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PROTOZOÁRIOS

Fazem parte do reino protista, existindo alguns que podem causar doenças.
São unicelulares, ou sejam, são pequenos.
São hetero tróficos, ou seja, não produzem seu próprio alimento.

Existem de duas formas: vida livre, parasitas obrigatórios ou os dois ao mesmo tempo.
Existem duas formas de reprodução: assexuada (uma célula mãe que forma outras) ou
sexuada (troca de material genético entre parasitas).

Ciliados: locomoção através dos batimentos de cílios numerosos e curtos;


Flagelados: movimento através de um único e longo flagelo;
Rizópodes: se locomovem através de pseudópodes (amebas);
Esporozoários: não possuem organelas locomotoras. São parasitas obrigatórios.

AMEBAS
São rizópodes (pseudópodes).
A maioria é de vida livre.
Se dividem em: entamoeba, iodamoeba, endolimax e amebas de vida livre.

 Entamoeba
Causa a doença chamada amebíase.
Sintomas: diarreia, dor e melena.
Transmissão por ingesta de alimentos ou água contaminados.
Raro, mas a entamoeba pode se instalar em outros órgãos, como cérebro, pulmão e
fígado (o mais acometido).

 Endolimax nana
É saprófita e comensal (alimenta-se de material em decomposição)
Transmissão: através da ingesta de água e alimentos contaminados.
Em causas patológicas, os sintomas são diarreia, melena, dores abdominais, variando
em períodos assintomáticos e sintomáticos.

Amebas de vida livre


Não são muitos frequentes, mas quando causam patologias são bastante graves.
Dividas em: Acanthamoeba spp e Naegleria fowleri.

 Acanthamoeba spp
Causa as doenças ceratite, encefalite e sepse.
Ceratite: associada a lente de contato, por higiene da lente com uma água
contaminada. Pode causar lesões na córnea que são irreversíveis.
Encefalite e sepse: a ameba entra pelo sistema respiratório, podendo ser por
mergulhos em lagos, lagoas ou piscinas.
 Naegleria fowleri
Causa a meningoencefalite amebiana primária – MAP (ameba comedora de cérebro)
Entra através da mucosa nasal enquanto o hospedeiro mergulha ou nada em lagos,
açudes ou piscinas. Após, migra para os nervos olfativos até chegar na membrana
aracnoide, onde se dissemina pelo SNC.
Suporta o cloro da piscina.
Sintomas: inicia-se subitamente, causando cefaleia e ligeira febre, dor de garganta,
vômitos, rigidez de nuca, desorientação, convulsão e coma -> morte!
Letalidade de 97%.

 Giardia
Causa a doença giardíase.
Parasita o intestino de mamíferos, inclusive de humanos.
Em seres humanos, costuma parasitar o intestino delgado (duodeno e jejuno).
Sintomas: diarreia aquosa alternada com fezes gordurosas (amareladas), fadiga,
cólicas, gazes e azia.

 Trichomonas vaginalis
Causa a doença tricomoníase.
É um protozoário flagelado.
Grande incidência em mulheres adultas. É uma das ISTs mais comuns.
O parasita tem como habitat a vagina, bem como a uretra e a próstata do homem.
Sendo que o homem acaba transmitindo mais do que desenvolvendo a infecção.
Sintomas: corrimento esbranquiçado espumoso, edema, prurido, queimação,
escoriações, ulcerações e sangramento após relações.

 Plasmódio
Causa a doença malária, que é uma doença infecciosa febril aguda.
É transmitido pelo mosquito do gênero Anopheles, mais conhecido como carapanã,
muriçoca ou mosquito-prego.
Anoepheles darlingi é o principal vetor de malária no Brasil.
São abundantes nos crepúsculos, entardecer ou amanhecer.
Sintomas: dor de cabeça, febre, falta de apetite, cansaço, dor, tremor, suor, palidez,
tosse seca, inchaço, náusea, vômitos, convulsões e coma.

 Toxoplasma gondii
Causa a doença toxoplasmose.
Protozoário esporozoário (sem locomoção).
Se prolifera em diversos animais, mas os gatos e demais felinos são os hospedeiros
definitivos destes parasitas.
O gato doméstico adquire esse protozoário ao comer os cistos que se encontram nos
tecidos de animais como suínos, caprinos e bovinos, eliminando os cistos nas fezes.
A transmissão é pelo solo contagiado, consumo de carne crua ou mal-passada ou água
contaminada.
Também pode ser transmitido de forma vertical.
Sintomas: febre, dores no corpo, fadiga, dores de cabeça e mutações visuais quando a
retina é afetada, dores na garganta, alergia disseminada pelo corpo, urticária, inchaço
do baço e do fígado.
Em gestantes: pode acontecer aborto, nascimento de criança com icterícia,
macrocefalia, microcefalia, crises convulsivas etc.
Prevenção: higiene, cozimento de carnes, higiene de verduras, frutas e legumes e
evitar exposição ao solo contaminado.

Trypanossoma cruzi
É flagelado e é um parasita obrigatório.
Causa a doença de chagas.
É transmitido por vetor, ou seja, através de um inseto (barbeiros ou bicudos).
Pode infectar vários animais, especialmente os silvestres. Pode infectar mamíferos,
repteis e aves.
Tem hábitos noturnos, aparecendo mais à noite. Tem preferência por picar as áreas da
face.
Além da transmissão por vetor, também se transmite de forma vertical (mãe para
filho) e por transfusão sanguínea.
Pode causar infecção aguda ou crônica.

Leishmania
Causa a doença leishmaniose.
Doença infecciosa não contagiosa, transmitida por vetor.
Leishmaniose tegumentar: afeta pele e mucosas, causando ulcerações e em casos mais
graves atacam as mucosas da boca e nariz.
Leishmaniose visceral: afeta órgãos internos, sendo mais grave por ser mais difícil o
diagnóstico.
É transmitida pelo mosquito palha.
Sintomas: febre, emagrecimento, anemia, hemorragias e aumento do fígado e baço.

VETORES

Vetores são animais que transmitem alguma doença. Elas precisam de algum
intermediário para passar de um animal para outro.

Moscas: podem acabar sendo vetores por estarem em constante contato com
materiais em decomposição, fezes ou sujeira, transportando bactérias capazes de
causar doenças.
Ex.: micoses, berne, tracoma, conjuntivite etc.
- Berne: onde a mosca varejeira deposita seus ovos em uma ferida para que a mosca se
desenvolva, provocando dor, coceira e vermelhidão;
- Miiase: causada pela mosca preta comum, onde também deposita seus ovos em uma
lesão e ao invés de formar uma larva somente, formam-se várias.
Prevenção: evitar acúmulo de lixo, deixar comida exposta, lavar lixeiras com água
sanitária etc.

Mosquitos: vetores de várias doenças, dependendo da espécie e região. Ele pica, injeta
um pouco da saliva e depois suga o sangue, essa é a forma de transmissão de doenças.

- Aedes aegypti: pica durante o dia e é de cor preta com manchas brancos no dorso,
pernas e cabeça. A fêmea deposita os ovos em água parada e ali se disseminam. Pode
causar dengue, Chikungunya e zika;

- Culex: transmissor da elefantíase. Prefere temperaturas mais altas e ambientes


úmidos. É popularmente conhecido como muriçoca ou pernilongo.
As larvas se instalam nos vasos linfáticos, causando inchaço e inflamação nas pernas;

- Phlebotomus pappatasi (mosquito palha): vetor da Leishmaniose;

- Barbeiros: vetor da doença de chagas. Possui hábitos noturnos;

Sarcoptes sabei: é um parasita de animais domésticos ou do homem, causando


escabiose no homem e sarna nos animais;

Pulgas: são uma ordem de insetos sem asas. São parasitas externos que se alimentam
do sangue de mamíferos e aves. São vetores do tifo e peste bubônica;

Piolhos: estes insetos não têm asas e são parasitas externos, ficando em pelos, cabelos
ou penas. Alimentam-se sangue, resíduos da epiderme ou secreções sebáceas.
Além disso, os piolhos podem ser transmissores de tifo.

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