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Estudo de prevalência das parasitoses intestinais: Prevalência de parasitoses intestinais no


Hospital Militar Principal/ Instituto
Superior de 1 de Dezembro de 2005
A 15 de Fevereiro de 2006.

Maria Isabel Simão de Freitas.

Monografia de Licenciatura apresentada ao


Instituto Superior Privado de Angola para
Obtenção de licenciada em Ciências
Farmacêuticas.

ORIENTADORES: Dra. Filomena M. C. F.


Burity da Silva Neto.
Coronel -Medica /
Especialista em Patologia
clínica, Chefe
De Departamento do
Laboratório do HMP/IS, e
responsável docente do
departamento de
laboratório

Dr. Orlando P. Vega Cruz


Medico/ Especialista em
Patologia Clínica, Chefe
Adjunto do Departamento
do laboratório

LUANDA
2006
ii

Dedicatória

A memória do meu querido pai Bernardo Simão Paulo que não terá a oportunidade de viver

este momento.

A minha querida mãe pelo encorajamento durante o tempo de formação.

Ao meu esposo, pela tolerância com que encarou as minhas ausências, pela dedicação e

espírito de sacrifício consentidos durante a minha formação.

Aos meus queridos filhos que muitas vezes tiveram que suportar a minha ausência, falta de

carinho e atenção.

As minhas irmãs e sobrinhos e madrinhas pela coragem, incentivo e presença constante nos

momentos difíceis.
iii

Agradecimento

Agradeço a Deus todo-poderoso pelo dom de vida que me concebeu e por ter iluminado o

meu caminho durante todos estes anos.

A doutora Filomena Burity pela autorização e orientação do trabalho e ao Dr. Orlando Vega

pela escolha do tema e orientador, pela paciência e competência e dedicação na execução do

trabalho.

A doutora Joaquina Madalena pela colaboração prestada.

Ao doutor Isaac Francisco por ter me inscrito para a bolsa e pelo incentivo prestado

Ao doutor Carlos Saturnino, Medico chefe da DSS/MGA pela compreensão e apoio.

A técnica Domingas Ferreira e a todos os técnicos da secção de parasitologia pelo carinho,

disponibilidade e apoio permanente.

Aos docentes do departamento de farmácia e analises clínicas do Instituto Superior Privado de

Angola em especial o doutor Santos Nicolau pelo aconselhamento e coragem.

As minhas colegas e amigas pela coragem e carinho companheirismo e pelos momentos

agradáveis de convívio.

Agradeço a todos que de uma forma ou de outra possibilitaram a conclusão deste curso, a

todos a minha sincera gratidão


iv

Cada dia Deus nos dá uma tela nova quem escolhe as cores somos nós.

Frei clemente kissumir.


v

Resumo

As parasitoses intestinais são de grande importância para o mundo pois constitui

um grande problema de saúde pública, contribuindo para o agravamento de

problemas económicos, sócias e médicos sobretudo nos países do terceiro

mundo.

Para verificarmos a prevalência de parasitoses intestinais Hospital Militar Principal/

Instituto Superior foram colectadas amostras de fezes de 541 indivíduos de todas as idades e

ambos os sexos no período de 1 de Dezembro a 15 de Fevereiro de 2006.

Dos casos estudados, observou – se 54 casos positivos (10%) e 487 casos negativos (90%),

dos quais 336 (62%) pertencem ao sexo masculino e 205 (38%) ao sexo feminino.

As espécies parasitarias mais prevalecentes foram o Ascaris Lombricóides com 26 casos

(4,8%), seguido do Strongiloide stercoralis com 18 casos (3,3%), o Ancisilostoma e o

Trichuri- Trichura com 3 casos (0,6%) respectivamente, o Shistossoma Mansoni teve apenas 1

caso (0,2%), e a associação parasitária com 2 parasitas (0,2%)

Na global de infestação o parasita Ascaris Lombricóides apresentou-se em maior frequência

infestando todas as idades e em ambos os sexos.

A taxa global de infestação aumentou de forma geral com a idade, atingindo o máximo na

idade adulta dos 30 aos 39 anos com 16 casos positivos (29,6%) seguido dos 20 aos 29 anos

com 13 casos positivos (24,07%)

No que se refere a positividade em relação ao sexo, o masculino foi o que apresentou maior

número de casos devido ao tipo de atendimento medico prestado no local ser feito

maioritariamente a adultos.

Palavras chave-parasitoses intestinais, prevalência.


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Glossário

Agente etiológico – É o agente causador ou responsável pela origem da doença. Pode ser

vírus, bactéria, fungo, protozoário ou heminto.

Agente infeccioso – Pode ser parasita, sobretudo, microparasitos (bactérias, fungos,

protozoários, vírus etc.)

Bio-helmintos - São aqueles seres cujo ciclo evolutivo exige habitualmente a participação

de um ou mais hospedeiros além do homem.

Contaminação - É a presença de um agente infecioso na superfície do corpo, agua ou

alimentos.

Endemia - É a prevalência usual de determinada doença com relação a área. Normalmente

considera-se como endémica a doença cujo incidência normalmente esperada de uma doença

é derivada de uma fonte comum de infecção ou de propagação.

Epidemia ou surto epidémico - É a ocorrência numa colectividade ou região de casos que

ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de

uma fonte comum de infecção ou propagação.

Epidemiologia - É o estudo da distribuição dos factores determinantes da frequência de uma

doença.

Fonte de infecção - É a pessoa, coisa ou substância da qual o agente infeccioso passa

directamente a um hospedeiro. Essa fonte de infecção pode estar situada em qualquer ponto

da cadeia de transmissão.

Geo-helminto - São aqueles seres cujo ciclo evolutivo, em parte pode ocorrer no solo (que é a

fonte de infecção, contendo larvas infectantes ou ovos) provenientes de outros hospedeiro

além do homem.
vii

Habitat - É o ecossistema, local ou o órgão onde determinada espécie ou população vive.

Helmintos - (vermes) são parasitas animais metazoarios pluricelulares, de vida livre ou

parasita de plantas e animais, incluindo o homem.

Hospedeiro - É um organismo que alberga o parasita.

Hospedeiro - Definitivo é o que apresenta o parasito na fase de actividade sexual

Hospedeiro intermediário - É aquele que apresenta o parasito na fase larvária ou assexuada

Incidência - É a frequência com que uma doença ou facto ocorre num período de tempo

definido e com relação a população.

Infecção – É a penetração, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no

homem ou animal.

Infestação – É o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do

corpo ou vestes.

Letalidade - Expressa o numero de morte em relação a determinada doença ou facto e com

relação a população.

Morbilidade - Expressa o número de pessoas doentes em relação a população.

Mortalidade determina o número de óbitos em determinado período de tempo.

Nemathelmintas – São vermes cilíndricos, com tubo digestivo completo.

Parasita - São todos os organismos que obtêm alimentos a custa do seu hospedeiro

consumindo-lhe os tecidos ou conteúdos intestinais sendo o relacionamento entre o parasita e

o hospedeiro ser de base nutricional.

Parasitismo - É uma relação directa e estreita entre dois organismo geralmente bem

determinados: o hospedeiro e o parasita vivendo o segundo a custa do primeiro.


viii

Protozoários - São organismos unicelulares compostos por uma só célula, com uma pequena

massa citoplasmática e capazes de multiplicarem-se dentro do hospedeiro.


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Abreviaturas

OMS- Organização mundial da saúde.

Unicef- Fundo das nações unidas para a infância.


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Índice

Dedicatória------------------------------------------------------- I

Agradecimentos------------------------------------------------- II

Glossário---------------------------------------------------------III

Ìndice-------------------------------------------------------------IV

Abreviaturas------------------------------------------------------V

Resumo-----------------------------------------------------------VI

1- Introdução------------------------------------------------ -1

2- Objectivos------------------------------------------------ -3

2.1- Geral

2.2- Específicos.

3- Revisão bibliográfica--------------------------------------4

4- Material e métodos------------------------------------ ---13

5- Resultados e discussões--------------------------------- 18

6- Conclusões------------------------------------------------ 23

7- Recomendações------------------------------------------ 24

8- Referências Bibliográficas----------------------------- 25

Anexos-----------------------------------------------------------VII

Tabelas

Protocolo de investigação.
xi

Tabela 1

Distribuição dos 541 casos de Parasitoses Intestinais estudados, por idade no Hospital Militar

Principal/Instituto Superior, Dezembro de 2005 a Fevereiro de 2006.

Idade Nº Casos %
0-9 27 5,0
10 - 19 66 12,2
20 - 29 144 26,6
30 - 39 149 27,5
40 - 49 80 14,8
50 - 59 47 8,7
60 - 69 16 3,0
70 - 79 9 1,7
80 e mais 3 0,6
Total 541 100,0

Fonte :Ficha de recolha de dados.

Tabela nº 2 –

Distribuição dos 541 casos de Parasitoses Intestinais segundo o sexo no Hospital Militar

Principal/Instituto superior, Dezembro de 2005 a Fevereiro de 2006.

Sexo Nº Casos %
Masculino 336 62,1
Feminino 205 37,9
Total 541 100,0

Fonte: Ficha de recolha de dados.

Tabela nº 3

Distribuição dos 541 casos de Parasitoses Intestinais quanto a proveniência no Hospital

Militar Principal/Instituto Superior, Dezembro de 2005 a Fevereiro de 2006.–

Proveniência Nº Casos %
Consulta Externa 486 89,8
Consulta Interna 28 5,2
Pediatria 27 5,0
xii

Total 541 100,0

Fonte: Ficha de recolha de dados.

Tabela nº 4 –

Distribuição dos 541 casos de Parasitoses Intestinais quanto a positividade no Hospital Militar

Principal/Instituto Superior, Dezembro de 2005 a Fevereiro de 2006.

Resultado Nº Casos %
Ansilostoma 3 0,6
Ascaris 26 4,8
Ascaris + Strongiloide 1 0,2
Hemonolepsi Nana 1 0,2
Hemonolepsi + Ascaris 1 0,2
Strongiloide Stercorales 18 3,3
S.Mansoni 1 0,2
Trichuri -Trichura 3 0,6
Negativo 487 90,0
Total 541 100,0

Fonte: Ficha de recolha de dados.

Tabela nº 5

Distribuição dos 54 casos positivos segundo a idade no Hospital MilitarPrincipal/Instituto

Superior, dezenbro de 2005 a Fevereiro de 2006. –

Resultado 0-9 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 e mais Total %
Ansilostoma 1 0 0 1 0 1 0 0 0 3 5,6
Ascaris 3 4 6 8 3 1 0 1 0 26 48,1
Ascaris + Strongiloide 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1,9
Hemonolepsi Nana 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1,9
Hemonolepsi + Ascaris 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1,9
S.Mansoni 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1,9
Strongiloide Stercorales 1 1 6 4 3 3 0 0 0 18 33,3
Trichuri -Trichura 0 0 0 2 1 0 0 0 0 3 5,6
Total 5 6 13 16 8 5 0 1 0 54 100,0

Fonte: Ficha de recolha de dados.


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Tabela nº 6

Distribuição dos 54 casos positivos segundo o sexo no Hospital Militar Principal/Instituto

Superior, Dezembro de 2005 a Fevereiro de 2006.

Resultado Feminino % Masculino % Total %


Ansilostoma 0 0,0 3 7,3 3 5,6
Ascaris 8 61,5 18 43,9 26 48,1
Ascaris + Strongiloide 1 7,7 0 0,0 1 1,9
Hemolepsi Nana 1 7,7 0 0,0 1 1,9
Hemolepsi + Ascaris 0 0,0 1 2,4 1 1,9
S.Mansoni 0 0,0 1 2,4 1 1,9
Strongiloide Stercorales 1 7,7 17 41,5 18 33,3
Trichuri -Trichura 2 15,4 1 2,4 3 5,6
Total 13 100,0 41 100,0 54 100,0

Fonte: Ficha de recolha de dados.

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