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2
APRESENTAÇÃO
Neste livro apresentamos os diversos aspectos dos conteúdos que envolvem a disciplina
de Matemática Empresarial abordando os conceitos de função, apresentando como
exemplos principais as funções polinomiais, a construção e interpretação de gráficos, a
noção intuitiva de limites, a derivada de funções e também o conceito de integral. Em
cada capítulo procuramos trabalhar, além dos conceitos matemáticos, a aplicação dos
conteúdos desenvolvidos na área da economia e administração. Procuramos também
mostrar as aplicações e desenvolver o conteúdo com o auxílio de exemplos resolvidos e
a indicação de exercícios que possam servir de apoio para seus estudos.
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................................3
SUMÁRIO.........................................................................................................................4
4
6.4.Custo médio e receita média......................................................................................76
6.5. Juros Compostos.......................................................................................................78
6.6. Curva Logística de Crescimento...............................................................................80
6.7.Teste seus conhecimentos..........................................................................................82
CAPÍTULO 9: Integrais......................................................................111
9.1. Integrais Indefinidas e Primitivas...........................................................................111
9.2.Soluções Particulares...............................................................................................116
9.3. A Integral Definida e o Teorema Fundamental do Cálculo....................................117
9.4. Teste seus conhecimentos.......................................................................................122
5
CAPÍTULO – I
Introdução
Neste capítulo apresentaremos alguns conceitos preliminares que são
importantes no estudo de funções. Antes de iniciarmos o conteúdo específico de
Matemática Empresarial é necessário que você se familiarize com algumas questões que
envolvem os números reais, com alguns tópicos de álgebra e também com a
representação de pares ordenados no plano cartesiano.
3
8 e .
O conjunto dos números reais possui vários subconjuntos importantes, entre
eles, destacamos:
1
exemplo 0 , 33333 ... 0 , 3 , neste caso, a barra sobre o 3 indica que o dígito se repete
3
6
1.1.1. Representações Decimais
A conversão de uma fração em decimais se faz dividindo o numerador pelo
denominador. Se o denominador da fração na sua forma irredutível só contiver os
fatores 2 e/ou 5, a decimal resultante será sempre finita; e é assim porque podemos
introduzir fatores 2 e 5 no denominador em número suficiente para fazer desse
denominador uma potência de 10. Observe os exemplos:
3 53 553 75 75
a) 0 , 75 ;
5 2 2 55 2 2
2
4 10 100
7 27 14
b) 1, 4 ;
5 25 10
39 5 39 195
c) 1, 95 ;
20 5 20 100
Conclusão: Uma fração se transforma em decimal finita se seu denominador não contém
outros fatores primos além de 2 e 5.
12
Agora qual é a representação decimal de ? Observe que ao dividirmos 12 por
7
7
dígitos. Vale considerar ainda que nas atividades que serão apresentadas neste curso
usaremos o seguinte critério para arredondamentos:
Se o algarismo da casa seguinte a ser arredondada for 0,1,2, 3 ou 4 deixaremos a
casa a ser arredondada como está, como por exemplo: 1,234231.... será
arredondado para 1,2342;
Se o algarismo da casa seguinte a ser arredondada for 5,6,7,8 ou 9 aumentamos
uma unidade na casa a ser arredondada, observe o exemplo: 21,34269 será
arredondado para 21,3427.
Cabe ainda ressaltar que se o resultado obtido no problema envolve dinheiro
usaremos apenas duas casas decimais, pois nossa moeda não admite mais do que
centavos.
O conjunto dos números reais é um conjunto ordenado. Isto significa que dados
dois números reais, sempre é possível verificar se eles são iguais ou se um é maior ou
menor do que o outro.
Podemos comparar dois números reais quaisquer devido à seguinte propriedade
(denominada Lei da Tricotomia):
Sejam a e b dois números reais quaisquer. Somente uma das seguintes expressões é
verdadeira:
a b, a b ou a b .
Geometricamente, a > b significa que a está à direita de b (ou de modo
equivalente, b está à esquerda de a) na reta dos números reais.
Desigualdades podem ser usadas para descrever intervalos de números reais.
8
1.1.3. Intervalos reais
Considere a seguinte situação:
No dia 15 de outubro de 2012, a temperatura máxima registrada na cidade de
Canoas foi de 27ºC e a temperatura mínima foi de 15ºC. Qual foi a variação de
temperatura nesse dia?
A variação de temperatura nesse dia foi de 12ºC. Considerando t a temperatura
registrada em um momento qualquer do dia, podemos dizer que t está no intervalo de
15ºC a 27ºC e podemos representar esta variação utilizando a desigualdade 15 t 27 .
Observe que a notação de intervalo se faz necessária, pois não podemos enumerar todos
os valores reais que estão entre 15 e 27, visto que são infinitos.
Na reta real temos a seguinte representação para o intervalo de variação de t:
2) Aberto: B={x ∈ ℝ| a < x < b} ou B=]a, b[ nesse caso temos que a e b não
pertencem ao intervalo B.
Representação gráfica:
9
3) Intervalo fechado à direita e aberto à esquerda: C={x ∈ ℝ| a < x ≤ b}ou C=]a, b]
nesse caso temos que a não pertence ao intervalo C mas b pertence à C.
Representação gráfica:
1) Intervalo aberto: E={x ∈ ℝ| x > a}, E=]a, +∞[ nesse caso a não é elemento do
intervalo.
Representação gráfica:
2) Intervalo aberto: F={x ∈ ℝ| x < b} ou E=]-∞, b[ nesse caso temos que b não
pertence ao intervalo.
Representação gráfica:
10
Observações importantes:
a) Os números reais a e b são os extremos de cada intervalo;
b) Alguns autores utilizam o parênteses (,) para indicar que um intervalo, ou um
extremo do intervalo, é aberto. Assim podemos escrever (a,b) para indicar ]a,b[;
c) O Conjunto dos Números Reais também pode ser representado por ℝ=]-∞, +∞[
11
A cada par ordenado corresponde um ponto do plano cartesiano e, reciprocamente,
a cada ponto do plano cartesiano corresponde um par ordenado. A primeira coordenada
do ponto é denominada abscissa do ponto e a segunda coordenada é chamada de
ordenada do ponto.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões que denominamos quadrantes.
Estas regiões, quadrantes, são tomadas sempre no sentido anti-horário.
12
Observações:
13
1.3. Teste seus conhecimentos
1. Com o auxílio de uma calculadora, encontre a forma decimal para cada número
racional. Verifique se o número tem finitas ou infinitas casas após a vírgula.
37 18 23 5 74 25 189
a) b) c) d) e) f) g)
8 99 6 27 25 10 19
14
CAPÍTULO – II
Conceito de Função
Introdução
Em economia ou administração muitas vezes se faz necessário relacionar duas
variáveis como, por exemplo, quantidade e preço. As funções são ferramentas muito
importantes que nos auxiliam a descrever tais relações. Neste capítulo, desenvolvemos o
conceito de função e revisamos importantes operações algébricas que serão utilizadas
no desenvolvimento da disciplina.
2.1. Funções
Considere a seguinte situação:
Uma companhia de exportação espera obter durante um ano um lucro de, no
mínimo, 5 milhões de dólares. Se a cada mês o lucro é de 700 mil dólares, complete
a planilha para descrever o processo e determine o mês em que a empresa atingiu
sua meta.
Tempo em meses Lucro em milhões
1 0,7
2 1,4
3 2,1
4
5
6
7
8
9
10
11
12
15
Uma função f é uma lei (ou uma regra) que associa a cada elemento x
do domínio (D(f)) exatamente um elemento do conjunto contradomínio
(CD(f)), tal elemento é representado por f(x) e denominado imagem de x pela
função f.
f : ℝ+ → ℝ+
y = f(x) = 0,7x
16
Voltando ao problema inicial podemos considerar as seguintes representações:
17
igual a -1 para que a possamos encontrar como resultado da função um número real.
Concluímos então que o domínio da função deve ser o intervalo [-1,+∞[.
Agora que sabemos que D(f(x))= [-1,+∞[ podemos então calcular f(-1), já que -1
pertence ao domínio da função. Assim temos:
f ( 1) ( 1) 1 0 0
Exemplo 3: No Brasil costumamos usar graus Celsius para expressar a temperatura mas
em alguns países a temperatura é expressa em graus Fahrenheit. A expressão
matemática que apresenta a temperatura y em graus Celsius em função da temperatura x
5 160
em graus Fahrenheit é y x .
9 9
18
que t=1 é o mês de janeiro e P(t) o preço do produto no mês t. Construa uma tabela com
os valores mês a mês para mostrar a variação do preço. Marque os valores encontrados
em um gráfico cartesiano para representar a situação.
Resolução:
Mês(t) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Preço(R$) 6,34 7,09 7,84 8,59 9,34 10,09 10,84 11,59 12,34 13,09 13,84 14,59
Neste exemplo, você pode observar na tabela e também no gráfico, que conforme o
valor de t aumenta o preço também aumenta. Este tipo de variação caracteriza uma
função crescente.
19
x f (x) x 2
2 f (2) 2 2 0 0
3 f (3) 3 2 1 1
4 f (4) 4 2 2 1 , 414213
5 f (5 ) 5 2 3 1 , 7320501
6 f (6 ) 6 2 4 2
7 f (7 ) 7 2 9 3
Agora temos uma função que quando o valor de x aumenta a imagem f(x) diminui, o
que caracteriza uma função decrescente.
Exemplo 6: Uma loja paga uma comissão para seus vendedores de 6% em cada venda
de até R$1.500,00. Para vendas acima deste valor o vendedor recebe uma comissão de
2% mais um valor fixo de R$150,00. Considere que f(x) é a função que determina a
comissão de cada vendedor em função do valor da venda x.
a) Apresente a função f(x);
b) Qual a comissão de um vendedor que vendeu R$700,00?
c) Qual a comissão de um vendedor que vendeu R$ 2.700,00?
Resolução: (a) A lei de f(x) depende do valor vendido x. Se o valor da venda for de até
R$1.500,00 o vendedor recebe 6% do valor, ou seja, se 0 x 1500 temos que o valor
6
da venda deve ser multiplicado por 0 , 06 (6%). E então f(x) = 0,06x. Já se a venda
100
for maior do que R$1.500,00 a comissão será de 2% mais um valor fixo de R$150,00,
ou seja, se x 1500 temos que o valor da venda deve ser multiplicado por
20
2
0 , 02 (2%) e acrescido de 150. Então f(x) = 0,02x+150. O domínio da função
100
(b) A comissão do vendedor que vendeu R$700,00 será dada pela fórmula f(x) = 0,06x,
já que x = 700 está no intervalo 0 x 1500 . Então f(700) = 0,06.700 = 42. Assim a
comissão será de R$42,00.
(c) Já a comissão do vendedor que vendeu R$2.700,00 será dada pela fórmula
f(x)=0,02x+150, já que x = 2700 está no intervalo x 1500 .
Então f(2700) = 0,02.2700+150=54+150=204. Assim a comissão será de R$204,00.
Resolução: (a) Observe que o ponto do gráfico onde temos y = 2 devemos olhar para o
ponto onde a coordenada y é 2. Esse ponto possui coordenada x = 1.
(b) Para encontrar o valor de f(-1) olhamos a coordenada y do ponto onde x é igual a -1.
No gráfico vemos que (-1,-2) é o ponto do gráfico procurado, ou seja, f(-1) = -2. De
maneira semelhante encontramos o valor de f(2) que será 1 e assim temos f(2)=1.
21
Exemplo 8: O gráfico abaixo representa o valor (em R$) do preço de venda do quilo do
tomate em uma feira de produtos agrícolas no decorrer dos doze meses do ano,
considerando que x=1 representa o mês de janeiro, x=2 o mês de fevereiro, e assim
sucessivamente. Determine:
22
Exemplo 9: A função custo unitário associado a produção de um determinado produto é
320
dado pela função c(q ) 75 onde q é a quantidade produzida e c(q) o custo
q
números reais menos o zero (ℝ*= ℝ-{0}). Mas agora observe que a função serve como
modelo para um problema da realidade e, neste problema a variável independente q
representa a quantidade produzida que não pode se negativa. Sendo assim o domínio da
Agora observe no gráfico que a medida que os valores de q aumentam o valor do custo
320
diminui se aproximando de 75(sem nunca chegar de fato a 75, já que a expressão
q
nunca será zerada). Este gráfico mostra uma função limitada inferiormente.
Exemplo 10: A receita de uma determinada empresa pode ser descrita pela função
20
r (q ) 25 onde q é a quantidade vendida e r(q) a receita associada a esta
q 1
23
quantidade. Determine o domínio da função, complete a tabela abaixo e faça um esboço
do gráfico da função.
Quantidade(q) 2 3 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Custo(R$)
Resolução: Novamente temos uma lei apresenta uma fração com a variável
independente no denominador e devemos considerar que o número um não pode fazer
parte do domínio da função, já que 1 - 1 = 0 e a divisão por zero não está definida no
conjunto dos números reais. Por este motivo o domínio da função real pode ser o
conjunto dos números reais menos o um (ℝ-{1}). Mas agora observe que a função serve
como modelo para um problema da realidade e, neste problema a variável independente
q representa a quantidade vendida que não pode se negativa. Sendo assim o domínio da
função deve ser o conjunto dos números reais maiores do que 1, ou seja, ]1,+∞[.
Quantidade(q) 2 3 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Custo(R$) 5 15 20 22,78 23,57 23,95 24,17 24,31 24,41 24,49 24,55 24,59
Agora observe no gráfico que a medida que os valores de q aumentam o valor da receita
20
vai se aproximando de 25 (sem nunca chegar de fato a 25, já que a expressão
q 1
nunca será zerada). Este gráfico mostra uma função limitada superiormente.
24
2.2. Teste seus conhecimentos
1. Considere D = {-2,-1,0,1,2} o domínio da função f dada pela lei f(x)=2x-1 e o
conjunto dos números inteiros como contradomínio. Determine o conjunto
imagem da função. Marque os pontos de f(x) no plano cartesiano.
x 3 , se x é par
2. Seja f: ℕ →ℕ definida por f (x) . Calcular:
2 x , se x é ímpar
f(5)= f(4)= f(0)= f(13)=
5. Supondo que a quantia gasta com giz para as escolas públicas de uma cidade do
Brasil (em milhares de reais) possa ser modelada pela função
f ( t ) 0 , 8 t 4 , 5 t 32 , 7 t 1256 , em que t representa o ano, com t=0
3 2
25
CAPÍTULO – III
Funções do 1º. Grau, Lei da Oferta e da
Demanda e Ponto de Equilíbrio de Mercado
Introdução
Nesse capítulo vamos apresentar a função polinomial do primeiro grau, ou
simplesmente Função do 1º. Grau. Veremos também algumas aplicações importantes na
administração e economia, como a Lei de Oferta, Lei da Demanda e o Ponto de
Equilíbrio.
Tempo 1 2 3 4 5
Distância 90 180 270 360 450
Observe que a tabela apresenta uma variação proporcional. Este tipo de variação
caracteriza as funções polinomiais de primeiro grau.
A lei da função será dada por f(x) = 90x, onde a = 90 é a taxa de variação e pode ser
determinada pela razão distância/tempo. Este valor determina o acréscimo na distância
correspondente ao acréscimo de uma unidade no tempo.
Considere a função f: ℝℝ definida pela lei f ( x ) ax b , onde a e b são dois
26
A representação cartesiana desta função é uma linha reta.
O valor de a é denominado coeficiente angular da reta e representa a tangente
trigonométrica do ângulo que a reta forma com o sentido positivo do eixo dos x, medido
no sentido anti-horário, enquanto que o valor de b é o coeficiente linear da reta, sendo a
ordenada do ponto em que a ela corta o eixo dos y. O ângulo é denominado
inclinação da reta.
27
Para determinarmos uma reta basta dois pontos. No caso da função polinomial de
primeiro grau os pontos importantes na determinação do gráfico são os cortes nos eixos
x e y (ou os interceptos).
Dada a equação reduzida da reta y ax b já sabemos que b é o intercepto do eixo
y e, o intercepto do eixo x é obtido quando consideramos x = 0. Assim, temos:
b
ax b 0 ax b x .
a
Exemplo 1: Considere a função de primeiro grau cuja lei é dada por f (x) 3x 2 .
Determine o coeficiente angular e o coeficiente linear da reta, os interceptos e construa
seu gráfico e verifique se a função é crescente ou decrescente.
Resolução: Da lei f (x) 3x 2 , temos:
28
Exemplo 2: Uma empresa foi multada por jogar resíduos tóxicos em um rio. A multa
aplicada foi de R$45.000,00 mais R$1.500,0 por dia até que a empresa se ajustasse às
normas que regulamentam os índices de polução. Apresente a função que relaciona o
valor da multa com relação ao número x de dias que a empresa levou para se ajustar as
normas exigidas. Determine o valor da multa que a empresa deve pagar se levar 12 dias
para se ajustar as normas. Sabendo que a empresa pagou R$79.500,00 de multa,
determine quantos dias de fato ela levou para se ajustar as normas exigidas.
Resolução: Observe que temos uma parte da multa que é fixa (45.000,00) e outra parte
que vai variar conforme o número de dias x (1.500,00x). Então temos que a lei que
expressa a situação é f ( x ) 1500 x 45000 .
Para determinar qual o valor que será pago ao final de 12 dias, devemos substituir x
por 12 na lei da função:
f (12 ) 1500 . 12 45000 18000 45000 63000
34500
x
1500
x 23
Isto significa que a empresa levou 23 dias para regularizar a sua situação.
Exemplo 3: Apresente a lei da função do primeiro grau que passa pelos pontos (4,-1) e
(6,-5).
Resolução: Como já foi colocado anteriormente, para determinarmos o gráfico de uma
reta são necessários apenas dois pontos. Considerando (6,-5) como ponto (x2 , y2 ) e (4,-
y 2 y1
1) como ponto ( x1 , y1 ) e, utilizando a igualdade a que determina o valor do
x 2 x1
29
Para determinar o coeficiente linear utilizamos a equação reduzida da reta
y ax b , um dos pontos dados no problema e o valor de a calculado anteriormente.
Assim, obtemos:
y ax b
1 2 .4 b
1 8 b
1 8 b
7 b
Agora, sabendo que a = - 2 e que b = 7 temos equação reduzida da reta que passa
por (4,-1) e (6,-5) que é y 2 x 7 , lembre-se que esta equação também expressa a lei
da função procurada.
460 0 , 4 . 680 b
460 272 b
460 272 b
188 b
30
Agora, sabendo que a =0,4 e que b = 188 temos que a lei da função custo será
C ( d ) 0 , 4 d 188 . Para determinar o custo quando forem percorridos 2400km
fazemos:
C ( 2400 ) 0 , 4 . 2400 188 960 188 1148 .
Assim, temos que se o motorista percorrer 2400km seu custo mensal será de
R$1.148,00.
1
Exemplo 5: A oferta de um produto no mercado é dada pela função S ( p) 3 p ,
3
com o preço variando entre R$9,00 e R$30,00. Observe que p é o preço por unidade e S
é a correspondente oferta de mercado. Represente a função graficamente.
Resolução: Para fazermos o gráfico da função, que é uma reta, consideramos dois
pontos:
1
Primeiro fazemos p 9 S (9 ) 3 .9 3 3 0 . Temos o ponto (9,0).
3
1
Agora, fazendo p 30 S ( 30 ) 3 . 30 3 10 7 . Temos o ponto (30,7).
3
31
Exemplo 6: Considere que função dada por D ( p ) 15 ( 0 , 5 ) p , onde p é o preço por
unidade do produto e D(p) a quantidade demandada no mercado. Determine:
a) Intervalo da variação de p, ou seja, o domínio da função;
b) Intervalo de variação de D, ou seja, a imagem da função;
c) Representação gráfica.
Resolução: Considere inicialmente que a função demanda vista como uma função
polinomial do primeiro grau deve ter domínio e imagem real, porém neste caso a função
expressa uma situação real e o preço de uma mercadoria não pode ser negativo nem
pode ser negativa a quantidade demandada. Para melhor entender a situação vamos
observar o gráfico da função real abaixo:
Para determinar o domínio olhamos o eixo x, que neste caso representa o preço p.
Observe que quando x<0 indica preço menor do que zero, portanto a parte do gráfico
onde x é negativo não faz sentido. E, para x>30 temos como imagem (que neste caso
indica a quantidade) valores negativos, o que também não condiz com a realidade.
Sendo assim, concluímos que o domínio (valores do preço) deve variar no intervalo
entre 0 e 30.
32
Agora, fazendo a mesma análise para a imagem (que corresponde a quantidade
demandada) vemos que para 0 x 30 temos 0 y 15 . O que significa que
enquanto o preço p 0 p 30 a quantidade demandada está no intervalo 0 D 15 .
Assim, concluímos:
a) Intervalo da variação de p, ou seja, o domínio da função é [0,30]
b) Intervalo de variação de D, ou seja, a imagem da função é [0,15]
c) Representação gráfica.
1
Exemplo 7: Considere a função de oferta do exemplo 5, S ( p) 3 p , e a função de
3
33
Resolução: Para encontrar o ponto de equilíbrio fazemos S ( p) D ( p) , resolvendo a
equação encontramos o valor de p que corresponde ao preço de equilíbrio. Observe:
S ( p) D ( p)
1
3 p 15 ( 0 , 5 ) p
3
1
p ( 0 , 5 ) p 3 15
3
1
3 p ( 0 , 5 ) p 3 18
3
1 p (1 , 5 ) p 54
( 2 , 5 ) p 54
54
p
2 ,5
p 21 , 6
preço de equilíbrio
D ( 21 , 6 ) 15 ( 0 , 5 )( 21 , 6 )
D ( 21 , 6 ) 15 10 , 8
D ( 21 , 6 ) 4 , 2
quantidade de equilíbrio
34
Resolução: Para determinar a abscissa do ponto de intersecção das duas funções
devemos igualar as equações, ou seja, fazer f (x) g (x) e, em seguida, substituir o
valor encontrado em f(x) ou g(x) para determinar a ordenada do ponto. Observe:
Inicialmente, calculamos a abscissa do O Gráfico fica:
ponto:
f (x) g (x)
3x 1 2x 1
3x 2 x 1 1
x 2
f (2) 5
20 p 20 5 p
20 20 5 p p
40 6 p
40
p
6
p 6 , 67
35
D ( 6 , 67 ) 20 6 , 67
D ( 6 , 67 ) 13 , 33
D ( 6 , 67 13 , 33
Exemplo 10: Dada a equação 2D+3P- 60 = 0 com demanda (D) e preço (P), determine:
a) A lei da função preço.
b) A lei da função demanda.
c) Represente graficamente a demanda em função do preço.
d) Calcule a demanda quando P=10.
Resolução: (a) Para determinarmos a função preço vamos escrever o preço P em função
da demanda D, ou seja, isolamos P na equação:
2 D 3 P 60 0
3 P 2 D 60
2 D 60
P
3
2D 60
P
3 3
2
P D 20
3
(b) Para determinar a função demanda vamos escrever a demanda em função do preço
P. Assim, temos:
2 D 3 P 60 0
2 D 3 P 60
3 P 60
D
2
3P 60
D
2 2
3
D P 30
2
(c)
36
(d) A demanda para P=10 é obtida quando substituímos P por 10 na função demanda
encontrada no item (b).
3
D (10 ) (10 ) 30
2
30
D (10 ) 30
2
D (10 ) 15 30
D (10 ) 15
37
3.4. Teste seus conhecimentos
1) Considere a equação de reta y = - 2x + 3. Determine coeficiente linear,
coeficiente angular, se a reta é crescente ou decrescente e construa o gráfico da
função. Apresente também o valor de x para o qual a reta corta o eixo horizontal,
e o valor de y onde a reta corta o eixo y.
38
CAPÍTULO – IV
f : ℝ→ℝ
f ( x ) ax bx c
2
39
comum, é usando a conhecida “Fórmula de Báskara”, ou seja, fazendo
b 4 ac
2
b
x .
2a
b b
a ordenada do vértice) assim, o vértice é V , f . Quando a concavidade da
2a 2a
parábola é voltada para cima (a>0) o vértice é denominado ponto de mínimo da função
e, quando a concavidade é voltada para baixo (a<0) o vértice é o ponto de máximo da
função. O vértice da parábola também determina o conjunto imagem da função do 2º.
f ( x ) ax bx c Im( f ) [ y v , )
2
Grau. A imagem de será quando a curva é voltada
para cima (a>0) e será Im( f ) ( , y v ] quando a curva é voltada para baixo (a<0).
Para construirmos o gráfico de uma parábola podemos fazer uma tabela de valores onde
a partir do vértice escolhemos no mínimo mais dois números reais à esquerda (ou
menores) de xv e dois números à direita (maiores) de xv para termos simetria com
relação à reta x = xv .
b 4 ac
2
b
quadrática, que, por sua vez, depende do valor encontrado em x .
2a
Assim:
4 ac 0
2
quando b temos duas raízes reais diferentes, ou seja, 2 (dois) pontos
de corte no eixo x;
4 ac 0
2
quando b temos duas raízes reais iguais, ou seja,1 (um) ponto de
corte no eixo x;
40
quando b
2
4 ac 0 temos duas raízes complexas, ou seja, 0 (nenhum) ponto de
corte no eixo x.
y 2x 5x 3
2
Exemplo 1. Dada a função quadrática definida pela lei apresente o
domínio, a imagem, os zeros da função (se existirem), o vértice (ponto de máximo ou
mínimo da função quadrática) e faça um esboço do seu gráfico.
Resolução: Observe que o domínio da função quadrática sempre será o conjunto dos
números reais, salvo se a lei da função for aplicada a um problema da realidade.
Vamos começar determinando o vértice, sabendo que a 2, b 5 e c 3 .
b (5) 5
xv 1 , 25
2a 2 .2 4
y v f ( x v ) f (1 , 25 ) 2 (1 , 25 ) 5 (1 , 25 ) 3 3 ,125 6 , 25 3 0 ,125
2
E, encontramos V 1 , 25 ; 0 ,125 .
Como a 2 0 temos que a parábola possui concavidade voltada para cima e isso
indica que o vértice é um ponto de mínimo e ainda que Im( f ) [ 0 ,125 ; ) .
(5) (5) 4 .2 .3
2
b 4 ac 5 25 24 5 51
2
b 1
x
2a 2 .2 4 4 4
51 6 5 1 4
x1 1, 5 x2 1
4 4 4 4
41
Temos agora os cortes nos eixos. No eixo y o corte será em (0,3), já que c = 3, e no
eixo x será nos pontos (1,5;0) e (1,0).
Para construirmos o gráfico vamos agora considerar a seguinte tabela:
X y f (x) 2 x
2
5x 3
0 3 (valor de c)
1 0 (zero da função)
x v 1 , 25 y v f (1 , 25 ) 0 ,125
y x 3
2
Exemplo 2. Dada a função quadrática definida pela lei apresente o
domínio, a imagem, os zeros da função (se existirem), o vértice (ponto de máximo ou
mínimo da função quadrática) da função e faça um esboço do seu gráfico.
Resolução: Observe que o domínio da função quadrática é o conjunto dos números
reais.
Agora, temos que a 1, b 0 e c 3 . O vértice será V 0 , 3 , pois:
b 0
xv 0 y v f ( x v ) f (0 ) 0 3 3
2
e .
2a 2 .( 1 )
Como a 1 0 temos que a parábola possui concavidade voltada para baixo e isso
indica que o vértice é um ponto de máximo e ainda que Im( f ) ( , 3 ] .
42
Vamos determinar os zeros da função com a 1, b 0 e c 3 :
(0) 4 .( 1 ).( 3 )
2
b 4 ac 0 0 12 0 12
2
b (0 )
x .
2a 2 .( 1 ) 2 2
Observe que não encontramos raízes reais, isto significa que não temos cortes no eixo x.
No eixo y o corte será em (0,-3), já que c = - 3, que é exatamente o vértice da função.
Para construirmos o gráfico vamos agora considerar a seguinte tabela:
X y f (x) x
2
3
-2 f (2) (2)
2
3 4 3 7
-1 f ( 1) ( 1)
2
3 1 3 4
xv 0 y v f (0 ) 3
1 f (1 ) (1 )
2
3 1 3 4
2 f (2) (2)
2
3 4 3 7
43
estará sempre no intervalo [0,+∞). De modo geral, podemos dizer que a função custo
consiste de uma parte variável (que corresponde ao gasto com a produção, como compra
de matéria prima e mão-de-obra), denominada de custo variável, e de uma parte fixa
(que corresponde aos gastos fixos, como por exemplo a manutenção das instalações) ,
chamada de custo fixo. A função custo é obtida quando somamos o custo variável ao
custo fixo:
C = Cv+Cf
Exemplo 3: Uma empresa fabrica calças e seu custo de produção é dado, em relação a
C (q ) q 20 q 25
2
quantidade produzida, pela equação do custo .
a) Qual o custo para produzir 0(zero) unidades? Qual o significado disso?
b) Qual o custo para produzir 15 unidades de calças?
c) Qual a quantidade que deve ser produzida para que tenhamos custo máximo?
d) Faça um esboço do gráfico da função custo.
Resolução: (a) Para determinar o custo de 0 unidades devemos substituir 0 na variável
C (0 ) 0 20 . 0 25 25
2
independente q, assim obtemos que indica que o custo
fixo de produção é $25.
(b) O custo para produzir 15 unidades será determinado por
C (15 ) (15 ) 20 . 15 25 100
2
. Assim, o custo para produzir 15 unidades será de
$100.
(c) Para determinarmos a quantidade a ser produzida para obtermos custo máximo,
vamos observar que a lei do custo indica uma parábola com concavidade voltada para
baixo e, portanto o vértice será o ponto de máximo da função. Assim, basta
b 20
determinarmos as coordenadas do vértice: qv 10 e
2a 2 .( 1 )
C v C ( q v ) (10 ) 20 . 10 25 125 q v 10
2
. O valor é a quantidade produzida para
44
determinamos os cortes nos eixos e o vértice da parábola para nos auxiliar na
construção. Assim, considerando que a 1, b 20 e c 25 temos:
i) Vértice (já determinado no item (c)): q v 10 e C v C ( q v ) 125 .
ii) Raízes (corte no eixo x/quantidade):
( 20 ) 4 .( 1 ).( 25 )
2
b 4 ac 20 400 100 20 22 , 36
2
b ( 20 )
q
2a 2 .( 1 ) 2 2
q 1 21 ,18 e q 2 1 ,18 ( não tem sentido no problema )
iii) Corte no eixo y/Custo: O valor de c na equação quadrática é c=25 então o corte no
eixo do custo será no ponto (0,25);
iv) Tabela:
Q C (q ) q
2
20 q 25
0 25
5 C (5 ) (5 )
2
20 . 5 25 100
10 125
15 100
21,18 0
Assim, o gráfico fica:
É importante ressaltar que sendo o gráfico uma parábola e considerando que abscissa do
vértice é q v 10 observamos que para quantidades entre 0 e 10 o custo é crescente
(veja que conforme o valor de q aumenta o custo C também aumenta). Quando
chegamos a q=10 temos o custo máximo de produção que é C=125. Para valores de q
maiores do que 10 o custo é decrescente (o valor de q aumenta e o custo diminui).
45
4.3. Função Receita
A função receita descreve o total recebido pela venda de uma quantidade
variável de certo produto (a receita depende da quantidade vendida). Quando o preço
unitário de venda do produto é fixo (po) a função receita será definida pelo produto do
preço fixo (po) pela quantidade comercializada q, ou seja:
R= po.q
Nesse caso temos que a função receita é uma função do primeiro grau crescente
e que passa pela origem. Observe o exemplo 4, abaixo.
Exemplo 4: Considere que uma empresa que fabrica calças vende cada peça ao preço
unitário de R$8,00. Determine a função receita e o seu gráfico.
Resolução: Considerando que o preço é fixo temos que a receita será dada por R=8.q,
ou seja, a função receita será dada por R(q)=8q. Pelo estudado no capítulo anterior
observamos que a função é do primeiro grau e então marcamos dois pontos (0,0) e (1,8)
e traçamos a reta (crescente). Veja o gráfico:
R= p.q
R= p.q
46
Exemplo 5: Considere que a empresa que fabrica calças determinou que a sua demanda
p
variasse conforme o preço, de acordo com a função D ( p ) 20 . Qual será sua
2
Lembre-se que demanda é quantidade, assim podemos considerar que a função preço
fica relacionada com a quantidade da seguinte maneira:
p 2 q 40
Como a receita é obtida pelo produto do preço pela quantidade temos que:
R p . q ( 2 q 40 ) q 2 q 40 q
2
R 2q 40 q
2
O gráfico da receita será uma parábola com concavidade voltada para baixo. Veja:
47
C (q ) q 20 q 25
2
Exemplo 6: Considerando a função custo, , e receita
R (q ) 2q 40 q
2
, apresentadas nos exemplos anteriores, obtenha a função lucro.
Construa o gráfico da função lucro obtida.
Resolução: De acordo com a definição temos que L(q) = R(q) - C(q) então, neste caso
obtemos:
L (q ) 2q 40 q ( q 20 q 25 ) 2 q 40 q q 20 q 25 q 20 q 25
2 2 2 2 2
L (q ) q 20 q 25
2
Observe que a função lucro é quadrática e, portanto, seu gráfico será uma parábola.
Observe:
A função lucro do exemplo foi obtida a partir de uma função receita que varia conforme
a quantidade demandada e lembre-se que a função demanda varia em função do preço.
Assim quando o preço aumenta a demanda baixa e, consequentemente o lucro também.
No gráfico observamos que o lucro é crescente até q=10, onde temos o vértice (ponto de
máximo da função) a partir de q=10 o lucro decresce.
48
break-even point. Observe que o break-even point é o ponto de intersecção das funções
receita e custo.
C (q ) q 20 q 25
2
Exemplo 7: Considerando a função custo, , e receita
R (q ) 2q 40 q
2
, apresentadas anteriormente, obtenha o break-even point. Apresente
o gráfico das duas funções no mesmo sistema de eixos.
Resolução: Para determinarmos o break-even point fazemos:
R (q ) C (q )
2q 40 q q 20 q 25
2 2
2q 40 q q 20 q 25 0
2 2
q 20 q 25 0
2
Obtemos agora uma equação do 2º. grau que pode ser resolvida pela fórmula de
“Báskara”, com a 1, b 20 e c 25 Observe:
( 20 ) 4 .( 1 ).( 25 )
2
b 4 ac 20 400 100 20
2
b ( 20 ) 300
q
2a 2 .( 1 ) 2 2
20 17 , 32 20 17 , 32
q1 1 , 34 q2 18 , 66
2 2
Nesse exemplo obtemos dois valores para qe, quantidade de nivelamento e, portanto
teremos dois pontos de nivelamento. Observe que os valores encontrados são as
abscissas dos pontos. Para determinarmos as ordenadas devemos substituir os valores
encontrados na função receita ou na função custo. Assim, usando a função receita,
temos:
R ( q 1 ) 2 (1 , 34 ) 40 .( 1 , 34 ) 3 , 5912 53 , 6 50 , 0088
2
Observe os break-even points no gráfico das duas funções feitas no mesmo sistema de
eixos:
49
Considerando a função lucro (do exemplo 6) obtida a partir das funções custo e
receita do exemplo acima veja o que ocorre quando construímos o gráfico das três
funções no mesmo sistema de eixos:
50
Exemplo 8: Considere que em tempo de estiagem a produção de certo produto agrícola
depende da quantidade de adubo empregado. Pode-se considerar a seguinte expressão
P 9 8q q
2
matemática para esta função ou dependência , onde q denota a
quantidade de adubo empregado em sacas e P a quantidade do produto colhido também
em sacas. Pede-se:
a) Esboce o gráfico cartesiano desta função.
b) Existe valor de q para que a produção seja máxima? E nula?
Resolução: Inicialmente vamos encontrar alguns pontos importantes para construir o
gráfico da parábola, onde a 1, b 8 e c 9 :
8
qv 4 Pv P ( q v ) 9 8 . 4 4 9 32 16 9 16 25
2
i) Vértice: e .
2 .( 1 )
Temos então V ( 4 , 25 ) .
ii) Raízes (corte no eixo x/quantidade de adubo):
(8 ) 4 .( 1 ).( 9 )
2
b 4 ac 8 64 36 8 8 10
2
b (8 ) 100
q
2a 2 .( 1 ) 2 2 2
18 2
q1 9 e q2 1 ( não tem sentido no problema )
2 2
0 9
2 P ( 2 ) 9 8 .2 2
2
9 16 4 21
4 25
6 P ( 6 ) 9 8 .6 6
2
9 48 36 21
9 0
Assim, o gráfico fica:
51
(b) O valor de q para que a produção seja máxima é q = 4 (que é a abscissa do vértice).
Para que tenhamos produção nula a quantidade deve ser q = 9 (que é a raiz positiva).
A 2 0 , 25 x x 2
2
segundo a função . Nas duas funções x indica o tempo, em meses,
transcorrido a partir da data da compra das ações.
a) Determine os valores das ações de Márcia e Artur, mês a mês, em um período de
seis meses, a contar da data inicial x=0. Construa uma tabela indicando o tempo
e os valores encontrados;
b) Construa o gráfico das duas funções no mesmo sistema de eixos;
c) Qual foi a melhor aplicação, considerando os primeiros seis meses?
Resolução: (a) Vamos construir uma tabela com três colunas, x (tempo), A1 e A2.
x (tempo) A 1 0 , 25 x 2 (Márcia) A 2 0 , 25 x
2
x 2 (Artur)
0 0 , 25 0 2 2 0 , 25 0
2
0 2 2
1 0 , 25 1 2 2 , 25 0 , 25 1
2
1 2 1 , 25
2 0 , 25 2 2 2 , 50 0 , 25 2
2
2 2 1
3 0 , 25 3 2 2 , 75 0 , 25 3
2
3 2 1 , 25
52
4 0 , 25 4 2 3 0 , 25 4
2
4 2 2
5 0 , 25 5 2 3 , 25 0 , 25 5
2
5 2 3 , 25
6 0 , 25 6 2 3 , 50 0 , 25 6
2
6 2 5
(c) Observando a tabela e o gráfico podemos concluir que nos meses 1,2,3, e 4 da
aplicação as ações de Márcia foram mais rentáveis. No quinto mês o resultado foi o
mesmo para as duas e, a partir do sexto mês a aplicação de Artur possui melhor
desempenho.
R ( q ) 0 ,5 q 4 ,5 q
2
Exemplo 10: Considere as funções C ( q ) 0 , 4 q 1, 5 e receita e
apresente o que se pede em cada item.
a) A receita máxima;
b) O custo fixo;
c) Os pontos de intersecção entre a função custo e receita;
d) Apresente a lei da função Lucro;
e) O intervalo onde o lucro é positivo.
Resolução: Vamos ver item por item:
(a) Para determinar a receita máxima calculamos o vértice da função
R ( q ) 0 ,5 q 4 ,5 q
2
, onde a 0 , 5 ,b 4 , 5 e c 0 . Então:
4 ,5
qv 4 ,5 R ( q v ) 0 ,5 ( 4 ,5 ) 4 , 5 4 , 5 10 ,125 20 , 25 10 ,125
2
2 ( 0 ,5 )
53
(b) O custo fixo é de Cf = 1,5.
(c) Para determinarmos os pontos de intersecção fazemos R (q ) C (q ) assim:
R (q ) C (q )
0 ,5 q 4 , 5 q 0 , 4 q 1, 5
2
0 ,5 q 4 , 5 q 0 , 4 q 1, 5 0
2
0 ,5 q 4 ,1 q 1 , 5 0
2
C ( 7 , 82 ) 0 , 4 7 , 82 1, 5 4 , 628
L ( q ) 0 ,5 q 4 , 5 q ( 0 , 4 q 1, 5 )
2
L ( q ) 0 ,5 q 4 ,1 q 1 , 5
2
(e) Para descrever o intervalo onde o lucro é positivo basta vermos quais são as
abscissas dos pontos de intersecção entre o custo e a receita, ou seja,
q 1 0 , 38 e q 2 7 , 82 . Assim temos que o lucro é positivo entre q = 0,38 e q = 7,82.
54
4.6. Teste seus conhecimentos
y 2 x 7 x 3
2
1. Dada a função quadrática definida pela lei apresente o domínio, a
imagem, os zeros da função (se existirem), o vértice (ponto de máximo ou mínimo da
função quadrática) da função e faça um esboço do seu gráfico.
2. Uma empresa constatou que existe uma relação entre a sua produção e o número de
P ( x ) 36 x 2 x
2
funcionários expressa pela fórmula matemática onde P representa a
produção e x o número de funcionários. Pede-se:
a) Elabore uma tabela para obter a produção P a partir do número de
funcionários x. (Obtenha pelo menos até 18 contratações).
b) A produção é crescente ou decrescente?
c) Com que número de funcionários a produção da empresa será maior?
d) Esboce o gráfico cartesiano desta função com base na tabela feita no item
(a).
2
p p
C (q ) 2q 48 q 20 q 36
2
3. Sejam ; ; , respectivamente, as funções
10 2
4. Sabe-se que o custo C, em reais, para produzir x unidades de um produto é dado pela
C (q ) q 90 q 4500
2
função . Qual deve ser a quantidade de unidades produzidas
para que o custo seja mínimo?
55
CAPÍTULO – V
1
O software pode ser encontrado e baixado de forma gratuita na internet no site http://www.geogebra.org
56
Exemplo 1: Gráficos de funções polinomiais.
4 2
f (x) x
3
2x
2
x5 f (x) x 3x x 20
5 3
f (x) 5x 4x x f (x) 3x
4
4x
2
x
57
Exemplo 2: Observe os gráficos de funções potência para o caso de expoente inteiro,
positivo, par e ímpar.
n par n ímpar
lembrar que uma potência fracionária pode ser representada por meio de raízes, sendo
p 1 1
q q p 5
que x x . Assim, por exemplo, temos x 5 x ou x2 x . No caso de termos
um expoente fracionário, para considerar o domínio da função, vamos avaliar que
1
5
quando tratamos de uma raiz com índice ímpar como em x5 x , o valor de x pode
assumir qualquer valor real, mas quando temos uma raiz de índice par como em
1
58
f (x) x
Domínio: [0,+∞)
x f (x) x
0 0
1 1
4 2
9 3
16 4
g (x) x 3
Domínio:[-3,+∞)
x g (x) x 3
-3 0
-2 1
0 3
1 2
6 3
h(x) x 3
Domínio: [3,+∞)
x h(x) x 3
3 0
4 1
7 2
12 3
19 4
59
3 3 3
Exemplo 4: Considere as funções f (x) x , g (x) x 2 e h(x) x2 .
Determine o domínio das funções, e construa o gráfico de cada uma, usando o auxílio
de uma tabela de valores.
3
f (x) x
Domínio:(-∞,+∞)
x f (x)
3
x
-8 -2
-1 -1
0 0
1 1
8 3
3
g (x) x 2
Domínio:(-∞,+∞)
x g (x)
3
x 2
-10 -2
-3 -1
-2 0
-1 1
6 2
3
h(x) x2
Domínio:(-∞,+∞)
x h(x)
3
x 2
-6 -2
1 -1
2 0
3 1
10 2
k
passa a ser escrita da seguinte forma f (x) com m = - n e, portanto positivo. O
m
x
domínio dessa função é o conjunto dos números reais não nulos, pois o denominador
não pode ser zero.
60
Exemplo 5: Vamos agora considerar duas situações especiais para a expressão
n
f (x) x com n = -1 e n = - 2 e ver o comportamento do gráfico.
1 1 2 1
f (x) x g (x) x 2
x x
1 1
Nos gráficos das funções f (x) e g (x) 2
o eixo y é chamado de assíntota
x x
vertical da função observe que, conforme o valor de x vai se aproximando de zero, o valor
de y vai aumentando ou diminuindo mas, como x não pode ser zero, o gráfico da função não
corta o eixo y. Já o eixo x é denominado de assíntota horizontal, conforme o valor de x vai
aumentando, ou diminuindo o gráfico se aproxima do eixo x, sem nunca tocar o eixo pois o
valor de y nunca será zero. As assíntotas podem ser deslocadas dos eixos, conforme a
função. Observe o exemplo abaixo, onde as assíntotas verticais são deslocadas para a
esquerda ou para a direita.
Exemplo 6: Com base nos exemplos anteriores, determine o domínio das funções
1 1
f (x) e g (x) e construa o gráfico de cada uma.
x 3 x 3
1
f (x) , observe que o domínio é D(f) = ℝ-{-3}. A reta x= - 3 é a assíntota
x 3
vertical.
61
1
g (x) , observe que o domínio é D(f) = ℝ-{3}. A reta x= 3 é a assíntota vertical.
x 3
62
f (x) b 0 b 1
x
com
f (x) b b 1
x
com
Função decrescente
Função crescente
x
1
Curiosidade: O número e de Euler é definido por e lim 1 e é a inicial
x
x
de último nome de Leonhard Euler (1707-1783), que foi quem introduziu a notação.
Não podemos calcular diretamente o número irracional e, mas podemos, utilizando a
definição, obter aproximações para e. Observe a tabela:
x 1 10 100 1000 10000 100000
x 2 2,5937... 2,7048... 2,716923... 2,718146... 2,7182682...
1
1
x
x
1
f ( x ) 2 .5 h(x) e
x x
Exemplo 7: Esboce o gráfico das funções , g (x) e ,
4
63
Observe que nos gráficos do exemplo 7 temos que o eixo x é uma assíntota
horizontal.
Resolução: Observe inicialmente que, o corte no eixo y ocorre em y=3, isso indica que
f (x) 3 b
x
a=3. Assim, queremos determinar a lei da função f de tal forma que e que
y 3 .b 6 3 .b b 2 b 2 b
x x x
quando x=2 temos y=6. Então: 2 .
Vale observar que o valor de b (base da exponencial) deve ser positivo de acordo, com a
definição da função exponencial. Concluímos então que a função procurada é
f (x) 3 (
x
2) .
escreve-se log b
x y .
x y b x
y
log b
b é a base do logaritmo;
x é o logaritmando;
y é o logaritmo (ou expoente);
para que exista o logaritmo, devemos considerar sempre que: b > 0, b ≠ 1 e x>0.
64
Consequências da definição e propriedades dos logaritmos:
1 0 b 1
0
a) log b
b 1 b b
1
b) log b
x
d) Propriedade do Quociente: log log x log y
b b b
y
m log
m
e) Propriedade da Potência: log b
(x) b
x (esta propriedade será muito utilizada
nos problemas que envolvem a aplicação da função exponencial, pois nos permite isolar
uma variável que está no expoente).
Observações importantes:
1) Quando a base b = 10, costumamos escrever apenas log x ;
2) Quando a base b = e (número de Euler) escrevemos ln x ;
3) Para usar a calculadora em que temos base 10 ( log x ) ou base e ( ln x ) devemos
log x
considerar a mudança de base para logaritmos log x
a
, fazemos uso de uma
b
log a
b
log x ln x
das duas igualdades log b
x ou log b
x .
log b ln b
f ( x ) log b
x f ( x ) log b
x
65
Exemplo 9: Determine o domínio das funções f ( x ) ln( x ) e g ( x ) ln( x 2 ) e
construa o gráfico de cada uma.
Resolução: Observe que na função f ( x ) ln( x ) temos que a base é o número de Euler
(e) cujo valor é maior do que 1, sendo assim, o gráfico da função possui comportamento
crescente. Já na função g ( x ) ln( x 2 ) vale a mesma consideração, porém quando
somamos 2 ao argumento da função temos um deslocamento de duas unidades para a
esquerda, modificando o gráfico e, nesse caso também o domínio da função.
f ( x ) ln( x ) , base e >1, crescente. g ( x ) ln( x 2 ) , base e >1, crescente.
66
Exemplo 10: Determine o domínio das funções f ( x ) log 2
( x 8) e
g ( x ) log 1
( x 2) e construa o gráfico de cada uma.
2
1
que a base é que é um número positivo e menor do que 1, o que indica um gráfico
2
decrescente. Vale ainda observar que quando somamos 2 ao argumento da função temos
um deslocamento de duas unidades para a esquerda, modificando o gráfico e, nesse caso
também o domínio da função que será (-2,+∞).
f ( x ) log ( x 8) , base 2 >1, crescente. 1
2
g ( x ) log 1
( x 2) , base 1,
2
D(f) = (8,+∞) Im(f) = ℝ
2
67
5.5. Teste seus conhecimentos
1
1. Construa o gráfico das funções abaixo, considerando como base a função f (x) .
x
2. Construa o gráfico das funções abaixo, considerando como base a função f (x) x .
Observando, em cada caso, os deslocamentos verticais, o domínio e a imagem.
a) f (x) x 4 b) f (x) x 4
f (x) 3 e
x
68
f (x) 3 e
x
5. Com o auxílio de uma calculadora científica calcule o valor de x em cada caso. Use
no mínimo 4 casas decimais para arredondamento.
x e i) x log
3 1
a) 1
(3)
e) x (1 , 47 ) 2 2
x 0 ,5
4
b)
x ( 1 , 35 ) x log
5
f) j) 2
( 235 )
2
1
c) x
g) x log 3
( 0 , 75 ) k) x ln( 5)
x ( 0 , 65 )
3
d) h) x log( 13 ) l) x log( 5)
69
CAPÍTULO – VI
Aplicações das Funções
na Economia e Administração
Introdução
Nos capítulos anteriores estudamos as funções matemáticas e muitas de suas aplicações
na economia e administração. Nesse capítulo temos por objetivo apresentar algumas
aplicações que ainda não foram discutidas, apresentando em cada um dos exemplos um
modelo diferente função.
70
S ( y) y C ( y)
S ( y ) y ( 0 , 6 y 120 )
S ( y ) y 0 , 6 y 120
S ( y ) 0 , 4 y 120
Exemplo 2: Um corretor de imóveis possui uma renda variável que depende do valor da
venda x do imóvel. Supondo que a renda do corretor seja modelada pela função
y 0 , 02 x e que a poupança seja determinada por S ( y ) 0 , 35 y 25 , apresente a
função poupança e a função consumo, em função do valor de venda x do imóvel.
Apresente também a renda, o consumo e a poupança do corretor quando vender um
terreno no valor de R$150.000,00.
Resolução: Nesse exemplo devemos reescrever a função poupança em função de uma
nova variável, o valor de venda do imóvel que é denotado por x. Assim, vamos começar
pela função poupança, que já foi apresentada no problema, observe:
y 0 , 02 x e S ( y ) 0 , 35 y 25
S ( x ) 0 , 35 . 0 , 02 x 25
S ( x ) 0 , 007 x 25
e então temos:
C ( y) y S ( y)
C ( y ) y ( 0 , 35 y 25 )
C ( y ) y 0 , 35 y 25
C ( y ) 0 , 65 y 25
71
C ( y ) 0 , 65 y 25
C ( x ) 0 , 65 ( 0 , 02 x ) 25
C ( x ) 0 , 013 x 25
Vale observar que o último item do problema também poderia ter sido resolvido na
variável y, ou seja, usando nas funções consumo e poupança o valor de y, assim:
Renda: Consumo: Poupança:
y 0 , 02 x C ( y ) 0 , 65 y 25 S ( y ) 0 , 35 y 25
Exemplo 3: Um jardineiro dispõe de R$300,00 para comprar flores e terra para fazer a
manutenção de um jardim. Cada muda de flor que o jardineiro pretende comprar custa
R$28,00 e cada saco de 10kg de terra custa R$8,00. Apresente o que se pede em cada
item:
a) A restrição orçamentária do jardineiro.
b) Construa o gráfico da restrição orçamentária.
c) Qual a quantidade de sacos de terra que poderão adquiridos se o jardineiro
comprar sete mudas de flor?
72
d) Qual a quantidade de mudas que poderão ser compradas se o jardineiro comprar
seis sacos de terra?
Resolução: Vamos inicialmente indicar a quantidade de cada um dos itens (muda de
flor e terra) com uma variável diferente, por exemplo, x = quantidade de mudas de flor e
y = sacos de terra. Assim, a restrição orçamentária do jardineiro será definida por:
28 x 8 y 300 .
Para construir o gráfico da restrição orçamentária vamos inicialmente isolar uma das
variáveis. Como geralmente, escrevemos y em função de x, vamos ter então:
28 x 300
28 x 8 y 300 8 y 28 x 300 y 3 , 5 x 37 , 5
8
y 3 , 5 x 37 , 5
No item (d) devemos determinar a quantidade de mudas que poderão ser compradas se
o jardineiro comprar seis sacos de terra, sendo assim, fazemos:
y 3 , 5 x 37 , 5 e y 6
6 3 , 5 x 37 , 5
6 37 , 5 3 , 5 x
31 , 5 3 , 5 x
31 , 5
x
3 ,5
9 x
73
Isso nos permite concluir que se o jardineiro comprar 6 sacos de terra só poderá
comprar 9 mudas de flor.
0 P ( 0 ) 10 0 0
1 P (1 ) 10 1 10
4 P ( 4 ) 10 4 10 . 2 20
9 P ( 9 ) 10 9 10 . 3 30
16 P (16 ) 10 16 10 . 4 40
Observe que a construção do gráfico e da tabela também nos permite ver que a função
dada é uma função crescente.
Para responder a questão proposta no item (c) vamos considerar que se a quantidade de
insumos for quadruplicada teremos 4q ao invés de q o que nos dá
74
P ( q ) 10 q
P ( q ) 10 4q
P ( q ) 10 4 q
P ( q ) 10 . 2 . q
P ( q ) 20 q
350 70 t 2 c 2
1 1 1 1
350
t 2c 2
t 2c 2
5
70
2
2
1 1
5 5
t 2
t 2
1 1
2
c 2
c
25
t
c
25
Assim, o trabalho em função do capital será dado por t . A função é uma função
c
cujo gráfico também foi apresentado no capítulo 5, mais precisamente nos exemplos 5 e
6. Vale lembrar que nesse exemplo as constantes t e c são positivas e, por esse motivo o
gráfico apresentado estará somente no primeiro quadrante. Também nesse caso faremos
uma tabela para facilitar a compreensão.
75
Tabela Gráfico:
C 25
t
c
0,25 25
t 100
0 , 25
1 25
t 25
1
2,5 25
t 10
2 ,5
5 25
t 5
5
7,5 25
t 3 , 33
7 ,5
10 25
t 2 ,5
10
Função Receita: R (q ) R (q )
Receita média ou unitária: R me ( q )
q
76
(quantidade produzida) por 8, ou seja, C v (q ) 8q e uma parte fixa, C f
(q ) , que, de
justamente a função preço apresentada pois quando dividimos a receita pela quantidade
q
2
2
20 q q
2
R (q ) 10 20 q 10 q 1 q
q, obtemos R me ( q ) 20 . 20 .
q q q q 10 q 10
120
função custo médio é definida por C me ( q ) 20 . Para completar a tabela vamos
q
77
6.5. Juros Compostos
Na matemática financeira você estuda o regime capitalização de Juros
Compostos onde os juros são capitalizados ao final de cada período, o que significa que
a taxa de juros incide sobre o capital inicial, acrescido dos juros acumulados até o
período anterior. Nesse regime, considerando que C é o valor inicialmente aplicado ou
capital, M o montante recebido após um período de tempo n e i a taxa de juros aplicada,
M C (1 i )
n
temos a seguinte relação .
Exemplo 8: O montante de uma aplicação financeira no decorrer dos anos é dado por
M ( x ) 300 (1 , 05 )
x
, onde x representa o mês após a aplicação e x=0 o momento em
que foi realizada a aplicação. Com base nestas informações apresente o que se pede em
cada item.
a) Qual o valor inicialmente aplicado?
b) Qual o montante da aplicação após 8 meses?
c) Qual o tempo, em meses, que deverá transcorrer para que tenhamos um
montante de, no mínimo, R$600,00 na aplicação?
d) Qual o tempo, em meses, que deverá transcorrer para que tenhamos um
montante de, no mínimo, R$1.200,00 na aplicação?
Resolução: De acordo com o problema, o montante gerado pela aplicação financeira é
M ( x ) 300 (1 , 05 )
x
dado pela lei . Logo, se queremos determinar o valor aplicado
inicialmente, devemos considerar que x=0, na função. Assim, teremos:
M ( x ) 300 (1 , 05 ) M ( 0 ) 300 .( 1 , 05 ) 300 . 1 300
x 0
.
78
Para encontrarmos o montante após 8 meses de aplicação fazemos x=8 e teremos:
M ( x ) 300 (1 , 05 ) M ( 8 ) 300 .( 1 , 05 ) 300 .( 1 , 4775 ) 443 , 25
x 8
Nos itens c e d nos é solicitado o tempo de aplicação, nestes casos devemos isolar o x na
função e, para isso, fazemos uso da função logarítmica e das propriedades dessa função
que foram apresentadas no capítulo anterior. Para facilitar os cálculos usaremos o
logaritmo natural que nas calculadoras científicas é determinado pela tecla ln.
Inicialmente vamos isolar a variável x, observe:
M ( x ) 300 (1 , 05 )
x
M 300 (1 , 05 )
x
M
(1 , 05 )
x
300
M
x
(1 , 05 )
300
M
ln (1 , 05 )
x
ln
300
M
x ln 1 , 05 ln
300
M
ln
300
x
ln( 1 , 05 )
Agora que a variável x está isolada, vamos determinar o que é pedido no item (c), ou
seja, calcular o tempo, em meses, de aplicação para que tenhamos um montante de no
mínimo R$600,00. Assim:
M 600
ln ln
300 300 ln( 2 ) 0 , 693147
x x 14 , 20674 .
ln( 1, 05 ) ln( 1, 05 ) ln( 1, 05 ) 0 , 04879
Podemos concluir então que para obtermos um mínimo de R$600,00 o capital inicial
deve ficar aplicado por pelo menos 15 meses.
Agora vamos calcular o tempo, em meses, de aplicação para que tenhamos um montante
de no mínimo R$1.200,00.
M 1200
ln ln
300 300 ln( 4 ) 1, 386294
x x 28 , 4135 .
ln( 1, 05 ) ln( 1, 05 ) ln( 1, 05 ) 0 , 04879
Podemos concluir então que para obtermos um mínimo de R$1.200,00 o capital inicial
deve ficar aplicado por pelo menos 29 meses.
79
Exemplo 9: Em que prazo um empréstimo de R$3.500,00 pode ser quitado em um
único pagamento de R$15.049,37, se a taxa de juros composta contratada é de 20%aa?
Resolução: Considerando que C=3500 é o valor inicial ou capital, M=15049,37 o
montante que será pago após um período de tempo n e a taxa de juros que será aplicada
20
i 0 ,2 M C (1 i )
n
é i=20%, ou seja, . Então, considerando a relação , temos:
100
M C (1 i )
n
15049 , 37 3500 (1 0 , 2 )
n
15049 , 37
(1 , 2 )
n
3500
(1 , 2 )
n
4 . 29982
ln( 4 , 29982 )
n
ln( 1 , 2 )
1 , 458573161
n
0 ,182321556
n 8
o tempo decorrido.
Exemplo 10: Suponha que 200 peixes sejam colocados em um tanque próprio para
criação e reprodução. Após quatro meses, a população de peixes está em 350. Um
estudo prevê que a quantidade de peixes que o tanque pode suportar é de 1.000 peixes.
Apresente uma equação para o número de peixes no tanque, t meses após os primeiros
80
200 peixes terem sido ali depositados. Aproximadamente quantos peixes teremos no
tanque após 6 meses?
M
Resolução: Considerando a equação y Mkt
e os dados do problema, que
1 Be
indicam que M=1000 e que a quantidade inicial é 200 temos condições de calcular a
constante B, assim se t = 0 e y = 200 temos:
M 1000
y 200 200 (1 Be ) 1000
0
Mkt 1000 . k . 0
1 Be 1 Be
800
200 200 B 1000 200 B 1000 200 200 B 800 B 4
200
ln( 0 , 5 ) 0 , 69314718
k 0 , 00017
4000 4000
E, assim encontramos k = 0,00017.
1000
A equação pedida no problema é então y 0 ,17 t
. Para determinarmos a
1 4e
Podemos dizer então que após 6 meses teremos aproximadamente 409 peixes no tanque.
81
6.7 Teste seus conhecimentos
1. Suponha que a função consumo seja dada pela equação C ( y ) 5 0 , 45 y y onde
y é a renda de uma determinada pessoa. Determine a função poupança. Qual será o
consumo e a poupança se a renda for de R$2304,00?
P (q ) q 4 .
a) Faça o gráfico da função produção.
b) A função produção é crescente ou decrescente?
tabela abaixo e faça o gráfico da função. Com base na tabela, você diria que a função é
crescente ou decrescente?
T 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P (t )
82
CAPÍTULO – VII
Introdução
A derivada é um dos conceitos mais importantes do cálculo e possui grande aplicação
na economia, administração e contabilidade. Nesse capítulo estudaremos inicialmente a
ideia intuitiva de limites, dando ênfase à observação de gráficos. Nosso objetivo
principal é construir o conceito de derivada como uma taxa de variação instantânea.
Veremos também as técnicas de derivação que serão utilizadas na construção de
gráficos e, no capítulo 8, na resolução de problemas aplicados.
livro:
83
podemos dizer que conforme a variável independente x vai tendendo a infinito, a
variável y vai tendendo a 75. Tal condição pode ser representada simbolicamente por
lim f ( x ) 75 .
x
20
Na função receita, r (q ) 25 , observamos que ocorre uma situação
q 1
84
lim f (x) 7
x 3
16
2
x
ii) Observe agora a função f (x) e ver o que ocorre com valores de x
x 4
85
1
iii) Vamos considerar a função f (x) e ver o que ocorre com o gráfico.
x 2
próximos de 2 são distintos dizemos que o limite não existe. Temos neste caso uma
situação de descontinuidade infinita.
Outra situação que podemos avaliar é o que ocorre quando x tende a +∞ (valores cada
vez maiores) e o que ocorre quando x tende a -∞ (valores cada vez menores). Observe
1
na lei da função f (x) que conforme o valor de x vai aumentando, o
x 2
gráfico e descrito por lim f (x) 0 . Agora, fazendo x ficar cada vez menor
x
1
(negativo), o denominador da expressão vai ficando cada vez menor (negativo),
x 2
mas em valor absoluto fica cada vez maior o que faz com que o resultado da fração
fique cada vez mais próximo de zero, assim temos lim f (x) 0 .
x
86
x 1 se x 1
iv) Observe agora a função f (x) e ver o que ocorre com
x 1
2
x se
87
No gráfico da função f acima observamos que a variável independente varia de x
até x+h, esta variação h x é denominada de incremento na variável x. Já a variável
dependente y varia de f(x) até f(x+h) e, a variação f (x h) f (x) y é o incremento
na variável y. A taxa média de variação de y em relação a x no intervalo [x,x+h] é
f (x h) f (x) f (x h) f (x) y
dada pelo quociente . A taxa instantânea de
x h x h x
y f (x h) f (x) ,
variação de y em relação a x é definida por lim lim f (x)
x 0 x h 0 h
repetitivo. Por este motivo vamos ver algumas regras de derivação, que são fórmulas,
para o cálculo das derivadas. A validade de tais regras pode ser demonstrada através do
limite, porém estas demonstrações serão omitidas, pois temos como objetivo maior a
aplicação das derivadas nas funções econômicas.
Considerando que f (x) e g (x) são funções diferenciáveis, temos:
7.3.1. Função Constante
y f (x) k , com k número real;
, ,
y f (x) 0
88
7.3.4. Regra da adição de funções
y f (x) g (x) y f (x) g (x)
, , , , , ,
y f (x) g (x) y f (x) g (x)
, , x , , x
y f (x) e y f (x) a ln a
, , 1 1
y f (x) y
, ,
f (x)
x x ln a
, , ,
y f (x) g (x) g (x) f (x)
, ,
, f (x) g (x) g (x) f (x)
y
2
[ g ( x )]
, n 1 ,
y n [ f ( x )] f (x)
iv) y = 4x 3
89
Resolução:
i) y = 3 (função constante) y’= 0
ii) y = x (função potência, com n=1) y’ = 1x1-1 = 1
iii) y = -7x-2 y’ = (-7).(-2)x-2-1 =14x-3
1 2
1
1 1 4
iv) y = 4x y’ = 4 .
3
x 3 x 3
3 3
Exemplo 3: Use as regras de derivação de 7.3.1. à 7.3.4 para calcular a derivada das
seguintes funções.
i) y=x+5 iii) y = -3x5 + 5x2 - 4x + 2
ii) y = -2x – 4 iv) y = -x4 + 4x3 -7x
Resolução:
i) y = x + 5 (função potência, com n=1, adição, função constante) y’ = 1 + 0 = 1;
ii) y = -2x – 4 y’ = (-2).1x1-1 – 0 = -2;
iii) y = -3x5 + 5x2 - 4x + 2 y’ = -3.5.x4 +5.2x – 4.1 + 0 = -15 x4 + 10x – 4
iv) y = -x4 + 4x3 -7x y’ = -1.4.x3 +4.3x2 – 4 = -4.x3 +12x2 – 7
Exemplo 4: Use as regras de derivação de 7.3.1. à 7.3.6 para calcular a derivada das
seguintes funções.
2 x
i) y 3x 4 x ln( x ) iii) y 2 4 log 1 ( x )
2
7 x
ii) y 5x e
iv) y 5 x ln( x ) 7
Resolução:
2 , 2 1 11 1 1
i) y 3x 4 x ln( x ) y 3 .2 .x 4 .1 .x 6x 4
x x
7 x , 7 1 x 8 x
ii) y 5x e y 5 .( 7 ) x e 35 x e
x , x 1 x 4
iii) y 2 4 log 1 ( x ) y 2 ln 2 4 . 2 ln 2
x ln( 1 / 2 ) x ln( 1 / 2 )
2
11 1 1
iv) y 5 x ln( x ) 7 5 . 1 . x 0 5
x x
Exemplo 5: Use as regras de derivação de 7.3.1. à 7.3.8 para calcular a derivada das
seguintes funções.
3x 2
i) y= iii) y (x 3 )(ln( x ) 4 )
2
x 1
90
3 3 3
ii) y (x 4 x )( 5 x 4) x 4x
iv) y
x
e 7
Resolução:
2
3x , 3x 3
i) y y Regra do quociente:
2 2 2
x 1 (x 1)
f (x) 3x g (x) x
2
1 2
1) 2 x . 3 x 3x
2
3
3x , 3( x
y y
2 , , 2 2 2 2
x 1
f (x) 3 g (x) 2 x (x 1) (x 1)
3 3 , 2 3 2 3
ii) y (x 4 x )( 5 x 4 ) y (3 x 4 )( 5 x 4 ) 15 x ( x 4 x ) Regra do produto:
f (x) x3 4 x g (x) 5x
3
4
3 3
y (x 4 x )( 5 x 4)
, 2 , 2
f ( x ) 3 x 4 g ( x ) 15 x
, 2 3 2 3
y (3 x 4 )( 5 x 4 ) 15 x (x 4 x)
2
2 , x 3
iii) y (x 3 )(ln( x ) 4 ) y 2 x ln( x ) 8 x Regra do produto:
x
f (x) x 2 3 g ( x ) ln( x ) 4
2
y (x 3 )(ln( x ) 4 ) 1
, ,
f (x) 2 x g (x)
x
, 1 2
y 2 x .(ln( x ) 4 ) .( x 3)
x
3 2 x x 3
x 4x , (3 x 4 )( e 7) e (x 4 x)
iv) y y Regra do quociente:
x x 2
e 7 (e 7)
f (x) x 3 4 x
3
4x g (x) e
x
7 2
4 )( e
x
7) e (x
x 3
4 x)
x , (3 x
y y
x , 2 , x x 2
e 7
f (x) 3x 4 g (x) e (e 7)
Exemplo 6: Use as regras de derivação de 7.3.1. à 7.3.10 para calcular a derivada das
seguintes funções.
2 4 2 3 x
i) y (2 x 3x 4) iii) y 5x e
ii) y (e
x
ln( x ))
6 iv) y log 3 ( 4 x 3 )
Resolução:
2 4
i) y (2 x 3x 4) Regra do expoente (função composta):
2 4 , 2 4 1 2 3
y (2 x 3 x 4) y 4 .( 2 x 3 x 4) .( 4 x 3 ) ( 16 x 12 )( 2 x 3 x 4)
x 6
ii) y (e ln( x )) Regra do expoente (função composta):
91
x 6 , x 6 1 x 7
y (e ln( x )) y 6 .( e ln( x )) 6 (e ln( x ))
2 3 x
iii) y 5x e Regra da cadeia:
2 3 x , 2 1 3 x 11 3 x
y 5x e y 2 .5 . x e ( 3 .x ) 10 x e ( 3)
, 1 11 4
y log 3 ( 4 x 3 ) y .( 4 x 0)
( 4 x 3 ) ln 3 ( 4 x 3 ) ln 3
92
Máximo Local Mínimo Local
Ponto de Inflexão
Ponto de Inflexão
(nem máximo, nem mínimo)
(nem máximo, nem mínimo)
Exemplo 7: Considerando a função receita R(q) = -2q2 + 1800q. Calcule sua derivada e
apresente o intervalo onde a função é crescente ou decrescente. Verifique também se
existem pontos de máximo, de mínimo ou de inflexão ou nenhum deles. Construa o
gráfico da função receita.
Resolução: R = R(q) = -2q2 + 1800q R’ = R’(q) = -4q + 1800 que tanto pode assumir
valores positivos quanto negativos. Assim, R(q) é crescente quando R’(q) > 0, ou seja,
devemos ter -4q + 1800 > 0, o que significa que q < 450. R(q) é decrescente quando
temos R’(q) < 0, ou seja, -4q + 1800 < 0 o que implica em q > 450. Como R’(450)=0
temos que em q=450 e ocorre um ponto crítico, que neste caso é de máximo local.
Concluímos então que a função receita é crescente até o valor de q = 450, atingindo um
ponto de máxima receita neste valor, e passando a decrescer para quantidades maiores
do que este valor. Com base no que foi concluído temos o seguinte gráfico:
93
Exemplo 8: Considere a seguinte função lucro L(q) = -q3. Calcule sua derivada e
apresente o intervalo onde a função é crescente ou decrescente. Verifique também se
existem pontos de máximo, de mínimo ou de inflexão ou nenhum deles. Construa o
gráfico da função lucro.
Resolução: L(q) = -q3 L’(q) = -3q2 < 0 para todos os valores de q, logo a função é
decrescente para qualquer valor de q. Quando q = 0 a função apresenta um ponto de
inflexão. A função lucro dada é sempre decrescente uma vez que a derivada da função
ou assume sempre valores negativos. Assim, conforme o que foi concluído, temos o
seguinte gráfico:
94
Exemplo 9: Calcule a derivada de segunda ordem das funções abaixo apresentadas.
3 3x
i) y x 4x 3 iii) y e
ii) y ln( x ) 5
iv) y (3 x 2 )
Resolução:
3 , 2 ,,
i) y x 4x 3 y 3x 4 y 6x
, 1 1 ,, 11 2 1
ii) y ln( x ) y x y 1 .x 1x
x 2
x
3x , 3x ,, 3x 3x
iii) y e y 3e y 3 .3 e 9e
5 , 4 4
iv) y (3 x 2 ) y 5 ( 3 x 2 ) . 3 15 ( 3 x 2 )
,, 3 3
y 4 . 15 ( 3 x 2 ) . 3 180 ( 3 x 2 )
95
a) Pontos críticos da função;
b) O(s) ponto(s) de máximo(s) e mínimo(s), caso existam;
c) Os intervalos onde f(x) é crescente e decrescente;
d) O(s) ponto(s) de inflexão, caso exista(m);
e) O(s) intervalo(s) onde a função possui concavidade para cima e/ou para baixo.
Resolução: Para encontrarmos os pontos críticos da função vamos, inicialmente,
calcular a derivada da função e as raízes (cortes no eixo x) da derivada. Assim, temos:
3 2 , 2
f (x) x 9x 15 x 2 f ( x ) 3 x 18 x 15 a derivada é uma função
quadrática, usamos Báskara para o cálculo das raízes e obtemos, x1 1 e x2 5 . De
posse desses valores, fazemos agora um estudo do sinal da função derivada, ou seja,
vemos qual o sinal da derivada para valores menores do que x1 1 e maiores do que
x1 1 e repetimos o processo para x 2 5 . Substituindo 0,3 e 6 na função derivada
obtemos os seguintes sinais:
Agora, sabemos que o ponto (1, f(1)) é um ponto de mínimo e o ponto (5, f(5)) é um
3 2
ponto de máximo. Sabemos também que a função f (x) x 9x 15 x 2 é
decrescente nos intervalos (-∞,1) e (5,+∞) e é crescente no intervalo (1,5). Para
encontrarmos os pontos de inflexão usamos a derivada de segunda ordem, que é
,,
f ( x ) 6 x 18 e cuja raiz é x = 3, e fazemos o estudo do sinal da derivada segunda:
Agora, temos que (3,f(3)) é ponto de inflexão e que no intervalo (-∞,3) a curva possui
concavidade voltada para cima e no intervalo (3,+∞) a concavidade é voltada para
baixo. Conclusão:
96
a) Pontos críticos da função; (1,-5)
e (5,27)
b) O(s) ponto(s) de máximo(s) e
mínimo(s), caso existam;
Mínimo Local em (1,-5) e
Máximo Local em (5,27)
c) Os intervalos onde f(x) é
crescente e decrescente;
f(x) é crescente no intervalo (1,5)
e f(x) é decrescente em (-∞,1) e
(5,+ ∞)
d) O(s) ponto(s) de inflexão, caso
exista(m);
PI(3,11)
e) O(s) intervalo(s) onde a função
possui concavidade para cima
e/ou para baixo.
Concavidade para cima em
(-∞,3) e Concavidade para baixo
em (3,+ ∞).
97
7.6. Teste seus conhecimentos
1. Observe o gráfico da função f e determine os limites, em cada caso.
a) lim f ( x ) ____________
x 0
b) lim f ( x ) ____________
x 0
c) lim f ( x ) ____________
x 0
d) f ( 0 ) ____________
e) lim f ( x ) ____________
x 4
f) lim f ( x ) ____________
x 4
g) lim f ( x ) ____________
x 4
h) f ( 4 ) ____________
i) f ( 3 ) ____________
j) f ( 2 ) ____________
2 5
b) y 3x x g) y 4x ln( x )
5 3
c) y (3 x 4 ) 1 x
h) y
x
4 e 8
d) y 3x 4x 5
3 x
2 x i) y
e) y log 3 ( x ) 5 x 3 7
x
2 8
j) y (3 x 4 x 5)
2
3. Considerando a função f (x) 2 x 4x 3 apresente o que se pede em cada
item:
a) A derivada de f(x)
b) Construa um gráfico com f(x) e sua derivada no mesmo sistema de eixos.
98
f (x) 2 x 3x 36 x 14
3 2
5. Se determine o que se pede em cada item e, com as
informações obtidas, faça um esboço do gráfico.
a) Pontos críticos da função;
b) O(s) ponto(s) de máximo(s) e mínimo(s) local(is), caso existam;
c) Os intervalos onde f(x) é crescente e decrescente;
d) O(s) ponto(s) de inflexão, caso exista(m);
e) O(s) intervalo(s) onde a função possui concavidade para cima e/ou para
baixo.
99
CAPÍTULO – VIII
Introdução
Nesse capítulo vamos estudar as aplicações da derivada na área econômica e
administrativa. Vamos apresentar as funções marginais, o conceito de elasticidade e
discutiremos a propensão marginal a consumir e a poupar. Veremos também uma das
aplicações mais comuns da derivada, que é a determinação de valores ótimos (máximos
e mínimos).
R (q ) - Receita ,
R mg R ( q ) Receita Marginal
L (q ) R (q ) C (q ) - Lucro , , ,
L mg L ( q ) R ( q ) C ( x ) Lucro Marginal
100
3 2
Exemplo 1: Considere a função custo C ( x ) 0,2 x 4x 48 x 100 e a função
3 2
receita R ( x ) 0,2 x 5x 25 x . Apresente o que se pede em cada item:
a) Determine a função lucro;
b) Determine as funções custo, receita e lucro marginais.
Resolução: (a) A função lucro é determinada pela relação L(x) R (x) C (x) . Assim,
3 2 3 2 2
temos que L ( x ) 0,2 x 5x 25 x ( 0 , 2 x 4x 48 x 100 ) 9 x 23 x 75 . (b)
As funções marginais são obtidas através do cálculo das derivadas, assim temos: custo
, 2
marginal C mg ( x ) C ( x ) 0 , 6 x 8 x 48 , receita marginal
, 2 ,
R mg ( x ) R ( x ) 0 , 6 x 10 x 25 e o lucro marginal é L mg ( x ) L ( x ) 18 x 23 .
Custo Marginal C mg e Custo Médio Marginal C memg . Apresente o gráfico das funções
,
dadas pelas derivadas, assim: custo marginal é C mg C ( q ) 2 q 40 e custo médio
, 11 100
marginal é C memg C me ( q ) 1 100 ( 1 ) q 1 .
2
q
101
40
Exemplo 3: A função da demanda de um produto é dada por p para x unidades.
x
40 x 40 x
L(x) R (x) C (x) ( 0 , 4 x 400 ) 0 , 4 x 400 . A função lucro marginal
x x
será dada pela derivada do lucro e, para facilitar os cálculos vamos, inicialmente
1 1
1
reescrever a função lucro L ( x ) 40 x x 2 0 , 4 x 400 40 x 2 0 , 4 x 400 . Assim,
1 1
1 1 20
11
teremos L mg ( x ) 40 x2 0 ,4 .1 .x 400 . 0 20 x 2 0 ,4 0 ,4 . Agora
2 x
para determinarmos o lucro marginal para x=400, x=900 e x=1600, devemos substituir
20
estes valores na função lucro marginal, L mg ( x ) 0 ,4 , ou seja, temos
x
20 20 2
L mg ( 400 ) 0 ,4 1 0 ,4 0 ,6 , L mg ( 900 ) 0 ,4 0 , 4 0 , 27 e
400 900 3
20 1
L mg (1600 ) 0 ,4 0 , 4 0 ,1 .
1600 2
4 3
x 110 x 2
Exemplo 4: Seja L(x) 500 x uma função lucro. Determine os
4 3
2
marginal pode ser escrita na forma L mg ( x ) x ( x 110 x 1000 ) e, desta forma
podemos encontrar, mais facilmente, as raízes da função (os valores de x que zeram a
função), basta fazermos x 110 x 1000 0 e, usando a fórmula de Báskara, teremos
x 1 10 e x 2 100 . Assim as raízes da função lucro marginal são x=0, x=10 e x=100.
De acordo com o que vimos no capítulo anterior, temos que estes são os números
críticos da função lucro. Então agora, vamos fazer o estudo do sinal da função lucro
marginal, para vermos o crescimento e decrescimento da função lucro. Calculamos
102
então o lucro marginal para os pontos x=-5, x=5, x=50 e x=150 e observamos o sinal
do resultado:
Assim, concluímos que nos intervalos (-∞,0) e (10,100) a função lucro é crescente e,
nos intervalos (0,10) e (150,+∞) a função lucro é decrescente. Ainda, considerando o
que vimos no capítulo anterior podemos ver que quando x=0 e x=10 são máximos locais
mas, como x=0 não faz sentido no nosso estudo, consideramos que x=100 é a
quantidade que devemos considerar para termos lucro máximo e, quando x=10, temos
um lucro mínimo.
8.2. Otimização
Uma das aplicações mais importantes do conceito de derivada está na resolução
dos problemas de otimização, nos quais alguma quantidade deve ser maximizada ou
minimizada. A seguir apresentamos alguns exemplos desses problemas.
Concluímos então que a quantidade que deve ser vendida para que tenhamos lucro
máximo é q=400 unidades. Podemos ainda determinar o lucro máximo que será obtido
com a venda, calculando:
2
L ( 400 ) 400 . 400 ( 0 , 5 )( 400 ) 160000 80000 80000
103
Exemplo 6: Uma empresa estima que o custo (em reais) para produzir q unidades de
4 3 2
um produto pode ser modelado por C (x) 2 x 120 x 1800 x 8000 x . Determine
o nível de produção que minimiza o custo médio.
Nesse exemplo temos uma função polinomial do terceiro grau e, para determinarmos
máximos e mínimos locais fazemos uso da derivada de primeira ordem. Assim, temos:
, 2
C memg ( x ) C me ( x ) 6 x 240 x 1800 . As raízes da função custo médio marginal
Podemos concluir então que para x=10 temos um ponto de mínimo na função custo
médio. Concluímos que o nível de produção que minimiza o custo médio é x=10.
3 2
Assim, temos que C me (10 ) 2 (10 ) 120 (10 ) 1800 (10 ) 8000 0 e, portanto o
ponto (10,0) é o ponto de mínimo local da função custo médio.
104
, 2
é R mg ( x ) R ( x ) 0 ,6 x 30 x e as raízes são x1 0 e x 2 50 . Fazendo o estudo
Agora, observamos que para x=50 temos um valor máximo, ou seja, x=50 é a
quantidade que deve ser vendida para que tenhamos uma receita máxima.
,
pf ( p)
E ( p)
f ( p)
por esse motivo calculamos inicialmente a derivada da função demanda, que será
,
, pf ( p) p (4) 4p
f (x) 4 e, então temos E ( p) . Agora, a
f ( p) 200 4 p 200 4 p
105
4 . 10 40 40
elasticidade para p=10 será E (10 ) 0 , 25 e isso
200 4 . 10 200 40 160
significa que quando o preço sofre uma variação de 1% a demanda irá diminuir 0,25%.
4 . 25 100 100
Já, para o preço p=25 temos E ( 25 ) 1 , o que
200 4 . 25 200 100 100
indica que quando o preço aumenta 1% a demanda cai 1%. Quando p = 40 temos
4 . 40 160 160
E ( 40 ) 4 e concluímos que um aumento de 1% no
200 4 . 40 200 160 40
Nesse exemplo temos que para o preço p=10 a demanda cai 0,25% tal queda na
demanda é considerada pequena e indica que a demanda é “pouco sensível” com relação
a variação do preço. Os economistas costumam classificar essa situação como uma
demanda inelástica em relação ao preço. Para o preço p=25 temos uma elasticidade
igual a -1 e, nessa situação dizemos que a demanda possui uma elasticidade unitária
com relação ao preço. Já para o preço igual a 40 temos uma demanda reduzida em 4%,
isto é, a demanda é “mais sensível” com relação ao aumento do preço. Nesse caso
dizemos que a demanda é elástica em relação ao preço. Como, em geral, a elasticidade-
preço é negativa, para classificar a demanda usamos o valor absoluto, ou módulo e o
comparamos a 1, assim:
i) Se | E ( p ) | 1 a demanda é dita inelástica em relação ao preço;
ii) Se | E ( p ) | 1 a demanda é dita elástica em relação ao preço;
iii) Se | E ( p ) | 1 a demanda tem elasticidade unitária em relação ao preço.
106
Podemos ainda considerar que existe uma relação entre a demanda (quantidade)
e a renda. Na verdade, considerando a receita em função do preço e E ( p) a
elasticidade-preço da demanda, temos que, ocorrendo um pequeno aumento no preço:
i) A receita aumenta se | E ( p ) | 1 ;
será sempre positivo, ou seja, 300 3 p 0 , então a elasticidade será sempre negativa.
Assim, para considerarmos o valor absoluto (módulo), sempre positivo, vamos avaliar a
3p 3p
expressão com o sinal trocado :
300 3 p 300 3 p
3p
i) | E ( p ) | 1 1 3 p 300 3 p 3 p 3 p 300 6 p 300 p 50 .
300 3 p
107
A função receita é dada pelo produto da demanda (quantidade) pelo preço p. Assim,
2
temos que R ( p ) p q p f ( p ) p ( 300 3 p ) 300 p 3 p é a função receita e,
considerando os cálculos anteriores podemos concluir que a receita aumenta quando o
preço variar no intervalo 0 p 50 , a receita irá diminuir se 50 p 100 e a receita
não sofre alteração quando p = 50. Veja nos gráficos abaixo os intervalos onde a receita
cresce e decresce.
108
Resolução: Para determinarmos a função poupança S ( y) , fazemos S ( y) y C ( y) .
Mas antes vamos reescrever a função custo, da seguinte forma: e
1000 200 ( y 20 ) 1000 200 y 4000 1000 200 y 3000
C ( y ) 200 .
y 20 y 20 y 20 y 20
109
8.5. Teste seus conhecimentos
3 2
1. Considere a seguinte função custo C (q ) q 8q 5 q 65 . Faça uma análise
completa desta função (máximo, mínimo, ponto de inflexão) Faça um esboço do
gráfico com os dados encontrados.
2
q
3. Seja R me 4q 7 a função Receita Média para certo produto.
3
110
CAPÍTULO – IX
Integrais
Introdução
Nesse capítulo iremos estudar as integrais, compreender a definição de primitiva, como
a função inversa da derivada, utilizar a notação e as regras básicas de integração para
encontrar funções primitivas bem como utilizar as condições para encontrar soluções
particulares de integrais indefinidas. Veremos também o conceito de integral definida e
o Teorema Fundamental do Cálculo que nos possibilita resolver as integrais definidas.
F (x) f (x)
,
cada x no domínio de f , acontecer que .
f (x) 5 f (x) 5
, ,
. Nesse caso temos que a primitiva de é f (x) 5x ;
111
h (x) 4 x x h(x) x h (x) 4 x
, 3 4 4 , 3
c) Para , temos que h ( x ) . A derivada de é .
h (x) 4 x h(x) x
, 3 4
Dizemos então que a primitiva de é .
Avaliando mais atentamente o exemplo anterior, ainda podemos observar que
também é verdade que para cada função derivada que foi apresentada existem outras
g (x) 2 x g (x) x
, 2
possibilidades de primitivas, veja o caso de . É claro que é uma
F (x) f (x)
,
é uma primitiva de f. Ou seja, que para todo x no domínio da f. A
d [ f ( x )]
símbolo denota a “derivada de f(x) em relação a x”. Assim, podemos resumir:
dx
112
A relação inversa entre as operações de integração e derivação pode ser
simbolizada da seguinte maneira:
d
f ( x ) dx f ( x ) e f ( x ) dx f ( x ) C
,
dx
,
Podemos também dizer que: se temos f (x) integramos para encontrar f (x) e,
,
se temos f (x) derivamos para encontrar f (x) . Assim:
kf ( x ) dx k f ( x ) dx
f ( x ) g ( x ) dx f ( x ) dx g ( x ) dx
f ( x ) g ( x ) dx f ( x ) dx g ( x ) dx
e dx e C
x x
113
Exemplo 3: Determine as integrais indefinidas.
7
a) dx b) 3dx c) dx
5
b)
3dx 3 x C
c)
dx 1dx 1x C x C
Resolução: Nesse grupo de integrais temos integrandos que podem ser reescritos como
funções potência e, resolvidas, usando a regra da função potência.
4 1 5
x x
x dx C C
4
a)
4 1 5
5 1 4
1 x x 1
x x
5
b) dx dx C C C
51 4
5 4
4x
1 3
1
1 2 3
2 2
x x 2 x
c)
x dx
x dx C C C
2
1 3 3
1
2 2
114
(x 3 x 5 ) dx
x dx
3 xdx 5 dx x dx 3
xdx 5
dx
2 2 2
b)
2 1 11 3 2 3 2
x x x x x 3x
3 5x C 3 5x C 5x C
2 1 11 3 2 3 2
(x 2) dx
( x 2 )( x 2 ) dx ( x 4 x 4 ) dx
x dx
4 xdx 4 dx
2 2 2
c)
2 1 11 3 2
x x x x
x dx 4
xdx
4 dx 4 4x C 4 4x C
2
2 1 11 3 2
3
x
2x 4x C
2
Nesses exemplos é importante ressaltar que mesmo tendo reescrito a integral inicial
como uma soma de duas ou mais integrais no final acrescentamos apenas uma constante
de integração.
4x x ) dx
e dx
4 xdx
x dx
e dx 4
xdx
x x x
a) (e x 2 dx
1 3
1
11 2 2 2
x x x x
e 4 C e 4 C
x x
11 1 2 3
1
2 2
2 3
2 x
e 2x C
x 2
1 1 1
(3 x 8 ) dx
3x dx
x dx 8dx 3
x dx
x dx 8 dx
2 2 2
b)
x
2 1 3
x x
3 ln | x | 8 x C 3 ln | x | 8 x C
2 1 3
x ln | x | 8 x C
3
( 3 x 2 )( x 4 ) dx ( 3 x 12 x 2 x 8 ) dx
(3 x 10 x 8 ) dx
2 2
c)
3x dx
10 xdx 8 dx 3
x dx 10
x dx 8 dx
2 2
2 1 11 3 2
x x x x
3 10 8x C 3 10 8x C
2 1 11 3 2
x 5x 8x C
3 2
115
9.2. Soluções Particulares
Vimos anteriormente que a solução de uma integral indefinida é, na verdade,
uma família de funções, que são diferentes entre si apenas por uma constante. Observe o
gráfico abaixo que mostra um exemplo das possíveis soluções para a
integral 2 xdx x
2
C (uma solução geral), no mesmo sistema de eixos:
( x ) 2; f (0 ) 1 f (1 ) 3
,, ,
b) f e
f (x) 2 x 3x C
2
geral que é . Para encontrarmos uma solução particular, fazemos
116
uso da informação f (1 ) 2 que nos permite calcular o valor da constante de integração,
veja:
f (x) 2 x 3x C f (1 ) 2 2 . 1 3 . 1 C 2 2 3 C 2 C 3
2 2
e
f (x) 2 x 3x 3
2
E, então a solução particular é a função .
(x) 2
,,
No problema (b), temos que a derivada segunda da função procurada é f e, para
encontrarmos a função f devemos repetir o procedimento utilizado no item (a) duas
vezes. Inicialmente calculamos 2 dx 2x C e encontramos a derivada primeira. Com
f (0 ) 1 ,
,
o resultado e com a informação de que encontramos o valor da constante de
f (x) 2 x C f ( 0 ) 1 2 .0 C 1 C 1 .
, ,
integração: e Temos então que
f (x) 2 x 1 .
,
Agora, repetindo o processo vamos encontrar a função f. Calculamos
( 2 x 1) dx x 1x C x x C f (1 ) 3
2 2
e, sabendo que calculamos a constante
f (x) x x C f (1 ) 3
2
de integração da segunda integral. Assim, como e temos
1 1 C 3 C 3 2 C 1. f (x) x x 1
2 2
Concluímos então que é a
solução particular procurada.
f ( x ) dx F ( b ) F ( a )
a
117
Para calcularmos uma integral definida usamos as mesmas fórmulas e regras
apresentadas para a integral indefinida. Vamos aqui listar as propriedades mais
importantes.
9.3.1. Função Constante
b
kf ( x ) dx k f ( x ) dx
a a
f ( x ) g ( x ) dx f ( x ) dx f ( x ) dx
a a a
b b b
f ( x ) g ( x ) dx f ( x ) dx f ( x ) dx
a a a
a) ( 2 x 3 ) dx b) ( 3 x
e ) dx c) ( x 2 2 x 1 ) dx
1 1 0
(3 3 . 3 ) (1 3 . 1 ) 0 ( 2 ) 2
2 2
1 ( 3 . 2 e
2
2 1 1 1
(3 e )dx ( 3 x e x ) ) ( 3 .( 1 ) e ) 6 e 3 e 9 e
x 2 2 2
b)
1
e
2
1
Temos então que ( 3 e ) dx 9 e
x 2
.
1
e
118
1 1
2 1 11
3 2
1
x x x x
(x 2 x 1 ) dx 2 1x 2 x
2
c)
0
2 1 11
0 3 2
0
1
x
3
2 1
3
0
1 1
0 0
3
x x
2 2
3
0 3 3
1 1
(0 )
3 3
1
1
Assim, temos que ( x 2 2 x 1 ) dx .
0
3
Área : A f ( x ) dx
a
119
eixo x e o gráfico da função no intervalo [1,3] é uma região triangular. A integral
3
3 3
11
2
3
x x
A ( x 1 ) dx 11
x x
1
1 2
1
3 1
2 2
9 1
3 1 3 1
2 2 2 2
9 1 9 1 8
3 1 2 2 4 2 2
2 2 2 2
f (x) x 2x 1
2
Exemplo 10: Considere a função . Construa o gráfico da função.
Calcule a área da região que fica determinada entre o gráfico da função e o eixo x no
intervalo [-1,2].
f (x) x 2x 1
2
Resolução: A função é uma função polinomial do segundo grau, cujo
gráfico é uma parábola. Observe abaixo o gráfico da função com a região entre o gráfico
da função e o eixo x no intervalo [-1,2] em destaque:
120
2
2
3
2
2 ( 1)
3 3
x 2
A 2 x 1 ) dx x x 2 2 ( 1) ( 1)
2 2 2
(x
1
3
1
3 3
8 1 8 1 8 1 81 9
4 2 1 1 6 6 6 6 3 6 9
3 3 3 3 3 3 3 3
121
9.4. Teste seus conhecimentos
1. Verifique que cada uma das igualdades é verdadeira, mostrando que a derivada da
função do lado direito da igualdade é igual ao integrando da integral que está à esquerda
na igualdade.
3
3
x
3 x
2 dx C 2 x 1 dx x x C
2 2
a) b)
x x 3
4
3 3 x
e x 3 dx 3 ln | x | e 3x C
x 3 x
c) dx 2 x C d)
x x 4
2. Calcule cada integral indefinida abaixo e verifique seu resultado por meio da
derivação.
(2 x 2 ) dx
x 4x 4x
2 3 2
a) b) x dx
1 x
c)
( x 3 )( 2 x 4 ) dx d)
e dx
x
f (x) x 3 f (0 ) 5
, 2
b) e
( x 2 x 4 ) dx
4 x
2
a) b) x dx
0 2
1 2
1
( 2 x 4 ) dx
2
c) d) dx
2x
1 1
5
5. Construa o gráfico da função f : ℝ→ ℝ definida por f (x) x 5 . A seguir faça o
4
122
c) Calcule a integral definida que você apresentou no item (b).
Use uma fórmula da Geometria Euclidiana para confirmar o resultado
encontrado no item (c).
123
CAPÍTULO – X
Aplicações das Integrais
na Área Econômica
Introdução
No último capítulo deste livro vamos apresentar exemplos de algumas aplicações das
integrais indefinidas e definidas na área da economia e administração. Vamos estudar
também o conceito de excedente do consumidor e do produtor.
C (q ) q 9 q 30
2
Podemos agora apresentar a função custo .
Rmg ( q ) 12 9 q q
2
Exemplo 2: Se a receita marginal é dada por encontre a função
receita.
124
Resolução: Da mesma forma como calculamos a função custo no exemplo anterior,
vamos agora determinar a função receita. Observe:
2 3
q q
(12 9 q q ) dq 12 q 9 C 12 q 4 , 5 q 0 , 33 q C .
2 2 3
2 3
Como a função receita para quantidade igual a zero deve ser nula, temos que a constante
de integração da função receita deve ser sempre zero. Assim, a função receita particular
R ( q ) 12 q 4 , 5 q 0 , 33 q .
2 3
será
2
2
q
3 , 7 qdq 3 , 7 C 1 , 85 q C C ( q ) 1 , 85 q C
2 2
Para a função receita, como já dissemos antes, a constante de integração é nula. Para a
função custo devemos considerar que o custo fixo de produção é de R$150,00, ou seja,
quando a quantidade produzida é nula o custo é 150, assim temos:
C ( q ) 1 , 85 q C C ( 0 ) 1 , 85 q C 150 C 150 C ( q ) 1 , 85 q 150
2 2 2
R ( q ) 4 ,5 q 45 q
2
Concluímos então que a função receita é e a função custo é
C ( q ) 1 , 85 q 150
2
. Para encontrar a função lucro fazemos L (q ) R (q ) C (q ) e,
obtemos:
L ( q ) R ( q ) C ( q ) L ( q ) 4 ,5 q 45 q (1, 85 q 150 )
2 2
L ( q ) 2 , 65 q 45 q 150
2
125
2
x
( 0 , 5 x 10 ) dx 0 , 5 10 x C C ( x ) 0 , 25 x 10 x C
2
L ( x ) 0 , 25 x 18 x 135
2
variação da função F(x). Assim, para determinarmos a variação total da função F(x) no
b
126
c) A variação total do lucro no intervalo 5 q 10 ;
Resolução: (a) Para determinarmos a variação total da receita no intervalo 5 q 10 ,
fazemos:
10
10
2
q 10
4 (10 )
2
160 . 10 4 ( 5 )
2
160 . 5
( 400 1600 ) ( 100 800 )
1200 700
500
4 q
10
8 qdq 8 2
2
5
5 5
4 (10 ) 4 (5 )
2 2
400 100
300
q 10
160 q 8 q
( 16 q 160 ) dq 16 160 q
2
5
5 2 5
8 (10 )
2
160 . 10 8 ( 5 )
2
160 . 5
800 1600 200 800
800 600
200
127
Resolução: Vamos determinar inicialmente a função consumo, que será dada pela
integral indefinida C ( y) 0 , 6 dy 0 ,6 y C . Com a informação de que quando a
( 0 , 6 ) dy .
1700
Exemplo 7: Para uma determinada população a propensão marginal a poupar é dada por
Smg ( y ) 0 , 3 , sendo a poupança S ( y) é dado em função da renda y dos consumidores.
Obtenha a função poupança sabendo que para uma renda de R$1.500,00 temos um
consumo de R$1.170,00. Determine a variação total da poupança para renda no
intervalo 1100 y 1600 .
Resolução: A função poupança será determinada pela integral indefinida
S ( y) ( 0 , 3 ) dy 0 ,3 y C , agora para determinarmos o valor da constante de
integração vamos observar que sendo a renda igual a R$1.500,00 temos um consumo
igual a R$1.170,00 e, portanto, a poupança será igual a R$330,00. Assim temos que
S ( y ) 0 , 3 y C 0 , 3 . 1500 C 330 C 120 , ou seja, S ( y ) 0 , 3 y 120 .
Para sabermos a variação total da poupança no intervalo 1100 y 1600 vamos
calcular a integral definida
1600
( 0 , 3 ) dy .
1100
128
função demanda de certo produto onde consideramos como ponto A ( q 0 , p 0 ) determinado
entre o que o consumidor está disposto a gastar e o que ele realmente gasta.
p q 36
2
Exemplo 8: Seja a função demanda para certo produto. Faça o que se
pede em cada item.
a) Faça o gráfico da função demanda e assinale a área que representa o excedente
do consumidor quando o preço do produto é p=20.
b) Determine o excedente do consumidor para p=20.
c) Determine o excedente do consumidor para p=27.
Resolução: Começamos inicialmente fazendo o item (a) que solicita o gráfico da função
demanda, que é quadrática e, portanto seu gráfico é uma parábola com concavidade
voltada para baixo, já que a= - 1. Vamos também determinar a quantidade demandada
para quando o preço é p=20. Nesse caso fazemos
q 36 20 q 20 36 q 16 q 16 q 4
2 2 2 2
. Como q=-4 não
faz sentido no nosso problema temos que q deve ser igual a 4. Assim temos o seguinte
gráfico:
129
No item (b) devemos calcular o excedente do consumidor para o preço igual a 20, ou
seja, a área da região apresentada no gráfico. Para calcularmos a área da região fazemos
q0
q0 4
[ p (q ) p 0 ] dq [( q 36 ) 20 ] dq
2
. Assim, temos:
0 0
4 4 4
3
q
[( q 36 ) 20 ] dq ( q 16 ) dq 16 q
2 2
0 0
3 0
4 0
3 3
64
16 . 4 16 . 0 64
3 3 3
64 192 128
42 , 67
3 3
integral [ p ( q ) p 0 ] dq [( q
2
36 ) 27 ] dq . Observe que se o preço é p=27
0 0
[( q 36 ) 27 ] dq ( q 9 ) dq 9q
2 2
0 0 3 0
3 0
3 3
9 .3 9 .0
3 3
27
27 9 27 18
3
130
10.3. Excedente do Produtor
Estudamos anteriormente a função oferta e vimos que ela relaciona o preço de
um produto com a disposição do produtor de oferecer o produto. Vimos também que a
função oferta é, geralmente, uma função crescente, pois conforme o preço do produto
aumenta a quantia ofertada pelo produtor também aumenta. Observe abaixo o gráfico da
função oferta de certo produto onde consideramos como ponto A ( q 0 , p 0 ) determinado
diferença entre o valor real obtido na venda do produto pelo produtor e o mínimo que o
produtor está disposto a receber na venda do produto.
p q 6
2
Exemplo 9: Seja a função oferta para certo produto. Faça o que se pede em
cada item.
a) Faça o gráfico da função oferta e assinale a área que representa o excedente do
consumidor quando o preço do produto é p=15.
b) Determine o excedente do produtor para p=15.
Resolução: Começamos inicialmente fazendo o item (a) que solicita o gráfico da função
oferta, que é quadrática e, portanto seu gráfico é uma parábola com concavidade voltada
para cima, pois agora a=1. Vamos também determinar a quantidade ofertada para
131
quando o preço é p=15. Nesse caso fazemos
6 15 q 15 6 q 9 q 3
2 2 2
q . Como q= - 3 não faz sentido no nosso
problema temos que q deve ser igual a 3. Assim temos o seguinte gráfico:
temos:
3 3 3
3
q
[( 15 (q 6 )] dq ( q 9 ) dq 9q
2 2
0 0
3 0
3 0
3 3
27
9 .3 9 .0 27
3 3 3
9 27 18 .
Exemplo 10: Para um determinado produto temos que a função demanda é dada por
p 0 ,5 q 6 e a função oferta é dada por p 0 .1q 3 . Com base nesses dados faça o
que se pede em cada item.
a) Construa o gráfico das duas funções no mesmo sistema de eixos.
b) Determine o ponto de equilíbrio de mercado.
132
c) Calcule o excedente do consumidor para o preço de equilíbrio.
d) Calcule o excedente do produtor para o preço de equilíbrio.
Resolução: Para construir o gráfico vamos observar que as duas funções são
polinomiais do primeiro grau, assim o gráfico da oferta e da demanda são retas. Temos
então que:
5
5
0 ,5 q
2
[ 0 , 5 q 2 , 5 ] dq 2 2 ,5 q
0 0
0 ,5 . 5 0 ,5 . 0
2 2
2 ,5 . 5 2 ,5 . 0
2 2
12 , 5
12 , 5 6 , 25 12 , 5 6 , 25
2
[ 3 , 5 ( 0 ,1 q 3 )] dq [( 0 ,1 q 0 , 5 )] dq .
0 0
133
5
5
0 ,1 q
2
[ 3 , 5 ( 0 ,1 q 3 )] dq ( 0 ,1 q 0 , 5 ) dq 0 ,5 q
0 2 0
0 ,1 . 5 0 ,1 . 0
2 2
0 ,5 . 5 0 ,5 . 0
2 2
2 ,5
2 , 5 1 , 25 2 , 5 1 , 25
2
134
10.4. Teste seus conhecimentos
1. Considerando as funções receita marginal, Rmg ( x ) 3 x 15 , e custo marginal
Cmg ( x ) 3 x , obtenha as funções receita, custo e lucro, sabendo que o custo fixo de
produção é de R$120,00.
135
Apêndice
y 2 y1
Variação (coeficiente angular): a
x 2 x1
2
Função do segundo grau: y ax bx c
2 b
Fórmula de Báskara: b 4 ac x
2a
b
Vértice: xv yv
2a 4a
C R L
Custo médio: C me ; Receita Média: R me ; Lucro Médio: L me
q q q
Regras de derivação
y f (x) g (x) ⇒ y, ,
f (x) g (x)
,
y f (x) g (x) ⇒ y, ,
f (x) g (x)
,
Função Exponencial
a) de base e: y f (x) e
x
⇒ y, ,
f (x) e
x
136
Função Logarítmica
1
a) de base e: y f ( x ) ln x ⇒ y, ,
f (x)
x
1
b) de base a (com a ≠ 1 e a > 0): y f ( x ) log a x ⇒ y, ,
f (x)
x ln a
, ,
f (x) f (x) g (x) g (x) f (x)
Regra do quociente: y , g ( x) 0, x ⇒ y,
g (x) 2
[ g ( x )]
Regras de Integração
n 1
x
Função potência: x dx
n
C ; n 1.
n 1
Múltiplo constante: kf ( x ) dx k f ( x ) dx
Adição: [ f ( x ) g ( x )] dx f ( x ) dx g ( x ) dx
[ f (x) g ( x )] dx f ( x ) dx g ( x ) dx
Função Exponencial: e x dx e
x
C
1 dx
Função Logarítmica: dx ln | x | C
x x
q0
Excedente do Consumidor: [ p ( q ) p 0 ] dq
0
q0
Excedente do Produtor: [ p 0 p ( q )] dq
0
137
Respostas dos testes de conhecimento
Capítulo 1
1.
37
a) 4 , 625 número finito de casas após a vírgula.
8
18
b) 0 ,1818181818 18 ... número infinito de casas após a vírgula.
99
23
c) 3 , 8333333333 33 .... número infinito de casas após a vírgula.
6
5
d) 0 ,1851851851 85 .... número infinito de casas após a vírgula.
27
74
e) 2 , 96 número finito de casas após a vírgula.
25
25
f) 2 ,5 número finito de casas após a vírgula.
10
189
g) 9 , 947368421 ... número infinito de casas após a vírgula.
19
2.
3.
a) A=]3,+∞[
b) B=]-5,1]
c) C=]-2,1[
d) D=[0,5]
138
4. A(2,0) B(0,4) C(-3,4) D(-2,-3) E(0,2) F(-5,0) G(4,-3) H(2,4)
5.
Capítulo 2
1. Para determinar o conjunto imagem calculamos a imagem de cada um dos elementos
do domínio (que é finito): f(-2) = - 5, f(-1) = - 3, f(0) = -1, f(1) = 1, f(2) = 3. Assim,
Im(f ) = {-5,-3,-1,1,3}.
3. D(f) =[-5,+∞[
4. a)
Tempo 1 2 3 4 5
Distância 90 180 270 360 450
139
b) f(x) = 90x
c) f(x) = 90.6 = 540km
225
d) 90 x 225 x 2 ,5 horas
90
5. a)
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Despesas 1256 1285 1309,80 1335,20 1366 1407
Capítulo 3
1.
Coeficiente Angular: a = - 2;
Coeficiente Linear: b = 3;
Como a<0 a reta é decrescente;
Corte no eixo x em x = -1,5;
Corte no eixo y em y = b = 3.
2. y = - x – 2
3.
a) Equação: D(p) = - 200p+7000 g) Gráfico
c) D(20) = 3000
140
4.
Equação: S(p) = 2p+4 Gráfico:
141
Capítulo 4
1.
a) D(f)=ℝ; e) Gráfico
b) Im( f ) ( ; 3 ,125 ] ;
2.
(a)Tabela:
x- 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
funcionários
P-produção 0 34 64 90 112 130 144 154 160 162 160 154 144 130 112 90 64 34 0
(b) De x=o até x=9 a produção é crescente e, de x=9 até x=18 é decrescente.
142
(c) Com 9 funcionários.
(d) Gráfico:
4. 45 unidades
143
5.
Capítulo 5
1.
a) f (x)
1
D(f)=ℝ-{5} Im(f)= ℝ-{0}
x 5
1
b) f (x) D(f)=ℝ-{-5} Im(f)= ℝ-{0}
5 x
144
2.
a) f (x) x 4 D(f)=[-4,+∞) Im(f)= [0,+∞)
3.
a ) f ( x ) log 3
( x 1) D(f) = (1,+∞) Im(f) = ℝ
b ) f ( x ) log 3
( x 1) D(f) = (-1,+∞) Im(f)= ℝ
145
4.
a) f (x) 5 e
x
D(f) = ℝ Im(f) = (5,+∞)
b) f ( x ) 5 e
x
D(f) = ℝ Im(f) = (4,+∞)
5.
a) x 20 , 0855 e) x 1, 2124 i) x 1, 5849
b) x 16 f) x 4 , 4840 j) x 7 , 8765
Capítulo 6
1. S ( y ) 5 0 , 55 y y
S ( 2304 ) 1214 , 2
C ( y ) 1089 ,80
2.a)
146
A função é crescente.
3. a) R$30.000,00
b) R$40.317,49
c) Aproximadamente 24 anos
4.
t 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
P (t ) 30,5 20,35 15,27 12,22 10,19 8,74 7,66 6,81 6,13 5,58 5,12
A função é decrescente
5.
90
C me ( q ) 15
q
147
q 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
C me
(q ) 33 24 21 19,5 18,6 18 17,57 17,25 17 16,8
Capítulo 7
1.
a) lim f (x) 0 f) lim f (x) 4
x 0 x 4
2.
a) y , 20 x
4
12 x
2
6x f) y , 3x e
2 x
x e
3 x
1
b) y , 6x g) y , 20 x
4
ln( x ) 4 x
4
2 x
2 x x 3
, (3 x )( e 8 ) e (1 x )
h) y
c) y , 15 ( 3 x 4 )
4
x 2
(e 8)
x x
d) y , 12 x
3
4 , 7 (3 x )7 ln 7
i) y
x 2
(7 )
, 1 x
e) y 10 x 3 ln 3 , 2 7
x ln 3 j) y ( 48 x 32 )( 3 x 4 x 5)
3.
a) ,
f (x) 4 x 4
b)
148
4.
, 1
a) f (x)
x
b)
5.
149
a) (-2,58) e (3,-67)
b) Máximo local: (-2,58)
Mínimo Local: (3,-67)
c) f(x) é crescente em (-∞,-2) e
(3,+ ∞) e é
decrescente em (-2,3)
d) O ponto de inflexão é
1 9
,
2 2
e) A concavidade é voltada
1
para cima em , e
2
voltada para baixo em
1
,
2
Capítulo 8
1.
1
Máximo local: ; 65 , 81
3
Mínimo Local: (5,15)
C(q) é crescente em
1
, e (5,+ ∞) e é
3
1
decrescente em ,5
3
O ponto de inflexão é
1 1091
,
3 27
A concavidade é voltada
8
para cima em , e
3
voltada para baixo em
8
, .
3
150
2 2 3
2. a) Custo C (q ) q 3q ; Receita R (q ) 9q 6q q ;
3 2
Lucro L (q ) q 7q 6q
2 2
h) C mg ( q ) 2 q 3 ; R mg ( q ) 9 12 q 3 q ; L mg ( q ) 3 q 14 q 6
3. a) Função receita
3
q 2
R (q ) 4q 7
3
b) Receita Marginal
2
R mg ( q ) q 8q 7
151
Podemos também considerar que para valores de renda inferior a 900 a
poupança é negativa, o que indica um consumo maior do que a renda e, para
renda superior a 900 temos poupança positiva, indicando que existe valor
que excede a renda e que é poupado.
Capítulo 9
1. Nesta questão basta apenas derivar a função à direita e ver que o resultado está no
integrando, à esquerda.
3
2x
2. a) 2x C
3
4 3 3
x 4x 2 x
2x C
2
b)
4 3 3
3
2x
8x 12 x C
2
c)
3
ln | x | e C
x
d)
f (x) 2 x 2
2
3. a)
3
x
b) f (x) 3x 5
3
( x 2 x 4 ) dx 12
2
4. a)
0
b)
4 x
x dx 27 , 45
2
(2 x 4) dx 36
2
c)
2
152
2
1
d)
2 x dx 0 , 35
1
5. a)
4
5x
b)
4
5 dx
0
4
5x
c)
4
5 dx 10
0
Capítulo 10
12 x ; C ( x ) 0 , 75 x 15 x 50 L ( x ) 0 , 75 x 27 x 50
2 2
2. R ( x ) e . O lucro
máximo será de R$193,00 por semana.
3. C ( y ) 0 , 7 y 120 e S ( y ) 0 , 3 y 120
8 8 8
4.a) ( 4 q 50 ) dq 104 b) ( 4 q ) dq 96 c) ( 8 q 50 ) dq 8
4 4 4
153
Referências Bibliográficas
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154