Decisões de mérito: ingressa no mérito e diz se é absolvido ou condenado;


 Decisão terminativa de mérito: põe fim ao processo mas não ingressa no mérito
(absolvição ou condenação), não há mais interesse na pretensao punitiva do Estado;
 Todas as medidas despenalizadoras (sursis, anpp, transação penal) são causas
extintivas da punibilidade;
 Toda causa extintiva da punibilidade ocorre APÓS o crime;
 Toda causa de absolvição/condenação é extraída da CENA DO CRIME;

 SE INSCREVER NA LISTA DE ADV VOLUNTÁRIO DA JUST FEDERAL.


 Dar bastante atenção

 CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS: (sentido amplo – decisões)


a) Quanto ao sujeito:
 SIMPLES → proferida por Juiz singular
 PLURIMAS → proferida por órgãos colegiados de 2º grau (ACÓRDÃO)
 COMPLEXAS → oriundas do tribunal do Júri (dispensam fundamentação)
 DE TRATO SUCESSIVO → PRONÚNCIA
b) Quanto à executoriedade:
 EXECUTÓRIA → Absolutórias
 NÃO EXECUTÓRIAS → Condenatórias
 CONDICIONAIS → SURSIS PENAL
c) Quanto à força coativa:
 DECLARATÓRIAS → Absolutórias (declara que é inocente)
 CONDENATÓRIAS
 CONSTITUTIVAS → Cria, extingue ou modifica uma relação jurídica
05/07/2023

 CORRELAÇÃO ENTRE FATO E PEDIDO


o EMENDATIO LIBELI: ART. 383 (outros ritos) e 418 (júri) do CPP → os fatos estão
corretos mas o tipo penal não está

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou


queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave.

§ 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de


proposta de suspensão condicional do processo (ou qualquer outra medida
despenalizadora), o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. → Não
pode condenar, tem que fazer uma DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
desclassificando, esperar transitar em julgado e depois abrir vistas ao MP para
propor a medida.

o MUTATIO LIBELI: ART. 384, CPP → quando surge uma definição diversa do FATO

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição


jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou
circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público
deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude
desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-
se a termo o aditamento, quando feito oralmente. → o juiz não pode condenar
com qualificadora que surgiu por fato novo (ex: descobrir que estava
acompanhado e não sozinho, surgindo a qualificadora de concurso de pessoas)
sem que o promotor ADITE A DENÚNCIA

→ anula a decisão do primeiro recebimento da denúncia, e passa a contar


como a causa interruptiva da prescrição a decisão de recebimento do
aditamento da denúncia (então pode ser que esta ação penal esteja prescrita).

12/07/2023

REQUISITOS DA SENTENÇA
A) RELATÓRIO → meio pelo qual o juiz vai expor os nomes das partes e fazer um resumo
dos atos que aconteceram durante o processo

→ A sentença do juizado não tem relatório - art. 81, §3°, da Lei 9099 → essa é a única
exceção!!
B) FUNDAMENTAÇÃO: juiz deve seguir uma lógica de estrutura - todas as teses devem ser
trabalhadas pelo juiz
o PRELIMINARES → matérias processuais que provocam nulidades (se acolher a
preliminar, não vai passar para os outros elementos, tornando assim em decisão
interlocutória - não tem sentença; se não acolher, passa para os outros elementos)
o PREJUDICIAIS DE MÉRITO: causas extintivas da punibilidade: prescrição,
decadência...
o MÉRITO → analisar se houve o fato (por meio de depoimentos, perícias, laudos…) -
se não houve: sentença absolutória - art. 386, I, CPP
→ analisar autoria/ participação
→ analisar se o fato é típico (emendatio libelli) - tipicidade formal: pegar o
fato e encaixar em um dispositivo penal
→ analisar as excludentes de ilicitude e culpabilidade
→ julga procedente/ improcedente o pedido

→ Juiz julga procedente/improcedente/parcialmente procedente o PEDIDO, não a ação. O


momento de julgamento de procedencia da ação é o recebimento da denúncia.

C) DISPOSITIVO
o CONDENATÓRIA → DOSIMETRIA DA PENA (SISTEMA TRIFÁSICO)
 1ª FASE: Circunstâncias judiciais (art. 59, CP)
 2ª FASE: Agravantes e atenuantes (art. 61 ao 66, CP)
 3ª FASE: Causas de aumento e diminuição

→ Sempre começa a dosar a pena com a pena mínima e como se o crime tivesse
consumado
→ Sistema escalonado (as circunstancias judiciais deve valer menos que as
agravantes/atenuantes, e as agravantes/atenuantes valem menos que as
majorantes/minorantes)
→ Tem que fazer a dosimetria individualmente para cada réu do processo → PRINCÍPIO
DA INDIVIDUALIDADE (ART. 5º, XLVI, CF/88)
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS:
1. Culpabilidade → está vinculado ao maior juízo de reprovação do sujeito, que
extrapola os limites do tipo penal. Um excesso de dolo/culpa para a prática do tipo
penal.
2. Antecedentes → tudo que vem antes da prática da infração penal e que não é
reincidência (toda sentença condenatória transitada em julgado que não serve para
efeitos de reincidência)
→ Inquéritos e processos em andamento NÃO CONTAM – Súmula 444, STJ
→ Prazo de 5 anós após o término do cumprimento da pena
3. Conduta social
4. Personalidade do agente → por isso que pode verificar os atos infracionais (crimes
cometidos quando menor de idade)
5. Motivos → tomar cuidado pra caso já for uma agravante ou qualificadora
6. Circunstâncias → modus operandi, tempo, lugar, instrumento
7. Conseqüências do crime
8. Comportamento da vítima

→ SEMPRE TOMAR CUIDADO PARA NÃO DAR BIS IN IDEM, SEMPRE PREFERIR A AGRAVANTE
DO QUE COMO CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS.

→ Os maus antecedentes configuram-se em duas hipóteses. A primeira, quando o indivíduo


ostenta de uma ou mais condenações com transito em julgado ultrapassado o lapso de 05
(cinco) anos do efetivo cumprimento da pena. A segunda, quando o indivíduo ostenta de
mais de uma condenação no período depurador

*1/6 da pena mínima ou 1/8 do intervalo da pena

26/07/2023

AGRAVANTES:

“Art. 61, CP - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não CONSTITUEM ou
QUALIFICAM o crime.”

Súmula 27 do TJDFT – “Presentes duas ou mais qualificadoras no delito, uma deve ser
utilizada para fins de tipificação do crime qualificado e as demais na dosimetria da pena, seja
na pena-base, seja como circunstância agravante, se prevista legalmente como tal, vedado o
bis in idem.”

ATENUANTES:

SÚMULA 231, STJ: Se a redução da pena importou em fixá-la abaixo do mínimo legal, por
força de equivocado critério na ordem de consideração de causa especial de aumento e de
atenuante, merece reforma a decisão.
PREPONDERANTES:

Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite


indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos
motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência.

→ Então, a regra é a seguinte ordem de prevalência:


1. Menoridade (personalidade);
2. Reincidência;
3. Confissão (personalidade);
4. Motivos do crime.
→ Obs. Tema 929 (2017) – STF – Possibilidade de compensação da agravante da
reincidência com a atenuante da confissão espontânea, com base no disposto no
art. 67 do Código Penal.

Havendo o concurso entre uma circunstância prevista no artigo 67 do Código Penal com
outra que ali não encontre previsão, qual delas irá preponderar?

→ Nessa hipótese, (...), sem dúvidas, irá preponderar a circunstância (atenuante ou


agravante) que tiver previsão expressa no artigo 67 do Código Penal, isso porque as
circunstâncias ali previstas possuem força legal de preponderância com relação a
outras ali não inseridas.

Havendo o concurso entre circunstâncias atenuantes e agravantes que não tenham


previsão no artigo 67 do Código Penal, qual delas irá preponderar?

→ (...) em análise ao artigo 67 do Código Penal se vislumbra que todas as circunstâncias


ali relacionadas são de cunho (natureza) subjetivo, o que revela a intenção do
legislador em sobrepô-las às de caráter objetivo.
→ Por essa razão, na hipótese da existência de concurso entre circunstâncias
atenuantes e agravantes que não tenham previsão expressa no artigo 67 do Código
Penal, sempre irá preponderar aquela que possuir natureza subjetiva.

Havendo o concurso entre circunstâncias atenuantes e agravantes que não tenham


previsão no artigo 67 do Código Penal e que possuam a mesma natureza, qual delas irá
preponderar?

→ Nessa hipótese, por lógica, haverá a neutralização (compensação) dos efeitos das
circunstâncias (atenuantes e agravantes), ou seja, a pena fixada anteriormente
(pena-base) não sofrerá nenhuma alteração na segunda fase.
→ Ocorrerá, portanto, a neutralização dos efeitos de uma circunstância por outra na
hipótese de serem da mesma espécie, isto é, atenuante subjetiva com agravante
subjetiva ou atenuante objetiva com agravante objetiva e desde que não estejam
inseridas no artigo 67 do Código Penal como preponderantes.
09/08/2023

CONCURSO ENTRE CAUSA DE AUMENTO E CAUSA DE DIMINUIÇÃO:

Art. 68, Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na


parte ESPECIAL, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição,
prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. Então, havendo uma
majorante na PG e outra da PE. A primeira sobre a pena provisória e a segunda sobre o
resultado dessa.

→ A fixação do número de dia multa é de acordo com o processo normal de dosimetria


da pena
→ O VALOR do dia multa é determinado conforme as condições econômicas do réu.

FÓRMULA DE PROPORCIONALIDADE ENTRE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E PENA DE


MULTA:

Pena privativa aplicada – pena mínima abstrato = X – Pena mínima multa .


Pena máxima abstrato – Pena mínima abstrato Pena máxima multa – Pena mínima multa

→ A formula não funciona quando a pena aplicada for abaixo do mínimo legal. Nesta
situação, usaremos outra fórmula:

Pena mínima abstrato = Pena mínima multa


Pena aplicada x

SENTENÇAS ABSOLUTÓRIAS
→ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: art. 397, CPP
→ ABSOLVIÇÃO: depois da instrução probatória → art. 386, CPP

N → Nulidade

A → abuso de autoridade

F → falta de justa causa

E → extinção de punibilidade
→ ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO RITO DO JÚRI:
→ ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA: aplicação da medida de segurança ao doente mental

(colocar o mapa do crime que ele vai disponibilizar no classroom)

23/08/2023

TEORIA GERAL DOS RECURSOS


PRINCÍPIOS INERENTES AOS
RECURSOS
PEGAR O INÍCIO COM A LAURA

PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE:

Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de
um recurso por outro.

Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso


interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível.

PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE:
→ As partes podem desistir do recurso que interpuseram

→ Promotor não pode desistir, devido ao princípio da indisponibilidade da ação penal


pública:

Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

→ Se troca de promotor (quem interpôs não é mais quem vai apresentar as razões) e ele
entende que a sentença estava correta,

→ Para o adv poder desistir, ele deve ter uma procuração com poderes especiais do
cliente dele.
→ Portanto, dativo e defensor público não podem desistir de recurso (pois não possuem
procuração) → diante disto, se um réu assistido por um destes quiser desistir, deve
escrever a desistência de próprio punho
→ Se o adv quer recorrer e o réu não, ou o contrário, prevalece a decisão de quem quer
recorrer.

PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE:
→ Uma parte apresenta as razões e a outra as contrarrazões
→ É o contraditório

PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS NO RECURSO


EXCLUSIVO DA DEFESA
→ Não é possível que o tribunal reforme a decisão para piorar a situação do réu quando o
recurso for exclusivo da defesa

 Defesa recorreu → tribunal pode prover ou manter


 Mp recorreu → tribunal provimento para piorar, ou manter, ou de ofício reformar para
melhor (reformatio in melius)

→ Proibição da reformatio in pejus INDIRETA:


o Quando o TJ reconhece uma nulidade em uma apelação, ele devolve o
processo ao Juiz a quo para julgar o mérito, pois caso contrário daria supressão
de instância
o Ao retornar para ao Juízo a quo, será sanada a nulidade e haverá um novo
julgamento
o A Proibição da reformatio in pejus INDIRETA é a proibição do juiz de, na
segunda sentença, aplicar pena superior à primeira sentença. Fica limitado à
pena aplicada na primeira sentença.
o O ato nulo produz efeitos para impedir que a nova sentença tenha uma pena
maior
o ISSO SÓ OCORRE QUANDO É RECURSO EXCLUSIVO DA DEFESA.

→ TRIBUNAL DO JÚRI:
o Quando o TJ reconhece uma nulidade no Júri, o sujeito vai a um novo júri com
todas as qualificadoras anteriores
o Isso ocorre pois o momento de questionar as qualificadoras seria na sentença
de PRONÚNCIA através de RESE.
o Se no novo Júri, for reconhecida mais qualificadoras: a nulidade não produz
efeitos limitadores
o Se no novo Júri, reconhecerem apenas as mesmas da sentença anterior: a
nulidade produz efeito de limitar a pena à mesma da sentença anterior (não
pode ultrapassar)
06/09/2023

PEGAR COM ALGUÉM

13/09/2023

PEGAR COM ALGUÉM O INÍCIO DA AULA

Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo
réu, seu procurador ou seu defensor.

Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na
reforma ou modificação da decisão.

FATO IMPEDITIVO
→ Renúncia ao direito de recorrer
→ Renúncia: antes da interposição
→ SÚMULA 705, STF: A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a
assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
o Não preclui o interesse, a legitimidade do defensor
→ Prevalência da defesa técnica sobre a autodefesa
→ Para desistir, o advogado precisa de uma procuração com poderes especiais
o Logo, defensor dativo e defensor público não podem desistir. Salvo se
apresentar uma petição de desistência de próprio punho do sentenciado.

FATO EXTINTIVO
→ Desistência do direito de recorrer
→ Desistência: depois da interposição
→ Art. 576, CPP: O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.

EFEITO EXTENSIVO DA DECISÃO PROFERIDA EM SEDE


RECURSAL
→ Art. 580, CPP: No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do
recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.
→ Art. 30, CP: Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.
o Tudo que está no CAPUT comunica (é elementar)
CASO PRÁTICO (ALEX SANDRO, ELTON, EDGAR):
→ ALEX SANDRO: tráfico (5 anos) + associação (3 anos)
→ EDGAR: só tráfico privilegiado (1 ano e 8 meses)
→ ELTON:

→ Colocar no último pedido, subsidiariamente, caso os pedidos não sejam acolhidos, que
a petição seja recebida como HC. (evita a impetração)

20/09/2023

RESE
→ art. 581 e seguintes CPP
→ Interposição: art. 586, CPP: prazo de 5 dias
→ Razões: art. 588, CPP: prazo de 2 dias
HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RESE: ART. 581 CPP
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu;
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão
preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da
punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no art. 28-A
desta Lei.

→ DECISÃO QUE RECEBE A DENÚNCIA → IMPETRAR HC


→ DECISÃO QUE NÃO RECEBE → INTERPOR RESE
→ NA LEI 9.099 NÃO EXISTE RESE:
o Art. 82, lei 9.099: rejeição da denúncia → interposição de apelação

→ NÃO VALE A PENA INTERPOR RESE NA HIPÓTESE DO INCISO V SE VC É A DEFESA!!!


COMPENSA MAIS IMPETRAR HC, POIS É MAIS RÁPIDO.
→ XVIII E IX: RECONHECIMENTO OU NÃO DE CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE
o Somente durante o processo de conhecimento
o Na fase da execução (prescrição da pretensão executória): agravo em execução
→ X: caso negado, compensa mais impetrar um novo HC, só que agora no tribunal (pois
antes a autoridade coatora era o delegado, agora é o juiz de primeiro grau)
→ XI: SOMENTE NO MOMENTO DA SENTENÇA! NA EXECUÇÃO É AGRAVO EM EXECUÇÃO.

→ RESE É APENAS PARA DECISÕES DE PRIMEIRO GRAU!!!!!!

27/09/2023

APELAÇÃO:

(PEGAR O COMEÇO COM ALGUÉM)

→ Efeitos:
1. DEVOLUTIVO
2. SUSPENSIVO → QUANDO A SENTENÇA FOR CONDENATÓRIA
o Não existe cumprimento antecipado de pena
o Se estiver preso já em razão de uma medida cautelar, não precisa
necessariamente ser colocado em liberdade, caso permaneça o fundamento
que retirou sua liberdade
o Se não permanecer o motivo, DEVE ser revogada a prisão
o No júri, quando a pessoa é condenada a 15 anos ou +, pode começar a
execução IMEDIATA da pena, com base no 492, §§4º e 5º, CPP → para obter o
efeito suspensivo, deverá pedir expressamente e fundamentá-lo

→ APELAÇÃO PLENA: CASO UTILIZE O ART 593, I, CPP, (APELAÇÃO PLENA), O TRIBUNAL
FICA LIVRE PARA REFORMAR DE OFÍCIO O QUE QUISER.
→ princípio non reformatio in pejus, segundo o qual não é possível agravar a situação do
réu no julgamento de recurso exclusivo da defesa.
→ PARA A ACUSAÇÃO, NÃO PODE OCORRER ISSO

→ ART. 593, II, CPP - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por
juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior → ou seja, quando não
couber RESE. Ex: incidente de resitituição de coisas apreendidas.
o Seu bem está apreendido na delegacia: vc pode pedir direto ao delegado, ou
pode pedir ao Juiz por incidente. Contra a negativa do delegado, cabe
mandado de segurança (endereçamento ao juiz de primeiro grau). Contra a
negativa do juiz, cabe apelação.

→ QUANDO FOR RECORRER NO TRIBUNAL DO JÚRI, ART. 593, III, CPP: É vinculada, você
deve colocar o motivo do seu inconformismo.
a) TRIBUNAL ACOLHE E MANDA P NOVO JURI
b) TRIBUNAL RETIFICA
c) TRIBUNAL RETIFICA
d) TRIBUNAL ACOLHE E MANDA P NOVO JURI

04/10/2023

22/11/2023

CARTA TESTEMUNHÁVEL:
1. HIPÓTESES: art. 639, CPP
a. Quando o Juizo denegar o recurso
→ RESE
→ AGRAVO EM EXECUÇÃO

b. Quando houver recebimento do recurso, mas não encaminhamento ao
Tribunal para procedimento
→ RESE
→ AGRAVO EM EXECUÇÃO
→ APELAÇÃO
2. PRAZO: art. 640, CPP → 2 dias
3. PROCEDIMENTO: ART. 644, CPP
→ Prazo para ARRAZOAR:
o RESE e AGRAVO: 2 DIAS
o APELAÇÃO: 8 DIAS → ART. 645, CPP

→ Tem como base algo que o juiz indeferiu devido a: tempestividade, recurso cabível, etc
(coisas pertinentes ao conhecimento do recurso)

EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE


→ ART. 609, §único, CPP
→ São dois recursos diferentes
→ EMBARGOS INFRINGENTES: vai atacar matéria de direito penal
→ EMBARGOS DE NULIDADE: vai atacar alguma matéria de processo penal
→ Recurso exclusivo da defesa
→ Voluntário (recorre se quiser)
→ Cabível face às decisões formadas por maioria não unânime (ou seja, 2 a 1) que sejam
contrárias o réu, no âmbito de julgamentos, proferidas em segundo grau, nos recursos:
RESE, AGRAVO EM EXECUÇÃO e APELAÇÃO.

→ Cada câmara Criminal tem 5 desembargadores, 3 irão votar o recurso (rese, agravo e
apelação)
→ Se a decisão de manutenção da condenação não for unânime (2x1), aí pode interpor
embargos infringentes e de nulidade → aí os outros 2 desembargadores serão
chamados para votar também
→ Aqui interpõe e já arrazoa, prazo de 10 dias.
→ Endereçamento: relator do primeiro julgamento
→ No entanto, terá um novo relator e revisor que não fizeram parte do primeiro
julgamento (o revisor tem que ser mais velho na câmara que o relator)

→ Não cabe em HC e revisão criminal (pois não são recursos, e a revisão criminal precisa
de quórum completo)
→ Não existe no âmbito das turmas recursais dos Juizados Especiais Criminais

29/11/2023

HABEAS CORPUS
→ Ação autonoma constitucional de impugnação
→ NÃO É RECURSO
INCIDÊNCIA:
Art. 648: a coação consider-se-á ilegal:

I – quando não houver justa causa:

→ Fato atípico
→ Fato lícito
→ Conduta Culposa
→ Não se admite decretação de prisão preventiva contra contravenções penais

→ Para inimputável por doença mental: não é viável imputar habeas corpus, pois há
resposta penal para ele (medida de segurança)

II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

→ Dado o prazo, o delegado já deve soltar ele, mesmo sem alvará de soltura

III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo

→ Competência e incompetência é de Magistrados, delegados possuem apenas


atribuições, então o a delegacia de outra cidade pode investigar um crime que não
ocorreu la

IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação

→ Quando o fundamento da preventiva for o bom seguimento da instrução, quando a


instrução acabar

V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autorizar;

→ Quando for arbitrada uma fiança muito alta, acima da condição financeira da pessoa

VI – quando o processo for manifestamente nulo

VII – quando extinta a punibilidade

COMPETÊNCIA:
→ Sempre a autoridade imediatamente superior:
→ STF:
o Paciente ou autoridade coatoara com foro por prerrogativa de função do STF
→ STJ:
o Paciente ou autoridade coatoara com foro por prerrogativa de função
→ Justiça do Trabalho:
o Quando a autoridade coatora for Juiz do Trabalho

06/12/2023
ALGUMAS OBSERVAÇÕES:
→ REJEIÇÃO DE LIMINAR → NÃO CABE NENHUM RECURSO, POIS AINDA NÃO TEVE
JULGAMENTO DE MÉRITO
o Súmula 691
o Se houver absurda ilegalidade, pode haver
→ HC em substituição de revisão criminal → PODE, caso não tenha matéria probatória a
construir
→ HC e SURSIS →
→ HC e pena de multa →
→ HC e alimentos →

→ CUIDADO!!! SÚMULA 690:


o O entendimento agora não é mais o contido na súmula, e sim que o HC tem
que ir para o TJ

→ CUIDADO!!! ART.650, §2º → não foi recepcionado pela CF/88

REVISÃO CRIMINAL:
→ Consiste no reexame de uma sentença penal condenatória transitada em julgado
→ Não é recurso
→ Qualquer sentença penal pode ser revisada por este instituto – posição da doutrina
referente a decisão do júri
→ Serve para rever a coisa julgada
→ Só existe prorreu

→ A questão de cabimento nos casos é controversa. Mas o prof acredita que se houver
sentença condenatória transitada em julgado no JÚRI, o reu deverá fazer revisão
criminal perante o TJ, que poderá acolher o pedido e absolver a pessoa sem mandar a
novo JÚRI, e isso não caracteriza supressão de instância

OBJETO:

PRESSUPOSTOS:
1. EXISTENCIA DE SENTENÇA OU ACÓRDAO CONDENATÓRIO
2. QUE TENHA TRANSITADO EM JULGADO
3. QUE SEJA FAVORÁVEL AO RÉU
HIPÓTESES – art. 621, CPP:

17/01/2023

EXECUÇÃO PENAL
→ Sistema vicariante e o sistema de execução penal brasileiro
o DUPLO BINÁROI: cumpria a pena primeiro e depois a medida de segurança
o Vicariante: separa a medida de segurança da pena
 CRÍTICA: a pena tem muitas vantages (substituição, suspensão, etc)
→ HÍBRIDA: não é exclusividade do poder judiciário, também é vínculado ao poder
executivo (Polícia – Governador do Estado)

FUNÇÕES DA PENA:
→ RETRIBUTIVA – aplicar a pena pelo mal causado
o ABSOLUTISTA
o Exemplos: Lei de Talião, pena de morte...
o O código penal brasileiro adota?
→ AS PRÓXIMAS FUNÇÕES SÃO FINALISTAS (POSSUEM UMA FUNÇÃO REAL):
→ Prevenção geral (está ligado a função da pena no âmbito da coletividade): Ela se divide
em:
o NEGATIVA - vincula-se à ideia de que a pena tem função de intimidar
psicologicamente a coletividade;
o POSITIVA - a pena tem a função de ratificar a vigência da norma penal violada
e, para garantir sua estabilidade aos demais membros do corpo social, haveria
a necessidade de infligir um mal proporcional ao violador.
→ Prevenção ESPECIAL – é direcionada ao indivíduo. Ela se divide em:
o NEGATIVA – impor a pena para que ele não venha a cometer novos delitos;
o POSITIVA – ressocialização

→ AGNÓSTICA (EUGENIO ZAFFARONI):

→ Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à


personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime,
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime. → TEORIA ECLÉTICA OU MISTA
(ambas as teorias em todas as suas modalidades)
O CARÁTER MISTO DA EXECUÇÃO PENAL
→ Quem executa a pena no Brasil?
→ A execução da pena tem caráter misto, pois é executada nos âmbitos judicial e
administrativo.

24/01/2023

PRINCÍPIOS DA PENA:
A) Princípio da humanidade – está ligado à secularização, pois a pena restringe a liberdade,
mas conserva outros direitos;

→ Estabelece condições mínimas de convivência para quem está recluso:


o direito a alimentação adequada, comunicação com o mundo externo, banho
de sol, práticas esportivas;
→ “REGRAS DE MANDELA”

B) Princípio da personalidade (art. 5, XLV, da CF/88);

→ A pena não pode passar da pessoa que cometeu o delito


→ “principio da intranscendentalidade” ou transcendentalidade mínima

C) Princípio da legalidade (art. 1, do CP);

→ Art. 50, LEP: infrações disciplinares graves dentro do ambito da execução penal → não
podem ser criadas novas infrações graves que não estão disciplinadas na lei →
competência exclusiva da UNIÃO
o Ou seja, ROL TAXATIVO para infrações GRAVES
→ As infrações médias e leves, quem estabelece são as leis estaduais, e não há ofensa
ao art. 22, I da CF/88
→ Isso porque a sanção das infrações médias e leves não são gravosas, como
advertências, que são apuradas internamente dentro da unidade prisional por
processo administrativo, momento no qual já é aplicada a sanção. Já a sanção das
infrações graves, tem o processo administrativo que funciona como uma espécie de
inquérito, mas quem aplica posteriormente é o juiz (poder judiciário).
→ Nas graves tem audiência de justificação, onde se ouve o preso, e se o juiz se
convencer que há materialidade e autoria, o próprio juiz aplica a sanção disciplinar,
que consistirá em: perda de 1/3 do tempo que tinha para remição, regressão de
regime, interrupção do tempo que teria para progressão de regime (volta para estaca
zero);
→ Só tem saída temporária para o semiaberto, o regime fechado não sai, só sai em casos
extremos de saúde ou morte de um genitor, escoltado pela polícia, e se tiver
merecimento.

D) Princípio da inderrogabilidade: uma vez praticada a infração penal, torna-se inderrogável sua
aplicação;
E) Princípio da proporcionalidade: a pena deve ser proporcional ao delito praticado;

F) Princípio da individualização da pena;

→ Tem 3 fases:
o Fase legislativa: Construção do tipo penal: pena mínima e pena máxima,
proporcional ao bem jurídico
o Fase judicial: violação do tipo, na dosimetria são analisadas as particularidades
de casa sujeito e crime
o Fase executória: exame criminológico, para saber as características,
habilidades, competências.

G) Princípio da vedação de penas cruéis, prisão perpétua e pena de morte.

PENAS PROIBIDAS
Art. 5, XLVII, da CF/88 - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento; (exílio)

e) cruéis;

Qual o momento da execução da pena?


→ Com o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Contudo, merece atenção
o dispositivo abaixo:
→ ATENÇÃO: 492, § 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do
Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito
suspensivo.

ESPÉCIES DE PENAS – Art. 32, CP


A) Privativas de Liberdade: reclusão, detenção e prisão simples;

B) Restritivas de direitos: previstas no art. 43, do CP;

C) Pena de multa: prevista no art. 49, CP.

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE


→ Art. 33: A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou
aberto.
→ A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a
regime fechado.

CABIMENTO
→ § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva,
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime
fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a
8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos,
poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.

→ Obs. Súmula 269, STJ


o Em tese, para reincidente sempre começa sempre em regime fechado, mas
essa súmula autoriza que se a pena do crime for menor de 4 anos, pode
começar em semiaberto

→ Lei 8072/90, Art. 2, § 1º A pena por crime previsto neste artigo (Os crimes
hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo) será cumprida inicialmente em regime fechado.
o No entanto, Súmula 719, STF: só vai adotar isso se tiver circunstancias
judiciais desfavoráveis do art. 59 (1ª fase dosimetria)

CRITÉRIO JUDICIAL PARA ESTABELECER O REGIME


INICIAL
→ Art. 33, § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com
observância dos critérios previstos no Art. 59 deste Código (súmula 440, STF)
→ § 4º O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de
regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à
devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.

REGRAS DO REGIME FECHADO


→ Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame
criminológico de classificação para individualização da execução.
→ § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o
repouso noturno.
→ § 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das
aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a
execução da pena.
→ § 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras
públicas.

/01/2024
DO TRABALHO DO PRESO
• Art. 28. Lei 7.210/84 O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade
humana, terá finalidade educativa e produtiva. • § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos
de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. • § 2º O trabalho do preso não
está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. • Art. 29. O trabalho do preso será
remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário
mínimo. • § 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: • a) à indenização dos
danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros
meios; • b) à assistência à família; • c) a pequenas despesas pessoais; • d) ao ressarcimento ao
Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e
sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. • § 2º Ressalvadas outras aplicações
legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de
Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. • Art. 30. As tarefas
executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.

TRABALHO INTERNO
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de
suas aptidões e capacidade. • Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é
obrigatório e só poderá ser executado no interior do estabelecimento. • Art. 32. Na atribuição
do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades
futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. • § 1º Deverá ser
limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de
turismo. • § 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua
idade. • § 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao
seu estado. • Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8
(oito) horas, com descanso nos domingos e feriados. • Parágrafo único. Poderá ser atribuído
horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços de conservação e
manutenção do estabelecimento penal.

TRABALHO EXTERNO
• Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime FECHADO somente em
serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou
entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. • §
1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados
na obra. • 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a
remuneração desse trabalho. • § 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do
consentimento expresso do preso. • Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada
pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. Da remição pelo trabalho e estudo • “Art.
126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. • § 1o A contagem de tempo
referida no caput será feita à razão de: • I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de
frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou
superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; • II - 1
(um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. • § 2o As atividades de estudo a que se refere
o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de
ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos
cursos frequentados. • § 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de
trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. • § 4o O preso
impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a
beneficiar-se com a remição. • § 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será
acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior
durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de
educação. • § 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que
usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de
educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova,
observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. • § 7o O disposto neste artigo aplica-se
às hipóteses de prisão cautelar.

DEVERES DO CONDENADO
• Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado,
submeter-se às normas de execução da pena. • Art. 39. Constituem deveres do condenado: • I
- comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; • II - obediência ao servidor e
respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; • III - urbanidade e respeito no trato
com os demais condenados; • IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de
fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; • V - execução do trabalho, das tarefas e das
ordens recebidas; • VI - submissão à sanção disciplinar imposta; • VII - indenização à vitima ou
aos seus sucessores; • VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas
com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; • IX -
higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; • X - conservação dos objetos de uso pessoal. •
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo

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