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Turma: A1/B1 e C1
Sala: B.2.3
Lição nº
Sumário: Conceito
Elementos essenciais.
Forma
1. Conceito
O código define o contrato de sociedade e não sociedade, mas não deixa de estar
atento ao seu aspecto organizativo, porque, depois de celebrado o contrato de
sociedade, a prossecução conjunta de um fim comum por todos os sócios, cria
necessariamente interesses comuns de carácter permanente e não privativos de
qualquer dos sócios e, por isso, surge ao lado dos interesses individuais de cada
sócio, de raiz contratual, uma comunhão de pessoas apostadas na realização de
interesses comuns a todas elas.
2. Elementos essenciais
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b) Objecto (elemento patrimonial): a contribuição dos sócios, que pode ser
transferida ou constituição de um direito real, cedência do uso e fruição de uma
coisa, transferência de um crédito ou de posição contratual e prestação de
determinada actividade ou dos resultados desta. A referência à obrigação de
contribuir consagra a possibilidade de a não contribuição não ser imediata. No
entanto, por efeito da natureza obrigacional que este contrato reveste, qualquer
dos sócios pode exigir de outro que ainda não realizou a sua prestação a
contribuição em dívida.
Quanto à distribuição das perdas, vigora o mesmo princípio, n.º 1 do artigo 992.º
do CC, mas, no silêncio do contrato, os sócios de indústria não respondem, nas
relações internas, pelas perdas, n.º 2 do artigo 992.º do CC.
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3. Forma
Artigo 981.º do CC
b) De tal sujeito não ser destinatário de norma que estabeleça uma restrição ao
exercício do comércio.
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Com efeito, tendo em atenção que o comerciante pode ser responsabilizado pelos
seus actos de natureza comercial não seria sufiente para a segurança jurídica que o
comerciante tivesse apenas capacidade de gozo (e não de exercício, como sucede
com os menores de idade).
Desta feita, é unânime na doutrina o entendimento que advoga que o n.º 1 do artigo
13.º do CCom, se refere à aptidão do comerciante para actuar juridicamente, por acto
próprio ou mediante procurador. Mesmo porque o exercício do comércio, pela
intensidade, complexidade e efeitos económicos das operações que envolve,
colocaria em grave risco o património do incapaz, dadas as próprias circunstâncias
geradoras da incapacidade.
De acordo com o artigo 138.º do C.F, a autoridade paternal confere aos pais, o pder
de representar os filhos em todos os actos e negócios jurídicos (salvo os de
natureza estritamente pessoal), bem como o poder de administração legal dos
bens dos filhos. Com base nesta disposição, a nossa lei permite que os pais do
menor, enquanto representantes legais, possam, mediante autorização do Ministério
Público, adquirir estabelecimento comercial ou industrial ou continuar a exploração
do que o filho haja recebido por sucessão ou doação, artigo 141.º do C.F.
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O acto constitutivo da sociedade é denominado pela lei angolana “contrato de
sociedade” sendo definido no artigo 980.º do CC. Se essa actividade tem natureza
comercial, então os sócios deverão adoptar um dos tipos societários previstos no n.º
1, do artigo 2.º, da LSC. Sem prejuízo, desde a entrada em vigor da Lei n.º 19/12, de
11 de Junho, Lei das Sociedades Unipessoais, é também possível a constituição de
uma sociedade Unipessoal, através de um negócio jurídico unilateral.
O contrato de sociedade (e, mutatis mutandis, o negócio jurídico unilateral), para ser
válido tem de:
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para constituição da sociedade. Só assim não será, no caso em que a constituição
da sociedade envolva bens imóveis, caso em que se exige sempre a escritura
pública, n.º 3, do artigo 3.º, do mesmo diploma.