Você está na página 1de 75

Universidade Independente de Angola

Faculdade de Ciências da

Engenharias e Tecnologia

Curso de Engenharia e Informática

Material de Apoio da disciplina de Economia da Empresa

II Iº Semestre 2023-2024

Luanda /2023/2024

Elaborado pelo Prof: César Adão Domingos


ÍNDICE

CAPÍTULO I - CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA E DE EMPRESA .............. 1


1.1 Economia e a empresa ............................................................................................ 1
1.1.1 Agentes económicos ............................................................................................ 2
1.2 A estrutura e a organização da empresa .................................................................. 2
A estrutura numa perspectiva horizontal .......................................................................... 6
Tipos mais comuns de departamentalização ..................................................................... 7
1.3 Actividade das empresas e sua classificação económica ...................................... 12
1.3.1 Sector primário ................................................................................................... 13
1.3.2 Sector secundário ........................................................................................... 13
1.3.3 Sector terciário ............................................................................................... 13
1.1.4 Sector informal ............................................................................................... 13
1.4 Os recursos ou factores de produção da empresa ................................................. 14
1.4.1 Fronteira de Possibilidade Produção “FPP” ................................................... 15
CAPÍTULO II – O MERCADO ..................................................................................... 17
2.1 O Mercado ............................................................................................................ 17
2.1.1 Estruturas de Mercado .................................................................................... 18
2.1.1 Concorrência Perfeita ..................................................................................... 18
2.1.1.1 Características do Mercado de Concorrência Perfeita ................................ 18
2.1.1.2 Funcionamento do Mercado de Concorrência Perfeita ............................... 20
Mercado total .................................................................................................................. 21
2.1.2 Concorrência imperfeita .................................................................................... 25
2.1.2.1 Monopólio ........................................................................................................ 25
2.1.2.2 Concorrência monopolista .......................................................................... 27
2.1.2.3 Oligopólio ................................................................................................... 27
2.1.2.4 Monopsónio................................................................................................. 28
2.2 Oferta e procura de bens ........................................................................................... 29
2.3 Elasticidade da Demanda (procura) e da Oferta ................................................... 31
CAPÍTULO III - O CRESCIMENTO ESTRATÉGICO DAS EMPRESAS ................. 38
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 54
APÊNDICES

Elaborado pelo Prof: César Adão Domingos


ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Departamentalização funcional ......................................................................... 7
Figura 2: Departamentalização por produto ..................................................................... 8
Figura 3: Departamentalização geográfica ....................................................................... 8
Figura 4: Estrutura matricial ............................................................................................. 9
Figura 5: A empresa e seu contexto ................................................................................ 10
Figura 6: Estratégias em competição .............................................................................. 43
Figura 7: Elementos críticos do pensamento .................................................................. 44

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Características do planeamento estratégico ...................................................... 9
Tabela 2: Objectivos do plano estratégico ...................................................................... 11
Tabela 3: Análise horizontal ........................................................................................... 42
Tabela 4: Análise vertical ............................................................................................... 42

ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Curvas de demanda de mercado e da firma individual .................................. 21
Gráfico 2: Equilíbrio da firma em concorrência perfeita ................................................ 23
Gráfico 3: Curva da oferta da firma em concorrência perfeita ....................................... 23
Gráfico 4: Equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita ..................................... 25
Gráfico 5: Oferta e procura de bens ou serviços ............................................................. 29
Gráfico 6: Procura de bens ou serviços .......................................................................... 29
Gráfico 7: Oferta de bens ou serviços ............................................................................. 30
Gráfico 8: Produção e eficiência técnica ........................................................................ 34
Gráfico 9: Curvas do produto total, produto médio e produto marginal da mão-de-obra
................................................................................................................................... 35
Gráfico 10: Custo marginal ............................................................................................ 37
Gráfico 11: Relações entre os custos médios e o custo marginal ................................... 37

Elaborado pelo Prof: César Adão Domingos


Página 1 de 75

CAPÍTULO I - CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA E DE EMPRESA

1.1 Economia e a empresa


No presente sumário iremos destacar alguns conceitos básicos voltados a economia e a
empresa de formas a elucidar melhor os aspectos basilares que giram em torno da
disciplina em estudo.

Convém entender que etimologicamente, a palavra economia vem do grego oikos (casa)
e nomos (norma, lei). Seria a “administração da casa”, que pode ser generalizada como
“administração da coisa pública”.

Assim entende-se por Economia como a ciência que estuda a forma como as
sociedades e os homens, criam e utilizem os recursos escassos para produzir bens e
serviços escassos com valor de modo a satisfazer o melhor possível das necessidades;
ou ainda é uma ciência social que se ocupa dos aspectos humanos que tendem a
satisfazer, os seus diversos fins e necessidades, adequando os meios escassos de usos
alternativos. Podemos ilustrar também a visão de VASCONCELLOS1 (2002 p. 21) em
sua obra “Economia-Micro e Macro” que define-a como a ciência social que estuda
como o individuo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na
produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos na
sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas.

Assim trata-se de uma ciência social, já que objectiva atender às necessidades humanas.
Contudo, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos
ou factores de produção.

Empresa: Segundo Gilmar Masiero, na sua obra “Administração de Empresas, 3ª


edição” define empresa como um grupo de pessoas trabalhando conjuntamente na busca
de objectivos e metas comuns aos seus propósitos e à sua missão.

Considera-se também que ‹‹empresa é uma unidade orgânica que busca recursos
estratégicos, e operacionaliza-os de forma sistémica visando alcançar determinados
objectivos››. (FREIRE, 2010 p. 90).

1Marco António Sandoval de Vasconcellos, é Bacharel, Mestre e Doutor em Economia pela Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e professor do
Departamento de Economia da FEA/USP.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 2 de 75

Já Guyomar´h entende que Empresa pode ser conceituada como ‹‹uma unidade
económica social integrada, por elementos humanos, materiais e técnicos que tem como
objectivo de obter utilidade através da sua participação no mercado de bens e serviço. E
faz o uso de factores de produção considerados tradicionalmente como: terra, capital e
trabalho».

Assim economia de empresa é o ramo da economia que estuda como as empresas


criam e usam os recursos como um conjunto de factores de produção reunidos sob
autoridade de um individuo ou grupo com objectivo de reactivar um rendimento
monetário (lucros) através da produção de bens e serviços.

1.1.1 Agentes económicos


Os agentes económicos são indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que,
através das suas decisões e acções, tomadas racionalmente, influenciam de alguma
forma a economia. São eles as Famílias que tomam decisões sobre o consumo e a oferta
de trabalho, as Empresas que tomam decisões sobre investimento, sobre produção e
sobre a procura de trabalho, o Estado que toma decisões de consumo, de investimento e
de política económica (instituição pública com poder de coesão) e o Capital
(Instituições financeiras) que não podemos afirmar que é um verdadeiro agente. Estes
quatro agentes formam uma Economia Fechada. Devemos ainda incluir um quinto
agente ao qual chamamos Resto do Mundo ou Exterior que representa todos os agentes
externos à economia e toma decisões sobre todas as questões anteriores. Este agente está
presente, em geral, em todas as economias mundiais, quando esta economia é uma
Economia Aberta. De realçar que o nosso estudo sobre este ponto vai fundamentar-se
por esta economia denominada aberta.

1.2 A estrutura e a organização da empresa


A organização da empresa é definida como a ordenação e agrupamento de actividades e
recursos buscando a maior eficácia possível, com um conjunto de operações que
compõem a actividade empresarial visando o alcance de objectivos e resultados
estabelecidos. Neste sentido, torna-se necessário definir as funções, obrigações e
responsabilidades dos diversos cargos e níveis hierárquicos para se evitar as
superposições.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 3 de 75

A organização, função da gestão, visa estabelecer a estrutura de pessoas e a alocação


dos recursos necessários para levar a cabo as acções planeadas, de forma global tendo
em atenção um prévio planeamento compreensivo.

A Estrutura Organizacional também pode ser entendida como o conjunto de normas


disciplinares da actividade do negócio de qualquer pessoa física ou jurídica, destinada
afins de natureza económica, dirigida a produção de bens e serviços conducentes a
resultados patrimoniais ou lucrativos. Por esta razão, a estrutura organizacional deve ser
delineada de acordo com objectivos estratégicos estabelecidos. Para tal, é necessário um
estabelecimento de funções básicas para a concretização destes objectivos: planificar,
organizar, dirigir e controlar2.

Estruturas: são formas de se articular de como congregar os recursos escassos dentro


da empresa ou organização.

A Estrutura organizacional não é mais se não o organismo que a empresa elabora para
dividir as variadas tarefas e funções da empresa. Para uma boa gestão independente e
espelha melhor a posição de cada individuo dentro da empresa.

A Função Organização

Antes de levar a cabo as actividades planeadas há que organizar. Há que dizer quem é
responsável, quem faz o quê, com que recursos, como, quais os processos de articulação
entre todos os intervenientes, de a se estabelecer um sistema para se poder controlar
posteriormente o andamento do que está a ser feito. Ou seja há que criar uma estrutura
de modo à alocar os recursos requeridos para o desempenho das actividades. No entanto
estabelecer um sistema de informação para controlar o seu posterior andamento.

A noção de estrutura contém a noção de atribuição de tarefas e a noção de articulação e


de coordenação de esforços dos elementos que a integram, o que implica a atribuição de
autoridade e o estabelecimento de sistemas de comunicação entre os intervenientes.

Quando aplicada a toda uma empresa, a estrutura designa-se por estrutura empresarial.
A estrutura empresarial consiste, assim, na atribuição das diferentes tarefas e das
condições para as executar aos indivíduos e grupos de uma empresa (ou sua parte), e no
modo de assegurar a sua interacção e a sua coordenação.

2
In apontamentos de economia da empresa prof. Luís Victor, 2010 pp 7

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 4 de 75

Os organogramas (organigramas) são diagramas que permitem sintetizar, de um modo


gráfico e de compreensão fácil, um conjunto de informações acerca da estrutura
organizacional, nomeadamente como estão agrupados os colaboradores nos diferentes
níveis hierárquicos e a quem se reportam (ou seja, de quem dependem).

Para a empresa prosseguir, eficiente e eficazmente, a missão e as estratégias que definiu,


tem de adoptar uma estrutura organizacional que as suporte. E, por isso, quando as
altera, também deve alterar a estrutura.

Quer a definição, quer a alteração da estrutura empresarial têm de levar em conta que
existem actividades principais e actividades de suporte, já que as primeiras são as que
acrescentam realmente valor ao produto, embora possam existir actividades de suporte
com grande impacto.

O estudo de uma estrutura empresarial (organizacional) deve ser feito segundo dois
ângulos. Um é a análise de como se organiza hierarquicamente, dito aqui análise numa
perspectiva vertical. Outro é como se agrupam os profissionais para levar a cabo as
diferentes tarefas, dito aqui uma perspectiva horizontal.

Toda a empresa possui dois tipos de estruturas, que são: estrutura formal e estrutura
informal.

Estrutura Formal- é aquela que é deliberadamente planeada e formalmente


representada em alguns aspectos do seu organograma, com enfase as posições em
termos de primeira autoridade e responsabilidade, 2º é estável; 3º esta sujeito ao
controlo; 4º esta na estrutura; 5º o líder é formal, etc.

Estrutura informal Surge na interacção social das pessoas, que significa que se
desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reuniam. Representa relação que
usualmente não aparecem em nenhum organograma.

São de relações não documentais, e não reconhecidas oficialmente entre os membros de


uma organização que surgem inevitavelmente na decorrência das necessidades pessoais
e globais, esta nas pessoas, sempre existira, a autoridade flui na maioria das vezes na
horizontal, é estável, não esta sujeito a controlo, está sujeito aos sentimentos, líder
informal.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 5 de 75

Vantagens de estruturas informal

1º Proporciona maior rapidez no processo

2º Implementa a estrutura formal

3º Reduz a carga de comunicação dos chefes

4º Motiva a entrega as pessoas na empresa

Desvantagens de estrutura informal

1º Dificuldade da chefia

2º Dificuldade do controlo

3º Possibilidade de atrito entre pessoas

Vantagens de estrutura formal

1º É representada pelo organograma da empresa e pelos seus aspectos básicos.

2º É reconhecida juridicamente de facto e direito

3º É estruturada e organizacional

A estrutura numa perspectiva vertical

A hierarquia

Em qualquer organização tem de existir uma cadeia de comando, uma linha contínua de
autoridade, que permite que os gestores possam coordenar as actividades dos seus
subordinados. É a hierarquia. Ela poderia ser consagrada pelo principio da
escalabilidade, segundo o qual qualquer profissional de uma organização tem de
reportar a outro, excepção feita ao (s) que se encontra(m) no topo.

A delegação da autoridade

A delegação da autoridade é um aspecto crítico da estrutura organizacional. A


autoridade é o direito atribuído a um profissional de decidir sobre assuntos
especificados, sem necessidade de consultar os seus superiores, e de ser obedecido por
outros profissionais.

Uma correcta delegação de autoridade pressupõe que a autoridade delegada é a


adequada para os fins em vista, que quem a recebe tem capacidades e conhecimentos
para os prosseguir, que lhe são atribuídos os meios adequados e que é estabelecido um

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 6 de 75

sistema adequado de controlo sobre as decisões que tomar e as respectivas


consequências. Também deve existir uma aceitação por parte de quem a recebe e ser
estabelecido um sistema de recompensas para premiar o seu correcto exercício.

Para garantir que a delegação é efectuada adequadamente, quando um chefe delega


autoridade a um seu colaborador, embora este passe a ser responsável pelas suas
decisões perante o chefe, a responsabilidade perante à terceiros continua a ser de quem
delegou.

As razões para se delegar autoridade podem ser várias:

➢ Uma primeira resulta do aumento dos afazeres de um profissional responsável


por uma dada área organizacional.
➢ A delegação aumenta a motivação dos profissionais, contribui para o seu
desenvolvimento e envolvimento na organização.

As razões para não se delegar autoridade podem também ser vastas:

➢ A preparação dos profissionais para terem capacidade de tomar decisões leva


tempo requer formação tanto interna ou externa.
➢ A necessidade de estabelecer ou ajustar os sistemas de controlo existentes na
organização pode também ser uma das razões que obsta a que se delegue.
➢ Um obstáculo à delegação é a posição do superior hierárquico que receia perder
o controlo dos acontecimentos ou que, simplesmente, tem dificuldade em deixar
de fazer aquilo a que está acostumado. Este tipo de situação é prejudicial para a
organização e para quem se opõe à delegação.

A estrutura numa perspectiva horizontal


Numa empresa, os colaboradores realizam diferentes tarefas, muitas das quais estão
interligadas e necessitam, por isso, de ser coordenadas para se poder assegurar a sua
realização. À medida que aumenta o número de diferentes tarefas coordenadas por um
gestor, ou seja, à medida que aumenta a especialização e diversificação das tarefas, ele
vê-se impossibilitado de continuar a responder ao elevado número de solicitações
colocadas pela coordenação. Há então que reduzir tal número, reunindo os
colaboradores que as executam em números mais pequenos, que possam ser geridos por
outros coordenadores: é a departamentalização.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 7 de 75

O critério subjacente à constituição de departamentos deve ser o mais adequado ao bom


desempenho da organização no prosseguimento dos correspondentes objectivos. Deve
permitir um bom desempenho na realização das tarefas especificas de cada
departamento e permitir às mesmas eficácia e eficiência na coordenação global destes.

Tipos mais comuns de departamentalização:


1º Departamentalização funcional: A departamentalização diz-se funcional quando o
agrupamento é segundo as funções da organização ou agrupando actividades técnicas
similares. Exemplos:

a) Direcção Comercial, Direcção Financeira, Direcção Logistica, Direcção de


Pessoal, etc. e a Direcção Comercial pode, por sua vez, ser departamentalizada
geograficamente.
b) O Exemplo também é válido para secções: Mecanização, Acabamento,
Montagem etc.
c) Ou ainda por serviços de Medicina Interna, Serviço de Cirurgia, Serviços de
Pediatria, etc.

Assim como na figura:

Figura 1: Departamentalização funcional

Director
Geral

Dir.
Direcção Direcção de
Administ. e Etc
Comercial Logística
Financeira
Fonte: (PINTO, et al. 2006)

O critério visa aumentar a competência técnica e a eficiência técnica de cada


departamento específico no desenvolvimento das respectivas tarefas.

2º Departamentalização por produto: neste tipo de departamentalização flui a ideia de


que o critério aqui, é agrupar os que trabalham com o mesmo produto ou gama de
produtos.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 8 de 75

Assim como na figura:

Figura 2: Departamentalização por produto

Direcção de
Vendas

Venda de Venda de Venda de


Etc
cervejas refrigerantes águas

Fonte: (PINTO, et al. 2006)


3º Departamentalização por cliente: neste caso o agrupamento visa o aumento de
conhecimento dos agrupados sobre cada cliente específico ou sobre cada mercado
específico.

4º Departamentalização geográfica: consiste em criar um departemento por cada área


geográfica. Este tipo de departamentalização interessa quando as actividades são muito
dispersas e quando as caracteristicas de cada região as afectam.

Assim como na figura:

Figura 3: Departamentalização geográfica

Direcção de
Vendas

Zona Norte Zona Centro Zona Sul Etc

Fonte: (PINTO, et al. 2006)

A estrutura matricial

Muitas vezes interessa combinar dois critérios diferentes de departamentalização


simultaniamente. Obtém-se uma estrutura dita matricial. Em que cada chefe pode
responder simultaniamente por exemplo a um director regional e um director nacional
de certo produto. Esta violação da unidade de comando exige que haja uma rigorosa
definição de competências para evitar conflitos no comando.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 9 de 75

A estrutura matricial é mais achatada e flexível, com melhor capacidade de resoposta,


mas requer uma definição complexa e rigorosa dos procedimentos associados e requer
responsáveis habilitados a compreendê-la e a utilizá-la.

Figura 4: Estrutura matricial

Fonte: (LISBOA. 2013)


Planeamento
Afirma-se planeamento, à acção crítica, porque um erro grave de previsão, pode
conduzir ao fim da empresa, dai justificar que os gestores, dedicam mais tempo em
estudos relacionados com planificação. Um bom funcionamento de qualquer empresa
começa, por uma planificação correcta das actividades a desenvolver. Se a empresa não
faz um planeamento coerente, não faz previsões, realizará opções incorrectas que a
maior parte das vezes levam a empresa ao desnorte. No entanto deve-se ter em atenção
que uma correcta planificação, deve atender não apenas a uma previsão correcta da vida
futura da empresa, mas igualmente a possibilidade do control das tarefas realizadas uma
vez que é fundamental o gestor analisar os desvios entre o que foi previsto e o que foi
realizado. Esta análise é fundamental, pois permite detectar o que ocorreu mal de
formas a evitar que no futuro ocorra os mesmos erros.

Tabela 1: Características do planeamento estratégico

Descrição
Objectivo Conduzir a empresa ao sucesso, enquadrando-a no seu meio envolvente.
Processo - Definição dos objectivos da empresa;
- Auditoria externa: identificação das oportunidades e ameaças do meio envolvente;
- Auditoria interna: identificação dos pontos fortes e fracos da empresa;
- Avaliações das opções estratégicas e selecção da melhor alternativa
- Operacionalização da estratégia;

Pressupostos - A criação de uma estratégia é um acto formal e consciente;


- Uma estratégia bem formulada é completa e explícita.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 10 de 75

Autoria - Responsável pelo planeamento e gestores de topo.


Resultado - Plano estratégico.
Fonte: FREIRE (2006, p. 30)

Tipos de planeamento
Estratégico;

Operativo;
Tipos de planeamento
Médio e longo prazo;

Curto prazo

Planeamento estratégico

Qualquer empresa para sobreviver, deve conhecer o meio que o envolve, este meio é
fonte de oportunidades e de ameaças, isto é, uma fonte de oportunidade, é aquela que
vai colocar os bens com os quais negoceia. E uma fonte de ameaça que actua
igualmente aos seus concorrentes, logo o primeiro passo a dar deverá constituir na
definição das suas estratégias, e, esta estratégia deverá estar documentada e designada
Plano estratégico.

Plano estratégico, o documento onde consta a forma como a empresa aplica os seus
recursos humanos, materiais e financeiros para melhor se defender da concorrência ou
da eventual concorrência, tendo em atenção as variáveis actuais e futuras do mercado.
Figura 5: A empresa e seu contexto

Contexto

Empresa

Investimento Concorrência
Fonte: FREIRE (2006, p. 30)
Na elaboração do plano estratégico, a empresa deverá obter maior número possível de
informação sobre o ambiente externo que o rodeia, para tal vai recorrer a diversas fontes
(contactos pessoais, estatísticas, publicidade, bancos etc.), por outra a elaboração deste
tipo de planeamento a empresa deverá contar ainda com os seus recursos e capacidades
nas áreas físicas, financeiras, técnicas e humanas; desta forma ela fica apta a responder
as seguintes questões:
1º Quais as capacidades da empresa?

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 11 de 75

2º Como é que as capacidades de que dispõem consegue atingir o que se propõe.

Em suma o plano estratégico deve ser flexível de modo a ser sensível as alterações
verificadas no contexto em que a empresa se move de forma a garantir a continuidade
da empresa e a obtenção de melhores resultados possíveis, diante dos recursos postos a
sua disposição.

Tabela 2: Objectivos do plano estratégico


Objectivo Comentários
Pensamento Um plano estratégico deve incentivar os executivos da organização a pensar
estratégico de uma forma estratégica, a distinguir as variáveis que são essenciais ao
sucesso das que têm apenas um impacte marginal no desempenho da
empresa.
Comunicação Um plano estratégico deve também contribuir para reforçar a comunicação
dentro da empresa, tanto ao nível da gestão de topo como nos níveis mais
baixos na hierarquia.
Motivação O plano estratégico tem uma importante função de motivação para a acção,
de incentivo à concretização dos objectivos propostos. Por essa razão, é
conveniente que os principais gestores que vão assegurar a implementação
do plano estratégico participem na sua elaboração.
Coordenação Ao reunir gestores de todas as áreas funcionais com a direcção-geral, as
reuniões conducentes à elaboração do plano estratégico promovem a
coordenação de todas as actividades da empresa.
Controlo Por identificar com clareza os objectivos da empresa, o plano estrategico
pode e deve ser utilizado como um instrumento de controlo de gestão.
Fonte: Adaptado de FREIRE (2006, p. 35)

Planeamento operativo

Os planeamentos operativos, procuram no geral responder seis (6) questões básicas,


sobre aspectos particulares da vida da empresa, que são:

1º Em que local é que actividade da empresa se irá desenvolver?

2º Quais os recursos humanos, materiais e financeiros a utilizar?

3º Porquê que a empresa decidiu por esta actividade?

4º Em que momento deverá a empresa iniciar as actividades?

5º Quais serão os gestores?

6º E quais os caminhos a seguir?


Planeamento a médio e longo prazo

É um processo de elaboração de decisões para actuação no futuro, tendo em vista a se


atingir determinados objectivos de caracter geral de actuação empresarial.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 12 de 75

São elaborados por um período superior a 1 ano e consta de um documento que se dá o


nome de programa.

Planeamento a curto prazo

É elaborado para períodos de tempos curtos, ou seja para prazos inferiores à 1 ano. Dele
consta formulação e selecção de objectivos, estratégias, actividades e recursos
projectados. Sendo o seu documento chamado plano.

Fases do planeamento

1ª Planeamento estratégico;

2ª Planeamento operativo;

3ª Planeamento à médio e longo prazo;

4ª Planeamento a curto prazo.

Programação;

Fases do control Execução e


Control.

1º Estabelecimento dos objectivos

2º Análise do contexto externo da empresa

3º Conhecimento dos recursos da empresa

4º A definição e selecção da estratégia

5º Elaborar um plano de actuação e o respectivo orçamento

6º Control e avaliação.

1.3 Actividade das empresas e sua classificação económica


O foco desta temática é abordar questões relacionadas com a classificação económica das
empresas, de modo a que possamos relacionar com sentido analítico a forma como elas devem
ser organizadas e estruturadas de acordo ao seu campo de actuaçao na esfera económica o que
naturalmente so desta forma pode-se atingir de maneira sistémica os objectivos preconizados e
tambem importa deixar claro que ate o modelo de Gestão que identifica-se com o Gestor deve

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 13 de 75

antes identificar-se com a empresa e a sua área de actuaçao tanto no campo económico, jurídico,
funcional e orgânico.

A motivação de agrupar as empresas em três sectores foi formulada pelo economista australiano
C.Clark nos anos quarenta. Mas no inicio da década de setenta Keith Hart introduz um novo
sector aos já existentes, denominado sector INFORMAL3

1.3.1 Sector primário


Agrupa as empresas que realizam as actividades de abastecimento, tais como a agricultura, a
pesca e de extracção, tais como minas etc…

É o sector primário que fornece a matéria-prima para a indústria transformadora. Este


sector de economia, é muito vulnerável. Pois depende muito dos fenómenos da
natureza, por exemplo: o clima.

1.3.2 Sector secundário


Agrupa as empresas de transformação das matérias primas, tais como a industria agro-
alimentar, fábrica de calçados.

Países com um grau de desenvolvimento, possuem uma grande significativa base


económica centrada no sector secundário. A exportação deste produto, também geram
riquezas para as indústrias destes países.

1.3.3 Sector terciário


Agrupa as empresas de prestação de serviço nos domínio de ensino, turismo, comércio,
banco, assessoria etc…

Este sector é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento económico, isto é
quanto mais rica é uma região, maior é a presença de actividades no sector terciário.

Com o processo de globalização iniciado no século XX o sector terciário é tido como


sector da economia que mais se desenvolve no mundo.

1.1.4 Sector informal


Agrupa as actividades ligadas a oportunidades de rendimentos, complementares, devido
à estagnação dos salários e a inflação face aos limites da solidariedade familiar ao
recurso ao crédito. Também, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o

3
TAMU, KIAMVU (2006). Introdução à Gestão das Organizações – Conceitos e Estudos de Casos.
Editora: Capatê-Publicações. Luanda. p. 83.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 14 de 75

conceito de sector informal engloba todas actividades exercidas à margem da


regulamentação. Por Ex: na cidade de Luanda, as pequenas unidades privadas de
recauchutagem e outras.

1.4 Os recursos ou factores de produção da empresa


A Economia descreve o comportamento das empresas e dos agentes económicos (as
famílias, as empresas não financeiras, empresas financeiras, as administrações públicas
e comércio internacional) porque serve para prever o comportamento dos mesmos e ate
dos consumidores tendo em conta uma variação de preço.

Deste modo a economia da empresa esta directamente virada as decisões que as


empresas tem que tomar e com as consequências destas decisões.

Em economia os recursos ou factores de produção são elementos usados na produção de


bens e serviços. Apesar da sua grande variedade, os factores de produção, dependendo
da sua natureza e, de acordo com a classificação de Adam Smith4, determinou três
grupos fundamentais:

A terra (recursos Naturais) – ou mais genericamente, os recursos naturais- representa o


que os nossos processos produtivos recebem da natureza. (na agricultura, ou na
implantação de habitações, fabricas, estradas, recursos energéticos etc)

O trabalho- que se refere as faculdades físicas e intelectuais das pessoas que intervem
no processo produtivo. É ao mesmo tempo o factor de produção mais comum e o mais
crucial para uma economia industrial avançada.

O capital- que é formado pelos bens duráveis de uma economia, produzidos com vista a
produzirem outros bens (edifícios, estradas, maquinas, equipamentos, etc) desta feita a
acumulação de bens de capital especializado é essencial para prosseguir o
desenvolvimento económico. Economicamente, nem todo o patrimonio que constitui
riqueza é considerado como capital. Em economia, o capital é constituido apenas pelo
bens que são utilizados na actividade produtiva. O capital pode ser objecto de várias
classificações de entre elas temos: capital financeiro, tecnico, natural e humano.

Vários são os autores que consideram a existência de 4 recursos de produção:

4
Adam Smith ( Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi um filósofo e
economista britânico nascido na Escócia. Teve como cenário para a sua vida o atribulado século das
Luzes, o século XVIII.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 15 de 75

Recursos materiais ou físicos;

Recursos financeiro;

Recursos humanos;

Recursos administrativos;

Escolha do processo de produção.

Produção: é o processo pelo qual uma firma transforma os factores de produção


adquiridos em produtos ou serviços para venda no mercado.

A escolha do processo vai depender da eficiência técnica (tecnológica) ou pelo ponto de


vista económico.

Eficiência técnica: entre dois ou mais processos de produção, é aquele que permite
produzir uma mesma quantidade de produto, utilizando menor quantidade física de
factores de produção.

Eficiência econômica: entre dois ou mais processos de produção, é aquele que permite
produzir uma mesma quantidade de produto, com menor custo de produção.

1.4.1 Fronteira de Possibilidade Produção “FPP”


A existência de recursos escassos e o estado actual da tecnologia, fixam a sociedade um
limite em sua capacidade para transformar os seus recursos em bens e serviços.

A forma de representar, a limitação do potencial de uma economia (de um pais,


sociedade, empresa etc.) se detém mediante a fronteira de possibilidade de produção.

Só vão poder obter, um certo número de bens e serviços de acordo com os seus recursos
limitados, não poderá alcançar uma maior quantidade de bem, se não renunciar algumas
quantidades de outros.

A F.P.P exibe as quantidades máximas de um par de bens e serviços, que podem ser
reproduzidos nos recursos dados de uma economia e aproveitando-os em pleno.

Os recursos dados, são as quantidades dos factores existentes, e os conhecimentos


tecnológicos.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 16 de 75

Ou seja, a FPP é o limite máximo de produção, com os recursos de que a sociedade


dispõe, em um dado momento. Entende-se que os pontos além da fronteira não poderão
ser atingidos com os recursos disponíveis. Pontos internos à curva representam
situações nas quais a economia não está empregando todos os recursos que dispõe.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 17 de 75

CAPÍTULO II – O MERCADO
2.1 O Mercado
Originalmente o termo mercado era utilizado para designar o lugar onde compradores e
vendedores se encontravam para trocar os seus bens e serviços. Com tudo, CAETANO
(2010) na sua obra “Marketing e Comunicação” defende que «em marketing os
vendedores são vistos como uma indústria e os compradores como mercado». Deste
modo, podemos considerar mercado o lugar onde agentes económicos procedem a troca
de bens ou serviços por uma unidade monetária ou por outros que sejam bens ou
serviços.

Nesta perspectiva, podemos analisá-lo sob duas formas distintas:

1º Em sentido amplo como conjunto de pessoas individuais ou colectivas capazes de


influenciar as vendas de um determinado produto.

2º Em sentido restrito como sendo o conjunto de dados sobre a importância e a evolução


das vendas de um produto.

O mercado pode ser classificado segundo várias ópticas:

De acordo com a natureza física dos produtos transaccionados, onde vamos encontrar os
mercados têxteis de habitação, de petróleos, automóveis etc.

Distingue-se os mercados de acordo com a natureza económica, dos bens ou serviços,


que são os mercados dos bens reais, e o mercado dos produtos financeiros (mercados
instáveis )

Distingue-se o mercado de acordo com o âmbito geográfico das trocas, onde vamos
encontra o “mercado interno e o mercado externo”

Mercado interno- mercado local, regional e nacional

Mercado externo- mercado mundial, europeu, asiático, etc.

Quando nos referimos a um mercado em sentido amplo ou restrito, podemos encontrar a


existência de três classificações distintas. Designadamente:

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 18 de 75

1ª Mercado real- é aquele que representa o volume das vendas efectivas de um


determinado produto ou o número de consumidores que compra um determinado bem
ou serviço produzido pela empresa.

2ª Mercado potencial- representa a estimativa do volume a atingir pelas vendas de um


determinado produto ou o conjunto de compradores que estão em condições de adquirir
este produto ou serviço produzido pela empresa.

3ª Mercado total- engloba o mercado potencial de um determinado produto e o mercado


dos que não consomem este produto.

Os mercados são equilibrados pela lei da procura e da oferta. Deste modo, o


funcionamento de um sistema de mercado se fundamenta num conjunto de regras onde
se compra bens e serviços e também os factores de produção.

2.1.1 Estruturas de Mercado


A estrutura do mercado é definida pelo número de compradores e de vendedores (ou
produtores) que nele participam e pelo tipo de relações que se estabelecem entre eles. A
estrutura de mercado vai afectar, essencialmente, a forma como é determinado o preço
do produto.

Tendo em conta a sua estrutura, podemos classificar os mercados em dois grandes


grupos: a concorrência perfeita e a concorrência imperfeita.

2.1.1 Concorrência Perfeita


O mercado de concorrência perfeita caracteriza-se por ser um mercado de um produto
homogéneo onde interagem muitos compradores e muitos vendedores e se verifica a
livre concorrência entre eles, de forma que nenhum comprador ou vendedor, quando
considerado isoladamente, seja capaz de influenciar o preço do produto.

2.1.1.1 Características do Mercado de Concorrência Perfeita


Mas nem todos os mercados onde existam muitos compradores e muitos vendedores
podem ser considerados mercados de concorrência perfeita. Para que um mercado seja
de concorrência perfeita, é necessário que tenha as seguintes características:

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 19 de 75

1ª- Atomicidade- existe um elevado número de vendedores e de compradores, todos


com uma pequena dimensão, de forma que, isoladamente, as suas decisões não tenham
efeito sobre o mercado. Por Ex: se um vendedor decidir aumentar ou diminuir o preço
que vende, isso não vai afectar os outros vendedores que continuam a vender ao mesmo
preço.

2ª- Homogeneidade- os produtos transacionados no mercado têm todos as mesmas


características, não existindo diferenças entre eles. Os produtos são substitutos perfeitos.

3ª Transparência de mercado- todos os intervenientes no mercado, sejam compradores


ou vendedores, têm acesso às informações sobre as qualidades e preços do produto.

4ª Livre entrada e saída no mercado- não existe qualquer barreira que impeça ou
dificulte a entrada ou saída de novos vendedores no mercado.

5ªMobilidade dos factores de produção- Todos os vendedores têm acesso aos mesmos
factores de produção e às mesmas tecnologias.

Um mercado de concorrência perfeita é muito vantajoso para o consumidor. De facto, a


elevada concorrência entre vendedores origina a descida do preço dos produtos, assim
como a melhoria da sua qualidade. Por outro lado, na tentativa de maximizar os lucros,
os vendedores procuram reduzir ao máximo os seus custos através de uma utilização
mais eficiente dos recursos disponíveis.

No entanto, quando analisamos as economias actuais, comprovamos que a concorrência


perfeita pura é uma situação utópica, principalmente pelas seguintes razões:

1ª- Não existe a homogeneidade dos produtos, verificando-se, normalmente, a


preferência dos consumidores por um ou outro produto, seja devido à simpatia pela
marca, seja por causa da publicidade ou por causa de outro factor qualquer subjectivo.
Por outro lado, os produtores tentam cada vez mais diferenciar os seus produtos, criando
uma imagem de marca.

2ª- Apesar de não haver limitações legais à entrada de novas empresas no mercado,
podem existir outros tipos de impedimentos que dificultam essa entrada, tais como as
pressões por parte das empresas já implantadas no mercado.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 20 de 75

3ª- Devido às constantes inovações tecnológicas, torna-se difícil que todas as empresas
tenham acesso ao mesmo nível de tecnologia.

Custos de produção

A partir da análise dos custos de produção consegue-se determinar a chamada curva de


oferta da firma. Pois entende-se que as funções custo são um instrumento analítico para
a tomada de decisão uma vez que relacionam os custos da empresa com a quantidade
produzida. Juntamente com a procura, que relaciona o preço e as receitas com a
quantidade que a empresa vende, as funções custo permitem equacionar o impacto das
diversas alternativas em termos de quantidades e preços.

A partir desta mesma temática é possível analisar também como a visão do economista
difere da visão do contabilista, em particular no que se refere aos custos de
oportunidade e custos sociais, incorporados pelos economistas em suas curvas de
custos.

2.1.1.2 Funcionamento do Mercado de Concorrência Perfeita


Num mercado concorrencial as decisões de cada empresa não afectam o equilíbrio de
mercado. Os produtos produzidos pelas diversas empresas são substitutos muito
próximos (admitamos que são idênticos), de modo que os consumidores escolhem o seu
fornecedor apenas com base ao preço. O vendedor escolhido é o que praticar o preço
mais baixo. Isto significa que se uma empresa praticar um preço ligeiramente abaixo do
preço do preço de mercado, pode obter para si virtualmente todo mercado que quiser.

O mercado que cada empresa pode querer obter está limitado pelos seus custos…

Para determinarmos o ponto de produção ideal para uma firma ou empresa em


concorrência perfeita, isto é, o ponto em que o lucro é máximo, precisamos determinar
como se comporta a demanda desse mercado, que permitirá uma previsão das receitas
da firma. E como se comportam os custos.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 21 de 75

Gráfico 1: Curvas de demanda de mercado e da firma individual

Demanda individual
P0 Rmg=Rme=Pm
Demanda
de mercado
(Di)

Mercado total Q
Uma firma isolada Q
Fonte: VASCONCELLOS (2002)

Dada a hipótese da atomicidade, uma firma isolada não consegue alterar o preço de
mercado (sua saída, por exemplo, traria uma alteração apenas infinitesimal na curva da
oferta do mercado (Si); não afectando o preço (Po).

Como P0 é o preço de venda para a empresa, então a curva da demanda é dada para
empresa, ou seja é horizontal.

A empresa só pode vender a este preço. Pois:

Se quiser vender a um preço mais alto, não venderá nada (como os produtos são
homogéneos, os consumidores comprarão mais barato das outras empresas)

Não venderá a um preço mais baixo. Fere o princípio da racionalidade; se ao P 0 vende


quanto quer, porque vender mais barato?

Assim a empresa ao P0, vende quanto puder, dependendo do seu tamanho e da sua
estrutura de custos.

Dessa forma, a curva da demanda do mercado (com o qual se defrontam todas as


empresas) é negativamente inclinada, mas a curva da procura para a empresa individual
é horizontal (corresponde dizer que a curva da procura para a empresa é infinitamente
elástica: se ocorrer variação de preço de mercado, a empresa deve ajustar a quantidade,
pois não consegue fixar preços)

OBS: a única decisão diz respeito a quantidade a produzir.

A receita média (RMe): é a chamda receita por unidade do produto vendido ou receita
unitária.

Fórmula da receita média: ;

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 22 de 75

Portanto, a receita média é sempre igual ao preço unitário de venda. Por outro lado,
como o preço P0 é a propiá demanda da empresa individual, a RMe é a própria curva da
demanda da empresa individual, ou seja, a RMe mostra o que o consumidor compra a
dados preços, portanto reflecte a propiá demanda.

Assim: RMe=RT/P ; RMe=P.Q/Q Logo: RMe=P

Finalmente importa realçar que a receita marginal (RMg) é a receita adicional, ou a


variação da receita total (RT), quando varia a quantidade vendida, ou seja, a receita
extra, quando se vende uma unidade a mais.

Em concorrência perfeita, a receita marginal é o preço recebido pela unidade adicional


vendida, então, a RMg é igual ao preço. RMg=P

Equilíbrio da empresa em concorrência perfeita (a curto prazo)

Supõe-se, dentro desta teoria neo- clássica ou marginalista, que o empresário (Gestor)
racional tenha sempre por objectivo último maximizar os lucros. Vejamos, então, uma
vez fixado o preço pelo mercado, qual a produção optima para a empresa, ou seja, a
quantidade produzida que maximiza o lucro da empresa, e a que preço.

Logo a regra em que a empresa maximiza os lucros é: RMg=CMg; sendo CMg


crescente.

Sabemos que o empresário (Gestor) racional sempre aumentará a produção quando isso
significar maior lucro.

Então,se:

A receita adicional >custo adicional, o lucro marginal aumenta e a quantidade deve ser
aumentada, pois o lucro aumentará;

Receita adicional <custo adicional, a quantidade (q) não será aumentada, pois o lucro
cairá (ou o prejuízo aumentará).

Portanto no equilíbrio RMg=CMg temos a quantidade optima, ou a produção optima


que maximiza o lucro da empresa.

Como em concorrência perfeita a receita marginal é igual ao preço de mercado, esta


condição é frequentemente mostrada como: P=CMg

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 23 de 75

Entretanto como teoricamente a curva do CMg teve ter um formato em U, podem existir
dois pontos em que RMg=CMg.

Graficamente:

Gráfico 2: Equilíbrio da firma em concorrência perfeita

Fonte: VASCONCELLOS (2002)

Curva da oferta da firma em concorrência perfeita


Em concorrência perfeita a curva da oferta da firma é o ramo crescente da curva de
custo marginal, a partir do ponto em que o custo marginal é maior do que o custo
variável mínimo.

Graficamente:

Gráfico 3: Curva da oferta da firma em concorrência perfeita

Fonte: VASCONCELLOS (2002)

Vamos todos verificar primeiro, porque que a curva da oferta é o próprio ramo crescente
do CMg. Depois, porque que ela é definida apenas após o CVMe mínimo.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 24 de 75

Porque é a curva do CMg? A resposta é que essa curva reflecte a resposta das empresas
(firmas) quando o preço de mercado aumenta, ou seja, reflecte o aumento de q quando p
varia.

Como a empresa maximiza lucros apenas no ramo crescente do CMg, então a curva da
oferta da empresa em concorrência perfeita é o ramo crescente da curva de CMg, dado
que as recções da empresa, em relação a variações de preços, dão-se nesse trecho da
curva.

Porque apenas após o CVMe mínimo ? Porque se o empresário ou gestor for racional, o
preço mínimo para continuar operando no mercado ocorre quando: P=CVMe MÍNIMO.

Equilíbrio de longo prazo de uma firma (empresa) em concorrência perfeita)

Como sabemos a longo prazo não existem custos fixos, ou seja, todos os custos são
variáveis (salários, alugueis etc) portanto CT=CVT e CTMe=CVMe

Nas curvas de custos vistas ate agora está embutida a remuneração do empresário. Essa
remuneração pode ser medida pelo custo de oportunidade, ou seja o que ele receberia se
tivesse imputado seus recursos em outra actividade.

Isso é chamado lucro normal, o que reflecte o real custo de oportunidade do capital
imputado na actividade empresarial. É o valor que o mantém na actividade: se ele fosse
mais baixo, o empresário sairia do mercado, porque ganharia mais em outro ramo.

O que exceder o lucro normal é chamado lucro extraordinário: o empresário recebe mais
do que deveria receber, de acordo com o custo de oportunidade.

Como os economistas consideram também o custo de oportunidade (custos implícitos)


as curvas de custos vistas ate agora já consideram o lucro normal. Nesse sentido, o lucro
que vimos nos tópicos anteriores já é o lucro extraordinário (LT=RT-CT)

Em concorrência perfeita, supõe-se que os lucros extraordinários a curto prazo atraem


novas empresas para esse mercado (pelas hipóteses de transparência de mercado todos
sabem que o mercado apresenta lucros extraordinários- e livre acesso das empresas).
Dessa forma em concorrência perfeita, a longo prazo, com a atracção de novas
empresas, a oferta de mercado aumenta, e a tendência é de que os lucros extraordinários
tendam a zero, existindo apenas lucros normais.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 25 de 75

Gráfico 4: Equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita

S0
CMgL
S1 CTMeL
S2
P0 P0 P0=RMe0L=RMg0L

P1 P1 P1=RMe1L=RMg1L
P2 P2 P2=RMe2L=RMg2L
CMeL mínimo= tamanho optimo

Q0 Q1 Q2 q2 q1 q0
MERCADO FIRMA INDIVIDUAL
Equilíbrio de longo prazo em concorrência perfeita
Fonte: VASCONCELLOS (2002)

No gráfico a entrada de mais empresas desloca a curva da oferta gradativamente para a


direita, de S0 para S1, provocando uma queda no preço de mercado (P0 para P2).

Quando o preço chega a P2, cessam os lucros extraordinários, pois no ponto (P2;Q2),
RT=CT (RMe=CTMe) e LT=0. Esse ponto corresponde ao mínimo da curva de custo
médio de longo prazo (escala ou tamanho optímo da empresa).

Resumindo: a longo prazo, em concorrência perfeita só existem lucros normais.

2.1.2 Concorrência imperfeita


Quando um mercado não consegue satisfazer todas as características do mercado de
concorrência perfeita, dizemos que estamos perante um mercado de concorrência
imperfeita.

Os mercados de concorrência imperfeita são classificados em função do número de


intervenientes, quer de compradores, quer de vendedores, e da importância que cada um
deles tem no funcionamento do mercado.

Os mercados de concorrência imperfeita podem ser classificados em monopólio,


concorrência monopolística, oligopólio, e monopsónio.

2.1.2.1 Monopólio
O mercado de monopólio é caracterizado pela ausência de concorrência, existindo
apenas uma empresa vendedora, a qual é denominada «« empresa monopolista »».
Neste mercado não aparece nenhum produto substituto e subsistem barreiras à entrada
de novos vendedores.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 26 de 75

Características do monopólio

Podemos considerar que o monopólio tem três características básicas:

1ª- Ausência de concorrência- o mercado é controlada por apenas uma empresa


vendedora;

2ª- Inexistência de bens substitutos- não há nenhum bem que seja substituto directo;

3ª- Existência de barreiras à entrada de novos vendedores- a entrada de novas empresas


vendedoras num mercado de monopólio é dificultada pela existência de barreiras, que
podem ser legais, económicas ou técnicas.

Formas de monopólio

Os monopólios podem ser classificados de formas distintas:

1º- Monopólio legal- É um monopólio criado devido à intervenção do Estado. Nesta


forma de monopólio, é o Estado, através do seu poder legislativo, que cria barreiras à
entrada de novas empresas concorrentes no mercado.

2º- Monopólio natural- Verifica-se a presença de um monopólio natural quando uma


produtora, actuando sozinha no mercado, consegue obter custos de produção inferiores
aos que se verificam caso existissem várias empresas produtoras.

3º Monopólio tecnológico- Este monopólio surge quando os investimentos necessários à


entrada de um novo concorrente no mercado são de tal forma elevados que funcionam
como um obstáculo à sua entrada.

Desvantagens do monopólio

Como a empresa monopolista é o único produtor de um bem pelo qual não existem
substitutos directos, essa situação vai criar desvantagens para o consumidor,
nomeadamente:

1º- Preços elevados- Sendo a empresa monopolista a única a fornecer determinado


produto, pode controlar o preço que pretende praticar;

2º- Diminuição da qualidade- Não havendo concorrência, a empresa monopolista pode


não investir na investigação e desenvolvimento para melhorar o produto.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 27 de 75

2.1.2.2 Concorrência monopolista


Ao contrário da concorrência perfeita, onde os produtos são todos homogéneos, na
concorrência monopolista existem muitos compradores e muitos vendedores, mas cada
vendedor oferece um produto ligeiramente diferente, pelo que podemos considerar que
os produtos oferecidos são diferenciados ou heterogéneos.

Caracteristica da concorrência monopolista

Podemos resumir as características da concorrência monopolista:

1ª- Existência de muitos vendedores e muitos compradores;

2ª- Os produtos transaccionados são diferenciados;

3ª- Não existem barreiras de novos concorrentes;

Num mercado de concorrência monopolista não é apenas a forma dos produtos que os
diferencia uns dos outros, existem outros factores, como a publicidade ou a marca, a
moda, etc. É esta forma de mercado mais usual das economias actuais.

2.1.2.3 Oligopólio
Um mercado de oligopólio é caracterizado pela interactividade entre os vendedores. De
facto, a decisão de um vendedor influencia e é influenciada pelas decisões de outros
vendedores, obrigando a que um vendedor, para tomar as suas decisões, tenha em conta
o comportamento de todos os outros concorrentes.

Esta situação de interactividade das empresas oligopolistas cria dificuldades à entrada


de novos concorrentes. Por outro lado, como o comportamento de um vendedor afecta o
comportamento de outros vendedores, as empresas oligopolistas vão ter influência sobre
os preços dos produtos. De facto, num mercado de oligopólio, quando uma empresa
altera um preço ou faz uma promoção, as outras empresas têm tendência de seguir um
comportamento idêntico.

Podemos dizer, que um mercado oligopolista tem as seguintes características:

1ª- Mercado dominado por poucos vendedores;

2ª- Dificuldades de entrada de novos vendedores concorrentes;

3ª- Algum controlo dos preços por parte dos vendedores.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 28 de 75

Por vezes as empresas oligopolistas tentam fazer acordos entre si com vista a criação de
barreiras à entrada de novos concorrentes no mercado ou com o objectivo de
controlarem o preço de mercado.

2.1.2.4 Monopsónio
Se num mercado nos encontramos com uma situação inversa à do monopólio, ou seja,
onde existem diversas empresas vendedoras, mas apenas um comprador, estamos
perante um mercado de monopsónio.

Causa da imperfeição dos mercados

Regulamentação ou leis. Uma regulamentação pode impedir a entrada de competidores


a um mercado específico.

Estrutura de custo- constitui uma barreira de entrada a concorrência. Isto é, as


economias de escala permite as grandes empresas produzir mais a menor custo. Este
contexto gera com que as empresas pequenas não podem competir, portanto se retiram
do mercado.

Marcas arriscadas em gosto dos consumidores e formulas perfeitas. Implica uma


barreira a concorrência e incrementa a concentração do mercado, isto é, a percepção dos
consumidores e do produto, que pode resultar de única obrigação da natureza do
produto ou de uma excelente campanha publicitaria.

Qualquer empresa devera efectuar estudo do mercado para:

Detectar a possibilidade efectivada venda dos produtos, ou das características fabricadas


pela empresa.

Conhecer qual é a parte do mercado que é abastecido pela empresa, ou pela


concorrência.

Fazer com base em dados concretos, as previsões de vendas da empresa

Obter dados necessários, para planificar, desenvolver e controlar as actividades de


venda de empresa

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 29 de 75

2.2 Oferta e procura de bens


Depois de termos visto a estrutura dos mercados, vamos dedicar este ponto ao estudo do
instrumento mais utilizado pela Economia para estudar o funcionamento económico.
Trata-se de um gráfico que Alfred Marshall5 popularizou, onde se cruzam duas curvas: a
curva da procura e a curva da oferta. Este gráfico que ficou conhecido como «cruz
marshalliana» será muito útil na análise que adiante faremos, mas servirá desde já para
clarificarmos o estudo do mecanismo de mercado e do funcionamento dos incentivos.

Gráfico 5: Oferta e procura de bens ou serviços

Fonte: SAMUELSON & NORDHAUS (2005)


A ideia básica deste diagrama é a de que um mercado, funciona pela interacção de dois
lados: os compradores e os vendedores, os consumidores e os produtores.

A curva da procura

No diagrama marshalliano, a representação dos compradores é feita por um elemento


conhecido como curva da procura. Trata-se do lugar geométrico dos pontos de consumo
desejado do bem, para cada nível de preços.

Gráfico 6: Procura de bens ou serviços


Preço do
bem/serviço (P)

Curva da procura (D)


Quantidade
desejada (Q)
Fonte: VASCONCELLOS (2002)

5
De referir que os conceitos que compõem a cruz marshalliana não se devem apenas a Marshall, havendo
outros economistas anteriores que já o tinham usado. Mas foi Marshall o primeiro a usar a intensamente o
gráfico completo, da forma que é agora usual.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 30 de 75

A curva da procura, é como vimos, uma relação entre a quantidade desejada de um bem
e o preço. Com esta relação, a Economia pretende sublinhar que a determinante
essencial da quantidade procurada é o preço, mas a Economia não diz que ele é a única
determinante procurada. Existem outros factores que influenciam as escolhas dos
consumidores, para além dos preços.

A Curva da Oferta

Temos agora que passar para o outro lado do mercado, para a representação dos
vendedores (ou produtores). Esta, na cruz marshalliana, é feita pelo elemento conhecido
como curva da oferta. Esta curva, procura captar o custo de produção relacionado com a
tecnologia particular do bem. Assim, quanto maior for o custo de produzir um bem,
menos é oferecido desse bem a certo preço. Também aqui está presente a racionalidade
do vendedor. A sua resposta representa a melhor quantidade a cada preço, a quantidade
que ele deseja produzir do bem, de forma a maximizar o seu lucro. Também aqui, se
somarmos a quantidade oferecida por cada vendedor a certo preço, passamos da curva
da oferta individual para a curva da oferta do mercado.

Gráfico 7: Oferta de bens ou serviços


Curva da oferta (S)

Fonte: VASCONCELLOS (2002)


Da mesma forma que se verifica na curva da procura, também aqui a observação da
forma da curva leva-nos a formular a lei da oferta positivamente inclinada. Na verdade,
verificamos que, se o preço de um bem sobe (coeteris paribus), a quantidade oferecida
aumenta, e vice-versa.

Também aqui uma alteração do preço provoca um deslocamento ao longo da curva,


enquanto os outros factores exigem a determinação de uma nova curva da oferta,
existindo um deslocamento da curva.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 31 de 75

2.3 Elasticidade da Demanda (procura) e da Oferta


Elasticidade-preço da demanda

A elasticidade-preço da demanda é definida como a razão entre a variação percentual na


quantidade demandada e a variação percentual no preço. Esta elasticidade é de grande
interesse par as empresas, pois serve de base para sua política de preço, estratégia de
vendas e atendimento dos objectivos de lucro e participação no mercado.

çã
Formula:
çã

O coeficiente da elasticidade-preço da demanda é negativo (quase sempre negativo, pois


há excepções raras), uma vez que o preço e quantidade demandada são inversamente
relacionados: quando o preço se reduz, a quantidade demandada aumenta, e quando o
preço aumenta a quantidade demandada baixa. Quando a elasticidade do preço da
demanda é maior do que 1 diz-se que a demanda é elástica. Nesse caso, um aumento do
preço provocaria uma queda na quantidade demandada, o que na maior parte das vezes
reduz a receita da empresa. Isto acontece quando o produto tem o consumo que cai
substancialmente no caso de elevação de preços, sendo normalmente substituído por um
similar.

Já quando a elasticidade- preço da demanda é menor do que 1, diz-se que a demanda é


inelástica. Caso o preço seja aumentado, a redução percentual na quantidade é menor, o
que provocaria, na maior parte das vezes um aumento na receita da empresa. Trata-se de
um produto do qual o consumidor não abre mão, mesmo diante de um aumento de
preços, de facto reduz um pouco o consumo. Ex: medicamento e a gasolina.

Finalmente, se um aumento percentual de preços provoca a mesma redução percentual


na quantidade procurada, diz-se que a procura tem elasticidade unitária. Sendo assim, a
receita da empresa permaneceria constante no caso de um aumento de preços.

A elasticidade do preço da oferta é razão entre a variação percentual na quantidade


oferecida de um bem e variação percentual no seu preço. Nota-se que nesse caso, a
elasticidade preço da oferta é normalmente positiva, uma vez que o empresário esta
disposto a oferecer mais do bem ou serviço, diante de um aumento de preços.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 32 de 75

Formula:

çã ;;
çã

A elasticidade preço da oferta de um produto é diferente no curto e no longo prazo. Para


a maior parte dos produtos a oferta é mais elástica no longo prazo do que no curto
prazo.

Produção, custos, receitas e funcionamento dos mercados.

Produção

Duas das mais importantes decisões empresariais são as que se referem às quantidades a
produzir e aos preços a praticar. A verdade é que, se nem todas as empresas têm
margem para determinar os preços por que vendem seus produtos, todas as empresas
tomam decisões respeitantes à quantidade a produzir. É nesta abordagem em que faz-se
a análise das decisões que uma empresa toma relativamente à quantidade a produzir e à
forma como produzir essa quantidade, nomeadamente quanto às quantidades de factores
produtivos a empregar e à forma de os combinar para produzir.

Ao longo desta temática vamos nos abstrair da possibilidade de escolher o preço a que a
empresa vende o produto. Começaremos por analisar as decisões da empresa quando
existem factores produtivos cuja a quantidade a empresa não pode alterar. Deste modo a
empresa pode tomar decisões sobre a quantidade de um único factor produtivo.

Analisa-se também em caso ou casos mais gerais em que as empresas podem decidir
sobre a totalidade dos factores produtivos e veremos como a decisão óptima depende
dos preços desses factores. E de seguida veremos de que forma considerações acerca da
escala produtiva de empresa podem afectar as suas decisões quanto à combinação
óptima de factores.

Decisões de produção.

Para produzir, as empresas têm que fazer um número razoavelmente elevado de


escolhas. Têm que escolher o tipo de produto que vão produzir, a localização do
estabelecimento produtivo, a sua dimensão e o tipo de equipamento a instalar, o número

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 33 de 75

de pessoas a empregar na laboração, etc. todas estas escolhas têm impacto sobre a
quantidade que a empresa poderá produzir. Contudo, as diversas escolhas são feitas em
momentos diferentes e têm consequências sobre a actividade da empresa por períodos
mais ou menos alargados.

Decisões de curto prazo

As decisões de curto prazo são verificadas quando a empresa pode apenas alterar a
quantidade empregue de um factor de produção. Vamos pois analisar que este factor
seja o trabalho por causa deste ser um dos factores produtivos cuja a quantidade é
normalmente mais facilmente alterável.

Q = f(L)

FUNÇÃO DE PRODUÇÃO.

Um dos conceitos mais relevantes dentro da teoria da produção é a função de produção


entendida como a relação entre a quantidade empregue do factor produtivo e a produção
obtida.

Quantidade do produto = f (quantidade de factores de produção)

Q = f(N,L,M)

Onde :Q=quantidade produzida/t;L= mão-de-obra utilizada/t; M= matérias- primas


utilizadas/t.

Att: A função de produção relaciona níveis de utilização de factores produtivos com


produção, admitindo que os factores estão a ser usados de forma eficiente. Se esta for
menos do que eficiente, a sua produção ficará abaixo do sugerido pela função de
produção.

Há várias razões que podem fazer com que as empresas sejam menos eficientes do que
o que é possível. Em primeiro lugar, há uma questão de gestão de operações a resolver,
que consiste na determinação de qual é a organização óptima do processo produtivo.
Este problema consiste no nosso exemplo, na determinação do número de pessoas que
estarão a empregar, bem como a sua especialização de trabalho a realizar. A segunda é
que não é nada óbvio que as pessoas envolvidas no processo de produtivo dêem o
melhor do seu esforço no desempenho da sua actividade.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 34 de 75

Gráfico 8: Produção e eficiência técnica


B
Q
A

Bꞌ
Aꞌ

L
Fonte: MATA (2009)

O controlo da eficiência

A verificação de que uma empresa está tão perto de ser eficiente quanto possível é uma
parte importante da sua actividade. As empresas procuram sistematicamente comparar-
se com as empresas que representam as melhores práticas em diversas actividades, num
exercício conhecido pelo nome de benchmarking. Por exemplo: muitas das empresas
que têm operações em diversos países organizam regularmente visitas dos responsáveis
por uma dada divisão da cada filial à filial que representa melhor desempenho nas
actividades dessa divisão, como forma de fazer com que as praticas ai desenvolvidas
sejam transmitidas ao resto da organização.

Produto total, médio e marginal.

O produto total (que representamos por PT) corresponde ao acumulado de toda a


quantidade produzida pela empresa. O produto médio (PM) resulta simplesmente da
divisão do produto total pelo número de trabalhadores (ou factor de produção) que o
gerou. Este conceito naturalmente sustenta a variabilidade dos trabalhadores no
concerne a produtividade não constante. O terceiro conceito – o produto marginal
(PMg) – corresponde aos acréscimos ao produto total provocados pela adição de mais
um trabalhador à empresa. Representando os acréscimos de uma variável pelo Símbolo
∆ ( a letra grega delta maiúsculo), podemos escrever o produto marginal como ∆PT/∆L,
ou seja o quociente entre os acréscimos à produção total e os acréscimos à quantidade
do factor de produção que é necessário para gerar os primeiros.

Relação entre produto total, médio e marginal.

O produto marginal começa por ser crescente, atinge um máximo e passa a ser
decrescente. Enquanto o produto marginal é superior ao produto médio, o produto
médio esta também a crescer. A partir do momento em que o produto marginal é

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 35 de 75

inferior ao produto médio este entra em sua fase decrescente. Finalmente, observa-se
que o produto marginal é nulo quando o produto total atinge o seu máximo. Ou seja no
gráfico abaixo descrito observa-se que, no ponto máximo do produto total (PT), a
produtividade marginal do factor, é igual a zero. Antes desse ponto, a produtividade
marginal da mão-de-obra é positiva, ou seja, aumentos na absorção de mão-de-obra
elevam o produto total. Após o ponto máximo do PT (o produto marginal do trabalho é
igual a zero), a produtividade é negativa: acréscimos de mão-de-obra diminuirão o
produto. Isto ocorre em virtude da lei dos rendimentos decrescentes.

Gráfico 9: Curvas do produto total, produto médio e produto marginal da mão-de-obra

Fonte: VASCONCELLOS (2002)


Lei Dos Rendimentos Decrescentes

No gráfico anterior verificou-se que o formato das curvas de produtividade marginal do


trabalho e a produtividade média do trabalho dá-se em virtude da Lei dos Rendimentos
Decrescentes, cujo enunciado é:

Ao aumentar o factor variável (L), sendo dada a quantidade de um factor fixo, a PMg
do factor variável cresce até certo ponto e, a partir dai, decresce, até tornar-se
negativa.Essa lei só é válida se for mantido um factor fixo (portanto, só vale a curto
prazo).

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 36 de 75

Conceitos de custo total, custo variável e custo fixo

Custo variável (CV): É a parcela dos custos da empresa que depende da quantidade
produzida.

ou seja, são os gastos com factores variáveis de produção, como folha de pagamentos,
despesas com matérias-primas etc.

Custo fixo (CF): parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção vária, ou
seja, são os gastos com factores fixos de produção (rendas pagas pela utilização de um
terreno, amortizações relativas às instalações da empresa, o valor correspondente as
licenças ou alvarás necessários a actividade da empresa).

Custo total (CT): é a soma do custo variável com o custo fixo:

Conceitos de custo total médio, custo variável médio e custo fixo médio

São conceitos de custo por unidade de produção:

Conceito de custo marginal

Diferentemente dos custos médios, os custos marginais referem-se às variações de


custo, quando se altera a produção.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 37 de 75

Gráfico 10: Custo marginal

Fonte: VASCONCELLOS (2002)


Relações gráficas entre o custo marginal e o custo médio total e variável

Gráfico 11: Relações entre os custos médios e o custo marginal

Fonte: VASCONCELLOS (2002)


No gráfico acima observa-se que a curva de custo marginal corta as curvas de custo
total médio e custo variável médio no ponto mínimo destas.

Intuitivamente, se o custo marginal (ou seja, o custo adicional) supera o médio, é


evidente que o custo médio crescerá: assim, quando o custo marginal supera o custo
médio (total ou variável), significa que o custo médio estará crescendo. Analogamente,
se o custo marginal for inferior ao médio, o médio só poderá cair. Conclui-se que,
quando o custo marginal for igual ao custo médio (total ou variável), o marginal estará
cortando o médio no ponto mínimo do custo médio.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 38 de 75

CAPÍTULO III - O CRESCIMENTO ESTRATÉGICO DAS EMPRESAS

Estratégia de empresa consiste no conjunto de mudanças competitivas e abordagens


comerciais que os regentes executam, para atingir melhor desempenho da empresa

Estratégia é o planeamento de jogo de gerência para reforçar a posição de organização


no mercado.

Ainda podemos definir a estratégia como um conjunto de objectivos, finalidades, metas,


directrizes fundamentais e os planos para atingir os objectivos postulados de forma a
definir em que situação a organização se encontra, que tipo de organização é ou deseja
ser.

O crescimento empresarial é a forma pela qual as empresas aumentam o seu capital. Isto
pode ser interno, quando os accionistas decidem aumentar a produção da empresa com
fundos próprios; e pode ser externo, quando o crescimento é acompanhado em capitais
proveniente de fora (créditos bancários).

As empresas podem crescer diversificando os seus investimentos, e movendo-se de


arias onde os custos de produção é mais elevado, para as zonas com custo de produção
mais baixo.

O crescimento empresarial requer inovações aos recursos humanos, da tecnologia, do


ambiente do trabalho, e fundamentalmente atreveis de aquisições, fusão, financiamentos
próprios e financiamentos forasteiros.

Aquisição é o controlo de um agente económico por um outro onde o agente económico


adquirido desaparece como pessoa jurídica, mais, o adquirente aparece com uma
identidade jurídica anterior o antes.

Para se tratar de acções e estratégicas globais de grandes grupos empresariais, torna-se


necessário entender em primeiro lugar, como se dá esse processo, pois são três
naturezas as mais comuns de operações conjuntas que são:

1- Fusão propriamente dita;


2- Incorporação ou associação;
3- União entre empresa.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 39 de 75

A fusão refere-se quase sempre a extensão de uma das empresas, componentes do


processo que deixa de existir e acaba por se tornar uma unidade de operação de grupo
maior em algum seguimento de mercado ou do pais. Os valores culturais as
características particulares da empresa escondidas bem como maneira de agir são
eliminadas, e elas passam a incorporar os conceitos da nova administração.

Associação: consiste quase sempre ao somatório de esforços entre as empresa, por


razões de caracter estratégicos, com o propósito de alcançar um novo mercado evitando
competição desnecessária, reduzir custo, relacionar operações ou ate mesmo defender
interesse do sector em que actuam as empresa que acabam por se associar.

Incorporação: refere-se a mobilidade de control accionários que uma empresa ou


grupo passa a exercer sobre um concorrente por razões estratégicas mercadológica. Em
muitos casos a corporação segue a logica do alcance do mercado diversificado dos
produtos ou racionalização de operações em determinado seguimento do mercado. Só
mostrar, é o caso da corporação no grupo Nestlé. É evidente que a Nestlé necessitava de
activar um seguimento mais popular de chocolates e que a marca garoto facilmente
lembrada pelo consumidor e conhecidas em outros países poderia preencher essa
necessidade.

ESTRATÉGIA GLOBAL

A estratégia global é uma análise de operações global da empresa como um todo. Um


conglomerado pode decidir incorporar fundir ou associar uma outra empresa global ou
local para atingir novos mercados seguimentos de produtos ou consumidores e
diversificar as suas operações diminuindo riscos.

Estratégia das perspectivas e custos

Consiste numa análise financeira e tecnológica de operações global ou local de empresa.

Uma organização pode decidir corporar ou ser incorporada, fundir-se ou ser associar-se
com outra organização quando percebe que o seu mercado é finito. Que os seus recursos
tecnológicos são limitados, que os seus custos de actuação são crescente, que os seus
produtos de actuação sejam extensos, e encara transformações em curto espaço de
tempo, ou a qualidade da sua mão-de-obra é limitada.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 40 de 75

Preservação da organização do mercado do consumidor

É uma análise dos factores de estabilidade e comportamento do seguimento dos


consumidores, que são servidos pela empresa.

Um conglomerado pode decidir incorporar, fundir ou associar-se com outra organização


quando percebe que movimento de mercado, podem localizar em risco a sua actuação,
desorganizar de seguimento, destabilizar seriamente as margem de rentabilidade ou
gerar custo. Desproporcionais aos planos de investimento gerando uma competição
desigual e colocando em risco a própria sobrevivência da empresa, neste caso o risco é a
formação do monopólio ou do oligopólio.

A garantia do fluxo de investimento para o desenvolvimento de mercado e


produtos

Isto é uma empresa seguir por ser incorporada, fundir ou associada a outra quando se
percebe que o seu seguimento de actuação demanda pesados investimento e aparte
tecnológico quando não estão ao seu alcance. Aqui o risco é a desnacionalização da
tecnologia.

- As razões patrimoniais (saneamento de activo e passivo). E de preservação de valores.

Aqui uma empresa pode seguir-se pela fusão, associada ou incorporação, ou quando
apresenta valorização excessiva por razões macros económicas.

Estratégia de crescimento empresarial

Uma empresa de seleccionar uma estratégia de crescimento que resulte em aumento de


vendas ou da participação de mercado esperando que este crescimento possibilite um
aumento de valor da empresa. O crescimento pode ser atingido de várias maneiras:
Crescimento interno, que é seguido por meio de aumento das vendas, da capacidade de
produção e da força de trabalho, onde algumas empresas buscam deliberadamente este
caminho para o crescimento que em vez de tomar os rumos alternativos da aquisição de
outras empresas. O crescimento interno, não inclui apenas o crescimento do mesmo
negócio, mais também a criação de novos negocio sejam em direcção horizontal ou
vertical. Algumas empresas optam pelo crescimento através da aquisição de outras
organizações.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 41 de 75

Na integração vertical envolve o crescimento através de outra organização no respectivo


canal de distribuição.

Quando uma organização adquiriu outra companhia que a suprem ela se engaja na
integração inversa (horizontal).

Já as que adquirem as outras empresas, que estejam mais próximas dos usuários finais
do produto, estão engajadas na interacção direita.

A integração vertical é usada para obter maior control sobre uma linha de negocio e
aumentar os lucros através de uma maior eficiência ou melhorar esforço de venda

Na integração horizontal, envolve o crescimento através da aquisição de empresa


concorrente com uma mesma linha de negócio. É adaptada num esforço para aumentar o
seu porte, vendas, lucros e participação potencial num mercado de organização.

Na versificação envolve crescimento através da aquisição de empresas em outras


indústrias de linha de negócio. Quando adquirida tem tecnologia, produto, análise de
distribuição e ou mercado similar aos da empresa comprada, a estratégia é chamada de
diversificação relacionada diversificada ou consultada ela é utilizada quando a
organização pode adquirir maior eficiência ou impacto no mercado através de recurso
compartilhados. Quando a empresa adquirida é de uma linha de negócio completamente
diferente, a estratégia é chamada de diversificação não relacionada ou conglomerada.

Uma empresa bem crescer através de fusões Joint Ventures; nesta fusão uma
companhia se une a outra para formar uma outra organização. Nas joint ventures, uma
organização trabalha um outro projecto especifico muito grande para ser controlado só
mente por ela, assim como alguns elementos do programa especial.

Uma das técnicas de análise mais simples de aplicação e ao mesmo tempo o mais
importante no que se refere a riqueza de informação e análise horizontal e vertical.

As análises são apresentadas em comparações sejam elas efectuadas por índices passado
ou mediante a um indicador sectorial. No entanto, este processo se complete, com
valores afins obtido de uma demostração financeira, e também pela evolução dos
momentos e de resultados absoluto ao longo do tempo permitindo verificar-se
tendências futuras e as suas evoluções. Deste modo comparações dos valores através do

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 42 de 75

tempo e relacionada na mesma demostração, são desenvolvidas respectivamente pela


análise horizontal e vertical.

A análise horizontal é obtida através de número de índice. Primeiramente é necessário


estabelecer uma data de base ou um anco base. Vejamos como isto pode acontecer,
analisando a utilização de 3 anos dos demostrativos financeiros tendo como referências
as variáveis vendas liquidas e lucro bruto.

Tabela 3: Análise horizontal


Variáveis 2001 Índice 2002 Índice 2003 Índice
Venda 230.000 100 397.000 173-100=73 189.800 126-100=26
liquida
Lucro 66.000 100 111.840 169-100=69 84.480 128-100=28
bruto
Fonte: In apontamentos de Hermo

Uma análise muito rápido pode verificar, que o aumento do lucro bruto 2002, não
acompanhou o aumento das vendas liquidas. Importa realçar que os valores para análise
horizontal devem estar convertido em uma mesma moeda de forma a dar resultados
reais.

Uma outra maneira, mais simplificada de se calcular análise horizontal, que consiste em
pegar o valor do último ano dividindo pelo ano anterior a ele e do resultado subtrai-se 1
e depois multiplicar-se por 100 e dai teremos o valor desejado.

Análise vertical- é o processo comparativo onde se extrai relacionamento perceptuais


entre itens pertencentes a uma mesma demostração financeira de um ano. A finalidade é
de dar uma ideia da representatividade de 1 item ou subgrupo de uma organização
financeira relacionada mente a um determinado total ou subtotal tomando como base.

Tabela 4: Análise vertical


Variáveis 2001 Índice 2002 Índice
Activo circulante 51.025 50 43188 46
Realizável a logo 8164 8 9389 10
prazo
Activo permanente 42861 42 41.309 44
Activo total 102050 100 93886 100
Fonte: In apontamentos de Hermo

A análise vertical apesar de pode ser utilizada para todas as demostrações de resultados
(DRE), onde podemos exprimir varias item em relação as vendas, lucros brutos ou
líquidos e dentro das despesas representar cada uma delas em relação ao total das
despesas.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 43 de 75

Todas as empresas ambicionam alcançar o sucesso, na forma de maiores vendas,


resultados acrescidos ou cotações bolsistas mais elevadas. Para esse efeito, procuram
adoptar estratégias que proporcionem aos seus clientes mais valor que a concorrência,
aproveitando todas as potencialidades dos recursos a sua disposição. O desempenho
competitivo a longo prazo de qualquer organização depende por isso da correcta
formulação e implementação das suas orientações estratégicas.

A estratégia de uma empresa assenta pois na gestão criteriosa dos seus recursos
distintivos para criar produtos e serviços que alcancem uma aceitação no mercado
superior à da concorrência.
Figura 6: Estratégias em competição

Estratégia da Estratégia do
empresa concorrente

Recursos Produtos/serviços Mercado Produtos/serviços Recursos

Fonte: FREIRE (2007)

A reflexão estratégica tem início na identificação da relação entre sucesso empresarial e


a estratégia da organização. Neste contexto, convém distinguir entre as acções
estratégicas e tácticas da empresa. Como o conceito de estratégia é originário do meio
militar, também deve ser analisada a formulação de estratégias militares para obter
indicações relevantes para a geração de estratégias empresariais.

Em seguida, é necessário compreender as diferenças de perspectiva entre o pensamento


estratégico e o planeamento estratégico, por forma a enquadrar correctamente a
formulação da estratégia da empresa. Para este efeito, importa ainda identificar a
natureza dos estrategos da organização e determinar as suas características essenciais.
Obs: o sucesso de qualquer empresa é função da sua orientação estratégica.

No meio empresarial, a estratégia é frequentemente conotada com a formulação de um


plano que reúne, de uma forma integrada, os objectivos, políticas e acções da
organização com vista a alcançar o sucesso. Mas, enquanto no contexto militar, a
finalidade última da estratégia é vencer o inimigo, nos negócios, a criação de uma
vantagem competitiva sustentável é a principal razão de ser da estratégia empresarial.
Nesse sentido, as organizações tendem a actuar de acordo com um padrão de decisões e
acções que visa reforçar a adequação entre as suas diversas actividades ao longo do

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 44 de 75

tempo. Obs: no meio empresarial, a estratégia visa criar uma vantagem


competitiva sustentável.

A análise estratégica de uma empresa fundamenta-se de forma consensual nos seguintes


aspectos principais: Pensamento estratégico; Planeamento estratégico; Análise do meio
envolvente e Análise da empresa.

Planeamento e pensamento estratégico

Uma vez definidos os fundamentos básicos da estratégia empresarial, é necessário


determinar a melhor metodologia para orientar a sua formulação. Para esse efeito, as
empresas adoptam com frequências diversas ferramentas de planeamento estratégico,
como a matriz BCG, o modelo das cinco forças ou a análise SWOT, com o intuito de
sistematizar o processo de criação de estratégias e eliminar subjectividade e a intuição
da escolha da melhor alternativa para a organização. Exemplo de elementos críticos no
pensamento estratégico
Figura 7: Elementos críticos do pensamento Aumentar as quotas de mercado?
Estratégico Aumentar
o volume
de vendas?
Entrar em novos mercados?
Aumentar as
receitas?
Aumentar Aumentar os preços de retalho?
os preços
de venda? Reduzir as margens de
distribuição?

Como aumentar
a rentabilidade
da empresa?
Rever o
design dos Alterar a qualidade dos produtos?
produtos?

Reduzir os
custos
Reduzir os
fixos?
custos?
Reduzir os Reduzir os custos das compras?
custos
variáveis? Aumentar o ritmo de trabalho?

Reduzir a taxa de defeitos?

Reduzir a paragem de máquinas?

Fonte: FREIRE (2007)

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 45 de 75

O plano estratégico da empresa deve pois basear-se nas reflexões dinâmicas dos
seus membros para definir, de uma forma clara e sintética, uma orientação estratégica
consensual para o futuro. Mais do que um mero sumário de análises, o plano estratégico
deve oferecer uma perspectiva integrada da actuação futura da empresa, indicando
os negócios onde deseja competir, e as estratégias a adoptar para alcançar os objectivos
propostos. Em complemento o plano estratégico deve também promover a comunicação
interna e externa, fortalecer a motivação dos membros da empresa, facilitar a
coordenação das suas actividades e suportar mecanismos de controlo.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 46 de 75

CAPÍTULO V - POLÍTICA DE INVESTIMENTO E O CRESCIMENTO DA


EMPRESA

Política de Investimento e o Crescimento da Empresa

A decisão de inversão financeira e o aumento da capacidade produtiva por parte de uma


empresa é dirigida pelo desejo de se aumentar os lucros totais a longo. A retenção se dá
a inversão e o investimento deve aumentar os lucros. Os lucros são fundamentais tanto
para atrair os recursos internos via mercado de acções quanto para financiar a expansão
da empresa.

Sendo os lucros condição necessária para um crescimento sustentável e se pretende


emprega-los no interior da empresa. Do ponto de vista da política de investimento, o
crescimento e os lucros se tornam equivalentes para a selecção dos programas de
inversão. Se considerarmos que como verdadeiras a importância dos lucros retidos no
financiamento, qualquer intensificação do ritmo de acumulação torna-os insuficientes
para suportar este processo. Neste sentido, a empresa recorre a recursos externos, não
apenas aos mercados de acções, mas também a empréstimos bancários. Desta forma, os
empréstimos são considerados como um ponto de estrangulamento na visão de vários
autores.

A actividade económica é caracterizada pelas incertezas. Como ressalta John Keyness,


sobre ela é impossível de se fazer qualquer cálculo probabilístico. Sendo assim, a
obtenção de lucros a partir da actividade económica não é certa. Isto significa que, um
dado capital aplicado de um certo sector da economia, pode não se valorizar na
obtenção de lucros. Desta forma, quanto maior o volume do capital empregado, maior é
o risco associado a este capital. Se, ainda a parte deste capital for de terceiros, o prejuízo
será maior, dada a obrigatoriedade do pagamento da dívida. Por outras palavras, o risco
associado a ele é maior. Note-se que empresas com capitais reduzidos não têm acesso
ao mercado de capitais6.

As decisões financeiras de empresas inseridas em economias em desenvolvimento


requerem uma reflexão mais crítica de seus aspectos conflituantes, exigindo uma
adaptação a realidade dos negócios. O processo de tomada de decisões reflete a essência

6
Minsky, H.P, John Keyness, Columbia, University Press, 1975.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 47 de 75

do conceito de Administração. Administrar é decidir, e a continuidade de qualquer


negócio depende da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários
níveis organizacionais. E estas decisões, por sua vez, são tomadas com os dados e as
informações viabilizados pela Contabilidade, levantados pelo comportamento do
mercado e desempenho interno da empresa.

No entanto, este processo decisorial essencial ao sucesso de toda empresa, vem


assumindo complexidade e risco cada vez maiores na economia nacional.
Desequilíbrios nas taxas de juros, desajustes de mercado, ausência de poupança a longo
prazo, intervenções frequentes nas regras da economia, entre outros aspectos, vêm
exigindo uma capacidade mais analítica e questionadora das unidades decisórias.
Conceitos financeiros consagrados em outros ambientes costumam encontrar enormes
dificuldades de adaptação em nossa realidade empresarial, demandando um conjunto de
ajustes e reflexões nem sempre seguidos pelo mercado.

➢ Investimento

De todas as formas de poupança, a mais importante é o investimento. De facto sendo o


investimento a aplicação das poupanças em bens destinados à produção, é através dele
que se garante a continuidade e crescimento do processo produtivo. Como os bens de
produção também têm a designação de capital e sendo o investimento a aquisição de
bens de produção destinados a actividade produtiva, também podemos denominar o
investimento por formação de capital.

Por outro lado, considerando que os bens de produção podem ser classificados em
capital fixo, que corresponde aos bens duradouros, e capital circulante, correspondente
as existências, podemos dividir a formação de capital em dois grupos: a formação bruta
de capital fixo (FBCF) e a variação das existências7.

Formação de Capital = FBCF + VARIAÇÃO DAS EXISTÊNCIAS

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – Corresponde ao investimento efectuado


em capital fixo. O seu valor é calculado através da diferença entre as aquisições de bens
duradouros e as reduções verificadas no capital fixo, devido a vendas e abates. A este

7
Costa Paulo, Economia e Gestão, Nova Enciclopédia temática, 2006.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 48 de 75

valor são ainda adicionados os investimentos em capital não produtivo relacionado com
a actividade produtiva, como a formação dos trabalhadores. Diz-se que a formação do
capital é bruta porque não leva em conta a depreciação e desvalorização do capital fixo,
ou seja, as amortizações.

Variação de Existência – as existências são constituídas por todos os bens não


duradouros que se encontram relacionados com a produção. São exemplos de
existências as matérias-primas, as matérias subsidiarias, os produtos semiacabados e os
produtos acabados. A variação das existências corresponde a diferença, positiva ou
negativa, entre as existências permanentes no final do período e as que existiam no
início desse mesmo período.

Tipos de Investimento

Quando analisamos o investimento, é importante conhecer como é aplicado o seu valor,


podendo ser considerados três tipos distintos de investimento: investimento material,
imaterial, e financeiro.

➢ Investimento material: Corresponde à aquisição de bens de produção ou de


consumo e que se destinam à manutenção ou aumento da capacidade produtiva.
Como por exemplo a aquisição de maquinas ou matérias – primas para a
produção.
➢ Investimento imaterial: São as despesas efectuadas em recursos não produtivos,
mas que contribuem para uma melhoria ou aumento da produtividade e da
qualidade da produção. Como por exemplo as despesas em investigação e
desenvolvimento (I&D), a formação profissional ou as despesas com a aquisição
de software informático.
➢ Investimento financeiro: Corresponde a aplicação da poupança em valores
mobiliários, ou seja, na aquisição de títulos de participação, acções ou
obrigações, com o objectivo de obter rendimentos originados pelos dividendos e
juros por eles gerados ou através da sua venda futura.

Funções do Investimento

Sendo o investimento a aquisição de bens de produção destinados à actividade


produtiva, e tendo em conta a função a que se destina o investimento, este pode ser

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 49 de 75

classificado em três categorias: investimento de expansão, de substituição e de


inovação.

➢ Investimento de expansão: É o investimento que pretende aumentar a capacidade


de produção de uma empresa já existente através da instalação de novo capital
fixo. Como por exemplo o investimento no aumento de instalações ou na
aquisição de novas máquinas, sem substituir as já existentes.
➢ Investimento de substituição: É o investimento que visa a continuidade da
capacidade produtiva através da renovação do seu capital fixo, ou seja,
substituindo o capital usado ou que se encontra obsoleto. É exemplo a
substituição de uma máquina por outra com as mesmas características mas mais
recentes.
➢ Investimento de inovação: Verifica-se quando o investimento se destina a uma
melhoria da produtividade ou da qualidade dos bens produzidos. É exemplo a
utilização de inovações tecnológicas ou o aumento da produtividade do trabalho
devido à formação profissional8.

Fontes de Investimento

O investimento num determinado país não é efectuado apenas por entidades residentes
nesse país. Podem igualmente concretizá-lo empresas ou entidades não residentes ou até
o próprio Estado. Tendo em conta a proveniência do investimento, pode ser classificado
em investimento interno e investimento externo.

➢ Investimento interno: Chama-se investimento interno todo o investimento que é


feito por entidades residentes no país.
Se tivermos em conta as entidades que realizam o investimento interno, este
pode tomar duas formas: O investimento privado e o investimento público.
O investimento privado – é concretizado por entidades particulares, sejam elas
empresas, famílias ou outras entidades privadas;
O investimento público – é realizado pelo Estado, destinando-se
essencialmente, à criação de infra-estruturas no país, como a construção de
estradas, escolas ou hospitais. Etc.

8
Costa Paulo, Economia e Gestão, Nova Enciclopédia temática, 2006

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 50 de 75

➢ Investimento externo: Verifica-se quando o investimento num determinado país


foi originado por entidade, empresa ou particular residente num outro país. Este
investimento pode assumir duas formas: investimento em carteira ou o
investimento directo estrangeiro (IDE). O investimento em carteira: representa
a aquisição de valores mobiliários, como acções, obrigações ou fundos de
investimento, sem o objectivo de desenvolver uma actividade empresarial. O
investimento directo estrangeiro (IDE): configura a criação ou aquisição de
uma empresa num determinado país por uma entidade não residente nesse país.

Destes dois tipos de investimento externo, o IDE tem uma grande importância no
desenvolvimento da economia, que deriva essencialmente dos seguintes factores:

➢ O IDE possibilita a entrada de capital no país, factor essencial para o


desenvolvimento económico;
➢ O IDE permite aumentar e melhorar os recursos tecnológicos existentes no
país, incentivando a produtividade;
➢ O IDE origina novos postos de trabalho, diminuindo o desemprego.

Mas o IDE também tem desvantagens, de entre as quais é de salientar a influência que
as empresas que realizam o IDE podem ter sobre os governos dos países.

Pay Back Method9

Payback que em português significa “retorno” é uma técnica muito utilizada nas
empresas para análise do prazo de retorno do investimento em um projecto. Por outras
palavras podemos entender que o PayBack é o tempo de retorno do investimento inicial
até o momento no qual o ganho acumulado se iguala ao valor deste investimento. Por
norma este período é medido em meses ou anos.
9
Chama-se Prazo de Recuperação do Capital (PRC, muitas vezes também designado por Prazo de
Recuperação do Investimento, PRI) ao tempo necessário para que os cash-flows acumulados ao longo
desse prazo igualem o capital investido. Ou seja, o PRC será o prazo, X, tal que,

Por conta do recomendado pela teoria financeira, não devem ser considerados os valores nominais
(reportados no momento da sua ocorrência) mas sim os valores actualizados para um dado momento.
Assim, o PRC será o prazo, X, tal que:

Sugestão: atender ao conceito, não à fórmula.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 51 de 75

Vantagens deste método:


1 – O facto de ser muito simples na sua forma de cálculo e de fácil compreensão
2 – Fornece uma ideia do grau de liquidez e de risco do projecto
3 – Em tempo de grande instabilidade e pela razão anterior, a utilização deste método é
uma forma de aumentar a segurança dos negócios da empresa.
4 – Adequado à avaliação de projectos em contexto de risco elevado.

Desvantagens
Uma das desvantagens prende-se com a inconveniência de não ter em conta os fluxos de
caixa gerados depois do ano de recuperação, o que é desaconselhável na avaliação de
projectos de longa duração.

Todavia, o tempo de payback é visto como um indicador de risco de projeto, por isso
todo plano de projeto ou novo negócio deve ter como prioridade, minimizar seu
payback.

Carteis

Cartel é uma organização de comercialização em conjunto criado por empresas do


mesmo ramo, que fixam o preço de venda e as quotas de produção, que assim deixam de
concorrer entre si.
As empresas que formam um Cartel, mantém sua independência e individualidade, mas
devem respeitar as regras estabelecidas, tais como: divisão do mercado e a manutenção
do preço combinado.

As principais características de uma Cartel, são: controle do nível de produção e


condições de venda; fixação e controle de preços; controle das fontes de matéria-prima;
fixação da margem de lucro e divisão do mercado.

O Cartel pode ser de natureza formal, isto é, reconhecido pelo Estado, ou, o que é mais
comum hoje em dia, de maneira informal e sigilosa, constituindo ilícito na maior parte
dos países e pode ser considerado um caso extremo de colusão.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 52 de 75

A Importância da Bolsa de Valores para as Empresas

➢ A Bolsa de Valores e seu Funcionamento


➢ O Valor de uma Acção e de uma Empresa Cotada na Bolsa

A Bolsa de Valores, é um Mercado organizado onde se negociam acções de empresas


de capital aberto, podendo “ser pública ou privada” e outros instrumentos financeiros
como opções debênture 10.

Características de uma Bolsa de Valores

➢ Os movimentos dos preços no mercado ou em uma secção de Mercado são


capturados através de índices de Bolsa de Valores.
➢ Os preços das acções servem também para indicar o valor de Mercado das
empresas cotadas em Bolsas. Dessa forma, diversos negócios podem ser
realizados entre elas e com outros investidores.
➢ A principal função da Bolsa de Valores é manter transparente e adequado o local
para as negociações de compra e vendas de acções.

As bolsas têm o dever de repassar aos investidores informações sobre os seus negócios
diários, comunicados relevantes de empresas abertas, dados de mercado e tudo que
eventualmente venha a contribuir para a transparência das operações.

Acções: Constituem uma parte representativa do Capital Social de uma Sociedade


Anónima. A natureza das acções é distinta da das obrigações. As acções, ao contrário
das obrigações, não correspondem a títulos representativos de créditos mas sim a títulos
representativos do capital da empresa, ou seja, uma acção corresponde a uma parte do
capital social da empresa, sendo o detentor da acção proprietário da percentagem
correspondente da empresa. O accionista, enquanto proprietário de uma percentagem do
capital da empresa, tem direitos como o de votar na assembleia-geral e de eleger os
corpos sociais, nomeadamente quem gere a empresa.

10
Debênture - é um título de crédito representativo de empréstimo que uma empresa faz junto a
terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, nas condições constantes de escritura
de emissão. Dessa forma, as sociedades por acções tem a sua disposição as facilidades necessárias para a
captação de recursos junto ao público, a prazos longos e juros mais baixos, com actualização monetária e
resgates a prazo fixo ou mediante sorteio, conforme as suas necessidades para melhor adequar o seu fluxo
de caixa. (debentures também podem ser obrigações).

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 53 de 75

Os accionistas, enquanto detentores do capital da empresa, são remunerados em função


dos resultados da mesma, ou seja, o retorno associado à detenção de acções de uma
empresa está condicionado pela existência de lucros ou prejuízos. Caso a empresa gere
lucros, ou seja, tenha resultados positivos, uma parte desses lucros poderá ser
distribuída aos accionistas. Ao pagamento efectuado aos accionistas da empresa em
função dos resultados por ela alcançados dá-se o nome de dividendos.

O que determina o preço de uma acção e o valor de uma empresa

➢ O valor de uma acção depende do valor total de uma empresa e do número das
acções vendidas.
➢ O valor de uma acção pode se calcular da seguinte forma:
, Onde:

v.a= valor de uma acção.


v.e = valor da empresa
n.a.v= número de acções vendidas
➢ Variação percentual das acções de uma empresa é igual ao novo valor das
acções menos o valor original dividido pelo valor original e multiplicado por
100.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Página 54 de 75

BIBLIOGRAFIA:
NORDHAUS,Samuelson: Economia. 18ª.Ed McGRAW-HILL 2005.
MATA, José: Economia de Empresa. 5ª. Ed 2009
G. Mankiw “Introdução a Economia” 2003
EDUARDO J.Carvalho: Economia e Empresa 2º Ed
SILVESTRE, Manuela; HENRIQUES, Evangelina; MOINHOS, Rosa: Introdução a
Economia 10ª Ano.
SOUSA, António: Introdução a Gestão. Lisboa, editorial verbo 1990.
TAMO, Kiamvo: Introduçao a Gestao das Organizaçoes,Luanda,Nzila 2005.
TAVARES, Fernando: Avaliação de Acções. O Mercado do Cash-Flow, Vida
Económica, Porto, 2002.
MASIERO, Gilmar.(2012), Administração de Empresas, São Paulo, Editora Saraiva, 3ª
edição
Outros artigos científicos e livros pertinentes ao estudo da Disciplina

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão

PLANO DE ECONOMIA DA EMPRESA


ANO: 2º
I. DADOS

Curso GESTÃO E MARKETING

Disciplina ECONOMIA DA EMPRESA

Colectivo de HERMENEGILDO MANUEL MESTRE


docentes e LUÍS VICTOR MESTRE
titulação

Contacto
Email: hmorais42@hotmail.com

Período DIURNO/NOCTURNO

Actualização 2018

Horas 4H
semanais
II. EMENTA

Ao longo do ano lectivo, perspectiva-se abordar os seguintes pontos: Conceitos


básicos da Economia e de Empresa; Mercado e seus principais elementos;
Crescimento Estratégico das Empresas; Empresa, Custos e as Receitas; política de
Investimento e o Crescimento da Empresa; Previsão Comercial e Económica; Estudos
dos Agregados Macroeconómicos; A Importância da Política Monetária e Fiscal na
Economia da Empresa; Mercados Financeiros e a Empresa; Globalização e
perspectivas Económicas das Empresas.

III. OBJECTIVOS
Estudar os princípios, conceitos e elementos da teoria económica e

GERAL relaciona-los com fenómenos que enfrentam as empresas e o processo


de tomada de decisões das mesmas.

❖ Transmitir elementos básicos de Introdução a Economia,


Microeconomia e Macroeconomia, que muito influenciam o
processo de tomada de decisões das equipas de gestão nos mais
ESPECÍFICOS
distintos níveis.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão

❖ Analisar as conjunturas económicas, seu desenvolvimento e


seu impacto no processo de gestão empresarial e não só.

IV. COMPETÊNCIAS

Transmitir aos discentes os conhecimentos adequados para analisar os fenómenos


económicos e seu impacto no processo de gestão das organizações de formas a
optimizar as decisões tomadas.

V. HABILIDADES

Pretende-se com esta disciplina fortalecer no seio dos estudantes as seguintes


habilidades:
❖ Perceber a necessidade de compreender o ambiente da empresa para melhorar
o processo de tomada de decisões;
❖ Relacionar as actividades entre os diferentes níveis existente nas empresas de
formas a alcançar os objectivos económicos e financeiros preconizados;
❖ Despertar no seio conceptual uma visão holística sobre os objectivos
empresariais face as mutações económicas e mercadológicas.

VI. METODOLOGIA DE ENSINO

Aulas expositivas, seminários e estudo de textos sobre a Ciência Econômica.

VII. MATERIAL DE APOIO


❖ Quadro e giz;
❖ Data show para às aulas;
❖ Manual de apoio;
❖ Artigos e estudos de casos.

VIII. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A avaliação na presente disciplina terá as seguintes variantes:


1º Semestre
1ª Prova parcelar (peso de 40%)
A prova parcelar tanto para o primeiro e segundo semestre, pode ser um ou mais dos

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão

seguintes actos de avaliação:


Prova escrita; trabalho e sua apresentação e avaliação contínua.
Obs: os discentes serão submetidos a dois trabalhos de investigação, sendo o
primeiro, no 1º Semestre e o segundo, no 2º Semestre. E importa ainda realçar que as
temáticas e os moldes de investigação e apresentação dos temas serão previamente
fornecidos pelo professor, bem como o cronograma da actividade a ser desenvolvida.

1ª Frequência (com peso de 60%)

Obs: 40% da 1ª Parcelar + 60% da 1ª Frequência= F1. Se a F1 for maior ou


igual a 10 valores o estudante terá acesso a 2ª Parcelar e 2ª Frequência do 2º
Semestre e caso não o estudante estará remetido a Exame.

2º Semestre
2ª Prova parcelar (com peso de 40%)
2ª Frequência (Com peso de 60%)
Obs: 40% da 2ª Parcelar + 60% da 2ª Frequência = F2.

NOTA IMPORTANTE:
A classificação da Prova Oral deixa de ser “nota seca”. A prova Oral passa a ter um
peso de 40% na nota final;
- Não é possível ir directamente a Recurso ou Época Especial, o estudante que não
tenha sido submetido a uma outra avaliação (Frequência, Exame ou Prova Parcelar);

- A nota de dispensa de prova oral passa a ser 14 valores;

- Se após a avaliação de frequência o estudante obtiver uma classificação igual ou


inferior a 5 valores está automaticamente reprovado, sem acesso à prova de Recurso
ou Época Especial.

IX. PROGRAMA ANALÍTICO

Capítulo 1 Conceitos básicos da 1.1 Economia e a Empresa


Economia e da Empresa 1.1.1 Agentes económicos
1.2 A estrutura e a Organização da
Empresa
1.3 Actividade das Empresas
1.3.1 Sector primário
1.3.2 Sector secundário
1.3.3 Sector terciário
1.4 Os recursos e factores de produção
da Empresa
1.4.1 Fronteira da possibilidade de
produção

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão

Capítulo 2 O Mercado 2.1 O funcionamento dos mercados


competitivos e imperfeitos
2.2 Oferta e procura de bens
2.3 Elasticidade da demanda e da
oferta
2.4 Trabalho prático sobre análise e
estudo de mercado
Capítulo 3 O Crescimento Estratégico da 3.1 Análise estratégica de uma
Empresa Empresa
3.2 Crescimento Horizontal e
desintegração vertical
3.3 As empresas multinacionais e a
estratégia comercial
3.4 Fusão como forma de crescimento
Capítulo 4 A Empresa, os Custos e as 4.1 A Função de produção de uma
Receitas Empresa e a lei dos rendimentos
decrescentes
4.2 Os Custos da Empresa no curto e
longo prazo
4.2.1 Aula conferência (tema: gestão
estratégica de custos empresariais)
4.3 A Função de produção da Empresa
no curto e no longo prazo
4.4 A receita da empresa e os preços
4.5 A maximização do lucro
4.6 Os determinantes do preço e da
produção nos mercados
competitivos e imperfeitos
Capítulo 5 Política de Investimento e o 5.1 Crescimento Financeiro e o
Crescimento da Empresa Investimento
5.2 Fontes de investimento
5.3 Análise de investimento (Caso
CPM, K.Tamo)
5.4 O Pay back method
5.5 Carteis
5.6 Bolsa de Valor
Capítulo 6 Previsão Comercial e 6.1 Técnicas de Inquérito
Económica 6.2 Decompor uma Série Temporal
6.3 Cálculo de uma Tendência Linear
e não Linear
6.4 Variação Sazonal

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão

6.4.1 Cálculo da Variação Sazonal


6.5 Variação Cíclica
6.6 Técnicas Elementares de Previsão
Capítulo 7 Estudo dos Agregados 7.1 A conjuntura macroeconómica e a
Macroeconómicos Empresa
7.2 A demanda de bens e a Empresa
7.3 A importância do consumo,
investimentos e da poupança para
a vida das empresas
7.4 A demanda de exportações e
importações da empresa
Caso prático: PMC/PMP
Capítulo 8 A importância da política 8.1 A taxa de juro e a empresa
Monetária e Fiscal na 8.2 A taxa de câmbio e a empresa
Economia da Empresa 8.3 Depreciação de moeda e a
Economia da empresa
Capítulo 9 Mercados Financeiros e a 9.1 A banca e as empresas
Empresa 9.2 Importância do crédito no processo
de crescimento das empresas
9.3 Importância da poupança para as
empresas
9.4 O impacto da crise económica e
financeira na Economia das
empresas
Caso Prático: Analisar situação real de
uma Empresa
Capítulo Globalização e perspectivas 10.1 Vantagens comparativas
10 das empresas 10.2 Internacionalização dos negócios
Caso prático: Os Brics

BIBLIOGRAFIA

DORNBUSCH, Rudiger; FISCHER, Stanley; BEGG, David. Introdução à Economia. 2ª


Ed. Elsevier, Rio de Janeiro 2003.

GREGORY, Mankiw. Introdução a Economia. McGraw-Hill, Lisboa 2003.

KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução à Economia. Elsevier, Rio de Janeiro


2005.

MATA, José: Economia de Empresa. 5ª. Ed 2009


Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota
Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão

MASIERO, Gilmar. Administração de Empresas, São Paulo, Editora Saraiva, 3ª edição.


2012.

SAMUELSON, Paul A. e NORDHAUS, William D. Economia. Lisboa, McGraw-Hill,


18ª Edição 2005.

SILVESTRE, Manuela; HENRIQUES, Evangelina; MOINHOS, Rosa: Introdução a


Economia 10ª Ano.

SOUSA, António: Introdução a Gestão. Lisboa, editorial verbo 1990.

TAMO, Kiamvo: Introdução a Gestão das Organizações, Luanda, Nzila 2005.

TAVARES, Fernando: Avaliação de Acções. O Mercado do Cash-Flow, Vida


Económica, Porto, 2002.

Outros artigos científicos e livros pertinentes ao estudo da Disciplina

X. APROVEITAMENTO

O aproveitamento positivo do discente significa que, tenha uma nota maior ou igual
a todos os requisitos apresentados no item da metodologia de avaliação.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão
FOTO

Ficha de Avaliação Contínua 2019


Nome do Aluno: ……………………………………………………………………….................

Nº de Aluno: ………. Curso: …………Turma…………… Ano: …………Telefone…....……..

Primeira inscrição na cadeira…. Sim …Não idade ..................... Trabalhador


estudante ............. Sim Não …

Março Abril Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez.

Dias AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

1º Caso 2º Caso 3º Caso 4º Caso

Obs: Ficha para entregar ao Professor Hermenegildo Manuel.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


Universidade Independente de Angola
Faculdade de Economia e Gestão
FOTO

Ficha de Avaliação Contínua 2019


Nome do Aluno: ……………………………………………………………………….................

Nº de Aluno: ………. Curso: …………Turma…………… Ano: …………Telefone…....……..

Primeira inscrição na cadeira…. Sim …Não idade ..................... Trabalhador


estudante ............. Sim Não …

Março Abril Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez.

Dias AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F AC F
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

1º Caso 2º Caso 3º Caso 4º Caso

Obs: Ficha para entregar ao Professor Adilson Janota.

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE O MERCADO

Elementos pré-textuais

❖ Capa
❖ Contra capa
❖ Dedicatória
❖ Agradecimentos
❖ Epigrafe
Numeração
❖ Resumo e no fim palavras-chave (não deve exceder as 120 palavras e o texto
romana
deve ser corrido, deverá ser efectuada uma apresentação clara e sucinta do
Conteúdo do estudo, ou seja, identificação do problema e objectivos do
Estudo, método (população, desenho de investigação, instrumentos e
procedimentos, bem como os resultados mais importantes e respectivas
conclusões)
❖ Lista de gráficos (caso haja)
❖ Lista de quadros (caso haja)
❖ Índice (os elementos acima mencionados não devem constar no índice, os
capítulos deveram ser alinhados a esquerda a zero espaços e os subcapítulos a
dois espaços. A pagina deverá ser colocada a direita junto a margem. O índice
deverá incluir também as referencias bibliográficas e os anexos discriminando o
titulo de cada anexo. As tabelas, figuras e gráficos são referenciadas pelo
número correspondente, em letras maiúsculas, seguidas de dois pontos,
colocando à frente o titulo de cada figura ou tabela ex: TABELA 1: Média dos
doentes diabéticos que praticam desporto)

Elementos textuais

Introdução

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE O MERCADO

CAPÍTULO I- ROTEIRO DE PESQUISA

1.1 Justificativa
1.2 Problematização e pergunta de partida (a problematização tem que ser arrolada
tendo em conta a uma natureza factual e à posterior o levantamento da pergunta de
partida)
1.3 Hipóteses (estas devem ser três no mínimo para este trabalho e a sua construção
deve ser na vertente de uma pré-solução a perguntas de partida)
1.4 Objectivos (tanto para o objectivo geral, como para os objectivos específicos o
verbo tem de começar no infinitivo)
1.4.1 Geral
1.4.2 Específicos (estes devem ser três para este trabalho)
1.5 Metodologia de pesquisa
1.5.1 Método (Quanto ao método, este pode ser dedutivo, indutivo ou
hipotético-dedutivo etc).

1.5.2 Quanto ao tipo de pesquisa

1.5.2.1 Quanto a abordagem (quanto a abordagem a pesquisa pode ser


qualitativa, quantitativa ou mista).

1.5.2.2 Quanto aos objectivos (quanto aos objectivos a pesquisa pode


ser exploratória, descritiva ou explicativa).

1.5.2.3 Quanto aos procedimentos (quanto aos procedimentos a


pesquisa pode ser experimental, bibliográfica, documental ou ainda de campo por
intermédio do levantamento em que se define uma população e amostra e recorre-se a
questionários ou entrevista para obtenção de dados).

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANÁLISE PRÁTICA

2.1 Descrição geral da unidade em análise (ver o Capítulo III da estrutura do trabalho
sobre gestão de custos).
2.2 Característica económica do mercado em análise
2.3 Necessidades dos clientes do mercado em análise
2.4 Concorrência

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE O MERCADO

2.4.1 Estratégia de posicionamento


2.4.1.1 Proposta de valor
2.4.1.2 Forças
2.4.1.3 Fraquezas
2.4.1.4 Portfolio de produtos e serviços
2.4.1.5 Relação qualidade e preço dos produtos e serviços
2.4.1.6 Estrategia de mix de marketing
2.4.1.7 Estratégia de marketing digital
2.4.1.8 Visibilidade da marca
2.5 Barreiras de entrada
2.5.1 Custos de entrada
2.5.2 Tecnologia
2.5.3 Marcas já existentes
2.6 Regulamentação
2.6.1 Regras, Leis ou Decretos
2.7 Análise e discussão dos resultados da pesquisa de campo

CONCLUSÃO.

SUGESTÕES PARA A UNIDADE EM ANÁLISE

Obs: Todos os pontos podem sofrer alteração mediante a capacidade criativa e logica
dos estudantes.

Elementos pós-textuais (estes entram no índice)

❖ Referências bibliográficas (estas devem obedecer a uma sequencia alfabética e


deve ser da seguinte forma: Minayo, José. (2001). Metodologia do Trabalho
Cientifico. 5ª Edição. Editora: Atlas. São Paulo.
❖ Anexos (devem ser numerados ex: nº1- guião de entrevistas, nº 2 relatório X)
❖ Glossário (caso haja ou seja necessário)

Formatação Gráfica
O Trabalho deverá estar em conformidade com as regras:
Tipo de Papel
Papel branco, no formato oficial A4 (210 mm x 297 mm).

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE O MERCADO

A impressão é feita em páginas ímpares (utilizando-se apenas o lado da frente da folha).


Tipo de encadernação:
A encadernação deverá ser de capa transparente de lombada “colada”, a “quente” ou
“argolas”.
Digitação:
Fonte – Arial ou Times New Roman. Tamanho – 12.
Margens:
Esquerda (2,5 cm); Direita (2,5 cm); Superior (3,0 cm); Inferior (2,0 cm).
Parágrafo:
O espaçamento entre linhas deverá ser marcado também a 1,5.
Citações:

Quando cita directamente de um texto (ou usando palavras de outra pessoa), deverá sempre
manter claro que é uma citação e fornecer uma referência exacta da fonte onde retirou a
citação, incluindo número de página(s) ex: Rogers (1985 p. 43) «entende por Relações de
Ajuda as relações nas quais pelo menos uma das partes procura promover na outra o
crescimento,o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior
capacidade para enfrentar a vida».
Não referenciar é passível de acusação de plágio, uma fraude sancionada com gravidade No
mundo académico.
As citações com menos de 40 palavras devem ser apresentadas no texto entre aspas. Quando
alguma frase ou palavra é omitida na citação, deve colocar-se reticências em parênteses (...).
Mesmo quando não cita directamente, mas usa um texto através de um resumo ou paráfrase
(reafirmando os pontos do autor original com as suas próprias palavras), deverá também
mostrar explicitamente a referência ao texto original, colocando o autor e a data da obra
entre parênteses (ex: Smith, 2003).
Nota: Não cite nem referencie trabalhos que não tenha lido. Não cite apontamentos das aulas ou de matéria
retirada nas aulas ou de ideias do seu professor, especialmente se a informação é trivial (por exemplo, “de
acordo com Professor/Dr. X, existe muita violência no mundo de hoje”) ou como parte de uma pesquisa de
literatura, que nesse caso pode não reflectir a opinião do seu professor (por exemplo, “de acordo com o
Prof/Dr. Y, a taxa de crescimento não reflecte o índice de desenvolvimento). Se a informação é relevante o
mais provável é ter sido publicado em algum lado. Deverá encontrar, ler e citar a versão publicada de que o seu
professor mencionou.

Exemplo de citações:

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE O MERCADO

Citação com menos de 40 palavras deve permanecer incorporada no texto entre aspas
duplas: interpretada por DiMaggio e Powell (1983, p. 152), como «a luta coletiva dos
membros de uma ocupação para definir as condições e métodos de sua atividade (...) e
para estabelecer uma base cognitiva e de legitimação para sua autonomia ocupacional».

Citação acima de 40 palavras deve ser apresentada em nova linha, num bloco
independente, com recuo de 4 cm do parágrafo da margem esquerda, sem aspas, com
espaçamento 1 entre linhas e a fonte 10. As linhas subsequentes devem acompanhar o
recuo. Observe o exemplo abaixo:
De modo racional referente a fins, por expectativas quanto ao comportamento
de objetos do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando estas
expectativas como condições ou meios para alcançar fins próprios,
ponderados e perseguidos racionalmente, com sucesso; de modo racional
referente a valores, pela crença consciente no valor — ético, estético,
religioso ou qualquer que seja sua interpretação — absoluto e inerente a
determinado comportamento como tal, independentemente do resultado; de
modo afetivo, especialmente emocional,por afetos ou estados emocionais
atuais; de modo tradicional, por costume arraigado. (Weber, 1994, p. 15).

Nota: caso a obra que estiver a ser consultada foi escrita por mais de quatro
autores, mencione apenas o sobrenome do primeiro e a seguir escreva et al. (Ano,
p. X), «…».

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE EMPRESA CUSTOS E RECEITAS

Elementos pré-textuais

❖ Capa
❖ Contra capa
❖ Dedicatória
❖ Agradecimentos
❖ Epigrafe
Numeração
❖ Resumo e no fim palavras-chave (não deve exceder as 120 palavras e o texto
romana
deve ser corrido, deverá ser efectuada uma apresentação clara e sucinta do
Conteúdo do estudo, ou seja, identificação do problema e objectivos do
Estudo, método (população, desenho de investigação, instrumentos e
procedimentos, bem como os resultados mais importantes e respectivas
conclusões)
❖ Lista de gráficos (caso haja)
❖ Lista de quadros (caso haja)
❖ Índice (os elementos acima mencionados não devem constar no índice, os
capítulos deveram ser alinhados a esquerda a zero espaços e os subcapítulos a
dois espaços. A pagina deverá ser colocada a direita junto a margem. O índice
deverá incluir também as referencias bibliográficas e os anexos discriminando o
titulo de cada anexo. As tabelas, figuras e gráficos são referenciadas pelo
número correspondente, em letras maiúsculas, seguidas de dois pontos,
colocando à frente o titulo de cada figura ou tabela ex: TABELA 1: Média dos
doentes diabéticos que praticam desporto)

Elementos textuais

Introdução

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE EMPRESA CUSTOS E RECEITAS

CAPÍTULO I- ROTEIRO DE PESQUISA

1.1 Justificativa
1.2 Problematização e pergunta de partida (a problematização tem que ser arrolada
tendo em conta a uma natureza factual e à posterior o levantamento da pergunta de
partida)
1.3 Hipóteses (estas devem ser três no mínimo para este trabalho e a sua construção
deve ser na vertente de uma pré-solução a perguntas de partida)
1.4 Objectivos (tanto para o objectivo geral, como para os objectivos específicos o
verbo tem de começar no infinitivo)
1.4.1 Geral
1.4.2 Específicos (estes devem ser três para este trabalho)
1.5 Metodologia de pesquisa
1.5.1 Método (Quanto ao método, este pode ser dedutivo, indutivo ou
hipotético-dedutivo etc).

1.5.2 Quanto ao tipo de pesquisa

1.5.2.1 Quanto a abordagem (quanto a abordagem a pesquisa pode ser


qualitativa, quantitativa ou mista).

1.5.2.2 Quanto aos objectivos (quanto aos objectivos a pesquisa pode


ser exploratória, descritiva ou explicativa).

1.5.2.3 Quanto aos procedimentos (quanto aos procedimentos a


pesquisa pode ser experimental, bibliográfica, documental ou ainda de campo por
intermédio do levantamento em que se define uma população e amostra e recorre-se a
questionários ou entrevista para obtenção de dados).

CAPÍTULO II – GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS

2.1 Definição dos conceitos (as palavras-chave e outras pertinentes para o trabalho.)
2.2 …
2.3 …

Obs: aqui deve-se discutir a gestão de custos de forma exaustiva e políticas públicas
para o fomento do sector empresarial/ou mesmo aquelas políticas públicas que

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE EMPRESA CUSTOS E RECEITAS

dificultam o crescimento e desenvolvimento das empresas que operam no sector e


segmento em análise (dependendo do foco de cada grupo).

CAPÍTULO III- ESTUDO DE CASO

3.1 Caracterização da unidade de análise

3.1.1 Descrição geral da unidade de análise

3.1.2 Visão

3.1.3 Missão

3.1.4 Valores

3.1.5 Parcerias

3.1.6 Portfólio de clientes

3.1.7 Infraestruturas

3.1.8 Responsabilidade social

3.1.9 Estratégia competitiva de mercado

3.1.10 Concorrentes

3.2 Análise e discussão dos resultados da pesquisa de campo

Obs: os dados a serem discutidos neste ponto surgiram da entrevista a ser realizada a um
representante da unidade em análise bem como com o cruzamento a ser feito com as
informações da revisão bibliográfica (particularizando essencialmente as políticas
públicas e o vivenciado ao longo da pesquisa de campo)…

CONCLUSÃO.

RECOMENDAÇÕES (caso haja e a numeração das paginas termina aqui).

Elementos pós-textuais (estes entram no índice)

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE EMPRESA CUSTOS E RECEITAS

❖ Referências bibliográficas (estas devem obedecer a uma sequencia alfabética e


deve ser da seguinte forma: Minayo, José. (2001). Metodologia do Trabalho
Cientifico. 5ª Edição. Editora: Atlas. São Paulo.
❖ Anexos (devem ser numerados ex: nº1- guião de entrevistas, nº 2 relatório X)
❖ Glossário (caso haja ou seja necessário)

Formatação Gráfica
O Trabalho deverá estar em conformidade com as regras:
Tipo de Papel
Papel branco, no formato oficial A4 (210 mm x 297 mm).
A impressão é feita em páginas ímpares (utilizando-se apenas o lado da frente da folha).
Tipo de encadernação:
A encadernação deverá ser de capa transparente de lombada “colada”, a “quente” ou
“argolas”.
Digitação:
Fonte – Arial ou Times New Roman. Tamanho – 12.
Margens:
Esquerda (2,5 cm); Direita (2,5 cm); Superior (3,0 cm); Inferior (2,0 cm).
Parágrafo:
O espaçamento entre linhas deverá ser marcado também a 1,5.
Citações:
Quando cita directamente de um texto (ou usando palavras de outra pessoa), deverá sempre
manter claro que é uma citação e fornecer uma referência exacta da fonte onde retirou a
citação, incluindo número de página(s) ex: Rogers (1985 p. 43) «entende por Relações de
Ajuda as relações nas quais pelo menos uma das partes procura promover na outra o
crescimento,o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior
capacidade para enfrentar a vida».
Não referenciar é passível de acusação de plágio, uma fraude sancionada com gravidade No
mundo académico.
As citações com menos de 40 palavras devem ser apresentadas no texto entre aspas. Quando
alguma frase ou palavra é omitida na citação, deve colocar-se reticências em parênteses (...).
Mesmo quando não cita directamente, mas usa um texto através de um resumo ou paráfrase
(reafirmando os pontos do autor original com as suas próprias palavras), deverá também

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota


ESTRUTURA PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE ECONOMIA DA EMPRESA
RELACIONADO COM A TEMÁTICA SOBRE EMPRESA CUSTOS E RECEITAS

mostrar explicitamente a referência ao texto original, colocando o autor e a data da obra


entre parênteses (ex: Smith, 2003).
Nota: Não cite nem referencie trabalhos que não tenha lido. Não cite apontamentos das aulas ou de matéria
retirada nas aulas ou de ideias do seu professor, especialmente se a informação é trivial (por exemplo, “de
acordo com Professor/Dr. X, existe muita violência no mundo de hoje”) ou como parte de uma pesquisa de
literatura, que nesse caso pode não reflectir a opinião do seu professor (por exemplo, “de acordo com o
Prof/Dr. Y, a taxa de crescimento não reflecte o índice de desenvolvimento). Se a informação é relevante o
mais provável é ter sido publicado em algum lado. Deverá encontrar, ler e citar a versão publicada de que o seu
professor mencionou.
Exemplo de citações:
Citação com menos de 40 palavras deve permanecer incorporada no texto entre aspas
duplas: interpretada por DiMaggio e Powell (1983, p. 152), como «a luta coletiva dos
membros de uma ocupação para definir as condições e métodos de sua atividade (...) e
para estabelecer uma base cognitiva e de legitimação para sua autonomia ocupacional».
Citação acima de 40 palavras deve ser apresentada em nova linha, num bloco
independente, com recuo de 4 cm do parágrafo da margem esquerda, sem aspas, com
espaçamento 1 entre linhas e a fonte 10. As linhas subsequentes devem acompanhar o
recuo. Observe o exemplo abaixo:
De modo racional referente a fins, por expectativas quanto ao comportamento
de objetos do mundo exterior e de outras pessoas, utilizando estas
expectativas como condições ou meios para alcançar fins próprios,
ponderados e perseguidos racionalmente, com sucesso; de modo racional
referente a valores, pela crença consciente no valor — ético, estético,
religioso ou qualquer que seja sua interpretação — absoluto e inerente a
determinado comportamento como tal, independentemente do resultado; de
modo afetivo, especialmente emocional,por afetos ou estados emocionais
atuais; de modo tradicional, por costume arraigado. (Weber, 1994, p. 15).
Nota: caso a obra que estiver a ser consultada foi escrita por mais de quatro
autores, mencione apenas o sobrenome do primeiro e a seguir escreva et al. (Ano,
p. X), «…».

Elaborado pelos Profs: Hermenegildo Manuel, Luís Victor e Adilson Janota

Você também pode gostar