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Faculdade de Veterinária – FAVET

Curso: Medicina Veterinária


ROTEIRO DE AULA - DOENÇAS PARASITÁRIAS VETERINÁRIAS FV 313
Atenção! É proibida a reprodução deste roteiro para quaisquer fins que não sejam objetivos da disciplina de
Doenças Parasitárias Veterinárias
Equipe:

AULA PRÁTICA Data: 20/11/20


Testes parasitológicos para diagnóstico da dirofilariose canina
1. Técnica: KNOTT modificado.
1
Objetivo: concentrar microfilárias no sangue pesquisado (NEWTON & WRIGTH, 1956).

1. Colher 2 mL de sangue em tubo vacutainer com EDTA, homogeneizar e guardar sob refrigeração até
o momento da execução do exame. Anotar, todos os dados epidemiológicos* e clínicos relativos ao
animal.
2. Para realizar o teste:
a. colocar 1mL do sangue no tubo de ensaio, completar para 5 mL de água (para promover a lise
hemácias e remover a hemoglobina, proporcionando melhor visibilidade do campo);
b. girar o frasco levemente com o fim de homogeneizar o sangue (repetir 2 ou 3 vezes) antes de
centrifugar a amostra;
c. centrifugar as amostras em 3000 g durante 10 minutos;
d. desprezar o sobrenadante (verter o tubo uniformemente e derramar o líquido na pia) e deixar no
tubo somente o precipitado;
e. colocar em seguida uma gota do precipitado sobre uma lâmina e adicionar a ela uma gota de azul
de metileno depois cobrir com lamínula;
f. levar a lâmina (corada) ao M.O, usando objetiva de X4 para focar o campo e de X10, para procurar
as larvas de D. immitis de acordo com as características morfológicas abaixo.

1. Extremidade anterior: levemente arredondada.


2. Extremidade posterior: gradualmente afilada (cauda
2 retilínea).
*histórico do animal (idade, sexo, residência anterior, sinais
clínicos, comportamento, ocupação (guarda/companhia),
doenças intercorrentes/anteriores).

Animal Amostrado Dados Achados laboratoriais


Sexo
Idade
Dados clínicos
Usos de medicação
Suspeita clínica

Resultado do teste Knott

ANOTAÇÕES:
Faculdade de Veterinária – FAVET
Curso: Medicina Veterinária
ROTEIRO DE AULA - DOENÇAS PARASITÁRIAS VETERINÁRIAS FV 313
Atenção! É proibida a reprodução deste roteiro para quaisquer fins que não sejam objetivos da disciplina de
Doenças Parasitárias Veterinárias

2. Teste imunocromatográfico.
Objetivo: detectar antígenos de D. immitis no sangue pesquisado.

Devido à ocorrência de casos amicrofilarêmicos de dirofilariose, ou seja, infestações em que há ausência


de microfilárias no sangue periférico encontram-se disponíveis diversos testes imunológicos tanto para
detecção de anticorpos, quanto para a detecção de antígenos de D. immitis. Os
testes que detectam a presença de anticorpos, não são considerados muito úteis Snap test
para o diagnóstico da dirofilariose por apresentarem grande número de reações
falso-positivas e falso-negativas. Já os testes que detectam antígenos secretados por
fêmeas adultas, como a imunocromatografia, são mais sensíveis e específicos, por
isso são mais confiáveis e úteis.
Esses testes podem ter interferência das drogas de uso preventivo, por isso há
diferentes recomendações da American Heartworm Society em cada caso. Animais
que foram vermifugados com lactonas macrocíclicas, tais como milbemicina e
ivermectina, devem ser testados com esses detectam antígenos, pois tais
medicamentos possuem efeito microfilaricida e ainda interferem na produção das
microfilárias. Já os cães que receberam tratamento preventivo com
dietilcarbamazina, podem ser avaliados com testes para microfilárias (Knott), a fim
de se diagnosticar casos microfilária-positivos e testes de antígenos na suspeita de
casos microfilária-negativos. Geralmente, após a primeira dose de um preventivo, pode-se testar o cão 6
a 12 meses depois e então com intervalos determinados a critério do médico veterinário responsável.
Quanto aos testes de antígenos comerciais, recomenda-se que cada kit seja testado previamente com
amostras sabidamente positivas e negativas, além dos controles que acompanham o próprio kit,
também deve se ter cuidado ao pipetar as amostras e respeitar as temperaturas das reações indicadas
pelo fabricante. O uso do kit deve ser feito com os controles positivo e negativo fornecidos . Os
resultados devem ser interpretados levando-se em consideração a existência de falso-positivos e falso-
negativos, erros técnicos e a associação com os achados clínicos e laboratoriais. O avanço nos kits de
antígenos comercializados é tal, que já existem testes capazes de detectar apenas uma fêmea adulta por
hospedeiro, no entanto, ainda resta 1% de resultados falso-negativos, visto que há casos de portadores
de dirofilariose em que simplesmente não ocorre antigenemia (persistência do antígeno no
sangue). Quando se fizer uso de um teste sorológico com o objetivo de avaliar a eficácia do tratamento,
este deve ser feito cerca de 12 semanas após o término do tratamento contra os vermes adultos.
Porém, deve-se levar em conta que os testes podem não conseguir detectar infestações com poucos
adultos ou sem antígenos circulantes. O mesmo motivo pelo qual a sensibilidade destes testes é menor
em gatos, visto que estes tendem a se infestar com menor número de dirofilárias.

Diagnóstico Molecular
Recentemente, o uso de técnicas moleculares utilizando a reação em cadeia de polimerase (PCR), foi
proposto como método espécie-específico de diagnóstico da dirofilariose canina. As técnicas
moleculares são em geral significativamente mais específicas e sensíveis que as demais técnicas
diagnósticas, especialmente quando se compara à detecção direta em amostras de sangue. Técnicas
recentes de nested-PCR podem diferenciar não somente D. immitis, mas também agentes das filarioses
humanas, por isso são muito úteis.

Prognóstico
O prognóstico varia com o número de adultos presentes na infestação, sendo que pode ser grave
quando o animal desenvolve a síndrome da veia cava, podendo morrer em poucos dias.

Compilado de http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/35434/testes-sorologicos-dirofilariose-dirofilaria-
immitis#ixzz3scoLA2q4

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