Você está na página 1de 20

Técnicas de reprodução medicamente

assistida (TRMA)
Avaliação ética
Técnicas de reprodução medicamente
assistida (TRMA)
• 1. Intervenções nas causas anatómica-fisiológicas: cirugia reprodutva
e indução da ovulação.
• 2. Intervenções na fecundação: inseminação artificial com o sêmen do
cônjuge (IAC), inseminação artificial com o sêmen do doador (IAD),
transferência intratubal de gametas (TIG).
• 3. Intervenções na implantação (FIV e TE): FIV-C e FIV-D,
microinjecção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e
microinjecção intracitoplasmática de espermátidas redondos (ROSI)
ou alargados (ELSI)
• 4. Intervenções na gestação: maternidade substituta
1. Intervenção nas causas anatómico-
fisiológicas
• A) Cirugia reprodutiva: vrias técnicas destinadas a corregir as causas
anatómicas femeninas de esterlidade e ou melhorar o prognóstico de
outros tratamentos reprodutivos (correcção cirúgica de malformações
uterinas, excisão de tumores uterinos benignos, cirugías tubais…).

• B) Estimulação/indução da ovulação: aplicado em casos de


esterilidade femenina de mulheres que sofrem de anovulação
luteinizante (LH) e a gonadotrofina coriônica humana (hCG).
• Risco: síndrome hiperestimulação ovárica.
2. Intervenções na fecundação
• A) Inseminação artificial com o sêmen do cônjuge (IAC): o objectivo é facilitar a
fecundação mediante o encontro de os espermatozoides do cônjuge e o óvulo depois de
depositar o sêmen no aparelho reprodutor femenino, sem que exista contacto sexual.

• Casos: alterações no sêmen, factor cervical (insuficiente do muco, má qualidade do


muco e anomalias orgánicas) e esterilidade de origem desconhecida.

• Realização: (1) indução da ovulação. (2) conseguidos os folículos, descarga ovulatória


e programação de inseminação para 40 horas depois. (3) Inseminação, introdução dos
espermatozoide através do colo uterino (4) repouso da mulher durante 10 – 15
minutos, trabalhos leves.
Inseminação artificial com o sêmen do
cônjuge (IAC):
• Obtenção do sêmen: masturbação; a fecundação ocorre in vivo na
trompa da mulher ou outro lugar. Taxa de abortos: 22%.

• Riscos: gestação de múltiples, gravidez ectópica, infecções e reações


alérgicas.

• Filiação preservada.
Inseminação artificial com o sêmen do
doador (IAD):
• Procedimentos e riscos iguais que a IAC.

• Taxa de abortos: dois pontos superiores que na IAC.

• Filiação: preservada a filiação genética e biológica materna, perde-se a filiação


genética paterna, porque se utilizam gâmetas do doador.
Transferência intratubárica de gametas
(TIG)
a) conceito: modalidade de inseminação artificial que consite na obtenção
de gametas masculinos e femeninos e sua tranferência às trompas da
mulher para alí acontecer a fecundação. Ano de 1985/ Dr. R. H. Asch
b) Indicações: esterilidade de origem desconhecida, menopausa precoce,
endometrose, falha ovárica e na esterilidade masculina.
c) Metodologia: Estimulação da ovulação, identificação ovocitária e
preparação do sêmen. Posteriormente, através de um cateter especial
no qual se encontram os dois tipos gametas sem misturar, se injectam
na região ampular da trompa 3-4 óvulos e uma quantidade não inferior
a 400.000 espermatozoides.
Transferência intratubárica de gametas
(TIG)
c) Metodologia: realização habitual por laparoscopia, se requer
hospitalização e anestesia geral, risco de sofrer complicações que têm
que ver com a própria técnica.
d) Lugar da fecundação: trompa da mulher in vivo.
e) Taxas de aborto: 28,73%
f) Riscos: Gestações múltiplas, gravidez ectópica,
g) Filiação: preservada
3. Interveñções na implantação: fecundação in vitro (FIV) e
tranferência embrionária (TE)

• 1. Fecundação in vitro com gametas de cônjuges (FIV-C)


• A) Conceito: é uma TRA pela qual, depois de obter as gametas de
ambos cônjuges, se procede no laboratório a efectivação da
fecundação de um número determinado de óvulos (FIV) para,
posteriormente, implantar no endométrio da mulher todos ou alguns
dos embriões produzidos (TE). Ano 1978, R. Edwards. Primeiro bebé
proveta: Louise Brown 42 anos.

• B) Indicação: esterilidade por factor tubal, mas dada a sua efectivade


se multiplicou as indicações:
Fecundação in vitro com gametas de
cônjuges (FIV-C)
- Endometrose;
- Esterilidade por factor masculino;
- Esterilidade idiopática (aquela que não se encontra a causa);
- Fracasso de tratamentos menos agressivos;
- Ausência de esterilidade, quando se precisa do diagnóstico pré-
implantatório ou em parceiros sero-discordantes.
Fecundação in vitro com gametas de
cônjuges (FIV-C)
• Mecanismos: três fases
• (1) Dois momentos: como nas técnicas anteriores, estimulação ovárica
e a aspiração, que se realiza por punção transvaginal ecoguiada.
• (2) A fecundação in vitro: inseminação dos óvulos maduros e
preparação do sêmen, como nas outras técnicas. Os zigotos
permanecem na placa do cultivo a 37ºC e 5% de CO2 durante 24
horas, enquanto tem lugar as primeiras divisões embrionárias.
• (3) TE consiste em passar uma cánula através do canal cervical e
depositar os embriões (já seleccionados os melhores) na cavidade
uterina.
Fecundação in vitro com gametas de
cônjuges (FIV-C) (questões éticas)
1. Selecção de embriões: óptimos (com desenvolvimento correcto e
sem mau pronóstico, serão transferidos ou crioconservados),
subóptimos (menor viabilidade, serão transferidos se não há outros
com melhor morfologia) e anormais ou não viáveis (totalmente
descartáveis). Aplicação do diagnóstico pré-implantatório para a
classificação.
2. Riscos para o embrião/feto: extrauterino, intraútero e depois
doparto
 Extrauterino: crioconservação – os que nunca serão transferidos,
coloca em risco a vida embrionaria.
Fecundação in vitro com gametas de
cônjuges (FIV-C) (questões éticas)
• O DGP – para todos os embriões não considerados óptimos.
• Risco intraútero: taxa de abortos 22,1%, quase sempre gestações
triples ou superiores.

• Riscos pós-parto: elevada taxa de mortalidade perinatal, parto


permaturo e baixo peso ao nascer, malformações congénitas
(hipóteses).
• Riscos para a gestante: gestação múltiple (19,2%) e gravidez ectópica.
• Filiação preservada.
Fecundação in vitro com gametas de
doador (FIV-D)
Semelhante a anterior

Filiação: perde-se a filiação genética de um ou de ambos progenitores.


Microinjecção intracitoplasmática de
espermatozoides (ICSI)
Conceito: é uma variedade da FIV desenvolvida para possibilitar a
paternidade naqueles casais estéreis. Ano 1990 G. Palermo.
Cinco fases: (1) estimulação da ovulação; (2) preparação dos óvulos;
(3) preparação do sêmen; (4) microinjecção e TE (5).
Similar a FIV convencional. Realiza-se através de dois
micromanipuladores, um leva uma micropipeta para manter a posição
do óvulo e o outro a pipeta de microinjecção. Passado 24 horas se
observam os óvulo para comporvar se foram fecundados e depois de
40-42 horas depois se procede a TE.
É a mais utilizada actualmente.
Microinjecção intracitoplasmática de
espermatozoides (ICSI)
• Implicações éticas: Na fecundação é quase tudo igual a FIV, a
diferença é a introdução directa de um espermatozoide no citoplasma
do óvulo aspirado.
• Obteção do sêmen: punção-aspiração testicular ou biopsia testicular.
• Selecção de embriões: mesmo que na FIV
Microinjecção intracitoplasmática de espermátidas
redondas (ROSI) ou alargadas (ELSI)
• Microinjecção daquelas células que chegaram a transformar-se em
espermatozoides.
4. Intervenções na maternidade: maternidade
substituta
• Conceito: uma modalidade do FIV, a diferença é que os embriões são
tranferidos para uma mulher sã, diferente da mãe, que assume a
maternidade por substituição mediante um contracto de gestação,
bem como com fins altruistas ou lucrativos.
• Se se faz a partir da IA, a mãe portadora é também a mãe genética,
com sêmen do pai ou do doador.
• Casos: mulheres sem útero ou com anomalias congénitas que tornam
impossível a gestação, mas com uma função ovárica xonservada. Ano
1984, California.
Intervenções na maternidade: maternidade
substituta
• Lugar da fecundação: FIV ou in vivo. Não se faz no útero da mãe legal.

• Selecção de embriões: quando se segue a IA não, há quando estamos


numa FIV.

• Riscos para o embrião/riscos para gestante: depende da técnica

• Filiação: Distintas possibilidade para maternidade e paternidade.


• Muito obrigado

Você também pode gostar