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Helmintos

Classe nematoda

 Ordem strongylida

A família Trichostrongylidae pertence à superfamília Trichostrongyloidea.

  Trichostrongylus axei (Trichostrongylus spp)


O ciclo evolutivo é monóxeno, e a fase pré-parasitária é tipicamente
tricostrongiloide. Os ovos originam L3 infectante (estágio larval 3) em um período de
sete a 10 dias, quando em condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento. Após a
ingestão e o desencapsulamento da larva, esta penetra na mucosa do intestino delgado.
No órgão, realiza duas mudas, e as L5 estarão presentes sob epitélio em duas semanas,
iniciando a infecção. O período pré-patente acontece em duas ou três semanas.
A espécie Trichostrongylus axei apresenta como hospedeiros bovinos, ovinos,
caprinos, veados, equinos e suínos, parasitando órgãos como abomaso ou estômago. O
nome comum é verme piliforme do estômago.

EXPLICANDO
O período pré-patente é aquele que decorre entre a invasão do agente etiológico
(helminto) e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico
(presença de ovos nas fezes).
 Haemonchus
A subfamília Haemonchinae é representada pelo gênero Haemonchus. O ciclo
evolutivo é monóxeno com fase pré-parasitária tricostrongiloide. As fêmeas são
prolíferas, ou seja, capazes de eliminar milhares de ovos por dia. Os ovos liberam L1 na
pastagem e, em até cinco dias, tornam-se L3. No frio, isso pode demorar semanas ou
meses.
Após a ingestão de L3, as larvas sofrem duas mudas no rúmen. Antes da última muda,
elas desenvolvem uma lanceta perfurante para obter sangue dos vasos da mucosa do
hospedeiro. Quando adultos, movimentam-se sob a superfície da mucosa. O período
pré-patente nos bovinos é de quatro semanas e de dois a três semanas nos ovinos.
A espécie Haemonchus contortus é parasita do abomaso de ovinos, caprinos, bovinos,
veados, camelos e lhamas.

 Ostertagia sp
A subfamília Ostertaginae agrupa grande diversidade de helmintos. Algumas espécies
são consideradas sinônimas, e o polimorfismo é comumente relatado. Os vermes adultos
apresentam coloração vermelho-amarronzado e são delgados, medindo até 1 cm de
comprimento. A cavidade bucal é pequena, e as espículas dos machos são curtas e
marrons. 
O ciclo evolutivo é monóxeno, com excreção dos ovos pelas fezes. No bolo fecal, as
larvas desenvolvem-se até L3 dentro de duas semanas. A infecção ocorre pela ingestão
da L3, que se desenvolve no lúmen de uma glândula do abomaso. Na glândula, ocorrem
duas mudas – e, quando em L5 após 18 dias de infecção, tornam-se maduras na
superfície da mucosa. O ciclo completo demora cerca de três semanas.

 Strongylus vulgaris
A família Strongylidae é representada pela subfamília Strongylinae onde pertence o
gênero strongylus.
O ciclo evolutivo deles é o monóxeno. Os ovos são excretados nas fezes e, dependendo
das condições climáticas, a eclosão das larvas L3 pode demorar até duas semanas para
acontecer. A infecção ocorre pela ingestão de L3.
O crescimento da larva diferencia-se nas espécies de Strongylus. A larva L3 penetra na
mucosa intestinal e desloca-se para o fígado dentro de dias. Depois de duas semanas,
ocorre a muda para L4, e, em seguida, acontece migração no fígado; as larvas na região
subperitoneal podem ser vistas em um período de seis a oito semanas.
A muda para L5 ocorre após quatro meses e atinge o intestino grosso, migrando por via
subperitoneal. Na parede do intestino grosso, originam-se os grandes nódulos
purulentos que se rompem e liberam o verme adulto jovem. O período pré-patente duro,
em média, de seis a 12 meses.
 Strongylus edentatus
Os parasitos adultos são encontrados no ceco e no cólon. Os ovos são eliminados nas
fezes e há desenvolvimento para L3 em aproximadamente 2 semanas quando em
condições favoráveis em regiões de clima temperado. O hospedeiro definitivo ingere a
L3 nas pastagens ou na água contaminada. Após penetrarem na mucosa intestinal, as L3
atingem o fígado, por meio da circulação porta, em poucos dias. Após 2 semanas,
aproximadamente, há muda para L4 e migração no parênquima hepático. Seis a 8
semanas pós-infecção, as larvas podem ser encontradas sob o peritônio que circunda o
ligamento hepatorrenal, de onde seguem para vários locais, preferencialmente flancos e
ligamentos hepáticos. Após 4 meses, há muda para L5, que migra para a parede do
intestino grosso, onde produz um grande nódulo purulento que libera o parasito adulto
jovem na luz em consequência de seu rompimento. O período pré-patente é de 10 a 12
meses.

 Strongylus equinum
Os parasitos adultos são encontrados no ceco e no cólon. A fase de vida livre é
semelhante à descrita para S. edentatus. Os ovos são eliminados nas fezes e há
desenvolvimento para L3 em aproximadamente 2 semanas. O hospedeiro definitivo
ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. Pouco se conhece sobre a migração
das L3; acredita-se que elas perdem a bainha de proteção no intestino delgado e
penetram no ceco e no cólon ventral (podem penetrar no delgado), onde formam
nódulos nas camadas muscular e subserosa dentro de 1 semana. A muda para L4 ocorre
no interior desses nódulos e as larvas se deslocam para o fígado, por meio da cavidade
peritoneal, onde migram no parênquima durante 6 semanas ou mais. Depois, L4 e L5
podem ser encontradas no pâncreas e ao seu redor, antes de migrarem para a luz do
intestino grosso. Período pré-patente: de 8 a 9 meses.

 Ancylostoma caninum
O ciclo evolutivo é monóxeno. Em condições climáticas favoráveis, os ovos eclodem, e
a L3 pode desenvolver-se em cinco dias. A infecção ocorre por meio da penetração na
pele ou pela ingestão do parasita. O ciclo pode conter hospedeiros paratênicos.
Na infecção percutânea, as larvas migram através da corrente sanguínea até aos
pulmões, onde sofrem muda para L4. As larvas L4 são deglutidas e alcançam o intestino
delgado, onde ocorre a muda final. Na infecção por meio da ingestão da larva, estas
penetram na mucosa bucal e migram para os pulmões ou podem passar diretamente para
o intestino.
Os seres humanos são ocasionalmente infectados, mas são considerados hospedeiros
acidentais devido ao fato de a larva migrar na pele e não haver desenvolvimento do
verme adulto. O nome científico da larva que migra na pele é larva migrans cutânea,
mas é conhecida popularmente por bicho geográfico.

No intestino, os vermes adultos prendem as cápsulas bucais à mucosa. O período pré-


patente varia de 14 a 21 dias em qualquer via de infecção. Os vermes produzem grande
quantidade de ovos, e os hospedeiros definitivos podem transmitir milhões deles
diariamente e ao longo de várias semanas.
A infecção em cadelas suscetíveis ao Ancylostoma caninum pode ocasionar a hipobiose
de L3 nos músculos esqueléticos até que a fêmea engravide. Na gestação, as larvas L3
são reativadas e podem ser excretadas no leite durante três semanas após o parto. Não
ocorre transmissão transplacentária. A doença nos animais é
denominada ancilostomíase ou ancilostomose. 

 Ordem ascaridida

  Ascaris suum
São parasitas de intestino delgado de suínos.
O ciclo evolutivo é o monóxeno. As mudas das larvas ocorrem três semanas dentro do
ovo após sua excreção. É necessário um período de maturação, com temperatura de 22
°C a 26 °C, para que se tornem infectantes (após quatro semanas). O ovo é resistente no
ambiente e pode ser viável por mais de quatro anos. Após a ingestão do ovo larvado, L3
eclode no intestino delgado, penetra na mucosa intestinal e segue para o fígado. Ao
passar para a corrente sanguínea, passa também pelos pulmões e chega ao intestino
delgado via brônquios, traqueia e faringe. No intestino, ocorre a muda final, e os vermes
adultos instalam-se no lúmen. 
O ciclo pode apresentar hospedeiros paratênicos, como minhocas ou insetos
estercorários. Dentro de seus organismos, os ovos ingeridos sofrem eclosão da L3, que
se desloca para tecidos, permanecendo infectantes para os suínos por bastante tempo. O
período pré-patente é de sete a nove semanas, e cada fêmea pode produzir mais de 200
mil ovos por dia. 

 Toxocara
As espécies de Toxocara  parasitam o intestino delgado de cães, raposas, gatos, búfalos e
bovinos. A doença é denominada toxocaríase. A doença é considerada uma zoonose. Os
seres humanos são hospedeiros acidentais da toxocaríase. Podem, acidentalmente,
ingerir ovos do solo contaminado com fezes de animais infectados ou ingerir carne crua
ou mal-passada de hospedeiros intermediários infectados. Os ovos eclodem no intestino
humano, e as larvas penetram na parede do próprio intestino e outros órgãos. 
Pode haver migração da larva para fígado, pulmões, sistema nervoso central e olhos,
entre outros tecidos. O dano tecidual é causado pela resposta imune local provocada
pelo parasita. A presença da larva migrando no ser humano é denominada larva
migrans visceral ou larva migrans ocular, se estiver presente nos olhos.
O ciclo evolutivo das espécies do gênero Toxocara pode ter diferenças.

o Toxocara canis (toxocara sp)


O ciclo pode apresentar quatro possíveis modos de infecção. A forma básica e mais
comum entre os ascaridoides é a transformação de L3 infectante, em condições
climáticas ideais, quatro semanas após eliminação do ovo.
A infecção ocorre após a ingestão e eclosão da larva no intestino delgado. Ocorre o
deslocamento das larvas via corrente sanguínea para fígado e pulmões, onde ocorre a
segunda muda. As larvas, através da traqueia, retornam ao intestino para as mudas
finais. 

A migração pelo parasita no organismo dos cães ocorre até dois ou três meses de idade.
Em cães com mais de três meses, a migração hepatotraqueal é menos frequente e,
naqueles que têm de quatro a seis meses de idade, já não ocorre, sendo substituída pela
migração somática e hipobiose da larva. 
Em cadelas prenhes, ocorre a infecção pré-natal, com o retorno da mobilidade das larvas
em três semanas antes do parto. Nos pulmões do feto, as larvas sofrem mudas antes do
nascimento. Ao nascer, o ciclo completa-se com a presença das larvas no intestino,
oriundas da migração pela traqueia. Uma cadela infectada abriga quantidades de larvas
para infecção de ninhadas subsequentes mesmo se ela não apresentar infecção.
Algumas larvas, em vez de migrarem para o útero, migram para o intestino para
reprodução, ao se transformarem em vermes adultos, produzindo ovos eliminados nas
fezes. Os filhotes lactentes podem ser infectados após a ingestão de L3 presente no leite,
nas primeiras semanas de amamentação. Nessa via, não há migração do parasita. As
cadelas podem reinfectar-se ao realizar a limpeza das fezes dos filhotes, atividade
comum nos cuidados neonatais. 
Há presença de hospedeiros paratênicos intermediários, como roedores, ovinos,
coelhos, suínos ou aves, que podem ingerir ovos com L3 infectante, que migra para os
tecidos. Os cães infectam-se ao ingerirem esses tecidos. Os períodos pré-patentes
mínimos conhecidos variam de duas a cinco semanas. 
CURIOSIDADE
Hospedeiros paratênicos intermediários também podem ser denominados hospedeiros
de transporte, já que, neles, os parasitas não sofrem desenvolvimento ou reprodução,
mas permanecem viáveis até atingirem o hospedeiro definitivo.

o Toxocara cati
Semelhante ao de T. canis, porém não ocorre infecção pré-natal. Os animais infectam-se
por ingestão do ovo larvado de hospedeiros paratênicos infectados e por meio do leite
da mãe.

o Toxascaris leonina
Hospedeiros definitivos: Felinos e caninos domésticos e silvestres.
Localização: Intestino delgado
Os ovos com as L3 ou os hospedeiros paratênicos infectados com as larvas nos tecidos
são ingeridos. Há liberação das larvas para o intestino delgado, onde penetram na
mucosa e permanecem por 2 semanas (não há migração das larvas pelos tecidos).
Depois, saem para a luz do intestino e completam o seu desenvolvimento até adultos. Os
machos e as fêmeas copulam e é feita a postura de ovos, que são evacuados com as
fezes para o meio ambiente.
A espécie Parascaris equorum é um nematódeo de coloração esbranquiçada, robusto e
rígido, de até 40 cm de comprimento. O verme é parasita de intestino delgado de
equídeos.
O ciclo evolutivo é monóxeno com migração hepatopulmonar. Os ovos são eliminados
nas fezes e atingem o estágio infectante no estágio L2 em um período de 10 a 14 dias, se
as condições climáticas estiverem favoráveis. A partir da ingestão e eclosão dos ovos, as
larvas penetram na parede intestinal e, em 48 horas, chegam ao fígado. Em duas
semanas, chegam aos pulmões e, ao migrarem para os brônquios e a traqueia, são
deglutidas e retornam ao intestino delgado.

 Ordem oxyurida
A ordem Oxyurida é representada pela família Oxyuridae. A espécie Oxyuris
equi parasita ceco, cólon e reto de equinos e asininos. As fêmeas maduras do verme
são grandes e de coloração branco-acinzentado. Os machos maduros medem menos
de 12 mm e têm uma única espícula em formato de alfinete. 

O ciclo evolutivo é o monóxeno. Os vermes adultos estão presentes no lúmen do


ceco e, após a fertilização, a fêmea migra para o ânus para depositar os ovos em
agregados (até 50 mil ovos por fêmea) na pele das regiões perineal ou perianal.
Entre quatro e cinco dias, ocorre o desenvolvimento do ovo com a L3 infectante. 

A infecção dá-se pela ingestão de ovos embrionados na gramínea, cama, forragem


etc. No intestino delgado, as larvas são liberadas e migram para o intestino grosso
(criptas da mucosa do ceco e do cólon) para se transformarem em L4 dentro de 10
dias. As larvas, antes de atingirem o estágio final, alimentam-se do conteúdo
intestinal. O período pré-patente é de cinco meses. 
 Ordem spirurida

 Habronema
As espécies de Habronema são parasitas do estômago de equinos, mas a principal
importância desse parasita é devido à habronematidose cutânea, ou “ferida de verão”,
que o parasita causa, principalmente em países de clima quente. Os hospedeiros
intermediários são as moscas dípteras – Musca, Stomoxys e Haematobia (Lyperosia).
O ciclo evolutivo é o heteróxeno. Ovos ou L1 são eliminados nas fezes e ingeridos por
estágios larvários de moscas presentes nas fezes. O desenvolvimento em L3 ocorre
simultaneamente ao desenvolvimento da mosca. Quando a mosca se alimenta ao redor
da boca, dos lábios, da conjuntiva ocular e das narinas do equino, as larvas passam a
essas regiões e são deglutidas, ou as moscas podem ser deglutidas. O desenvolvimento
do verme adulto ocorre no estômago, com a formação de nódulos na mucosa. Os vermes
adultos maduros desenvolvem-se em oito semanas. As larvas podem ser depositadas em
feridas cutâneas na pele e invadem os tecidos, causando lesões granulomatosas.

 Dirofilaria immitis
A família Onchocercidae é representada pela espécie Dirofilaria immitis. Os vermes
adultos parasitam ventrículo direito, átrio direito, artéria pulmonar e veia cava posterior
de cães, raposas, canídeos selvagens, ocasionalmente gatos e, raramente, humanos e
primatas. Os mosquitos dos gêneros Aedes, Anopheles e Culex são os hospedeiros
intermediários da dirofilariose canina.
O ciclo evolutivo é heteróxeno. Os adultos habitam o coração e os vasos sanguíneos. As
fêmeas liberam microfilárias na corrente sanguínea, que vivem durante vários meses.
Durante o repasto sanguíneo, os mosquitos ingerem as microfilárias; o desenvolvimento
em L3 infectante ocorre nos túbulos de Malpighi em duas semanas. A L3 infectante
migra para o aparelho bucal do inseto e é inoculado no hospedeiro definitivo. No cão,
L3 migra para o tecido subcutâneo do tórax ou do abdômen e sofre duas mudas em
alguns meses. Após a muda final, o adulto jovem passa para o coração. O período pré-
patente mínimo é de seis meses.
Classe cestoda
São heteróxenos, hermafroditas, achatados e segmentados
Forma adulta da classe se chama tenia
Hospedeiro definitivo é sempre vertebrado
O hospedeiro definitivo contendo a tenia libera proglotes como ovos no ambiente no
qual esses ovos irão amadurecer e formar larvas e o hospedeiro intermediário irá se
alimentar e ingerir as larvas no processo e depois o definitivo irá se alimentar do
intermediário e ingerindo as larvas que no intestino irá se amadurecer e formar tenia.

 Taenia saginata
O ciclo evolutivo é heteróxeno e semelhante entre as espécies.
Os humanos, hospedeiros definitivos, se infectam ao ingerir carne de porco ou vaca crua
ou malcozida, contendo cistos de larvas de tênia (cisticercos). Ao chegarem no
intestino, estes se tornam tênias adultas e se fixam à parede do intestino. Após fixadas,
dão origem a proglotes que, ao se tornarem maduras, produzem ovos. As proglotes e os
ovos são eliminados nas fezes e ingeridos pelos hospedeiros intermediários, porco ou
vaca. No intestino destes animais, os ovos eclodem e liberam as oncosferas, que
penetram na parede do intestino. Estas passam a se deslocar pela corrente sanguínea e se
desenvolvem em cistos nos músculos e órgãos, como fígado e cérebro.
 Echinococcus granulosus
O ciclo evolutivo é heteróxeno com o período pré-patente de, aproximadamente, 40 a 50
dias. O adulto parasita o intestino delgado do hospedeiro definitivo. As proglotes
maduras eliminam os ovos nas fezes e, após a ingestão por um hospedeiro
intermediário, os ovos eclodem no intestino delgado, liberando oncosferas que penetram
na parede intestinal e migram através do sistema circulatório para vários órgãos,
especialmente fígado e pulmões.

Nestes órgãos, a oncosfera se desenvolve em um cisto hidático produzindo protoscólices


e cistos-filhos, preenchendo o interior do cisto. O hospedeiro definitivo é infectado pela
ingestão de órgãos do hospedeiro intermediário com cistos. Ao chegarem à mucosa
intestinal, os parasitas se desenvolvem nos estágios adultos entre 32 e 80 dias.

Os humanos são hospedeiros acidentais e se infectam por meio da ingestão de ovos.


No intestino, as oncosferas são liberadas e se desenvolvem em cistos em diversos
órgãos. 
 Dipylidium caninum
Os proglotes saem com as fezes ou ativamente pelo ânus e liberam as cápsulas ovígeras.
As pulgas adultas, por serem hematófagas, não têm capacidade de ingerir ovos, mas, no
estágio larval, assim como o piolho mastigador, podem ingerir os ovos, que, na cavidade
geral, transformam-se em larvas cisticercoides. O hospedeiro definitivo (cão, gato ou ser
humano) ingere os hospedeiros intermediários (pulga e piolho), que são digeridos e
liberam a forma larval cisticercoide; esta, em 20 a 30 dias, torna-se um cestódeo adulto.
A espécie parasita o intestino delgado de cães, raposas, gatos e raramente seres
humanos. A tênia adulta elimina pelas fezes as proglotes maduras que são facilmente
identificadas.
 Diphyllobothrium latum
O ciclo envolve dois hospedeiros intermediários. Os ovos não embrionados são
liberados pelo tocóstomo, aos milhares, no intestino dos hospedeiros definitivos. Ao
caírem na água, em 10 dias embrionam; por meio do opérculo, emerge o coracídio, que
se locomove até ser ingerido por crustáceos e se transformar em larva procercoide na
cavidade geral. São necessários de 10 a 20 dias para sua maturação. A infecção do
segundo hospedeiro intermediário (peixes) se dá pela ingestão dos crustáceos com
larvas procercoides, que atravessam a mucosa intestinal e se encistam nos músculos e
órgãos, transformando-se, no final de 7 a 15 dias, na larva plerocercoide infectante para
cães e humanos. Caso um peixe infectado seja ingerido por outro, a larva migra para a
musculatura do novo pescado, podendo, desse modo, sobreviver por vários anos, e o
peixe, ao continuar se alimentando, torna-se altamente infectado. O hospedeiro
definitivo (humano ou cão), ao ingerir o peixe cru, infecta-se com a larva plerocercoide,
que se desenvagina e se fixa na mucosa do intestino delgado e inicia seu
desenvolvimento, produzindo até 30 proglotes por dia, alcançando a maturidade aos 15
dias. Depois de 1 mês, tem 1,5 m de comprimento e sua estimativa de vida é de 10 a 30
anos.

Classe trematoda

São heteróxenos, hermafroditas, achatados e não segmentados


O hospedeiro intermediário da classe é sempre um gastrópode (molusco, ostra etc.).
 Schistosoma mansoni
Não produzem rédias!!!
Desenvolvimento nos vasos sanguíneos!!!
Após a cópula a fêmea migra para ramos menores das mesentéricas e lá fazem a
postura. Os ovos possuem um espinho e uma substância irritante da mucosa e por isso
ele consegue chegar ao tubo digestivo e assim sair nas fezes. Quando isso ocorre no
ambiente aquático, o miracídio penetra ativamente no hospedeiro intermediário
(molusco) indo ao hepatopâncreas para formar esporocisto de 1ª geração e depois de 2ª
geração e ainda cercárias (furcocercárias). Estas apresentam uma cauda bífida, saem do
hospedeiro intermediário e no ambiente aquático migram ativamente até penetrarem na
pele íntegra do hospedeiro definitivo. Esse também pode se infectar bebendo água
contaminada. A furcocercária no tubo digestivo perde a cauda, passa a adultojovem que
se diferencia em macho e fêmea e pela circulação vai às veias mesentéricas e intra-
hepáticas.

 Dicrocoelum dendriticum
Não produzem esporocistos e nem rédias!!!
Desenvolvem no fígado ou pâncreas!!!

 Fasciola hepática
Produzem esporocistos, rédias, cercarias!!!
Desenvolvem no fígado de seus hospedeiros definitivos!!!
Parasita de fígado de ovinos, bovinos, caprinos, equinos, veados, coelhos e humanos
As fascíolas adultas eliminam os ovos pela bile e estes penetram o intestino. Ao serem
excretados nas fezes dos hospedeiros definitivos, se desenvolvem e eclodem. A eclosão
demora entre 9 e 10 dias em temperaturas ideais de 22 °C a 26 °C, dando origem
a miracídios ciliados móveis. Os miracídios, por sua vez, penetram os hospedeiros
intermediários e se transformam em esporocistos, estágios de rédias até o estágio final
de cercária.
As cercarias são excretadas como formas móveis que se fixam em superfícies firmes,
nas quais encistam em metacercária infectante. A transformação de todos os estágios
pode demorar de seis a sete semanas ou vários meses. Podem ser eliminadas cerca de
600 metacercárias que serão ingeridas pelo hospedeiro definitivo e encistam no intestino
delgado.
Após chegarem no intestino, migram por meio da parede intestinal atravessando o
peritônio e penetrando a cápsula hepática. As fascíolas jovens escavam túneis por seis
a oito semanas e alcançam os pequenos ductos biliares se locomovendo para os ductos
maiores e vesícula biliar, tornando-se maduras para a reprodução.
 Clonorchis sinensis
Produzem esporocistos, rédias e cercárias.!!!!
Desenvolvimento no intestino de seus hospedeiros definitivos!!!

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