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Resumo feito por Luisa Monaco - @__luisamonaco

Introdução Morfologia:
Toxocara canis. → Tamanho – grandes, até 10cm.
Toxocara cati. → Adultos – extremidade anterior
com abertura rodeada por 3 lábios.
Ancylostoma caninum, A. braziliense, A. → Fêmeas – cauda afilada com 1
tubaeforme. espiculo e pode apresentar asa
Zoonose: caudal.
→ Ovos – arredondados
→ Ingestão de ovos embrionados.
(subglobulares), embrionados, casca
→ Ingestão de carne crua ou grossa e irregulares.
malcozida – estudos recentes o Podem ser viáveis por até 3
acharam presença dos ovos. anos.
→ Crianças brincando em areias de → Não possuem dentes.
locais públicos.
→ Cada espécie possui um tipo de
→ Larvas eclodem no ID. formato da asa cervical.
o Migram para tecidos de
forma somática – fígado, Ciclo biológico:
coração, pulmões, cérebro, → Fêmeas ovivíparas.
musculo e olhos. → Monoxênicos direto.
→ Em humanos – larva migrans → Migratório ou não migratório.
visceral ou ocular. 1. Adultos localizados fixados no
epitélio do intestino delgado
realizam fecundação e reprodução.
Toxocariose 2. Os ovos são liberados pelas fezes
Agente etiológico – Toxocara canis, T. já embrionados no ambiente.
cati e Toxascaris leonina. 3. No ambiente, evoluem de L1 para
L2 até que o HD ingira L2.
HD (respectivamente) – caninos, felinos,
4. Quando o ovo chega no intestino
caninos e felinos.
delgado, a L2 sai de dentro do ovo
Localização – intestino delgado. e ela fica no intestino podendo ter
Se alimentam de exsudato proteico. 2 destinos.
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5. Ciclo não migratório: L2 se fixa no Ciclo migratório – filhotes de até 6 meses
epitélio, atinge as microvilosidades que não possuem o sistema imunológico
intestinais ganhando a circulação bem desenvolvido.
sanguínea.
Ciclo não migratório – acomete adultos
a. Tem acesso ao sistema
com bom sistema imunológico.
porta-hepático, vai para o
parênquima hepático onde
vira L3.
Particularidades do ciclo biológico:
b. Sai do fígado e retorna a
circulação sanguínea rumo → Toxocara canis – transmissão
ao parênquima pulmonar, transmamária, transplacentária, via
onde vira L4. oral, migratório e não migratório.
c. Saindo do pulmão, sobe para o Ingestão de ovo contendo
a traqueia, onde o animal irá L2.
sentir a presença de algo, → Toxocara cati – transmissão
tosse e deglute L4. transmamária, via oral, migratório e
d. L4 passa para o estômago e não migratório.
retorna ao intestino, onde o Ingestão de ovo contendo
vira L5 e posteriormente L2.
adulta. → Toxascaris leonina – somente ciclo
6. Ciclo migratório: L2 fixada no não migratório, não ocorre
epitélio intestinal, consegue atingir migração hepato-traqueal,
as microvilosidades e entra na transmissão via oral com ovo L2
circulação sanguínea com destino ou através de HP.
ao tecido mamário se encistando.
a. Macho – permanece
Patogenia:
encistado lá para sempre. → L3 – pneumonia (filhotes), edema
b. Fêmeas gestantes – ação pulmonar e petéquias hemorrágicas.
hormonal e diminuição de → L5 e adultos – lesões mecânicas,
sistema imunológico faz com esfoliativas e tóxicas.
que o parasita se desenciste, → Lesões mecânicas.
capaz de migrar pela o Obstruem a luz do ID,
cirurlação e chegar no feto, causando retenção de gases
atravessando barreira e líquidos e alterações de
transplacentária ou pela via peristaltismo que podem
transmamária. gerar vólvulo e
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intussuscepções – distensão Diagnostico:
abdominal e dor difusa.
→ Clínico – sintomas respiratórios e
o Icterícia obstrutiva –
digestivo.
obstrução do ducto colédoco.
→ Epidemiológico – idade dos animais
o Perfuram as alças causando
e histórico de amamentação.
peritonite – febre.
o Destoem o epitélio, → Coproparasitologico de fezes –
diminuindo absorção de método Willis/Sheater.
nutrientes, aumentando → Necroscópico – lesões pulmonares
pressão osmótica intraluminal em recém-nascidos e lesões em
causando retenção de alças intestinais.
líquidos – diarreia. Tratamento e controle:
→ Lesões esfoliativas – disfunções
→ Fornece as medicações
nutricionais, como aminoácidos,
gradualmente para que eles
vitaminas, causando emagrecimento
morram e não ocorra obstruções.
e alteração de pelame.
→ Anti-helmínticos – piperazina,
→ Lesões tóxicas – convulsões.
mebendazol, fembendazol,
→ Filhotes – podem nascer com
nitroscanato.
disfunções pulmonares e morrer
→ Cães jovens devem ser tratados
de 1-3 dias após o parto.
com 2 semanas de idade e repetir
Sintomatologia: o tratamento 2 semanas após –
→ Leves a moderadas – aumento do tratar a cadela simultaneamente.
volume abdominal, diminuição do → Outro tratamento feito aos 2
crescimento, diarreia, vermes meses de idade – eliminando
adultos expelidos por vômito/fezes, infecções transmamárias.
pelos ásperos e sem brilho, anemia → Adultos tratados a cada 6 meses.
e emaciação. → Fembendazol em doses altas,
→ Maciças – tosse, taquipneia, diárias, 3 semanas antes do parto e
corrimento nasal sero-mucoso, 3 semanas após.
óbito de filhotes poucos dias após o → Manejo sanitário ambiental.
nascimento, sinais neurológicos e Larva migrans visceral:
gatos exibem 3° pálpebras devido
a desidratação. → Acomete os humanos – zoonose.
→ Infecção das larvas de Toxocara
canis no homem.
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→ Crianças que tiveram contato com Morfologia:
cães domésticos ou em locais
→ Possuem 1-2cm de comprimento.
contaminados com fezes de cães.
→ Normalmente permanecem em
→ Afetam principalmente o fígado,
posição de gancho.
mas também podem infectar olhos.
→ Cápsula bucal grande com dentes
→ Sintomas – cegueira, rinite
marginais.
granulomatosa.
o A. caninum e A. tubaeforme
→ Diagnostico – ELISA, sorologia,
– 3 pares.
eosinofilia, hepatomegalia.
o A. braziliense – 2 pares.
→ Não tem tratamento.
→ Machos possuem bolsa copuladora
→ Controle – tratar os cães, remover e 2 espículos.
as fezes de forma higiênica e
→ Ovos elípticos, casca dupla e fina,
restringir o acesso de cães a locais
morulados.
frequentados por crianças.
Ciclo biológico:
Epidemiologia:
→ Monoxênico, direto.
→ Infecção mais prevalente me cães
→ Migratório ou não.
e gatos com até 6 meses.
1. Adultos localizados no ID, realizam
→ Extensa distribuição da infecção e
reprodução e liberam os ovos
alta prevalência.
embrionados no ambiente.
→ Liberam toxinas vivos e mortos. 2. Se desenvolvem até L3 no
→ Fêmeas altamente fecundadas. ambiente – forma infectante.
→ Ovos resistentes as condições a. Via oral ou via cutânea.
ambientais adversas. 3. Ingestão L3 via oral – vai direto
para intestino delgado onde se
desenvolve até adulto novamente.
Anciclostomose 4. Via percutânea L3 – fica no tecido
Agente etiológico – Ancylostomose cutâneo, chega na circulação e vai
caninum, A. tubaeforme e A. braziliense. até os pulmões, sabe na traqueia,
animal deglute e volta para intestino.
HD (respectivamente) – cão e raposa,
5. A. caninum – transplacentária e
gato, cão e gato.
mamária.
Distribuição – regiões tropicais,
temperadas quentes e cães importados
de regiões endêmicas.
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Patogenia: → Diarreia que pode conter sangue e
muco.
→ Ancilostomose é mais frequente
→ Infecções crônicas – perda de
em cães com menos de 1 ano de
peso, alterações do pelame,
idade – sistema imunológico muito
hiporexia/depravação do apetite,
baixo.
pode ocorrer dispneia, lesões
→ Perda de sangue – início com 8
cutâneas e claudicação.
dias de infecção quando o verme
desenvolve para L5 e possui Diagnóstico:
cápsula bucal com dentes.
→ Clínico – histórico + sintomatologia
o Diarreia, melena.
clínica.
→ Anemia aguda – cada verme suga
→ Epidemiológico – moradia, tipo de
aproximadamente 0,1ml por dia.
manejo e áreas de terra/areia.
→ A. braziliense não é hematófago,
→ Parasitológico – corpoparasitológico
mas possui dentes e podem
(técnica Willis e Sheater).
lesionar parede causando
→ Necroscópico – presença dos
extravasamento intestinal de plasma
vermes no ID.
– hipoalbuminemia.
→ Exames complementares –
→ Anemia microcítica e hipocrômica
hematológico.
(regenerativa) – pode causar
deficiência de ferro.
→ Ulcerações na pele onde a L3 Cães jovens lactentes podem apresentar
penetra – porta de entrada para sintomatologia clínica grave antes que
infecções secundárias. sejam detectados ovos nas fezes.
→ Cães previamente sensibilizados
podem desenvolver reações Presença de alguns ovos de ancilóstomos
cutâneas – eczema úmido. nas fezes indica a infecção, mas não
o Reações dermoalérgicas e necessariamente que possíveis sinais
pododermatites. clínicos sejam devidos aos vermes
(condição de portador é comum).
Sintomatologia:
→ Anemia, lassidão, dispneia – larvas
nos pulmões ou efeitos anóxicos da Epidemiologia:
anemia. → Áreas endêmicas, doença é mais
→ Animais jovens frequentemente comum em cães com menos de 1
apresentam anemia grave. ano de idade.
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o Cães mais velhos, a Controle:
imunidade é despertada por
→ Terapia anti-helmintica regular a
infecções subclínicas
cada 3 meses + medidas de
sucessivas.
higiene.
→ Infecção transmamária pode
→ Cadelas prenhez – tratar durante a
desencadear a doença em filhotes
gestação.
lactentes criados em ambiente
→ Ninhadas lactantes – tratar com 1-2
descontaminado e amamentado
semanas de idade e repetir após 2
por uma cadela que pode ter sido
semanas.
tratada com um anti-helmíntico e
tem contagem de ovos negativa → Canis – não devem ter frestas,
nas fezes. cama trocada diariamente, piso
impermeável e limpo.
A mãe pode ter os vermes no tecido e o Em caso de surto, tratar
não ter nas fezes – gestação, hormônios áreas de terra com borato
ativam os vermes novamente. de sódio.
o Fatal para larvas, mas destrói
gramado.
→ Áreas com terra ou gramados que
oferecem umidade e proteção
Larva migrans cutânea:
contraluz solar são locais onde as → Síndrome causada pela penetração
larvas podem sobreviver por várias da larva do A. brasiliense na pele do
semanas. homem.
o Pode ocorrer em canis mal → Ponto de entrada da larva pode
higienizados. haver reação cutânea acentuada
Tratamento: com eritema e pápula,
principalmente em pessoas já
→ Mebenzadol, fembendazol, sensibilizadas.
diclorvos, nitroscanato – matam → L3 encaminha entre a derme e a
adultos e estágios larvais em epiderme 2-3cm por dia, formando
desenvolvimento no intestino. uma linha vermelha no seu trajeto.
→ Ferro via parenteral + dieta rica em → Solo contaminado com larvas A.
proteínas – casos mais graves. braziliense é a via de transmissão
→ Animais jovens necessitam de da doença.
transfusão de sangue. o Praia – áreas distantes do
mar, pois o sal é deletério
para as larvas.

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