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Nematóides de Strongyloides stercoralis

● ESTRONGILOIDÍASE
transmissão cutânea ● Geohelminto
● “strongylos” = arredondado ou esférico
● Pode infectar homem, cães, gatos e
Ancylostoma duodenale macacos
(caderno) ● Habitat: intestino delgado (duodeno e
jejuno)
● Strongyloides fuelleborni parasita
Necator americanus
macacos e humanos.
(caderno)
● Distribuição mundial exceto na Antártida
● Crianças são mais vulneráveis
Larva Migrans cutânea
ESTRONGILOIDÍASE
● BICHO GEOGRÁFICO ➔ doença tropical negligenciada
● Ancylostoma braziliense ➔ prevalência em regiões tropicais e
● Ancylostoma caninum subtropicais
● COSMOPOLITA: maior frequência em ➔ Facilidade de transmissão do parasita
regiões tropicais e subtropicais ➔ Morbidade e mortalidade x
imunossuprimidos – pode evoluir ao óbito
CICLO BIOLÓGICO ➔ Possibilidade de autoinfecção interna

1- Ovos saem nas fezes de gatos ou cães Formas evolutivas


2- Viram larvas rabditóides
3- Larva rabditóide se desenvolve em larva L3
filarióide
4- Larva L3 penetra na pele, mas não entra
completamente

Sintomas
➔ Eritema e prurido
➔ Lesão eritemato papulosa: evolui a lesão
com aspecto vesicular - pés, mãos,
nádegas, pernas, antebraço
➔ Comprometimento pulmonar (alguns
casos - REINFECÇÃO E REAÇÕES
ALÉRGICAS): Síndrome de Loeffler
comprometimento
pulmonar indireto (machucado cutâneo, em
hipersensíveis libera eosinófilos que bloqueiam
os brônquios)

Diagnóstico: história clínica e exame clínico A - Fêmea de vida livre


B - Macho de vida livre
Tratamento C - Ovo
● Pode ser dispensado D - Larva rabditóide
● Associação com anti-histamínico e E - Larva filarióide (infectante)
esteróides tópicos. F - Fêmea parasita (partenogenética)

a. boca; b. esôfago; c. anel nervoso; d. poro


excretor; e. intestino; f. ovário; g. útero;
h. vulva; i. ânus.
➔ Fêmea partenogenética (3n) (forma que Reprodução ASSEXUADA:
vive no hospedeiro - parasitária)
◆ Corpo cilíndrico coberto por - A fêmea partenogenética põe os ovos n,
cutícula fina transparente e 2n e 3n.
estriada. Ovo n: origina Larva L1 (n), que muda para L2
◆ Boca com 3 lábios e esôfago longo (n), que muda para L3 (n).
do tipo filarióide Ovo 2n: origina Larva L1 (2n), que muda para L2
◆ Aparelho digestivo simples; (2n), que muda para L3 (2n).
◆ Sem receptáculo seminal. Ovo 3n: origina Larva L1 (3n), que muda para L2
◆ Ovovivípara (3n), que muda para L3 (3n).
Habitat: parede do intestino delgado (duodeno e ➔ L3 (n) é macho
jejuno). Formas graves: porção pilórica do ➔ L3 (2n) é fêmea de vida livre
estômago até o intestino grosso. ➔ L3 (3n) é fêmea partenogenética

➔ Fêmea de vida livre (2n) Reprodução SEXUADA:


◆ Corpo recoberto com cutícula fina,
transparente e estriada; ➔ Macho (n) e fêmea (2n) de vida livre
◆ Boca com 3 lábios e esôfago curto reproduzem ovo (3n).
do tipo rabditóide (dividido em 3 ➔ Origina Larva L1 (3n), que sofre muda
porções: corpo, istmo e bulbo). para L2 (3n), que muda para L3 (3n).
◆ Com receptáculo seminal; ➔ L3 (3n) é fêmea partenogenética
◆ Porção posterior afilada;

➔ Macho de vida livre (n) CICLO BIOLÓGICO - Strongyloides stercoralis


◆ Boca com 3 lábios e esôfago curto
do tipo rabditóide;
◆ Cauda posterior recurvada
ventralmente.
◆ Dois espículos pequenos e
gubernáculo.

➔ Ovos
◆ Elípticos de parede fina,
semelhante aos de
ancilostomídeos;
◆ n, 2n e 3n

➔ Larvas rabditóides (L1 e L2)


◆ Esôfago tipo rabditóide e vestibulo
bucal curto;
◆ Presença de primórdio genital;
➔ Ciclo direto (4 semanas), Indireto ou
◆ Encontrada nas fezes;
Autoinfecção.
◆ Forma disseminada: encontradas
no escarro, bile, urina, líquidos
A larva infectante filarióide L3 (3n) penetra na
duodenal e pleural e líquor.
pele e chega até os capilares alveolares.
Dirige-se até a glote, ultrapassando bronquíolos,
➔ Larvas filarióides (L3)
brônquios e traqueia. Depois é deglutida e atinge
◆ Esôfago do tipo filarióide;
o trato gastrointestinal.
◆ Cauda entalhada;
A larva L1 é liberada da fêmea partenogenética
◆ L3: ambiente;
que está parasitando. As transformações dessa
◆ L3a autoinfectante.
larva podem seguir 3 caminhos:
1) transformam-se em larvas filarióides
infectantes no solo
2) originam vermes adultos de vida livre ➔ Autoinfecção interna: penetração ativa
3) produzem formas filarióides infectantes de larvas L3 na mucosa intestinal (íleo ou
no próprio intestino ou à margem do anus cólon).
(autoinfecção)
Formas graves: constipação intestinal; baixa
CICLO DIRETO imunidade: uso de imunossupressores,
Larvas filarióides infectantes L3 (3n) do solo radioterapia, neoplasias, transplante, síndrome
penetram na pele e vão até o coração e o nefrótica, HIV- AIDS, HTLV-1, tuberculose,
pulmão, podendo ser expulsas pela expectoração gravidez, desnutrição, alcoolismo e idade
ou novamente deglutidas, onde chegam ao avançada.
intestino delgado (duodeno e jejuno), se
transformando em fêmeas partenogenéticas. IMUNIDADE
- não há imunidade protetora contra L3a
CICLO INDIRETO
Larvas rabditóides diferenciam-se em machos e ● Defesa local: mastócitos ➔ ação direta
fêmeas de vida livre. Após a cópula, as fêmeas sobre os parasitos e atraem e ativam
produzem ovos que eclodirão larvas rabditóides eosinófilos – controle da intensidade da
que sofrerão muda para filarióides infectantes. infecção
● Células T (Th2) – essencial para
AUTOINFECÇÃO prevenção de hiperinfecção; com
Larvas rabditóides se transformam em filarióides produção das citocinas
infectantes no próprio intestino ou à margem do ● IL-4 e IL-13 estimula linf. B para produção
anus, assim as larvas penetram na parede de IgE e IgG1;
intestinal e alcançam a corrente sanguínea, para ● Presença de IgM, IgG (IgG1 e IgG4), IgA
continuar o ciclo direto. e IgE.
● IL-5 - Diferenciação e ativação de
eosinófilos e indução de IgA;
CICLO BIOLÓGICO - Strongyloides fuelleborni
Formas graves: corticóides e seus metabólitos
aceleram conversão de larvas rabditóides em
filarióides e aumenta oviposição da fêmea
partenogenética.

PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
1. Baixo n° de parasitos: Assintomáticos
2. Sintomáticos: ação mecânica, tóxica,
traumática, irritativa e antigênica das
fêmeas partenogenéticas, larvas e ovos.

Manifestações cutâneas: penetração das larvas


– reação de hipersensibilidade gerando edema,
eritema, prurido, pápulas hemorrágicas e
➔ Não tem autoinfecção urticária.
➔ Libera OVO e não LARVA
Pulmonar: Síndrome de Löeffler, infiltrado
Transmissão inflamatório nos alvéolos (linfócitos e eosinófilos),
➔ Heteroinfecção: penetração ativa de crise asmática, edema pulmonar.
larvas filarióides (L3) pela pele e/ou ● Casos mais graves: hemorragia,
mucosas. broncopneumonia e insuficiência
➔ Autoinfecção externa: Penetração ativa respiratória.
de larvas L3 na região perianal.
Intestinal: ➔ Parasitológico: pesquisa de larvas -
● Enterite catarral: parasitos nas criptas coleta alternada de amostras
glandulares: reação inflamatória leve com ◆ Método de Baermann, Moraes e
produção de muco. Reversível. Rugai;
● Enterite edematosa: inflamação devido a ◆ Método de Harada-mori (cultivo em
penetração das fêmeas na mucosa água destilada);
intestinal gerando infiltrado de eosinófilos ◆ Enterotest
e células epitelióides, congestão e edema,
alteração reversível da mucosa ➔ ➔ Métodos indiretos: RX, ultrassonografia,
Síndrome de má absorção intestinal, tomografia computadorizada e/ou
aumento do peristaltismo e evacuações hemograma
sanguinolentas - constipação intercalada ◆ Sorologia: IFI e ELISA – pesquisa
com períodos de diarreia. Reversível. de anticorpos contra fase larvária.
● Enterite ulcerosa: grande quantidade de
parasitos, eosinofilia intensa, ulcerações, ➔ Molecular: PCR
invasão bacteriana, atrofia da mucosa
intestinal e fibrose (alterações Diferença entre larvas de Strongyloides e
irreversíveis). Alteração no peristaltismo - Ancilostomídeos:
íleo paralítico.
● Dor epigástrica (melhora com
alimentação, piora com excesso de
alimentos).
● Síndrome disentérica com esteatorreia –
perda de peso, náuseas, vômitos,
comprometimento do estado geral do
paciente e desidratação – choque
hipovolêmico. Pode evoluir a óbito.

Disseminada: pacientes imunocomprometidos


e/ou com comorbidades (megacólon, diverticulite,
íleo paralítico, uso de antidiarreicos e constipação
intestinal) que favoreçam a auto infecção. TRATAMENTO
● Há disseminação de larvas rabditóides e
filarióides pelo corpo 1. Albendazol ou mebendazol
● Complicações: infecções bacterianas 2. Nitazoxanida
secundárias – dor abdominal, vômitos, 3. Ivermectina
diarreia intensa, pneumonia hemorrágica,
broncopneumonia bacteriana, insuficiência ➔ Necessário fazer controle de cura –
respiratória e pode levar ao óbito. pesquisa de larvas.

PROFILAXIA ESPECÍFICA
DIAGNÓSTICO ➔ Uso de calçados.
➔ Uso de luvas ao manipular a terra.
➔ Clínico: dificultado pelo percentual de ➔ Uso de luvas de procedimentos para
assintomáticos; manusear amostras de fezes e realizar
◆ Tríade clássica: dor abdominal, procedimentos de limpeza em indivíduos
diarréia e urticária. infectados.
◆ Pacientes asmáticos não
responsivos à terapia PROFILAXIA COMUM ÀS GEOHELMINTÍASES
convencional: coleta de fezes com ➔ Tratamento das pessoas parasitadas -
suspeita de Strongyloides interromper o ciclo de infecção.
stercoralis. ➔ Educação sanitária.
➔ Saneamento básico – tratamento de Periodicidade noturna das microfilárias:
esgoto, rede de esgoto adequada. melhor capacidade do vetor entrar em contato
➔ Uso correto das instalações sanitárias. com a microfilária (se infectar).
➔ Lavagem das mãos: antes de se ● DIA: microfilárias escondidas nos
alimentar, depois de defecar, sempre que capilares internos
estiverem sujas de terra; ● NOITE: maior chance do ciclo acontecer,
➔ Lavagem de frutas, verduras e legumes hora da hematofagia do vetor, (capilares
ingeridos crus. periféricos)
➔ Proteção dos alimentos contra poeira,
insetos (vetores mecânicos) e combate a
vetores mecânicos. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO
➔ Filtrar ou ferver a água. ➔ mosquitos: Culex quinquefasciatus
➔ Não adubar hortas com fezes humanas.
➔ Higienização do domicílio.

Wuchereria bancrofti

● Filariose linfática: ELEFANTÍASE


● Doença negligenciada, potencialmente
erradicável.
● Transmissão vetorial: inseto que participa
do ciclo como vetor e é hospedeiro
intermediário
● HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Humano Oviposição: água parada poluída, com matéria
● FORMAS PARASITÁRIAS: vermes orgânica abundante
adultos e microfilárias (embriões). ➔ Antropofílico
➔ Atividade intra e peridomiciliar
VERMES ADULTOS ➔ Atividade intensa noite e antes de
➔ Corpo delgado, branco leitoso, opaco, amanhecer
cutícula lisa. Pobreza e condições de saneamento e higiene
➔ MACHO: 3,5-4cm - extremidade posterior inadequadas
recurvada ventralmente
➔ FÊMEA: 7-10cm - órgãos genitais duplos, LARVAS - WUCHERERIA BANCROFTI
exceto a vagina, vulva próximo à
extremidade anterior ● Larvas salsichóides
Habitat: vasos linfáticos, linfonodos do ser ● L1 > L2 > L3 (infectante)
humano (região pélvica, mamas e braços) ● L3 encontrada no vetor (mosquito)
● Ciclo no HI: 15 a 20 dias (o aumento da
MICROFILÁRIAS temperatura diminui o tempo do ciclo)
➔ Embrião liberado pela fêmea (em vez de
ovos) MOSQUITO: ingere as microfilárias; no estômago
➔ Membrana de revestimento delicada as microfilárias perdem a bainha e se alojam em
(bainha) músculos torácicos e se diferenciam em L1.
➔ Bainha cuticular lisa reveste células Depois sofre muda para L2 e L3. Aí L3 migra até
subcuticulares (dá origem à hipoderme) e a probóscida.
células somáticas (dá origem ao tubo L3 então escapa do lábio do inseto e é
digestivo e órgãos) depositada na corrente sanguínea quando ele vai
➔ Dão origem às larvas, que sofrem muda se alimentar.
até chegar ao verme adulto.
Habitat: circulação sanguínea do HD. CICLO BIOLÓGICO
vasos linfáticos…
ESCREVER TODO O CICLO
○ Perda de apetite e de peso.
○ Manifestação mais rara.
○ IgG e IgE elevados.
○ Fibrose intersticial

● Hematúria e proteinúria

DIAGNÓSTICO
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Clínico:
● Presença do verme adulto no sistema Áreas endêmicas: febre recorrente +
linfático adenolinfangite + linfedema ➔ suspeita.
● Resposta imune do hospedeiro às
microfilárias Há necessidade de exames laboratoriais
● Evolução lenta complementares.

Assintomático ou subclínico: muita microfilária Parasitológico: pesquisa de microfilárias


presente ● exame a fresco
➔ Dilatação e proliferação do endotélio dos ● gota espessa
vasos linfáticos ● atenção ao horário da coleta: mais a noite
➔ Sem reação inflamatória. ● não coletar sangue com anticoagulante
➔ Hematúria microscópica. (altera a aderência das microfilárias na
➔ Requer atenção médica precoce. lâmina)
➔ Técnica de concentração de Knott (CK)
Fase aguda (LFA): microfilaremia periférica ◆ Aumenta sensibilidade
reduzida ou ausente. ◆ Permite quantificação de
➔ Inflamação dos vasos linfáticos microfilárias pré e pós-tratamento
➔ Linfadenite (inguinal e axilar), febre, mal (critério de cura parasitológica).
estar, fraqueza, dor muscular
➔ Funiculite (inflamação no cordão ➔ Técnica de filtração em membrana de
espermático) e orquiepididimite policarbonato (FMP)
(inflamação dos testículos e epidídimo). ◆ Padrão ouro
➔ Curta duração ◆ elevada sensibilidade: única que
➔ Cordão subcutâneo visível: sentido: raiz possibilita a investigação de MF
do membro para extremidade – linfangite em até 10 ml de sangue total
retrógrada. utilizando uma única membrana.
➔ Alterações reversíveis ◆ Útil em diagnósticos de baixa ou
baixíssima parasitemia.
Fase crônica
➔ Elefantíase: aumento do volume do órgão Sorológico:
➔ Linfedema (edema linfático) - edema gera ➔ Pesquisa de anticorpo
fibrose (torna o quadro irreversível ◆ Não é utilizado na rotina
➔ Hidrocele: podem apresentar microfilárias ◆ Baixa sensibilidade e
no sangue periférico e líquido do saco especificidade
escrotal ◆ Reação cruzada
➔ Quilúria (urina com aspecto leitoso)
➔ Pesquisa de Antígeno circulante filarial
FORA DO SISTEMA LINFÁTICO… (ACF)
● Eosinofilia pulmonar tropical (EPT): ◆ Não apresenta boa sensibilidade
Síndrome devido a resposta imunológica para indivíduos com microfilaremia
aos antígenos filariais, devido a presença baixa.
de microfilárias no pulmão. ◆ Alta especificidade
○ Sintomas de Asma brônquica:
tosse e falta de ar.
➔ Pesquisa de Antígeno circulante filarial - Melhoria sanitária – eliminação dos
(ACF) – Imunocromatografia em cartão criadouros.
◆ Simples, rápida, alta sensibilidade
e especificidade 3. Proteção individual: uso de repelentes,
◆ Qualitativa mosquiteiros ou cortinas, telagem das casas.
◆ Custo elevado.
4. Educação em saúde.
Molecular (pesquisa de DNA do parasito):
➔ PCR
Onchocerca volvulus
Exames complementares ao diagnóstico –
métodos de imagem: ➔ ONCOCERCOSE - Cegueira dos Rios
➔ Ultrassonografia – detecção de vermes ➔ Habitat: tecido subcutâneo humano
adultos vivos (interior de nódulos fibrosos)
➔ Transmissão vetorial: borrachudo (inseto
Diagnóstico de infecção no vetor comum nos leitos dos rios)
➔ dissecação individual dos insetos e ➔ NÃO tem periodicidade noturna
identificação microscópica dos parasitos
(larvas) Biologia:
➔ PCR – uso de pools.

TRATAMENTO

● Citrato de dietilcarbamazina
● Medicamento de escolha para
Eosinofilia pulmonar tropical (EPT)
● Ivermectina dose única – ação somente ● Dióicos
contra microfilárias, não é eficaz contra ● vivem enovelados em nódulos fibrosos
infecção. subcutâneos (um casal por nódulo)
● Albendazol – não tem efeito ● Fêmeas maiores que machos
microfilaricida. ● Microfilárias: ficam em vasos linfáticos
superficiais, tecido conjuntivo - em
CUIDADOS PALIATIVOS alguns casos pode alcançar o sangue
(Fase crônica e aguda) atingir o baço, rins e sedimento urinário.
● Higiene (água e sabão) rigorosa
● Compressas frias TRANSMISSÃO
● Antibióticos e antifúngicos tópicos quando ➔ Picada de inseto Simulium (borrachudo)
necessário infectado com larvas do parasita.
● Fisioterapia
● Drenagem VETORES
● Uso de meias de compressão Simulídeos
● Hidrocele e quilocele: intervenção ➔ espoliação sanguínea
cirúrgica. ➔ transmissão de patógenos
➔ são holometábolos
PROFILAXIA E CONTROLE
1. Simulium guianensis
1. Tratamento em massa dos indivíduos 2. Simulium incrustatum
infectados. 3. Simulium oyapockense
4. Simulium exiguum
2. Combate ao vetor – eliminação de criadouros, 5. Simulium bipunctatum
combate a larvas e insetos adultos.
- Controle químico e biológico.
CONTROLE ● Lesões linfáticas – enfartamento de
gânglios próximos a lesões cutâneas –
● Uso de repelentes microfilárias.
● Controle mecânico: raspagem de pedras e ● Disseminação – via hematogênica
troncos onde estão as larvas. ● Fibrose: consequência da degradação
● Controle químico: abate e o metoxiclorO dos vermes
● Controle biológico: Bacillus thuringiensis,
vírus, fungos, crustáceos, moluscos…
● Cultivo de citronela às margens do DIAGNÓSTICO
criadouro – ação repelente das fêmeas
para oviposição. Clínico: sintomatologia + aspectos
epidemiológicos
CICLO BIOLÓGICO
Laboratorial
➔ Heteroxênico ● Parasitológico: Identificação de
➔ Microfilárias SEM bainha (ficam nos vasos microfilárias ou vermes adultos de
linfáticos) material cutâneo obtido através de
➔ Verme adulto: dentro dos nódulos do biópsia.
tecido subcutâneo ● Sorológico: ELISA – não distingue
infecção passada de atual.
● Molecular: PCR
● Exames complementares: oftalmológico,
Teste de Mazzoti (desuso).

TRATAMENTO, PROFILAXIA E CONTROLE

➔ Ivermectina dose única.


➔ Remoção cirúrgica de nódulos palpáveis.

● Tratamento dos parasitados (interromper


o ciclo)
● Combate ao vetor – uso de larvicidas e
inseticidas biodegradáveis – complexo
● Medidas de proteção individual
(repelentes, mosquiteiros, roupas
SINAIS E SINTOMAS adequadas).

● Oncocercomas (nódulos subcutâneos


indolores com formas adultas dos Classe Cestoda
vermes). Pelve, tórax e cabeça.
○ Após a morte dos vermes: ➔ Corpo achatado ventralmente (forma de
processo inflamatório, dor, “fita”) e segmentado - talharim
calcificação e fibrose. ➔ Possui órgão de fixação (escólex);
● Dermatite oncocercosa: Prurido, febre e ➔ Parasitas obrigatórios;
perda de pigmento e elasticidade e atrofia ➔ Hermafroditas
da pele – presença de microfilárias no ➔ Tegumento: sem núcleos, rico em
tecido conjuntivo e subcutâneo. mitocôndrias.
● Lesões oculares: ceratite, ceratite ◆ A membrana celular que reveste o
esclerosante, opacificação total da córnea citoplasma (porção externa) possui
- perda de visão parcial ou total – microvilosidades e tem papel de
presença de microfilárias nos olhos. absorção de nutrientes e excreção
◆ A membrana (porção interna) tem
função metabólica.
➔ Utilizam CO2, alta demanda de Ventosas | Globuloso Quadrangular
carboidratos, lipídios, proteínas e Proglotes:
vitaminas.
➔ Possuem reserva de carboidratos e ● Jovens: mais curtas que largas (mais
lipídios. finas)
➔ Alta excreção de amônia ● Maduras: possuem órgãos reprodutores
aptos à fecundação; ativo sexualmente.
● Doenças produzidas por vermes adultos Taenia solium: possui lobo ovariano acessório.
têm melhor prognóstico que as produzidas ● Grávidas: mais compridas que largas,
pelas larvas órgãos sexuais involuem e útero se
ramifica, ovos preenchem a cavidade da
proglote. Sofrem apólise (se desprendem
2 a 2 ou 3 a 3, saem nas fezes).
○ Eventualmente as grávidas podem
se romper e liberar seus ovos.

Taenia saginata e taenia solium


NÃO é geohelminito

MORFOLOGIA - VERME ADULTO

Tegumento:

➔ Formado por citoplasma de natureza


sincicial, sem núcleos, rico em
mitocôndrias.
◆ A membrana celular que reveste o
citoplasma (porção externa) possui
microvilosidades e tem papel de
absorção de nutrientes e excreção
◆ A membrana (porção interna) tem
função metabólica.
Escólex:
solium x saginata ➔ Microvilosidades (microtríquias) –
aumentam a área de contato e resistência
à corrente intestinal.
➔ Glicocálice (mucopolissacarídeos e
glicoproteínas) – absorção de nutrientes,
proteção contra enzimas digestivas do
hospedeiro, integridade do parasito.

Com rostro Sem rostro


Dupla fileira de acúleos Sem acúleos
Ovos: TAENIA SOLIUM E SAGINATA
➔ Embrióforo: casca protetora (quitina + ➔ HD: Humanos (instetino delgado)
proteína) = resistência. ➔ Verme adulto
➔ Embrião hexacanto: 3 pares de acúleos e ➔ TENÍASE
membrana dupla.
TAENIA SOLIUM
➔ HI: suínos (tecido subcutâneo, muscular,
cardíaco, cerebral e olhos)
➔ HI ACIDENTAL: humanos e cães
➔ Cisticerco: larva
➔ CISTICERCOSE
➔ autoinfecção

TAENIA SAGINATA
➔ HI: bovinos (tecidos)
➔ CISTICERCOSE
Cisticercos:

COM rostro TRANSMISSÃO


COM acúleos
4 ventosas Teníase: ingestão de carne suína ou bovina crua
ou mal passada contendo cisticercos (Cysticercus
cellulosae ou Cysticercus bovis).

Cisticercose: ingestão de ovos de T. solium.


Água e alimentos contaminados com ovos
de T. solium.
SEM rostro Hábito de levar mão suja (contaminada
SEM acúleos com ovos de T. solium) à boca.
4 ventosas
● doenças negligenciadas
● dados subestimados: falta notificação

CICLO BIOLÓGICO - TENÍASE

Parede da vesícula (3
camadas):
● cuticular ou
externa
● ceular ou
intermediária
● reticular ou
interna

Estágios encontrados quando o Hospedeiro


intermediário é o homem:
1. Estágio vesicular
2. Estágio coloidal
3. Estágio granular
4. Estágio granular calcificado.
➔ tonturas, astenia, alteração do apetite,
CICLO BIOLÓGICO - CISTICERCOSE náuseas e perda de peso.

HETEROINFECÇÃO: Água ou alimentos Tóxica: metabólitos excretados pela Taenia ação


contaminados (frutas, verduras) com ovos de tóxica e alérgica ➔ alteração do peristaltismo,
Taenia solium. MAIS COMUM cólicas, bulimia e anorexia alternadas.

AUTOINFECÇÃO EXTERNA: Contamina-se com CISTICERCOSE HUMANA


ovos da própria tênia (fezes): mão contaminada (depende da localização do cisticerco)
na boca e coprofagia. ➔ Ação mecânica compressiva do
cisticerco;
AUTOINFECÇÃO INTERNA: ➔ Ação inflamatória (morte do cisticerco).
Vômitos: proglotes são regurgitados para o
estômago (ação da pepsina) e voltam para o sintomas:
intestino. (RARA) ● Tecido subcutâneo e/ou muscular:
assintomática ou dores musculares, fadiga
e câimbras (nuca, pernas e região
lombar).
● Coração: palpitações, ruídos anormais ou
dispneias – cisticercos nas válvulas.
● Glândulas mamárias: forma rara. Nódulo
indolor.
● Tecido ocular: cisticerco através dos vasos
da coróide chega ao bulbo ocular e se
instala na retina – deslocamento ou
perfuração
○ Perda total ou parcial da visão,
desorganização interna
(deslocamento de retina), catarata
e perda do olho.
○ O parasito não afeta o cristalino,
mas pode levar a opacificação
(catarata).

NEUROCISTICERCOSE
Sintomas: depende do tipo morfológico (cístico
ou racemoso), quantidade, localização, fase de
desenvolvimento e reações imunológicas.
● Ações compressivas, irritativas,
vasculares e obstrutivas;
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
1. Cisticercos no parênquima – bom prognóstico
TENÍASE
Mecânica traumática: pelos movimentos da 2. Cisticercos nos ventrículos: obstrução do LCR
Taenia e presença de outro exemplar: ➔ hipertensão intracraniana ➔ hidrocefalia e
hemorragia, destruição de epitélio com processo calcificações cranianas
inflamatório e alteração na secreção de muco, dor
abdominal, vômitos, alargamento do abdômen, 3. Cisticercos no espaço subaracnóideo: invasão
dor abdominal, bulimia, anorexia e perda de peso. do sulco lateral do hemisfério cerebral ➔ cistos
gigantes ➔ hipertensão intracraniana com
Espoliativa: absorve os nutrientes do hospedeiro hemiparesia
por osmose no tegumento – competição
4. Cisticercose Racemosa nas cisternas basais:
reação inflamatória intensa e fibrose.
Obstrução da circulação do líquor ➔ hidrocefalia DIAGNÓSTICO - CISTICERCOSE HUMANA
e hipertensão intracraniana.
5. Sinais de meningite, paralisia dos nervos ● Pesquisa do parasito: observação
cranianos anatomopatológica de biópsias, necropsia
e cirurgia.
CISTICERCOSE ● Exame oftalmoscópico de fundo de olho.
➔ Olhos e anexos ● Exames de imagem: RX, Tomografia
➔ Sistema nervoso computadorizada e Ressonância
➔ ele e tecido celular subcutâneo magnética (+ sensível, alto custo)
➔ Músculos ● Sorológico: detecção de Ac ou ELISA.
Maior sensibilidade e especificidade.Uso
IMUNIDADE em estudos epidemiológicos.
● Molecular: PCR, PCR multiplex, PCR real
● Aumento de linfócitos B. time.
● Antígenos dos cisticercos induzem
aumento de IgG, IgM, IgA e IgE – TRATAMENTO - TENÍASE
indivíduos com neurocisticercose
● Casos graves (hidrocefalia, vasculite, ➔ Niclosamida
infarto cerebral e múltiplos granulomas) X atua no sistema nervoso da tênia levando à
aumento anticorpos imobilização da mesma➔ eliminação
● Taenistatina inibe vias clássica e
alternativa do complemento e inibe ➔ Praziquantel (1° ESCOLHA)
resposta celular (linf. T e macrófagos) – Altera a homeostasia do Ca++ nas células do
Driblam sistema imune. helminto, produzindo contração de sua
musculatura levando-o à paralisia e à morte.

DIAGNÓSTICO - TENÍASE
TRATAMENTO - CISTICERCOSE HUMANA
Clínico
➔ Díficil - assintomáticos ou sintomas ➔ Albendazol
comuns às helmintíases intestinais. Medicamento de primeira escolha para tratar
NCC. Mais eficaz; Menor custo.
Laboratorial
➔ Parasitológico: pesquisa de proglotes ➔ Praziquantel associado a corticoides
e/ou ovos de Taenia sp. em amostras de ➔ Tratamento cirúrgico: remoção de cistos
fezes. gigantes
◆ Tamização: procura de proglotes
de Taenia nas fezes. Possível EPIDEMIOLOGIA
diferenciar.
◆ EPF: pesquisa de ovos de Taenia ● Associada aos hábitos alimentares
sp nas fezes. Coleta alternada de (hindus, judeus).
amostra de fezes.Técnica de HPJ. ● Hospedeiros acidentais do cisticerco:
homem, macaco, cão.
Imunológico ● Condições de higiene.
➔ ELISA de captura - amostra de fezes. ● Abatedouros clandestinos – falta de
➔ Detecção de coproantígenos. inspeção nas carnes.
➔ Simples e sensível. ● Forma de criação dos porcos.
● A baixa ocorrência de cisticercose em
Molecular: PCR algumas áreas do Brasil, como por
exemplo nas regiões Norte e Nordeste,
pode ser explicada pela falta de
notificação.
Hymenolepis nana Ciclo Indireto - Heteroxênico (possui
hospedeiro intermediário e definitivo):
➔ Ovos saem nas fezes
➔ Tênia anã (menor e mais comum
➔ Ovos são ingeridos por larvas de insetos
cestódeo humano);
(pulgas, besouros)
➔ Além do ser humano infecta símios e
➔ Intestino do inseto – oncosfera (embrião)
roedores.
➔ Larva cisticercóide
➔ Zoonose
➔ Ser humano ingere o inseto
➔ HIMENOLEPÍASE
acidentalmente
➔ Intestino delgado - depois de 20 dias –
MORFOLOGIA
vermes adultos

VERME ADULTO
PATOGENIA
● 100 a 200 proglotes
● hermafroditas
● Ação mecânica irritativa, devido às
● Escólex: 4 ventosas; rosto retrátil armado
ventosas e estróbilo com acúleos
de ganchos
● Ação espoliativa e tóxica.
● encontrado no intestino delgado de
humanos (íleo e jejuno) e ratos
SINTOMATOLOGIA

OVOS
● Insônia
● incolores e transparentes
● Agitação
● membrana externa
● Diarréia
● membrana interna com mamelões claros e
● Dor abdominal
filamentos longos
● Pode haver ataques epiléticos

LARVAS
DIAGNÓSTICO
● escólex invaginado
➔ Laboratorial: exame de fezes
● está no inseto hospedeiro (pulgas e
carunchos de cereais) ou nas vilosidades
TRATAMENTO
intestinais do ser humano
➔ Praziquantel

CICLO BIOLÓGICO
PROFILAXIA
● Higiene pessoal
Ciclo Direto - Monoxênico (apenas o
● Uso de instalações sanitárias adequadas
hospedeiro definitivo):
● Evitar contaminação de água e alimentos
➔ Ovos saem nas fezes
com fezes
➔ São ingeridos (crianças)
● Saneamento básico
➔ No intestino delgado há eclosão da
● Controle de insetos
oncosfera (embrião)
● Tratamento de todos os membros da
➔ Embrião penetra nas vilosidades
família ou comunidade infectada.
➔ Depois de 4 dias – larva cisticercóide
➔ Depois de 10 dias – larva madura fixa-se
à mucosa intestinal
➔ Depois de 20 dias – vermes adultos (vida Hymenolepis diminuta
de 14 dias)
➔ Parasita de ratos (homem raramente se
★ Quando o ciclo é monoxênico (as infecta)
larvas cisticercóides desenvolvem-se ➔ Maior que H. nana (30 a 60 cm)
nas vilosidades intestinais) é conferida ➔ Escólex NÃO possui rostelo (somente
IMUNIDADE. ventosas)
➔ Ciclo heteroxeno: homem se contamina
ingerindo insetos contaminados
➔ Diagnóstico pelos ovos nas fezes
Larvas plerocercoides ou esparganos – 1 – 5
cm – corpo achatado dorsoventralmente,
possuem pseudo bótrias bem desenvolvidas
➔ Local: músculos dos peixes HI2.

TRANSMISSÃO

● Ingestão de peixes crus, mal cozidos ou


defumados por processo caseiro em
temperatura inadequada para causar
morte de larvas plerocercóides
(esparganos) do parasito no peixe
contaminado.

CICLO BIOLÓGICO
Diphyllobothrium latum

● 14 espécies de Diphyllobothrium infecta


humanos.
● Tênia do peixe.
● DIFILOBOTRÍASE
● 2005 – Primeiros casos: ingestão de
sushis e sashimis
● Relacionada ao consumo de salmonídeos
crus ou defumados

Habitat: intestino delgado humano (formas


adultas)
Hospedeiro definitivo: homem e outros
mamíferos PATOGENIA
Hospedeiro intermediário 1: pequeno crustáceo
do plâncton ➔ Assintomáticos;
Hospedeiro intermediário 2: peixes de água ➔ Distensão abdominal, flatulência, cólica
doce ou anádromo abdominal intermitente, náuseas, vômitos,
diarreia e emagrecimento.
MORFOLOGIA ➔ Espoliação da vitamina B12 – parasito
ingere cerca de 80% da vit. B12 presente
● Possui opérculo e knob (protuberância). na dieta - anemia megaloblástica ou
● Mais de 1 milhão de ovos/dia/verme. anemia botricefálica.
➔ Casos mais graves: obstrução intestinal
ou do ducto biliar.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Laboratorial - Parasitológico
Coracídeo – larva que eclode do ovo – forma ➔ EPF: HPJ ou Kato Katz – encontro de
infectante ao crustáceo (HI1) ovos operculados ou Tamização para
➔ Embrião hexacanto com embrióforo encontro de proglotes nas fezes.
ciliado.
Larvas procercóides: encontradas no interior 1. Praziquantel 25 mg/Kg – dose única
dos crustáceos (HI1) – possuem seis ganchos na 2. Niclosamida 1-2 g
região posterior (cercômero). Se necessário, suplementação de Vitamina B12.
PROFILAXIA E CONTROLE

➔ Evitar ingestão de carne de peixe cru ou


mal cozido – para ingestão recomenda-se
que os peixes sejam submetidos a
congelamento a temperatura de – 20°C
por 7 dias ou -35°C por 15 horas;
➔ Controle sanitário na criação de salmão;
➔ Congelamento adequado dos peixes nos
frigoríficos;
➔ Fiscalização de criadouros de salmão e
importação destes peixes;
➔ Saneamento básico – tratamento de
esgoto.

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