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ECONOMIA RURAL
GOVERNO DO ESTADO DO MARNHÃO
Flávio Dino
Governador do Estado do Maranhão
Jhonatan Almada
Reitor
SÃO LUÍS – MA
2018
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SUMÁRIO
1 EMPRESA RURAL....................................................................... 4
3 FATORES DE PRODUÇÃO........................................................ 7
3.3 Empresário....................................................................................... 10
4 AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO.................................... 10
5 AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO.................................... 13
8.6 Drones............................................................................................... 24
8.7 GPS agrícola.................................................................................... 25
8.8 Big Data............................................................................................ 25
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8.9 Mobilidade........................................................................................ 26
10 POLÍTICA AGRÍCOLA............................................................... 28
10.1 Instrumentos.................................................................................... 30
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1 EMPRESA RURAL
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Havendo a constituição de uma empresa, que se classifica como rural por
apresentar esses fatores e elementos, deve-se então passar para a forma mais
adequada para administrá-la.
O que nos leva às seguintes perguntas: O que é administrar uma empresa rural?
Trata-se de administrar uma empresa com características ligadas à natureza? Ou se trata
de levar técnicas e metodologias da administração para o meio rural? Será que se está
trabalhando na perspectiva de uma empresa com características próprias em que a
administração, a gestão e a contabilidade passam por ela a ganhar qualidade como:
agronegócio, administração rural, contabilidade rural?
É claro que a empresa rural é legalmente constituída, que pode se enquadrar no
conjunto de saberes de uma contabilidade capaz de explorar as brechas que o conceito
de rural pode permitir de vantagem na notação contábil e as ferramentas de gestão e
administração podem permitir para o encaminhamento das ações e o controle do
negócio rural ou agronegócio.
Enfatizando o clima como uma condição fundamental para o cultivo que está
sendo desenvolvido. O clima interfere diretamente na atividade diária da unidade de
produção,
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sustenta, o processo de industrialização e as tentativas de desenvolvimento urbano-
industrial.
Neste sentido, na medida em que houve a preocupação com o
desenvolvimento industrial, as políticas econômicas foram orientadas exclusivamente
para resolver problemas imediatos de produção, gerando efeitos significativos com
relação ao crescimento da economia nacional.
3 FATORES DE PRODUÇÃO
3.2 Capital
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o valor deverá ser calculado tendo por base as condições estabelecidas no contrato de
financiamento (custo real).
A sustentabilidade económica dos sistemas de produção origina um custo
designado amortização.
• Sobre o capital fixo circulante para além do custo real da aplicação do fator
existe o juro de empate de capital enquanto este se encontra em armazém,
cativo ou em caixa.
3.3 Empresário
4 AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
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• Controle – função que se encarrega de comparar o desempenho atual com
os padrões predeterminados, isto é, como planejado.
Alguns estudiosos determinam a função direção como liderança, o que está
ocorrendo na maioria dos livros norte americanos. Todavia deve-se entender que
liderança é uma condição da direção, uma qualificação da direção e não pode ser
substituída pela função de direção. Pode-se dirigir sem liderar o que não é a melhor
condição, liderar é dirigir com qualificações de modo a tornar a função liderar mais
eficaz.
1- Planejamento
- estabelecer objetivos da missão
- examinar alternativas
- determinar as necessidades dos recursos
- criar estratégias para o alcance dos objetivos
2 - Organização
- desenhar cargos e tarefas especificas
- criar estrutura organizacional
- definir posição de staff
- coordenar as atividades de trabalho
- estabelecer políticas e procedimentos
- definir a alocação de recursos
3- Direção
- conduzir e motivar os empregados na realização das metas
- estabelecer comunicação com os trabalhadores
- apresentar solução aos conflitos
- gerenciar mudanças
4- Controle
- medir o desempenho
-estabelecer a comparação do desempenho com os padrões
- tomar as ações necessárias para melhoria do desempenho
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Os administradores, necessitaram de certas qualidades, conhecimentos e
experiências descritas a seguir:
5 AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
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• Comando – estabelecimento de orientações para os empregados e
obtenção das coisas feitas
• Coordenação- obtenção da unificação e harmonia de todas as atividades e
esforços.
• Controle- verificação de que as coisas aconteçam em conformidade com
as regras estabelecidas e empresas pelo mundo.
Apesar de terem se passado muitas décadas desde o estabelecimento destas
funções, elas ainda são descritas como as funções administrativas.
A teoria da administração considerava a previsão como a principal função
administrativa. A base do processo era o desenvolvimento de um plano formal de ação
que ele descrevia como:
Uma espécie de quadro onde eventos próximos são definidos com alguma
distinção enquanto eventos distantes aparecem progressivamente, menos diferenciados e
isto vincula o trabalho corrente como previsto e estipulado, em um definido período de
tempo.
Os estudos seguintes pretendem representar a área administrativa, não uma
lista completa. Nenhuma tentativa se faz aqui de resolver todas as dificuldades
metodológicas destes elementos, pois ainda devem ocorrer muitos desenvolvimentos
nesta área, enquanto muitas dificuldades de campo vão sendo entendidas, se não
justificadas.
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2. Autoridade e responsabilidade – a autoridade para Fayol é definida Omo
“o direito de dar ordens e o poder para a exata obediência” responsabilidade
envolve ser confiável, e deste modo esta naturalmente associada à autoridade.
3. Disciplina – significa a necessidade de esforço comum dos trabalhadores,
de maneira ordenada, punições, entretanto deveriam ser aplicadas
criteriosamente para encorajar esse esforço em comum
4. Unidade de comando- os trabalhadores nas organizações deveriam
receber ordens de um gerente somente para evitar conflitos e mal entendidos.
5. Unidade de direção- a organização toda deveria estar se movendo em
direção a um objetivo comum, numa direção comum.
6. Subordinação do interesse individual e do interesse geral – os interesses
de uma pessoa (ou grupo) não deveriam prevalecer sobre os interesses da
organização como um todo.
7. Remuneração do Pessoal – o pagamento deveria ser justo – não
explorativo- e deveria recompensar bom desempenho, deveriam ser avaliados
vários modos de pagamento, tais como tempo, trabalho, razão de produção, etc.
Recompensas não financeiras também devem ser usadas.
8. Centralização – segundo a definição de Fayol a centralização era como a
diminuição da “importância do papel do subordinado.” Enquanto a
descentralização era a elevação desta importância os graus da
centralização/descentralização adotados dependem de cada organização
especifica na qual o gerente está trabalhando.
9. Cadeia escalar – Definida como linha de autoridade queria significar
certa qualidade de autoridade correspondente a posição hierárquica, mas
significa também que os níveis mais baixos da administração deveriam sempre
manter os níveis mais altos informados de suas atividades de trabalho.
10. Ordem – Para o bem da eficiência e coordenação todos os materiais e
processos relacionados a um tipo especifico de trabalho deveriam ser designados
à mesma localização feral na organização um lugar para cada coisa e cada coisa
no seu lugar.
11. Eqüidade – que Fayol diferenciava de justiça era por em execução as
correções estabelecidas, mas as convenções não poderiam prever tudo e então
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precisavam ser interrompidas, ou suas inadequações complementadas, todos os
empregados deveriam ser tratados o mais igualmente possível.
12. Estabilidade do pessoal no cargo – a retenção dos trabalhadores mais
produtivos deveria ser alta prioridade da administração de custos de
recrutamento e seleção bem como os defeitos, estão associados normalmente a
contratação de novos empregados.
13. Iniciativa – os administradores deveriam encorajar a iniciativa do
trabalhador que deve ser definida como “uma nova ou adicional atividade
empreendida por vontade própria.
14. Espírito de equipe – os administradores devem enfatizar a harmonia e a
boa vontade geral entre os empregados, como grandes forças de organização.
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usado e incorporado no conhecimento universal. Ademais, entre todos os recursos
conhecidos, o conhecimento é o único que se multiplica com o seu uso, e passa de
geração em geração sempre melhorado.
Os recursos naturais tendem a esgotar-se com o uso e a sua qualidade e
validade tendem a deteriorar-se entre gerações. Ignorar o conhecimento dos produtores
agrários locais, e preferir exclusivamente o conhecimento “importado” é correr atrás de
prejuízo, pois os produtores resistirão a esse conhecimento importado por ser alheio, e
por isso, estar associado ao risco.
Por exemplo, enquanto a maioria dos produtores agrícolas Moçambicanos vêm
a agricultura como um sistema, o conhecimento trazido pela maioria dos manuais vê a
agricultura compartimentada. Qualquer recomendação oriunda dos manuais, que se faça
para supostamente melhorar uma das componentes do sistema, sem fazer referência ao
sistema como um todo, tem o perigo de afetar negativamente o sistema. Por isso
arriscada para o produtor. Mas no fim de contas nem o sistema está errado, nem a
componente do sistema está errada.
Na visão do produtor pode faltar o detalhe da especialidade e nos manuais o
detalhe pode “morar” isolado fora do sistema. A partilha de cada uma dessas visões,
enriquece, e a ignorância ou exclusão de uma delas, empobrece.
É necessária a habilidade de ver e entender a floresta como um todo e ao
mesmo tempo ver e entender cada árvore na floresta. A fonte mais rica dos recursos
naturais está na biodiversidade local onde se podem encontrar espécies vegetais e
animais locais com importância fundamental na alimentação, industrialização,
medicina, produção de energia, etc.
O facto de Moçambique ter sido dominado durante muitos anos por culturas de
outros quadrantes do mundo forçou a que os produtores do País tivessem que adaptar
sistemas e tecnologias agrícolas importadas, negligenciando o potencial local. Não é por
acaso que a Mafurreira, o canhoeiro, a Massala, o embondeiro, a Maphilwa, Macuacua,
Quiabo, etc. não figuram com proeminência nos manuais das nossas escolas.
Essas plantas da nossa flora são vistas simplesmente como selvagens, ou
até infestantes. Se for preciso pode se destruir estas plantas para dar lugar ao trigo, arroz
ou batata.
Esta “cegueira” cientifica já causou muitos prejuízos à base da biodiversidade e
fonte agrícola do País. Plantas que serviram como alimentação para a população
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durante muitos anos foram exterminadas por herbicidas por serem consideradas
infestantes as culturas trazidas de outros locais.
A aplicação de agroquímicos desenvolvidos em outras partes do mundo sem a
sua correta adaptação às condições locais já se mostraram nefastas em alguns casos,
como na salinização rápida dos solos, tornando-os menos aproveitáveis para a
agricultura.
Na década 70 assistiu-se nalguns locais do País que a resposta ao nitrogênio a
certos cultivares de arroz recém-importadas era marginal quando comparada com
variedades já adaptadas. Em alguns casos se constatou que doses de nitrogênio
recomendadas para certos lugares de outros quadrantes, no Vale do Limpopo e na
Zambézia resultaram na maior produção de palha do que de grão.
Num país vizinho de Moçambique conta-se a história de um projeto de apoio
aos camponeses que exterminou uma variedade local de feijão que os camponeses
usavam mais a folha para a alimentação do que o grão.
O projeto em referência assumiu que os rendimentos do grão deveriam
aumentar (porque a folha não era considerada alimento no projeto) e introduziu
tecnologias de fertilizantes que de facto aumentaram a quantidade de grão produzida
à custa de redução da folha. Desapareceu uma base alimentar local.
Estes exemplos e outros, não narrados, que aconteceram (e acontecem) em
Moçambique, e em outras partes do mundo, sublinham a necessidade de os estudiosos
da agricultura, biologia, ambiente, nutrição, etc. explorarem e tirar o máximo de
proveito da biodiversidade local, em vez de forçar o que é alheio, a custa da
liquidação do que é local.
A ausência desses estudos faz com que de mais de 80.000 espécies de planta
conhecidas que podem servir para a alimentação, a dieta humana não usa mais de
150 espécies. E a FAO diz destas 150, 12 alimentam ¾ da população mundial. No
mesmo diapasão muitas espécies vegetais que podiam ser parte da alimentação humana
foram exterminadas como indesejadas.
A combinação do conhecimento local com o conhecimento universal aliados ao
entendimento e importância da biodiversidade local pode levar a uma transformação
radical da agricultura que permita não só melhorar as condições da vida da população
do país, mas também produzir conhecimentos e bens agrícolas inovados com
capacidade de penetrar e sobreviver o modelo de globalização de economia. Não é
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imitando os outros que se pode ganhar a competitividade no mercado mundial. É com
exclusividade.
Na trajetória de exploração desses recursos (conhecimento e
biodiversidade), as tecnologias a adoptar deveriam primeiramente facilitar a substituição
de fatores escassos e caros por fatores mais abundantes e mais baratos para a
economia e para os produtores agrícolas.
As tecnologias economizadoras de terra e de mão-de-obra deveriam tomar a
dianteira tomando como ponto de partida aquelas já usadas pelos camponeses.
Uma das fazes da grande revolução agrícola no Ocidente operou-se com a introdução
da tração animal para a agricultura, que não só economizou a mão-de-obra
como também permitiu trabalhar uma maior profundidade de lavoura, melhorando o
acesso aos nutrientes e água para as plantas.
Nos dias de hoje, para além da tração animal existem outras opções simples
e relativamente acessíveis de equipamentos semi motorizados que podem ser adaptados
para o efeito, sempre tomando em consideração os sistemas agrícolas locais,
necessidades de energia e aspectos de manutenção.
A exploração da biodiversidade local deve levar os estudiosos acadêmicos
a combinar o seu saber com o dos agricultores para transformar o que se considera
como plantas silvestres, em alimentos, matérias primas para
indústria, medicina, energia, etc.
Alguns trabalhos tímidos já estão a acontecer, mas com pouco espaço para
prosperarem. As iniciativas em curso de estudos médicos e nutricionais de plantas da
biodiversidade Moçambicana devem ser encorajadas, instituídas e financiadas para
enriquecer a Agro biodiversidade do País.
O sector privado já iniciou timidamente processos de industrialização de frutos
de algumas dessas plantas, o que mostra a existência de oportunidade de “casamento”
entre ciência, tecnologia e mercado. Com este “casamento” pode se abrir horizontes
muitos mais largos para a agricultura Moçambicana.
Conscientes de que o modelo de exploração de recursos não pode ser
sustentado eternamente, este, deve ser reforçado por processos que considerem formas
de acesso e utilização de fontes de crescimento sustentável.
Essas fontes podem incluir, entre outros, melhoramentos
fundiários, irrigação pelo menos suplementar, tecnologias de
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gestão pós colheita, processamento para acrescentar valor, intensificação de sistemas
integrados de agricultura, permacultura, pecuária, pecuarização, etc.
As transformações que advenham deste processo poderão representar um
ponto de partida, mas não um processo acabado.
A capacidade de o País alcançar um crescimento rápido de produtividade e de
produção agrícola vai depender das escolhas e trajetórias que se fizerem ou que se
fazem. A ênfase e a eficiência que se dá a cada uma das escolhas e trajetórias depende
das regiões agroecológicas, das restrições e das práticas no maneio dos sistemas.
Onde as restrições advêm da oferta inelástica da terra, a tecnologia biológica
pode tomar a dianteira, enquanto onde a grande limitação for imposta pela oferta
inelástica da mão-de-obra, a tecnologia mecânica pode se tornar a trajetória de
liderança.
Onde as condições edáficas e climáticas não permitem o desenvolvimento de
certas culturas ou certos animais, as plantas e os animais locais devem ter
atenção especial na permacultura e pecuarização.
Para a melhor escolha das trajetorias a seguir será preciso uma
aliança triangular entre a investigação, educação e planificação. E no centro do triângulo
deve estar o homem e não a obsessão da competitividade, pois esta só ganha espaço
com inteligências e ação do homem.
Muitos defendem e defenderão a ideia de que não é necessário inventar a roda,
pois existem pacotes tecnológicos abundantes desenvolvidos em outras partes do mundo
que podem ser aplicados ou adaptados a Moçambique, e que por isso não há
necessidade de novas investigações e nem reformas curriculares radicais. Este postulado
não passa de meia verdade, e a meia verdade pode ser falsa.
Há um ditado popular africano que diz “Manda o rapaz aonde ele quer ir e
verás o passo dele”. Por outras palavras: se se orientar os produtores agrários de
Moçambique para trajetórias incertas e com recados confusos, que se espere um atraso
grande, e o recado pode chegar desvirtuado com resultados não desejados.
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8 TECNOLOGIA AGRÍCOLA: A IMPORTÂNCIA E PRINCIPAIS
INOVAÇÕES
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8.2 Tecnologia na Agricultura
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Alguns dos benefícios que a tecnologia agrícola proporciona são:
• Aumento da produtividade: com os avanços consegue-se detectar os gargalos na
produção e aumentar o número de plantas por hectare, elevando assim a produtividade
da plantação.
• Redução do consumo de água, fertilizantes e pesticidas, que além de
proporcionar aumento do lucro permite reduzir o valor do produto.
• Diminuição dos impactos ambientais no ecossistema e menor escoamento de
produtos químicos nos rios e lençóis freáticos, tornando o negócio mais sustentável.
• Aumento da segurança dos funcionários e dos processos através de tecnologias
altamente confiáveis que reduzem a probabilidade falhas e erros.
• Aumento da eficiência sem a necessidade de maiores gastos para mantê-la — é
necessário desembolsar somente para a aplicação da tecnologia.
• Detecta a escassez de nutrientes no solo e apresenta de maneira assertiva a
quantidade de nutrientes e fertilizantes que precisam ser adicionados ao solo (a partir do
uso de Drones).
Além de todos estes benefícios, os avanços tecnológicos aplicados à agricultura
permitem maior confiabilidade da plantação, monitoramento de todo o campo e gestão
de todos os recursos utilizados.
A tecnologia na agricultura permite total controle sobre a produção,
processamento, estoque e distribuição.
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8.5 Sensores
8.6 Drones
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Esta tecnologia agrícola só foi viável devido aos avançados referentes às
conexões sem fio e 4G. O Big Data favorece a troca de informações, tornando os
agricultores mais rápidos e assertivos na tomada de decisões, que passam a ser muito
mais baseada em dados do que no feeling.
8.9 Mobilidade
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De acordo com os resultados divulgados, nos 371.051 estabelecimentos
agropecuários recenseados no Paraná havia 1.117.084 pessoas ocupadas em 2006 e,
deste total, 70% eram vinculadas à agricultura familiar.
Observa-se tendência decrescente no número de pessoas ocupadas nos
estabelecimentos agropecuários do Paraná a partir de 1985, situação semelhante à que
ocorre em nível nacional. Conforme dados de série histórica, entre 1985 e 2006 foram
eliminados 737 mil postos de trabalho e, entre os dois últimos censos, a redução foi de
170 mil pessoas ocupadas.
Entretanto, a partir de 1975, o setor agropecuário paranaense passou por
importantes transformações, algumas das quais contribuíram para a redução gradativa
do emprego no meio rural.
Entre as medidas que contribuíram para a redução dos postos de trabalho estão
a substituição de lavouras temporárias pelo cultivo de pastagens e a expansão da
pecuária de corte. Nos anos 1980 e 1990, outras mudanças técnicas contribuíram para a
redução da contratação de trabalho, especialmente nas tarefas de capina e de colheita, a
saber: a redução da área cultivada com algodão; a terceirização mecanizada das
atividades de plantio e de colheita; a adoção de práticas conservacionistas – em especial
o plantio direto na palha em microbacias sistematizadas; e, mais recentemente, a
introdução de lavouras com sementes geneticamente modificadas, que reduzem ainda
mais a necessidade de mão de obra, tanto para capina quanto nos tratos culturais.
Portanto, a queda mais acentuada no pessoal ocupado entre 1985 e 2006 pode
estar associada tanto às mudanças de atividade econômica quanto às mudanças na base
técnica de produção.
Contudo, observa-se também que, entre 1995/1996 e 2006, a tendência de
redução no pessoal ocupado é menos acentuada em relação ao decênio anterior. Este
ritmo mais lento na queda de pessoal ocupado de um período para outro possivelmente
esteja associado à introdução e/ou expansão de atividades que demandam trabalho, seja
familiar ou contratado, entre as quais é possível destacar: a expansão do cultivo de cana-
de-açúcar e das usinas de açúcar e de álcool; a instalação de pomares de laranja, com o
fim da restrição à citricultura, imposta ao Paraná pela campanha nacional de erradicação
do cancro cítrico;
Uma peculiaridade do Censo Agropecuário 2006 é trazer as informações de
pessoal ocupado com e sem laços de parentesco com o produtor. Do total de pessoal
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ocupado em 2006, cerca de 78,4% tinha algum laço de parentesco com o produtor1 ,
contra 21,6% sem laço de parentesco.
O pessoal ocupado com laços de parentesco está inserido na agricultura
desenvolvida com trabalho familiar, ou seja, com a participação direta de pessoas da
família, na execução ou como auxiliar das atividades produtivas.
10 POLÍTICA AGRÍCOLA
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A partir desse novo cenário, a agricultura foi exposta a um modelo de mercado,
com intervenção mínima do Estado. A transição entre esses modelos elevou os riscos
das atividades agropecuárias e criou distorções que ainda estão presentes no setor,
determinando ciclos alternados de expansão e retração. A partir dos anos 90, portanto, a
agricultura enfrentou:
10.1 Instrumentos
1. Crédito rural;
2. Zoneamento agrícola;
3. Seguro rural;
4. Comercialização e
5. Programas especiais de fomento setorial.
Para encontrar rapidamente as últimas medidas estabelecidas para os
programas de custeio e investimento do crédito rural, preços mínimos e programas de
apoio à comercialização, acesse o último Plano Agrícola e Pecuário.
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A comercialização agrícola é uma das atividades mais importantes na
agricultura. A partir do momento em que os grãos são colhidos no campo, surge um
universo a parte tão complexo quanto a produção em si.
Todos os dias milhares de negócios são fechados e o conhecimento sobre as
bases da comercialização é essencial para todo profissional do meio agrícola. Além
disso, as atividades agropecuárias brasileiras são responsáveis pela dinâmica de vários
outros setores econômicos em nosso país, que são diretamente ou indiretamente
relacionados ao agronegócio
O Brasil é um país que embora muito produtivo enfrenta diversos problemas de
âmbito político ou estrutural. A seguir, explanaremos alguns aspectos importantes
das políticas de comercialização agrícola em nosso país.
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O fator determinante para a procura de um determinado bem ou serviço deixou
de ser o preço, pois o mesmo sofre alterações por causa de qualquer desequilíbrio entre
a oferta e a procura.
Dessa forma, pode-se dizer que o preço de algo é determinado pelo próprio
consumidor, pois quando esses passam a buscar mais um produto qualquer, o produtor
eleva o seu preço, fazendo com que o consumidor pague mais se deseja adquirir o
mesmo.
Em contrapartida, quando um produto não é mais procurado o produtor é
estimulado a deixar de produzi-lo para que não tenha despesas em relação à oferta sem
demanda.
O preço de um bem ou serviço é fixado levando em consideração a relação
entre a procura e a necessidade do consumidor final e, ainda, os custos gerados na
fabricação e o tempo gasto em sua produção.
Os fatores que influenciam o consumidor final a procurar um determinado
produto são as necessidades em relação ao mesmo, o poder de compra, a concorrência, a
qualidade, a satisfação do cliente entre outros.
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sofisticados, com qualidade e com a visão em empresas que trabalham com a
responsabilidade socioambiental ou sustentabilidade.
Para as organizações, a questão da qualidade está sendo um meio de
competitividade entre as empresas, principalmente quando interage com o ambiente, ou
seja, são formas estratégicas para ganhar o cliente no mercado, sendo que há um padrão
elevado de implementação da qualidade dentro da empresa que se tornará perceptível
diante dos clientes.
Um dos pontos chave da qualidade está no controle do produto nas
organizações, realizando um processo de análise no início, meio e fim. A interação da
qualidade com a gestão ambiental, além de admitirem uma forma de competição,
também pode ser considerada um diferencial no mercado, levando a organização a ter
um compromisso e responsabilidade com o meio ambiente.
Logo, as industrias que já apresentam este compromisso procuram sempre
adaptar-se com as exigências dos clientes para se manterem competitivas no mercado
em geral, procurando se ajustar no novo ambiente empresarial.
Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo abordar de forma clara e
sucinta uma relevância sobre a gestão da qualidade e gestão ambiental, bem como as
práticas usadas na atualidade, dando ênfase no comportamento das organizações por
intermédio dos sistemas de gestão da qualidade e ambiental e os efeitos gerados na
organização.
Dentro desta abordagem, há também exemplos com as organizações hoteleiras
que visam integrar a gestão ambiental e qualidade para atrair turistas que apresentam
consciências ambientalmente sensíveis, onde alguns fatores como as práticas,
tecnologias e iniciativas estão sendo úteis para a empresa trazendo uma demanda
conhecida como “clientes verdes”.
Lembrando que os gestores precisam adquirir compromisso e poder de
liderança e recursos suficientes para a implantação destes fenômenos. Como foi visto na
gestão da qualidade, a gestão ambiental também busca um melhoramento futuro nos
processos por intermédio da gestão ambiental da qualidade total visando uma redução
dos fluxos dos resíduos. As estratégias com o just in time concluíram que todos os
resíduos geram custos para a organização
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13 ABORDAGENS DOS SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE E
AMBIENTAL
Exemplos
Vamos a um exemplo:
Eu quero comprar 1.000 contratos futuros de Dólar que hoje estão negociados
em US$ 10.000,00 (dez mil dólares). Se imaginarmos que para cada um dólar (US$
1,00) eu preciso de três reais e cinquenta centavos (R$ 3,50), o meu contrato total dólar
futuro custa R$ 35.000,00 (dez mil dólares vezes R$ 3,50).
Porém, como eu posso me alavancar no mercado futuro, eu não preciso ter
essa quantia totalmente no bolso para investir, precisando apenas da margem de garantia
que é um percentual do total de dinheiro que eu preciso.
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No caso do dólar, para cada US$ 1,00 eu preciso de 15% de margem de
garantia, ou seja, US$ 0,15 (quinze cents). Então 15% do meu contrato total de 35 mil
reais são R$ 5.250,00… dessa forma, caso eu queira comprar mil contratos de dólar eu
preciso de apenas cinco mil duzentos e cinquenta reais (quando ele custa na verdade ao
todo trinta e cinco mil reais.
Abaixo a exigência das margens de garantia por produto:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Waquil, Marcelo Miele [e] Glauco Schultz ; coordenado pela Universidade Aberta do
Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e
Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2010. 71 p.: il. ; 17,5x25cm
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