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Relações Parasito-Hospedeiro
Patologia:
Ecologia da Fasciolíase:
Teníases
Tanto os moluscos (Lymnaea) hospedeiro como as formas
lavarias do parasito suportam melhor temperaturas baixas. Taenia solium e Taenia saginata são parasitos que na fase
As metacercárias podem viver longos períodos em adulta têm o homem por único hospedeiro normal. A doença
temperatura baixa, desde que haja umidade suficiente. que eles produzem é a teníase. Na fase larvária, a Taenia
solium parasita obrigatoriamente porco e a Taenia saginata
O ecossistema em que circula a Fascíola hepática é os bovídeos, sendo portanto parasitos estenoxenos (de
constituído pela interação dos campos de criação de gado vertebrados) em toas as fases do ciclo biológico.
Os Parasitos: ao longo dos sulcos que marcam os limites entre elas, e
aparecem as fezes. As proglotes das T. solium, não dispondo
Morfologia das Tenias do Homem
de musculatura, são expulsas passivamente e quase sempre
São vermes grandes, em forma de fita, sendo a T. solium de mistura com as fezes. A apolise faz-se por segmentos,
medindo de 1,5 a 4m e a T. saginata medindo entre 4 e 12 compreendendo de 3 a 6 anéis.
m. Apresentam cor branca, de aspecto leitoso, amarelada ou
rosada, de acordo com as substâncias absorvidas no
intestino.
Infecção e Imunidade: As tênias adultas vivem na luz do Transmissão do Homem para o Gado: pessoas parasitadas
intestino delgado e, em geral, cada paciente é portador de são as únicas fontes de infecção para o gado, sendo que um
um único espécime e normalmente a mais comum é a T. indivíduo pode lançar cerca de 700.000 ovos de T. saginata
saginata. Os raros casos de parasitismo múltiplos seriam no meio. A partir do hábito de defecar no solo, os ovos
devido a infecções concomitante com vários cisticercos ou podem ser dispersos através de chuvas e contaminam rios,
uma imunodeficiência do paciente. Não há imunidade pastagens e o gado. A resistência dos ovos, no meio externo,
cruzada com outras espécie de tênias, visto que um mesmo é grande, suportam processos de tratamento de água. A
paciente pode albergar mais de uma espécie de cestoide. transmissão do homem para o gado pode ocorrer
manualmente durante a ordenha, através das mãos
Patologia e Clínica: a teníase frequentemente contaminadas com matéria fecal, a partir daí, os bezerros
assintomática, portanto, o indivíduo só tem consciência do ingerem os ovos e asseguram a infecção precoce.
parasitismo após ter constatado a expulsão da proglote.
Após ter consciência do parasitismo, o paciente começa a Transmissão da Taenia solium:
manifestar os sintomas, fato esse que relaciona-se com a
Transmissão do Porco para o Homem: através do consumo
questão psicológica.
de carne crua ou mal cozida de animais que não foram
Infecção por Taenia saginata: causa alterações na submetidos ao processo de fiscalização sanitária, ou
motricidade e secreções digestivas. Após o período de carcaças/vísceras cuja infecção passou despercebida
incubação (2 a 3 meses) surgem perturbações durante o exame. A infecção por T. solium tende a se tornar
gastrointestinais, perda de peso. As manifestações clínicas hiperendêmica quando introduzida em área favorável, a
que aparecem em 1/3 dos casos são: dor abdominal, partir da longevidade dos cisticercos e facilidade de infecção
náuseas e perda de peso. Em alguns casos cefaleia, diarreia dos porcos.
ou constipação intestinal, apendicite (quando a proglote
Transmissão do Homem para o Porco: poluição fecal do solo
perfura o apêndice).
e o hábito coprófago dos porcos. As 5 ou 6 proglotes
Infecção por Taenia solium: produz-se no homem uma eliminadas por dia, pelos parasitados, contém cerca de
forma de teníase menos evidente que a causada pela T. 50.000 ovos cada uma e representam forte carga infecciosa.
saginata. O verme é menor, logo suas proglotes são menos Os suínos apresentam elevado número de cisticercos por
ativas e se eliminam junto com as fezes. Os quadros clínicos ingerirem proglotes inteiras ou fezes ricas em ovos.
são similares ao da T. saginata. A gravidade desta tênia
decorre de o homem além de ser o hospedeiro do helminto
Dinâmica de Transmissão: veiculados pela água ou alimentos contaminados, ou até
mesmo pelas mãos sujas.
Poluição do solo
Mecanismo de dispersão Autoinfecção Externa: ingestão de ovos de T. solium por
Destino Inadequado do esgoto indivíduo que já é portador da teníase. Maus hábitos
Resistência imunológica a transmissão higiênicos e a eventualidade de levar as mãos a boca, de ror
unhas ou manusear alimentos, facilitam a infecção com
Controle das Teníases:
grande número de larvas. Mais frequente em crianças.
Através de inquéritos que visam estabelecer a distribuição
Autoinfecção Interna: movimentos antiperistálticos ou
geográfica e a prevalência das teníases e cisticercose no
vômitos podem levar algumas proglotes gravídicas a
homem e nos animais, fornecer dados epidemiológicos para
retrogradar ao estômago e sofrer ação dos sucos digestivos,
o planejamento e a implementação de medidas de controle,
o que permite a eclosão dos embriões infectantes. Assim,
avaliação e dos animais abatidos a partir de exames. Os
centenas/milhares de larvas invadem mucosas e tecidos do
procedimentos pra controle são: organismo, com numerosos cisticercos disseminados pela
Legislação pele e tecido subcutâneo, músculos, sistema nervoso, olho.
Vigilância epidemiológica
Penetração e localização das larvas: decorridos 1 a 3 dias
Medidas de controle da carne
após ingestão, os ovos eclodem no duodeno ou jejuno e as
Proteção ambiental
oncosferas penetram através da mucosa intestinal, fazendo
Educação sanitária
uso de seus acúleos, mas também da secreção de suas
glândulas de penetração. No SNC, os cisticercos são vistos
nas meninges ou na substância cinzenta do córtex.