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Anófeles

Life cycle of the mosquito vector


Now you will learn about the life cycle of the vector of the malaria parasite, the mosquito.
Mosquitoes have four different stages in their life cycle: the egg, larva, pupa and adult (see
Figure 5.6). The first three stages are immature and are found in water collections. The adult is
a flying insect. The time taken for the different stages to develop depends on temperature and
nutritional factors in their environment. Development takes a shorter time at higher
temperatures.

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Figure 5.6  Life cycle of the malaria vector mosquitoes ( Anopheles species). (WHO,
1997, Vector Control Methods for Use by Individuals and  Communities)
Culex
Introdução

O gênero Culex engloba mais de 300 espécies, sendo que a maioria


habita as regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil, é
conhecido popularmente como “pernilongo” ou “muriçoca”.

Biologia do parasito

A ovipostura é realizada em recipientes que contenham água limpa


ou poluída, dentro ou fora das casas. Os ovos são depositados sobre a
água de maneira aglutinada, de modo a formar uma minúscula jangada.
De dois a quatro dias após a ovipostura, há a eclosão. A larva apresenta
sifão respiratório e se mantém oblíqua à superfície da água. O
desenvolvimento larval pode durar de dez a 20 dias. Após esse período
surge a pupa, que dentro de um a três dias dá origem ao inseto adulto.
O Culex é um mosquito pequeno que tem cor de palha. Suas asas não têm
manchas e o seu dorso é pardo-escuro com escamas amarelas. As fêmeas
são hematófagas e há muitas espécies antropofílicas. Elas permanecem
em repouso durante o dia e começam sua atividade ao crepúsculo.
Durante o pouso, o inseto mantém o corpo paralelo à superfície, e a
cabeça em ângulo reto. Apresenta várias espécies que buscam casas como
local de abrigo habitual, como o Culex quinquefasciatus. Ele possui
grande capacidade de vôo, podendo percorrer vários quilômetros de
distância.

Importância e prevenção

Durante a hematofagia o inseto causa desconforto, insônia e até


irritabilidade, principalmente quando o número de insetos é grande. A
picada também pode provocar reações alérgicas oriundas de proteínas e
peptídeos presentes na saliva do inseto. Os mosquitos deste gênero podem
inocular agentes de importantes doenças infecto-
parasitárias como Wuchereria bancrofi, que causa a filaríase linfática,
também conhecida como elefantíase. Também estão envolvidas na
transmissão de arboviroses como as encefalites virais e a Febre do Oeste
do Nilo. Logo, a prevenção ou a eliminação dessa doença está relacionada
ao controle do vetor e ao tratamento dos doentes. Assim, é necessário
controlar o mosquito com o uso de telas nas portas e janelas,
mosquiteiros, inseticidas e repelentes. Qualquer dessas medidas de
controle deve ser realizada criteriosamente, para evitar intoxicação
humana pelos inseticidas. Outras medidas importantes e de impacto
coletivo são o saneamento urbano e a drenagem de banhados. Essas
medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas
doenças vetoria das pelos mesmos em áreas de maior concentração
humana.

Culex spp. - Larva. Notar sifão respiratório (seta).


Morfologia

O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos
tarsais e um desenho em forma de lira no mesonoto. Nos espécimes mais velhos,
o “desenho da lira pode desaparecer, mas dois tufos de escamas branco-prateadas
no clípeo, escamas claras nos tarsos e palpos permitem a identificação da
espécie. O macho se distingue essencialmente da fêmea por possuir
antenas plumosas e palpos mais longos.

Esquematização do Macho de A. aegypti


Esquematização da fêmea de A. aegypti

Tórax

Mesonoto recoberto de escamas escuras e escamas brancas prateadas, dispostas


em linhas longitudinais formando o desenho classicamente comparado a uma “lira”.
As faixas externas são constituídas por escamas largas e as “cordas” são formadas
por um par de linhas finas e as escamas branco-prateadas são mais estreitas. As
pernas são escuras com 29 manchas claras nas articulações; os artículos tarsais
possuem anéis claros na extremidade basal, maiores nos tarsos posteriores
principalmente no 5º que pode ser totalmente branco, nos tarsos anteriores e
médios essa marcação é menor. A asa tem suas veias recobertas de escamas
escuras.

Abdômen

O abdômen tem os tergitos recobertos de escamas escuras e a partir do 2º


segmento existem faixas basais e basolaterais de escamas claras.

Aedes aegypti X Aedes albopictus


Referências: Funasa, Biologia dos Vetores, fevereiro 2011; Secretaria de Saúde do
Espírito Santo e Arthur Gruber, Dípteros: classificação e
importância Nematocera, Instituto de Ciências Biomédicas Universidade de São
Paulo e  Guia de Orientação para Treinamento de Técnicos de Laboratório de
Entomologia. 

Ciclo de Vida

Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo


de vida doAedes aegypti compreende quatro fases: ovo, larva (quatro estágios
larvários), pupa e adulto.

Ciclo de Vida do Aedes aegypti


Ovo

Os ovos do Aedes aegypti medem, aproximadamente, 1mm de comprimento e


contorno alongado e fusiforme (Forattini,1962). São depositados pela fêmea,
individualmente, nas paredes internas dos depósitos que servem como criadouros,
próximos à superfície da água. No momento da postura os ovos são brancos, mas,
rapidamente, adquirem a cor negra brilhante.
A fecundação se dá durante a postura e o desenvolvimento do embrião se
completa em 48 horas, em condições favoráveis de umidade e temperatura. Uma
vez completado o desenvolvimento embrionário, os ovos são capazes de resistir a
longos períodos de dessecação, que podem prolongar-se por mais de um ano. Foi
já observada  eclosão de ovos com até 450 dias, quando colocados em contato com
a água. A capacidade de resistência dos ovos de Aedes aegypti à dessecação é um
sério obstáculo para sua erradicação. Esta condição permite que os ovos sejam
transportados a grandes distâncias, em recipientes secos, tornando-se assim o
principal meio de dispersão do inseto (dispersão passiva).

Larva

As larvas vivem na água se alimentando e vindo à superfície para respirar.


Mudam de tamanho 4 vezes (o que chamamos de estágios). A atividade alimentar é
intensa e rápida. Alimentam-se de algas e partículas orgânicas dissolvidas na água.
Não resistem a longos períodos sem alimentação. Não toleram águas poluídas e luz
intensa. A larva é composta de cabeça tórax e abdômen. No final do
abdômen encontra-se o segmento anal e o sifão respiratório. O sifão é curto,
grosso (quando comparado aos mosquitos do gênero Culex) e mais escuro que o
corpo. Para respirar, a larva vem à superfície, onde fica em posição quase vertical.
Movimenta-se em forma de serpente, fazendo um “S” em seu deslocamento.
Quando há movimentos bruscos na água e sob feixe de luz desloca-se com rapidez
para o fundo do depósito demorando a retornar à superfície. Após o 4º estádio as
larvas se transformam em pupas (3 a 4 dias).
Pupa

As pupas não se alimentam. É nesta fase que ocorre a metamorfose do


estágio larval para o adulto. Quando inativas se mantêm na superfície da água,
flutuando, o que facilita a emergência do inseto adulto. O estado pupal dura,
geralmente, de dois a três dias. A pupa é dividida em cefalotórax e abdômen. A
cabeça e o tórax são unidos, constituindo a porção chamada cefalotórax, o que dá à
pupa, vista de lado, a aparência de uma vírgula. A pupa tem um par de tubos
respiratórios ou “trompetas, que  atravessam a água e permitem a respiração.
Referências: Funasa, Biologia dos Vetores, fevereiro 2011 e Secretaria de Saúde
do Espírito Santo.

Taxonomia

O Aedes aegypti (Linnaeus,1762) pertence ao RAMO Arthropoda (pés


articulados),CLASSE Insecta (três pares de patas), ORDEM Diptera (um par de
asas anterior funcional e um par posterior transformado em
halteres), FAMÍLIA Culicidae, GÊNERO Aedes.
Características da Família Culicidae 
Na família Culicidae há numerosas espécies de mosquitos (culicideos) que
desempenham importante papel como vetores de parasitos de malária, de
filarioses, de vírus da febre amarela, dengue, que acometem o homem em várias
regiões do mundo. Os mosquitos são insetos dípteros conhecidos também como
pernilongos, muriçocas ou carapanâs. Os adultos são alados, possuem pernas e
antenas longas e na grande maioria são hematófagos, enquanto as fases imaturas
são aquáticas. Seu ciclo biológico compreende as seguintes fases: ovo, quatro
estágios larvais pupa e adulto. Esta família inclui muitas espécies de mosquitos de
importância médica como as dos gêneros Aedes, Anopheles e Culex.

Numerosas espécies de mosquitos com hábitos de sugar o sangue do


homem e de outros animais incluem-se no rol de insetos de importância
epidemiológica. O hematofagia é precedida da inoculação de saliva com substâncias
que desencadeiam reações alérgicas. É por ocasião das picadas que as fêmeas
atuam como transmissoras de organismos patogênicos, que determinam várias
enfermidades no homem e em outros animais. A família Culicidae engloba três
subfamílias: Toxorhynchitinae, Anophelinae e Culicinae.

Subfamília Culicinae
É a maior subfamília, cerca de 3000 espécies distribuídas pelo mundo. Esta
subfamília inclui muitas espécies de importância médica, em especial, as dos
gêneros Aedes, Coquillettidia, Culex, Haemagogus, Mansonia, 20 Psorophora e
Sabethes.

Doenças

O Aedes aegypti é o transmissor de duas doenças causadas pelo vírus


conhecido como “Arbovírus”: dengue e febre amarela.

Dengue

Trata-se da doença humana mais prevalente causada por arbovírus, e é


encontrada em regiões tropicais e subtropicais de grande parte do mundo.
Felizmente, não está associada a uma taxa de mortalidade significativa. As
manifestações clínicas consistem em início súbito de febre, cefaleia (dor de cabeça),
dor nos globos oculares e dor lombar, frequentemente seguida de erupção cutânea
generalizada. O período de incubação pode atingir 7 dias.

Existem quatro sorotipos do vírus da dengue, podendo-se verificar a


presença de qualquer combinação desses sorotipos em determinada população.
Apesar de a infecção pelo vírus do dengue resultar em imunidade protetora contra
o sorotipo infectante, existe uma reatividade cruzada apenas parcial com outros
sorotipos. Com efeito, os anticorpos produzidos contra determinado sorotipo podem
não apenas falhar na neutralização de outro sorotipo viral como podem também
intensificar a infecção ao proporcionarem um meio eficiente de captação do vírus
por células fagocíticas permissivas (isto é, através de opsonização). Esta é a
situação denominada intensificação imune. Na intensificação imune, o anticorpo
não neutralizante liga-se a um vírus e forma um imunocomplexo infeccioso que
penetra facilmente em macrófagos. O resultado da intensificação imune é o
aumento da carga viral. Nos estágios iniciais da doença pode ocorrer a
intensificação com complicações hemorrágicas, dengue hemorrágica. Indivíduos
com imunidade parcial devido a infecção anterior pelo vírus do dengue ou os
recém-nascidos com anticorpos maternos correm risco de apresentar essas
complicações graves.

O controle da doença é obtido através do controle do vetor, o


mosquito Aedes aegypti,pois ainda não há uma vacina específica.
Manchas pelo corpo: um dos sintomas da dengue

Febre Amarela

A doença por arbovírus de maior importância histórica é a febre amarela.


Causou epidemias alarmantes e extensas na África e nas Américas. A despeito da
presença de vetores e hospedeiros apropriados, a febre amarela nunca se instalou
na Ásia. No Brasil, não ocorre transmissão da febre amarela em cidades desde
1942, mas a possibilidade da transmissão em áreas urbanas existe desde a
reintrodução do Aedes aegypti no país.

A febre amarela continua sendo uma doença grave em grande parte da


África Ocidental e nas Américas, onde o mosquito vetor ainda não foi erradicado.
Os macacos permanecem assintomáticos após a infecção, por isso constituem
reservatórios do vírus em muitos países, inclusive o Brasil.

Os sintomas da febra amarela nos seres humanos variam desde a sua


ausência até vários deles, incluindo febre alta, calafrios, cefaleia, mialgia e vômitos.
A doença é fatal em 50% dos casos. Em alguns pacientes, a melhora dos sintomas
é acompanhada de icterícia, complicações hemorrágicas e insuficiência renal.

O controle da doença é obtido através de vacinas e controle do vetor, o


mosquito Aedes aegypti.

Um pouco sobre o causador das


doenças: o Arbovírus
Os arbovírus formam um grande grupo de vírus que compartilham duas
características: a sua transmissão por vetores artrópodes e o seu genoma RNA.
Mais de 100 membros diferentes infectam os seres humanos. Muitos desses vírus
provocam encefalite, enquanto outros produzemfebre amarela ou dengue
– doenças caracterizadas por hemorragias internas, dores articular e muscular
intensa e erupções cutâneas. Com frequência, os arbovírus recebem a sua
denominação de acordo com a doença ou o local geográfico onde foram isolados
pela primeira vez (por exemplo, vírus LaCrosse, vírus da floresta de Semliki, vírus
da febre do Vale Rift, encefalite equina venezuelana, vírus da febre do oeste do Nilo
etc.). Trata-se de doenças de animais selvagens e domesticados, sendo seres
humanos infectados apenas acidentalmente. Os vetores incluem mosquitos,
carrapatos e moscas. 

Foto de microscopia eletrônica do arbovírus

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