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Helmintos de

transmissão
percutânea de larvas

Ancilostomídeos
Strongyloides stercoralis

Profa. Patricia Dutra


Ancilostomídeos
500 milhões de infectados
4 milhões doentes (incapacitados)
65 mil mortes/ano
Ancilostomídeos - morfologia


5 - 11 mm

Necator americanus Ancylostoma duodenalis

Cápsula bucal
60 µm

Bolsa copuladora Ovo


Ancilostomídeos:
geo-helmintos

solo

Larva filarióide
Larva rabditóide
Ancilostomídeos - Ciclo
biológico
Ancilostomídeos - Ação
Patogênica

• Parasitismo Intestinal (fase crônica)

Lesão da mucosa - sangramentos

Espoliação sanguínea
Necator americanus 0,03 a 0,06 ml sangue/dia
Anemia
(moderada e alta
Ancylostoma duodenale 0,15 a 0,30 ml sangue/dia
carga parasitária)
Ancilostomideo no intestino delgado - endoscopia

Wei KY et al, 2017


Anemia x ancilostomose
(grupos de risco: crianças e mulheres em idade fértil)

◦ Deficiência de ferro (sangramentos, hematofagia e carência alimentar)


- Associação com desnutrição

Distribuição de infecção e estimative de anemia (Loukas A. et al - 2016)


O Jeca Tatu não é assim, ele
está assim.
Mas a convivência com Arthur Neiva, Belisário Pena e
outros pesquisadores e a leitura do livro de Pena, O
saneamento do Brasil, já haviam levado Lobato a rever
totalmente sua concepção de caboclo. E no prefácio à
quarta edição de Urupês, ainda em 1918, penitenciou-se:
"Eu ignorava que eras assim, meu caro Jeca, por motivo de
doenças tremendas. Está provado que tens no sangue e nas
tripas todo um jardim zoológico da pior espécie. É essa
bicharia cruel que te faz papudo, feio, molenga, inerte."
Lobato não parou por aí. Indignado com a situação do
país, lançou-se numa vigorosa campanha jornalística em
favor do saneamento. Denunciou, sem medir as palavras, a
realidade nacional: "O Brasil é o país mais rico do mundo,
diz com entono o Pangloss indígena. Em parasitos
hematófogos transmissores de moléstias letais - conclue
Manguinhos." E apresentava as estatísticas: 17 milhões
com ancilostomose, três milhões com Chagas, dez milhões
com malária. "O véu foi levantado. O microscópio falou".
Investiu contra os falsos patriotas que o criticaram por
expor nossa miséria. Associou a questão sanitária à
economia do país. "Só a alta crescente do índice de saúde
coletiva trará a solução do problema econômico... Não fazer
isto é morrer na lenta asfixia da absorção estrangeira."
Ancilostomídeos -
Diagnóstico laboratorial
Encontro de ovos nas fezes

Flutuação simples – método de Willis


Tratamento
Anti-helmínticos
Derivados do benzimidazol : mebendazol e
albendazol (inibem a síntese de tubulina)

Derivados da pirimidina: palmoato de pirantel


(bloqueio neuromuscular do parasito)

Antianêmico
Ferroterapia
Dieta
Larva migrans – infecção por larvas de
ancilostomídeos de outros animais
Cutânea
Ancylostoma braziliense,
Ancylostoma caninum

Visceral

Toxocara canis
A infecção intestinal aumenta tolerância
ao Glúten

(Loukas A. et al - 2016)
Ancilostomídeos – Controle
de transmissão

Anti-helmínticos
Strongyloides stercoralis

Casal de Vida livre

Fêmea Partenogenética
Ciclo biológico
deglutição da larva L5
ascensão no
aparelho respiratório
FÊMEA L5
­ migração
PARTENOGENÉTICA L4 para
no intestino delgado ­ pulmão
[oviposição de ovos L3
já embrionados]

LARVAS
Rabditóides
penetração através da pele
(3n,2n,n)
eliminadas
nas fezes
LARVAS LARVAS
RABDITÓIDES MACHO (n) E FÊMEA (2n)
DE VIDA LIVRE LARVAS FILARIÓIDES
no solo RABDITÓIDES
(3n)
LARVA
FILARIÓIDE
250 m

Vestíbulo

500 m
bucal curto
(~2 m)

Primórdio
genital
visível

LARVA
RABDITÓIDE cauda
entalhada
Patogenia
Lesões cutâneas
Lesões pulmonares
Síndrome de Löeffler

Lesões intestinais – enterite catarral, enterite edematosa


e enterite ulcerosa

Disseminação (hiperinfecção – uso de corticoides)


normal

catarral/edematosa ulcerativa
Diagnóstico Laboratorial
Exame parasitológico de fezes: Método
Baermann-Moraes
(termo e hidrotropismo das larvas)

Fezes frescas
Água a 45°C
Diagnóstico laboratorial
Imunológico: IgG (IgG4), IgA,IgM e IgE (ELISA, IFI,
Western Blotting)

Hemograma: eosinofilia
Infecções agudas 80%
Infecções crônicas 8-15%
Eosinopenia = mau prognóstico
Tratamento
 Ivermectina

 Albendazol

 Tiabendazol

 Cambendazol (larvas e fêmea partenogenética) – inibe a


captação de glicose do parasito
Controle das helmintíases
adquiridas pela penetração de
larvas

Anti-helmínticos

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