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MACRO
ECONOMIA
I
Dundo, 2020
Prof. Manuel José Pascoal Macroeconomia I
Identificação
Ementa
I
ÍNDICE DE TABELA
II
ÍNDICE DE GRÁFICOS
III
ÍNDICE DE QUADRO
IV
Sumário Geral
ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................... I
ÍNDICE DE TABELA ...................................................................................................... II
ÍNDICE DE GRÁFICOS ............................................................................................... III
ÍNDICE DE QUADRO................................................................................................. IV
Introdução ................................................................................................................. 1
Objectivos da disciplina ...........................................................................................1
Objectivo geral ..........................................................................................................1
Objectivos específicos..............................................................................................2
PORQUÊ ESTUDAR ECONOMIA ................................................................................. 2
A ECONOMIA NA SOCIEDADE ................................................................................. 3
O que é a Economia? ..............................................................................................4
As questões que se colocam à Economia ........................................................5
A escassez e a fronteira das possibilidades de produção .................................7
Ramos da Economia ................................................................................................9
DIMENSÃO SOCIAL DA MACROECONOMIA ......................................................... 12
Evolução do pensamento Macroeconómico .................................................. 14
Objectivos da Macroeconomia .......................................................................... 16
Instrumentos Macroeconómico........................................................................... 16
Política Macroeconómica................................................................................. 17
Mensuração da actividade económica ........................................................... 17
Actividade económica, contabilidade Nacional e Macroeconomia ..... 17
Circuito Económico ............................................................................................ 19
CONCEITO BÁSICO DE CONTABILIDADE NACIONAL ........................................... 22
Território económico .............................................................................................. 22
Sector de Actividade económica ...................................................................... 23
Cálculo do valor do produto ............................................................................... 23
Óptica do Produto (Produção) ........................................................................... 24
Óptica da despesa (Consumo) ........................................................................... 27
Componentes do PIB na óptica da despesa ................................................ 27
Óptica do Rendimento (Rendas) ........................................................................ 30
Produtos a preços correntes e produtos a preços constantes ...................... 32
O PIB nominal .......................................................................................................... 33
O PIB real .................................................................................................................. 34
V
Deflator do PIB ou índice de Paasche ................................................................ 34
Índice de preços ao consumidor ou índice de Laspeyres .............................. 35
PIB a preços de mercado ..................................................................................... 36
PIB a custo de factores .......................................................................................... 36
Produto interno Líquido ......................................................................................... 37
PNBpm (Produto nacional bruto a preços de mercado)................................ 38
PNBcf (Produto nacional bruto a custo de factores) ....................................... 38
Produto nacional líquido ....................................................................................... 39
A RENDA NACIONAL............................................................................................... 39
BIBLIOGRAFIA BÁSICA E COMPLEMENTAR ............................................................ 40
BIBLIOGRAFIA BÁSICA ......................................................................................... 40
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR .......................................................................... 40
VI
Introdução
Objectivos da disciplina
Objectivo geral
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Objectivos específicos
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crescimento económico? Estas e outras questões exigem uma resposta. A
Economia poderá ajudar-nos a tomar as decisões para além de dar-nos uma
visão do funcionamento da actividade económica e de possibilitar-nos uma
base para a compreensão de muitos temas tratados nos jornais ou em muitos
programas de televisão. Estas e outras questões mostram bem a importância
da dimensão económica na sociedade.
A ECONOMIA NA SOCIEDADE
Muitas são as definições que têm surgido ao longo dos séculos. Não é
importante definir Economia, mas referir o seu objecto, isto é, os temas que
abrange e a questão que coloca.
A Economia:
Em conclusão, a Economia é uma das ciências sociais que estuda uma parte
específica do comportamento dos indivíduos e das sociedades, nas áreas
anteriormente referidas e noutras, recorrendo, sempre que necessário, ao
conhecimento das outras ciências sociais. Uma questão pode ser colocada:
mas afinal no momento actual, qual é o objectivo último da Economia? O
objectivo último da Economia é resolver o problema económico que se
coloca a todas as sociedades: escassez de recursos num mundo com
necessidades ilimitadas, de modo a melhorar o bem-estar das populações.
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Ideias que se exprimem na definição actual de Economia.
O que produzir?
Em que quantidade?
Como produzir?
Para quem produzir?
A que preço?
Estas questões e outras surgem em todas as sociedades humanas, sendo que
a sua solução é mais importante actualmente do que o foi nas sociedades
antigas, sobretudo devido ao problema económico da escassez.
A actividade económica das diversas sociedades responde de maneira
diferente a estas questões. Actualmente existem três tipos de organizações
económicas que resolvem, ou que tentam resolver, estas questões: a
economia de mercado de direcção central e a economia mista, tipos de
organização económica que têm como base teórica as ideias dos
economistas clássicos (Adam Smith, David Ricardo, entre outros), dos
economistas marxista e dos economistas keynesianos, respectivamente.
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empresário é o motor da actividade económica. Todos estes elementos
concorrem para tomada de decisões sobre a produção, consumo ou fixação
dos preços. Por sua vez, na economia de direcção central, a propriedade dos
meios de produção é pública e colectiva e o plano do Governo é o principal
mecanismo coordenador que responde às questões que se colocam a
qualquer sociedade.
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Gráfico n° 1: Fronteira das possibilidades de
produção
A B
40
C F
Bens de capital 25
D
15
G
5 E
0 2 4 6 8
Bens de consumo
Fonte: elaboração própria com base a pesquisa (2020)
PIB = C + G + I + EX - IM
O PIB pode crescer devido ao consumo privado (C) ou público (G), ou devido
a uma evolução positiva das exportações. Se o investimento não aumentam,
ou aumenta pouco, está a por em causa a capacidade produtiva no futuro.
Na situação B, o país está a produzir muitos bens de capital. O resultado é o
crescimento rápido e a curva desvia-se para directa, com tudo priva as
populações de bens de consumo.
Ramos da Economia
A actividade económica dos países pode ser pode ser observada segundo as
perspectivas microeconómicas. O objecto de análise é sempre o mesmo: a
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actividade económica. Quando a economia surgiu como ciência autónomo,
no século XVII, nomeadamente com autores clássicos (Smith e Ricardo),
assumiu uma natureza essencialmente microeconómica. Foi apenas no século
XX, particularmente com Keynes, que a análise no seu conjunto, formam o
corpo da ciência económica actual.
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isto é, como as acções de todas as famílias e empresas se inserem no todo.
Em vez de centrar-se na produção da empresa têxtil sediada, por exemplo,
em braga, quantifica a produção de uma actividade económica. Em vez de
analisar e tomar medidas para combater o desemprego de uma empresa que
fechou, tenta tomar medidas que promovam empregos, a produção e o
investimento de uma economia como um todo. Em todas estas situações, a
Macroeconomia considera o geral e desconsidera o particular e os pequenos
detalhes. A Macroeconomia estuda o funcionamento da economia como um
todo, actuando nos indicadores calculados pela contabilidade Nacional:
PNB, despesa interna, evolução dos preços, taxa de desemprego, balança de
pagamentos e outras variáveis macroeconómicas. A Macroeconomia com
base nas informações fornecidas pela contabilidade Nacional, analisa
questões como:
Fonte:
Deste modo, outra distinção a fazer no mundo da economia tem a ver com o
propósito da análise de um problema. Consideramos a economia positiva que
estuda o que é e como a economia funciona. Exemplos: em 2010 a taxa de
desemprego em Angola atingiu 10% da população activa, o Estado
aumentou a taxa do IVA dos 21% para os 23%, o Estado fixou um preço mínimo
(1,32 USD) para o gasóleo a vender as empresas de distribuição de produtos
alimentares. Identificar problemas e prescrever soluções. Enquanto a
economia positiva se preocupa somente com os factos, a economia
normativa sugere, entre outros, abaixa de impostos a tomada de medidas
para combater as desigualdades, etc. Por exemplo: " o Estado deve reduzir os
escalões do IRT e aumentar abonos de famílias para as famílias mais
carenciadas"
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A crise de 2008 começou no sistema financeiro e passou para a economia
real. Temos economias em contratação. A falência de empresas e o aumento
de crédito malparado deterioram as condições de exploração dos bancos.
Quais as causas das crises? Como sair da crise? Quais os impactos da descida
da taxa Euribor? Está o Banco central Europeu a responder convenientemente
à crise? Qual é o impacto do aumento do investimento no crescimento do
PIB? Podemos dizer que estas e outras questões constituem o objecto da
Macroeconomia, que se preocupa em estudar a economia como um todo.
A Macroeconomia, tal como a contabilidade Nacional, desenvolveram-se
sobretudo após a crise de 1929. A contabilidade Nacional mede a actividade
económica e fornece informações que possibilitam à Macroeconomia actuar
na economia ao nível do produto, do investimento e do emprego.
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Figura nº 1: Domínio da macroeconomia
Domínios da macroeconomia
Objecto da Macroeconomia
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Processo do crescimento económico (factores que promovem o
desenvolvimento económico)
Objectivos da Macroeconomia
A Macroeconomia, como ramo da economia, prossegue determinados
objectivos e os governos utiliza instrumentos adequados que possibilitem o seu
alcance. Genericamente, os principais objectivos Macroeconómicos são:
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Circuito Económico
Esta visão global pode ser dada pelo circuito económico, que não é mais do
que um esquema representativo das relações económicas, entre agentes
económicos. O circuito económico, ao exprimir a actividade económica,
permite determinar os montantes da produção e do rendimento, contabilizar
as diversas contribuições dos agentes económicos para produção e o
consumo, assim como saber como se faz a distribuição de rendimento pelos
diversos agentes económicos. Essas relações entre os agentes económicos
designam-se por fluxos reais e fluxos monetários.
Famílias
Empresas
Entre estes dois agentes estabelece-se relações representadas por dois fluxos
reais:
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Fluxo de Factores produtivos - todos os factores produtivos (terra,
trabalho, capital) que as famílias fornecem as empresas para
produção de bens e serviços.
Famílias Empresas
Remuneração de factores
(ordenados, lucros...)
Factores produtivos
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CONCEITO BÁSICO DE CONTABILIDADE NACIONAL
Território económico
Espaço delimitado pela sua fronteira geográfica, as zonas francas entre postos
e fábricas que se encontram sobre controlo aduaneiros, espaço aéreo e
águas territoriais nacionais, navios ou aviões nacionais usados no aeroporto
Estrangeiros, enclaves territoriais no estrangeiro (embaixadas, bases militares e
consolados) e jazigos ecológicos situados em águas internacionais, cuja
exploração é feita por unidades económicas residentes.
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Sector de Actividade económica
Conjunto de ramos económicos que, por sua vez, englobam várias unidades
de produção homogénea. Os ramos de actividades, segundo a
nomenclatura das Contas Nacionais Angolana, estão distribuídos por 3
sectores de actividades:
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Figura n° 4: Circuito económico com fluxos reais e monetário
Fluxo real
Bens e Serviços
Empresas
Famílias
Factores de produção
Fluxo monetário
Nota Bem: A avaliação do desempenho das economias terá de ser feita, não
só com base no cálculo do valor do produto (PIB e PNB) mas também, no
domínio do desenvolvimento económico e que se traduz pela capacidade
de uma sociedade em satisfazer as suas necessidades e atingir determinado
nível de bem-estar.
O PIB pode ser, ainda, determinado segundo o método dos produtos finais e
corresponde ao somatório dos bens destinados ao consumo das famílias ou
do Estado, a investimento (máquinas e investimentos), ao consumo das
empresas (matérias-primas) e os destinados à exportação. Não são
considerados os bens de consumo intermédio.
O valor do produto final obtido pelo somatório dos valores acrescentados por
todas as empresas (unidades institucionais) é de 350 milhões de kwanzas e
corresponde ao valor da produção do supermercado (método dos produtos
finais).
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comprados pelos consumidores, nunca aparecem no PIB como bens e
serviços finais.
Exemplo:
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VABpb = VABcf + impostos indirectos líquidos ligados à produção (impostos indirectos –
subsídios)
Ou
DI = PIB = C + G + I + EX - IMP
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As transferências pagas pelo Estado (subsídio de desemprego, abono de
família, subsídio de casamento, etc.) não são contabilizadas no consumo
público, isto é, não são consideradas para calcular o PIB, de modo a evitar a
dupla contabilização. Estes montantes integrados no rendimento disponível
das famílias são contabilizados quando os beneficiários vão utiliza-lo na
aquisição de bens de consumo e investimento.
No investimento destacam-se:
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produto realizado no país. Assim, o PIB engloba também tudo aquilo que é
produzido por residentes no território económico e vendido a consumidores
residentes no resto do mundo.
As importações de bens e serviços têm de ser subtraídas, uma vez que dizem
respeito à aquisição e utilização pelo país de bens e serviço que foram
produzidos noutros países, não constituindo produto dos pais em causa.
Fonte:
DI = PIB = C + G + I + EX - IM
DI = PIB = 147.014,00
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Procura externa (PE) = 42.000,00
Nota:
PNB = 148.014,00
PIB
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valor criado deduzido do desgaste. Por sua vez, o Rendimento interno (RI)
corresponde ao produto interno líquido a custo de factores:
191.929,21
ÓPTICA DO RENDIMENTO
Remunerações 97.972,79
Impostos líquidos de subsídios á produção e exportação 13.100,42
EBE 80.856,00
191.929,21
Poupança e Investimento
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não for investida não vai contribuir nem para o crescimento nem para o
desenvolvimento económicos.
NOTA:
PNB
Nota: Angola utiliza o indicador PIB para medir a sua economia (Riqueza),
Países como China e estados unidos da américa utilizam o PNB devido o
número de empresas que possuem no exterior.
O PIB nominal
É considerado como PIB a preços correntes o valor da produção de bens e
serviços finais a preços de mercados de um determinado pais num dado
período de tempo a preços daquele mesmo período.
PIB nominal = ∑ 𝑄𝑐 ∗ 𝑃𝑐
𝑡=1
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Onde:
O PIB real
PIB real = ∑ 𝑄𝑐 ∗ 𝑃𝑏
𝑡=1
Onde:
Qc ou Qt = quantidade no período corrente;
Pb = Preço tido como base (constantes);
n = número de sectores da economia.
É um índice de preços que permite medir a variação dos preços dos bens e
serviços produzidos internamente. É diferente do IPC (Índice de preços ao
consumidor), Visto que este índice mede a variação dos preços dos bens e
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serviços de um cabaz, incluindo alguns bens e serviços que são produzidos no
exterior e excluindo outros bens que são produzidos internamente.
Este índice de preços permite calcular o PIB real com base no PIB nominal. O
deflator do PIB é calculado como o rácio do PIB nominal em relação ao PIB
real multiplicando por 100.
∑𝑛𝑡=1 𝑄𝑐 ∗ 𝑃𝑐
𝑖𝑝 = 𝑛 ∗ 100
∑𝑡=1 𝑄𝑐 ∗ 𝑃𝑏
𝑃𝐼𝐵 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
Deflator do PIB = ∗ 100
𝑃𝐼𝐵 𝑟𝑒𝑎𝑙
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Fórmula para calcular Índice de preços ao consumidor (índice de Laspeyres)
∑𝑛𝑡=1 𝑃𝑐 ∗ 𝑄𝑏
IPC = 𝑛 ∗ 100
∑𝑡=1 𝑄𝑏 ∗ 𝑃𝑏
𝐼𝑃𝐶𝑡 − 𝐼𝑃𝐶𝑡 − 1
Taxa de inflação = ∗ 100
𝐼𝑃𝐶𝑡 − 1
PIB a preços de mercado
ou
Ou
Ou
IB = IL + D
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Investimento Líquido: é o resultado da diferença entre o investimento Bruto e
as depreciações.
IL = IB – D
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Produto nacional líquido
A RENDA NACIONAL
Ou
RN = W + J + a + L
Onde:
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA E COMPLEMENTAR
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GASTALDI, José Petrelli. Elementos de Economia Política. 19ª ed. São Paulo:
Saraiva. 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
SINGER, Paul. Curso de introdução à economia política. 11. ed. Rio de Janeiro:
Forense-Universitaria, 1987
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