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Unidade 1 parte 2
1. Culicídeos (mosquitos)
DIAPAUSA
Sobrevivência dos ovos durante a seca
Viabiliza o desenvolvimento de criadouros após as primeiras chuvas
DESENVOLVIMENTO
Em contato com a agua, as larvas eclodem dos ovos e iniciam seu
desenvolvimento em 4 etapas (larva 1 larva 4)
Elas se movimentam bastante para buscar alimento e respirar
Elas se desenvolvem em 4 estágios até se tornarem pupa
No estágio de pupa elas não se alimentam e ficam na superfície da agua para
obter oxigênio
O ciclo aquático dura de 10 a 15 dias e em temperaturas elevadas (30C)
sobrevivem por aproximadamente 7 dias
Os adultos emergem a partir das pupas e em pouco tempo, iniciam o voo
As fêmeas sobrevivem entre 2 a 3 semanas em zonas tropicas e 1 mês em zonas
temperadas e os machos, 1 semana
Em áreas com temperaturas medias anuais mais elevadas, o ciclo completo de
vida do Aedes aegypti dura 25 dias para fêmeas e 15 para machos
Os ovos da A. aegypti são depositados nas paredes internas dos recipientes com
agua, acima da linha da agua
Os ovos podem sobreviver no recipiente em ambientes secos por mais de 6
meses
As fêmeas A. aegypti precisam de apenas pouca quantidade de agua para
depositar seus ovos em reservatórios como copos, fontes, pneus, tambores, vasos
etc.
Esse vetor prefere se reproduzir em reservatório de agua limpas em agua
poluídas há uma baixa viabilidade larval
FÊMEAS
Somente as fêmeas são hematófagas, e o sangue é essencial para a produção de
ovos
Elas detectam sua fonte de alimento pela presença de CO2, umidade, ácido
lático e sinais visuais
As fêmeas picam pessoas e animais domésticos
Os adultos preferem locais pouco iluminados, com umidade elevada e sem muita
movimentação de ar
O A. aegypti é mais ativo de dia para buscar sua fonte de alimento, mesmo
quando o hospedeiro já está acordado
2. Flebotomíneos
CICLO DE VIDA
Após serem fertilizadas pelos machos, as fêmeas colocam os ovos em ambientes
terrestres úmidos, tais como solo, serapilheira, buracos em arvores e tocas de animais
O desenvolvimento embrionário dura de 6 a 9 dias, quando as larvas eclodem dos ovos
se desenvolvem entre 14 e 19 dias (larva 1 a larva 4) se alimentam de matéria orgânica
do solo
Os criadouros são difíceis de ser encontrados devido ao pequeno tamanho da larva e
seus movimentos lentos e grande variedade de sitio com matéria orgânica
A larva 4 sofre uma muda e passa para o para o estádio de pupa que permanece nos
criadouros por mais 8-9 dias
As pupas não se alimentam e desenvolvem a genitália e cabeça para fase adulta
O ciclo total dura entre 26 a 37 dias
ALIMENTO
Macho e fêmea necessitam de açucares provenientes da seiva vegetal e secreção
açucarada de outros insetos
Somente as fêmeas são hematófagas e utilizam o sangue para desenvolvimento
ovariano (o número de ovos produzidos é proporcional a quantidade de sangue
ingerida)
O período de maior quantidade hematófaga é a noite
A atração da fêmea ao hospedeiro é dependente de temperatura e odores
corporais
O L. longipalpis é uma espécie generalista, alimentam-se em vários animais
domésticos e no homem e esse comportamento tem importância na trasmissao
zoonótica da leishimaniose
A alimentação dura entre 1 a 5 minutos
A espécie L. longipalpis realizam vários repastos sanguíneos antes da maturação
e da postura de ovos
Pode haver variação nos hábitos alimentares ondem podem realizar repasto em
vertebrados ou em diversas espécies
L. longipalpis e Nyssomyia whitmani alimentam-se frequentemente em galinhas
3. Triatomíneos
CICLO DE VIDA
Ciclo de vida diferente dos demais inclui apenas ovo, ninfa e adulto por esse
motivo chamados de hemimetábolo
A copula ocorre em 5 a 30 minutos quando o macho acopla sua genitália na
fêmea e transfere seu espermatozoide
As fêmeas fertilizadas colocam ovos após 10 a 30 dias
Após a eclosão dos ovos, os triatomíneos passam por 5 estágios de ninfa, que
diferem no tamanho e no desenvolvimento do botão alar (primórdio de asa)
Os primeiros estágios (ninfa 1 a ninfa 3) são pequenos e difíceis de serem
capturados no ambiente
As ninfas 4 e 5 apresentam maior tamanho
Durante a mudança para fase adulta, há o desenvolvimento das asas e a genitália
fica completamente formada
O ciclo de vida varia de 3 meses a 2 anos dependendo variação alimentar e do
ambiente
Podem resistir a alguns meses em jejum, principalmente as ninfas no 5 estagio,
essa característica biológica é importante para a manutenção das colônias em
condições desfavoráveis
ALIMENTAÇÃO
Para os triatomíneos a alimentação sanguínea é fundamental para o
desenvolvimento das ninfas e dos adultos e, geralmente ocorre a noite
Sugam grandes quantidades de sangue, algumas ninfas sugam até 10 vezes o seu
próprio peso
Uma a duas alimentações são suficientes para que ocorra a muda ou a troca do
exoesqueleto e o desenvolvimento ninfal
A picada é indolor e não é percebida pelo hospedeiro
As salivas dos triatomíneos contem anticoagulantes e anestésicos que inibem
reações cutâneas que poderiam indicar a presença do inseto
Durante e logo após a sucção sanguínea (dura aprox. 15 minutos), eles defecam
e urinam, um comportamento fundamental para a transmissão do T. cruzi
ANTENAS
As antenas possuem receptores de estímulos mecânicos, olfativos, térmicos e
hídricos, os quais são percebidos para detecção dos hospedeiros
A presença de CO2, ácido lático, amônia e temperatura elevada são estímulos
para esses insetos
HABITAÇÃO
Estímulos como luz artificial em habitações humanas a noite, esses insetos
quando domiciliados evitam ambientes muito iluminados
Casas de pau-a-pique são ambientes favoráveis para o desenvolvimento de
colônias por apresentarem rachaduras nas paredes, locais escuros, úmidos,
quentes e com várias fontes alimentares (humanos e animais domésticos)
Nessas condições a quantidade desses insetos é elevada, podendo ser de 11 mil
indivíduos