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Pensando sobre este tema e verificando o cladograma abaixo, temos os grupos dos platelminthes e
dos nematelmintos. O que fazem que com este grupos que compõe o que chamamos de HELMINTOS
(=”Vermes”) não tenham uma mesma linha de evolução?

Os helmintos, popularmente conhecidos como vermes, são espécies metazoários que tem a
possibilidade de vida livre ou parasitária e são dividindos em dois filos: Platelmintos (vermes achatados) e
Nematelmintos (vermes cilíndricos).

Platelmintos (vermes achatados) Nematelmintos (vermes cilíndricos)

Fonte: CARLI (2007)

Sobre o seu ciclo evolutivo, pode-se afirmar que possuem um ciclo direto de evolução, que leva em
consideração o período de desenvolvimento no hospedeiro. inicia-se com a liberação dos ovos nas pastagens, por
meio das fezes, e posterior liberação das larvas que se desenvolvem até o estágio infectante em condições ideais
com o temperatura entre 18 a 26°C e umidade entre 80 a 100%.

É importante destacar, que esse processo evolutivo, varia muito de animal para animal e podemos separar
em dois extremos, como mostra o quadro abaixo:

EXTREMO 1 EXTREMO 2

animais que desenvolvem sólida resposta animais podem morrer em consequência da


imunológica, capaz de limitar a carga parasitária a anemia severa que ocorre em infecção pesada
apenas alguns poucos parasitas
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Apesar de cada espécie apresentar especificidades ímpares sobre seu ciclo evolutivo, é importante destacar
que de forma geral, ele ocorre do seguinte modo, como mostra o mapa mental

os parasitas adultos vivem no trato digestório dos animais, onde realizam a postura de grande quantidade de
ovos, que são eliminados para o ambiente com as fezes. Desses ovos eclodem larvas de primeiro estágio (L1), que,
após um período de desenvolvimento, mudam de cutícula e dão origem a larvas de segundo estágio (L2), as quais,
por sua vez, dão origem às larvas infectantes de terceiro estágio (L3), isto é, aptas a parasitar um novo hospedeiro.
Os ovinos, ao pastejar, ingerirão a vegetação contaminada pelas larvas infectantes, que retomam o desenvolvimento
no aparelho digestivo do ruminante, sofrem mudas e dão origem a fêmeas e machos adultos, os quais darão
sequência ao ciclo evolutivo do parasita. No caso de algumas espécies de nematódeos, a larva infectante permanece
no interior do ovo, e a eclosão só ocorre após a ingestão deste. Portanto, existem duas fases distintas na vida do
parasita, uma fase de vida livre e outra de vida parasitária. Fase de vida livre dos nematódeos da família
Trichostrongylidae O desenvolvimento e a sobrevivência dos estágios de vida livre dos nematódeos no ambiente
constituem elementos cruciais para a transmissão dos parasitas. Em relação à população dos estágios de vida livre,
três aspectos são relevantes: (1) desenvolvimento dos ovos até larva infectante de terceiro estágio; (2) migração das
larvas infectantes das fezes para a pastagem e (3) sobrevivência das larvas infectantes no ambiente.
Desenvolvimento dos ovos até larvas infectantes de terceiro estágio Os ovos são eliminados nas fezes em estágio de
mórula e se desenvolvem com o decorrer do tempo, com a formação de uma larva de primeiro estágio (L1) (Figura
18). A L1 eclode do ovo, se alimenta de matéria orgânica e microrganismos presentes nas próprias fezes e realiza
uma mudança de cutícula, dando origem à larva de segundo estágio (L2), que continua se alimentando e se
desenvolvendo até dar origem a uma larva infectante de terceiro estágio. Essa larva retém a cutícula do segundo
estágio e, por essa razão, apresenta dupla cutícula: a nova que se formou e a externa, que a acompanha desde o
segundo estágio (Figura 19). As larvas infectantes não se alimentam mais no ambiente, e sobrevivem com as
reservas que acumularam nas células intestinais durante os estágios de L1 e L2. No ambiente, o desenvolvimento
dos estágios de vida livre [ Durante esse processo, é indispensável que as fezes se mantenham úmidas, pois, em caso
de dessecação, as L1 e L2 não sobrevivem. Solo úmido, chuvas frequentes e a sombra da vegetação favorecem a
manutenção da umidade das fezes e, por consequência, o desenvolvimento das larvas.

AMATO NETO, Vicente et al. Parasitologia: uma abordagem clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 456 p.

CARLI, Geraldo Atílio de. Parasitologia clínica: seleção de métodos e técnicas de laboratório para diagnóstico de
parasitoses humanas. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 944 p.
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NEVES, David Pereira et al. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 494 p.

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